Na penumbra das almas errantes,
Em um mundo perdido e sombrio,
Eu danço, metamorfose ambulante,
Minha essência em constante desafio.
Prefiro ser essa mutação inquieta,
Caminhando sem amarras, sem roteiro,
Minha pele, um pergaminho secreto,
Escrito com tintas de dor e mistério.
Do que ter opiniões fossilizadas,
Como estátuas de mármore imóveis,
A mente aberta, como as nuvens aladas,
Revela verdades que o tempo desvenda.
Sobre o amor, sou um enigma,
Perdido nas dobras do universo,
Ser ou não ser, a eterna intriga,
Enquanto a metamorfose me versa.
Sou assim, gótico e errante,
Menina que não sabe amar,
Entrego-me aos sentimentos vibrantes,
Na dança das sombras, sem cessar.
E assim, na episteme do desconhecido,
Construo minhas asas de escuridão,
Metamorfose ambulante, sem sentido,
Em cada verso, uma nova transformação.