Capítulo 1: Milena Monteiro...
O despertador toca às seis da manhã e, como um flash doloroso, a lembrança invade a minha mente: o barulho do vidro estilhaçando, o cheiro de gasolina, o som ensurdecedor de freios e o grito da minha mãe. O acidente... o momento em que tudo mudou em nossas vidas para sempre.
Fecho os olhos por alguns segundos e respiro profundamente. Ainda sinto a mesma angústia no peito, mesmo depois de anos. Eu estava dentro do carro, mas fui a única sobrevivente. Às vezes me pergunto o por quê... por que eles e não eu? Essa pergunta ecoa diariamente, mas já aprendi a transformá-la em força.
Após os acontecimentos que sucederam-se, eu e meus irmãos fugimos do Brasil e decidimos recomeçar longe de tudo. Estamos morando na Flórida, com a única família que nos restou tia Gisa. Eles seguiram seus caminhos, cada um encontrou um jeito de se reconstruir, e estão vivendo tudo o que há de mais lindo nessa vida... o amor verdadeiro.
Estão construindo suas famílias e não quero ser um empecilho. Poderia estar acomodada, mas prefiro lutar para conquistar os meus próprios sonhos e também encontrar o amor...
Sou uma garota extrovertida, falo demais às vezes, rio alto e sempre tento mostrar a versão mais sincera de mim mesma... Talvez seja a única maneira de não enlouquecer com tudo o que já vivemos nessa vida.
Os meus cunhados me ofereceram um trabalho em suas respectivas empresas, mas prefiro seguir da maneira que estou. Trabalho há pouco mais de um ano em um renomado cybercafé da cidade. Confesso, que é cansativo conciliar os estudos de admistração, com as longas horas atendendo clientes, mas é ali que sinto que estou construindo algo meu e que meus pais teriam orgulho de mim, assim como tiveram dos meus irmãos. Passo grande parte do dia rodeada por telas, cheiro de café fresco e teclados digitando sem parar.
Nesse tempo na Flórida, conheci duas pessoas incríveis que se tornaram meus melhores amigos. Lívia, que conheci na faculdade, ela é uma garota reservada, divertida com os íntimos, um pouco perdida devido a separação dos pais, mas trocamos segredos que nunca contamos a ninguém.
E também, tenho o Theo, ele é amigo do meu cunhado, que mesmo a distância tornou-se o meu maior companheiro... o tenho como um irmão. Ele está viajando há meses, mas conversamos todos os dias. De alguma forma, as nossas mensagens e chamadas de vídeo preechem aquele espaço vazio que de vez em quando apossam o meu coração.
Amo os meus irmãos, são meu porto seguro, a minha ancora... a razão pela qual sempre busco ser melhor.
Sou Milena Monteiro, brasileira, poliglota, 22 anos, com cabelos longos e ondulados que caem suavemente sobre os meus ombros, olhos castanhos, magra com curvas marcantes. Sou uma pessoa que acredita que a vida é uma grande aventura e cada detalhe deve ser aproveitado ao máximo.
Em suma, sou uma mulher cheia de energia, que encara o trabalho com determinação e carinho, especialmente quando se trata da minha família e amigos. A vida pode ser desafiadora, mas prefiro vê-la como um grande palco onde cada dia é uma nova oportunidade para brilhar e fazer a diferença na vida das pessoas ao meu redor.
Ao me levantar da cama, ajeito a minha camiseta favorita e prendo o meu cabelo num coque improvisado, estou sentindo que algo está prestes a mudar. Talvez seja apenas um pressentimento bobo, ou talvez seja o início de um novo capítulo da minha vida.
Saio de meus devaneios com o celular tocando, sorrio ao ver que se trata de Theo.
Ligo a câmera e ele aparece todo suado...
— Nossa que cara horrível é essa? — zomba.
