Nas sombras do crepúsculo, onde o vento sussurra segredos antigos,
Caminho solitário, entre lápides de mármore e heras entrelaçadas.
Meus olhos, espelhos da melancolia, refletem a lua pálida,
Ecoando os lamentos dos que partiram e os desejos não realizados.
As estrelas, como diamantes negros no manto celeste,
Cintilam com tristeza, lembranças de histórias esquecidas.
O vento, um amante desesperado, sussurra versos obscuros,
Enredando-se em meus cabelos, como dedos gélidos de um espectro.
As árvores retorcidas, testemunhas silenciosas do tempo,
Projetam sombras dançantes, como fantasmas em um baile macabro.
O choro da coruja, um lamento ancestral, ecoa pelos vales,
Enquanto a névoa se adensa, ocultando segredos profundos.
Minha pena, mergulhada em tinta negra, traça palavras proibidas,
Versos que ecoam além da vida, atravessando o véu entre mundos.
O coração, uma cripta de emoções sepultadas, bate em compasso lento,
E a noite, com seus véus de mistério, abraça-me como um amante perdido.
Assim, nesta paisagem sombria, onde o gótico se entrelaça com o etéreo,
Minha escritura, como um fio de teia de aranha, tece o inexplicável,
E os mortos, em suas tumbas frias, ouvem meu lamento,
Enquanto a lua observa, silenciosa e imperturbável, além das estrelas.