— Bom dia pra você também, seu chato! E essa é a carinha de quem acabou de acordar! Tá... — mostrei a língua para ele que abriu um lindo sorriso. — E você que nojo... a essas horas todo suado!
— Suor de homem com uma vida ativa em atividades físicas, ao contrário de você que é uma preguiçosa!
Não posso negar, eu odeio praticar atividades físicas, mas faço academia três vezes na semana e a minha alimentação é balanceada.
Conversamos um pouco, encerrei a chamada e fui fazer a minha higiene pessoal.
Chego no cybercafé por volta das oito e meia da manhã.
O local é imenso, com divisórias para quem gosta de ficar nos computadores, outra reservada para reuniões e o café onde as pessoas se encontram apenas para fazer suas refeições ou simplesmente encontrar os amigos.
O movimento da manhã estava intenso, como sempre.
Corria de um lado para outro, entregando pedidos, ajeitando máquinas e com um sorriso simpático para os clientes apressados que mal levantavam os olhos das telas do computador ou celular.
Até que a porta se abriu...
E um grupo de empresários entrou, todos vestidos elegantemente, com ar de determinação e confiança. Entre eles, havia um homem que imediatamente chamou a minha atenção. Alto, forte, com uma postura confiante que exalava charme e sensualidade. Seus olhos verdes intensos, prenderam os meus de uma maneira que deixou-me sem ar. O meu coração disparou no peito, a boca ficou seca e minhas pernas trêmulas.
Ele era diferente... não apenas pela aparência impecável, barba bem feita, terno ajustado, camisa levemente aberta revelando pele e dando um tom de mistério, mas também pelo magnetismo que emanava dele. Era como se cada movimento seu fosse calculado e ao mesmo tempo natural.
Por um breve instante esqueci o que estava fazendo, até ouvir alguém tossir atrás de mim. Voltei a realidade envergonhada, quando o meu chefe fez sinal para eu ir até a mesa deles.
Caminhei até eles para anotar os pedidos... fiz o possível para parecer calma, mas minhas mãos denunciavam meu nervosismo, apertando a prancheta com força.
— Bom dia! Posso anotar o pedido dos senhores? — perguntei educadamente.
O lindo homem que me cativou, não olhou-me de imediato, estava distraído conversando com um rapaz do grupo e olhos em seu ipad. No entanto, quando finalmente levantou o olhar lentamente, nossos olhares encontraram-se profundamente.
O tempo pareceu desacelerar, enquanto eu e o homem trocávamos olhares.
Capítulo 2: Milena...
A química entre nós era perceptível e uma estranha conexão surgia no ar...
Droga! Estou parecendo uma idiota!
— Um café preto e um croissant de chocolate, por favor! — pediu ele, com sua voz rouca e sexy, ainda mantendo o olhar em mim.
Tudo nesse homem parece atrativo!
Rapidamente anotei o pedido deles, enquanto o homem a minha frente me fitava com o olhar, fazendo o meu corpo arder em chamas.
— Em breve volto com os pedidos! Com licença!
Em passos largos fui em direção a cozinha, deixei o pedido com os meus colegas e bebi um copo de água.
Pelo céus! Que homem é aquele?
O meu cunhado e Theo são gatos, mas esse é um Deus Grego!...
Respirei fundo antes de prosseguir com seus pedidos, com a ajuda da minha colega.
Rapidamente os servimos e evitei olhar para o homem. Devo colocar-me em meu devido lugar, sou apenas uma garçonete e um homem desses nunca olharia para uma mera mortal como eu. Depois, provavelmente gosta só de usar as mulheres.
Apesar que eu gostaria de ser a sua diversão de uma noite! Eu escalaria nesse everest a noite todinha!
De tempos em tempo, enquanto eu organizava mesas, levava café, limpava o balcão... os nossos olhares se encontravam.
Era como se houvesse uma linha invisível nos puxando um para o outro, mesmo em lados opostos da sala.
Não fazia ideia de quem ele era, mas senti que esse momento não era apenas um dia comum no trabalho... algo me dizia que tudo estava prestes a mudar.
Estava terminando de ajeitar algumas xícaras sobre a mesa quando um arrepio quente subiu pela minha espinha. Não precisei olhar para saber que estava sendo observada, por aquela presença que me desequilibrou desde o momento que atravessou aquelas portas.
Quando me virei, lá estava ele... na minha frente, terno alinhado contrastando com a maneira descontraída com que mexia em seu relógio de pulso. Mais uma vez seus olhos me prenderam... verdes, intensos... quase hipnóticos.
Engoli em seco.
— Obrigada pelo café! — sua voz soou grave e baixa, parecia atravessar a minha pele e atingir a minha alma.
— É um prazer... precisa de mais alguma coisa?
Ele arqueou uma sobrancelha...
— Seu nome?
— Milena!
— Milena! — repetiu baixinho. — Bonito, nome! Faz tempo que trabalha aqui?
A minha respiração falhou por um instante, então respondi:
— Sim, quase dois anos!
Ele parecia me analisar.
Então, um sorriso discreto surgiu no canto de sua boca.
— Então acho que vou gostar de voltar aqui mais vezes!
Sei que deveria sair dali, voltar ao meu trabalho, mas os meus pés pareciam enraizados no chão.
Um dos empresários que o acompanhavam pigarreou, chamando a sua atenção. Um rapaz se aproximou, pagou a conta deixando uma gorjeta generosa e foram embora.
Assim que foi embora, consegui respirar novamente.
Após um dia agitado no cybercafé, corri para casa, tomei banho, me troquei e sigo para a faculdade. Às vezes chego cansada, mas lembro que em breve todo esse esforço vai valer a pena.
Encontrei com Lívia na entrada. Mal me aproximei e já soltei, rindo sozinha:
— Não vai acreditar, amiga! Hoje conheci um homem lindo no cybercafé...
— Pelo visto ele ganhou a sua atenção!
— Minha atenção? Um homem daqueles ganhou tudo... tudo mesmo! Como eu gostaria de escalar aquele everest, amiga!
— Everest? — indagou curiosa, com tom divertido na voz.
— Esse é o apelido que lhe dei... Everest! Pode parecer estranho, mas parece que eu conheci uma montanha inteira em forma de homem! Forte, imponente, inatingível... e porque me abalou de uma maneira que jamais havia sentido antes... como se eu tivesse tentado escalar algo muito maior do que eu poderia suportar!
Ela gargalhou.
— Também tenho novidades! O meu pai voltou de viagem!
Abracei Lívia, a minha amiga estava sentindo muita falta do pai. Ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas deve ser maravilhoso, a filha não poupa elógios.
Entramos juntas para a sala. O seu namorado chegou e sentou-se ao seu lado.
— Ei, Lívia! Seu pai sabe que está namorando? — sussurrei.
Ela olhou discretamente para o rapaz, em seguida, para mim.
— Ainda não tive tempo, mas vou contar!
A aula começou, e eu tentava me concentrar nas planilhas e teorias de gestão, enquanto a minha mente me traia... insistindo em voltar para o olhar daquele everest.
Livia me cutucava de vez em quando, com o cotovelo, na intenção de me trazer a realidade.
Desde que nos conhecemos, nunca havia visto ela tão leve, tão feliz com a volta de seu pai. No fundo, estava feliz por ela, sei o quanto ela esperava por esse momento.
As horas se arrastaram até o final da aula.
Quando finalmente saímos, nos depedimos com aquele cansaço típico de quem ainda tem uma vida inteira para resolver depois da faculdade. Peguei e moto que ganhei de presente de aniversário da minha irmã e cunhado e dirigia pelas ruas silenciosas da cidade, iluminada por postes e pelo reflexo dos letreiros de bares.
Chegar em casa, foi como soltar um peso das costas. Deixei a bolsa no sofá e fui direto para a cozinha pegar um copo d'água.
Caminhei até a janela e vi um carro preto de vidro fume parado do outro lado da rua e um arrepio ruim percorreu a minha espinha. Imediatamente fechei a janela, a cortina e fui até o quarto.
O silêncio do apartamento parecia maior do que de costume. Sentei-me na cama, tirei as sapatilhas e fechei os olhos, respirando profundamente.
Entre a exaustão e a ansiedade, me peguei sorrindo sozinha. A mente ainda estava ocupada pelo encontro com aquele lindo homem de olhos claros. A estranha química daquele momento me acompanhava e fazia o meu coração pulsar mais rápido. E, antes de apagar no travesseiro, pensei comigo mesma: Será que esse encontro foi apenas acaso... ou seria o indício de que algo vai mudar em minha vida?
Estou é precisando sair um pouco, beber, dançar... faz tempo que estou nessa rotina e isso está me fazendo delirar.
...Um homem daqueles jamais iria olhar para uma mera mortal como eu!...
Capítulo 03: Maurício Bevan...
O mundo me vê como um CEO de sucesso, um homem frio e decidido... talvez seja isso mesmo que eu me tornei. O amor para mim, não passa de uma palavra bonita, usada em filmes e livros... uma ilusão perigosa e destrutiva.
Meu nome é Maurício Bevan, solteiro, poliglota, alto, olhos verdes claros, e corpo definido... resultado de anos de compromisso, dedicação e disciplina.
Com 37 anos, conquistei o que muitos homens sonham e poucos alcançam... uma empresa consolidada, líder absoluta no mercado imobiliário. Herança da família que coube a mim expandir, o meu pai construiu o alicercce, mas fui eu quem ergueu os arranha-céus.
Não foi fácil, foram noites intermináveis de estudos, reuniões, viagens, negociações arriscadas e lutei contra investidores, concorrentes e até contra mim mesmo. Venci, hoje a minha empresa está no topo, sempre entre os primeiros do ranking, e essa é a única posição que aceito ocupar: o primeiro lugar.
Tenho uma filha de 20 anos, meu maior orgulho e, ao mesmo tempo, meu maior desafio. Casei-me muito jovem, aos 17 anos, uma decisão forçada pela gravidez de minha então namorada. Embora nos dessemos bem, o tempo revelou que em nosso relacionamento nunca houve amor, apenas amizade. Quando nossa filha completou 12 anos, decidimos seguir caminhos diferentes.
Livia morou por uma ano com a mãe, mas a chegada de um novo namorado à vida dela, causou uma revolta, levando-a buscar refúgio comigo. É como se acreditasse que estar comigo, pode me proteger e cuidar de mim.
A minha menina, tornou-se uma garota fechada, com estilo de vida que me preocupa. Ela revoltou-se com a mãe e até hoje guarda mágoas e já tentei fazer de tudo para que tire isso do coração, mas ela tem uma personalidade forte, assim como eu.
Livia é a minha prioridade, mesmo quando não sei demonstrar direito.
Desde o meu divórcio, meu coração se fechou para novos relacionamentos. Dediquei-me a cuidar inteiramente a minha filha, priorizando o seu bem-estar e sua educação. Nenhuma outra mulher capturou a minha atenção a ponto de desejar um relacionamento sério.
Digamos que não acredito no amor, uso-as e elas me usam... simples, direto e sem complicações. Não prometo nada, não espero nada além do óbvio e estou bem assim. Após a separação, comprendi que sentimentos são armas, e eu já tenho inimigos demais no mercado para abrir brechas na minha vida pessoal.
Tenho dois amigos de longa data, Zayan e Theo. Devido ao trabalho, nos ultimos anos, acabamos nos afastando, mas sempre que podemos conversamos por mensagem.
Durante esse periodo de viagens, eu e Livia, nos falamos apenas por ligação.
Queria fazer uma supresa, chegando de viagem sem avisar, mas a verdade, é que eu fui surpreendido. Ela está diferente, mudou o visual e está um pouco mais madura e feliz. Devo muito a essa sua amiga, que está ajudando a minha menina.
Eu não esperava nada nesta manhã, além de uma chata reunião de negócios, mais uma entre tantas que preechem a minha agenda. No entanto, quando vi aquela garçonete, com seu sorriso simpático, olhar profundo, carinha de menininha, mas corpo de uma deusa.... algo dentro de mim estremeceu.
Sua beleza é natural, nada de superficialidades como as mulheres que costumo sair. Seus longos cabelos caiam como uma moldura perfeita, os lábios carnudos pareciam feitos para o pecado, e o corpo... era típico de uma brasileira nata, curvas que convidavam ao toque, firmes e delicadas ao mesmo tempo.
O que me desarmou, foi aquele olhar, intenso, direto... como se atravessasse cada camada de defesa que construi ao longo dos anos.
O meu corpo reagiu de maneira inesperada. Um frio estranho gelou a minha barriga, meu estômago parecia ter borboletas... era como se tivesse voltado ao tempo da adolescência, quando bastava um olhar para me perder. As mãos suaram, pensamentos embaralharam e foi difícil me concentrar naquela reunião, mantendo o papel de CEO impenetrável.
Quando fui embora, senti algo que não fazia nenhum sentido... era como se tivesse deixado algo para trás. A única coisa que ecoava em meu pensamento era o seu belo nome... Milena!
Eu provalemente voltarei naquele estabelecimento. Liguei no cybercafé e pedi ao gerente, para garantir que toda vez que eu estiver lá, seja atendido por ela e que mantenha segredo de que eu sou o proprietário.
Cheguei em casa já tarde, o corpo reclamando do peso do dia exaustivo.
Ser CEO, é um fardo que eu carrego com disciplina, mas hoje, havia algo diferente... melhor dizendo, alguém. Aquela garota continuou ocupando a minha mente o dia todo, como se tivesse se intalado sem pedir permissão.
O cheiro da comida me trouxe de volta ao presente, Livia estava à mesa, com um lindo sorriso. Faz meses que não nos sentamos assim, frente a frente, sem pressa. Passei tanto tempo viajando, mergulhado em compromissos que só agora me dou conta do quanto senti falta. Foi necessário essa viagem, adieie por muito tempo e como ela agora é adulta, foi o momento ideal.
Durante esse período de viagens, nos falamos apenas por ligação.
— Finalmente um jantar de verdade com o meu pai! — brincou. — Pena que tenho que ir para a faculdade...
Sentei-me e a conversa fluiu naturalmente, enquanto fazíamos a refeição. Falamos de tudo um pouco: faculdade, amigos, dos planos dela para o futuro. E eu ouvia atentamente e me perguntava em que momento aquela garotinha havia se transformado numa mulher... agora cheia de opiniões, certezas e sonhos próprios.
Entre uma risada e outra, encarou-me e perguntou:
— Pai... você precisa de alguém! Não dá para continuar vivendo apenas para mim e para a empresa... você merece amar e ser amado!
— Estou feliz assim, filha! Não se preocupe comigo... e a sua mãe? Tem falado com ela?
— Tenho que ir para a faculdade! — disse limpando a boca com o guardanapo. — Até mais tarde, pai!
Ela pousou um beijo no alto da minha cabeça e disse:
— Estou feliz que voltou! Te amo!
— Também te amo, filha! Boa aula!
Olhei para a mesa vazia e senti um grande vazio em meu peito. Soltei o corpo no encosto da cadeira e suspirei... toda vez ela faz isso. Foge do assunto ignorando que tem uma mãe.
Deitado em minha cama, penso naquela linda garçonete. É aparente que é bem mais nova que eu, mas a atração que senti foi tão intensa, que chego a ficar sem ar.
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