Sangue Escarlate
Apresentação!
Autor
OLÁ OLÁ, sejam bem vindos a esta história na qual eu venho planejando postar durante um bom tempo.
Autor
Eu irei aqui deixar a apresentação e informações sobre os poderes dos protagonistas (ao longo da história farei apresentação de personagem caso seja necessário)
Autor
Enfim, fiquem com a apresentação dos queridinhos ;3
Apresentação de protagonistas!!
Nome: Theodore Eilif
Idade: Dizem que sua idade está entre 20 e 70 anos
Espécie: Semi-vampiro
Poderes: Tem a capacidade de, por meio de cortes retirar o sangue de qualquer pessoa e manusear com facilidade, podendo formar espadas, chaves, independentemente do objeto desejado! Podendo também acabar com uma vida.
Gostos: Fígado (principalmente humano), livros de ficção, e tons escuros.
Desgostos: Traição, um dos maiores pecados que um ser vivo pode fazer; lugares barulhentos e extremamente cheios o agoniza; e o mais importante, mingau.
Aparência do personagem: Um homem de aparência juvenil, cabelos longos e loiros num tom quase branco; costuma utilizar roupas de realeza com um casaco longo e bem quente em tempos de inverno; seus olhos são verdes como esmeralda, com um olhar atento e perspicaz.
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Nome: Nakan Shine
Idade: 29 anos
Espécie: Humano
Poderes: Por ter sido treinado em feitiçaria durante seus 17 e 19 anos, Nakan tem a capacidade de por meio de um beijo na nuca de qualquer pessoa, saber traumas e histórias.
Gostos: Gosta do cheiro suave da natureza, sua espada, seu casaco velho, arroz e o Sr. Osamu.
Desgostos: Trovões, tem arrepios só em pensar; seu irmão, e orfanatos.
Aparência do personagem: Um homem com seus 1,87 de altura; cabelos longos e negros; olhos escuros, com olheiras fortes, porém rosadas; utiliza um kimono escuro e um tanto largo com um casaco preto cheio de costuras mal feitas por cima.
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Autor
Talvez amanhã eu poste o primeiro capítulo, beijinhos!!
O Massacre
A noite era suave, o vento batia ao rosto e enchia os pulmões de Theodore. Ele caminhava em meio ao jardim florido por rosas, um lugar lindo, a lua brilhava ao seu rosto e as luzes da cidade brilhavam ao longe.
Os dedos de Theodore acariciavam de maneira quase que carinhosa pelas pétalas de uma rosa que tinha em mãos, ignorando os espinhos que roçavam em seus palmos.
Chegando aos portões do grande palácio, as narinas de Theodore sentiram um odor diferente do normal, sangue. Não como sentia nos dias normais, mas numa intensidade que agoniava, algo estava errado.
Ele se tornou mais alerta enquanto abria devagar os portões, e sem nem abrir direito viu toda a desgraça. Sangue, corpos destroçados e tudo pintado de vermelho, chão molhado.
Theodore Eilif
— Mas que caralho...— Murmurou de lábios trêmulos, seus olhos esverdeados encaravam toda a cena em choque, o que caralhos havia acontecido ali?
Theodore corre por meio dos corpos, precisava encontrar no mínimo o corpo de seus pais, pelo menos isso, só isso. Nas paredes do palácio e dentro, haviam duas grandes letras escritas em todos os lugares: CJ. O que aquilo significava? Theodore não sabia.
O desespero começava a preencher seu peito a cada passo, a cada inspiro, a cada bater de peito. Era inevitável o tremor nas mãos, o cerrar de dentes e a culpa pela ausência num momento como aqueles, ele não devia ter saído, não devia ter entrado no jardim, não aquele dia.
Os corpos espalhados, espadas ensanguentadas, soldados que deram sua vida pelo reino, o vazio em cada olhar doía, vidas perdidas, perdidas pelo desconhecido, até o momento. A rosa que tinha em mãos antes já estava caída em meio à uma poça vermelha qualquer, mesclando-se ao tom escarlate que pintava todo o palácio.
Chegando no salão real, viu apenas alguns corpos mortos, não via seu pai, ou sua mãe, aquilo era preocupante, demais. Ele vasculhou por todos os salões, quartos e todo o palácio em si, não havia ninguém vivo, e seu pai, sua mãe e seus irmãos não estavam ali, nenhum deles.
Theodore Eilif
— Que merda, onde eles estão? — Perguntava pra si mesmo, a voz quase inaudível, rouca, trêmula pela culpa, angústia e raiva. Seus olhos se enchiam de lágrimas enquanto caminhava até os porões do palácio, o único resquício de esperança que havia.
Ele caminhou devagar, passos arrastados, lágrimas escorrendo por seu rosto rosado, soluçava de desespero, tristeza, fúria. Descendo as escadas procurou por todos os cantos, mas a única coisa que achou foi um colar de aço, estranho e com pregos amarrados e com as pontas um tanto sujas de sangue
Cheirando o sangue, sentia um odor suave de sangue, sangue tipo A+, isso seria importante, talvez, então apenas guardou o colar no bolso.
Perto do colar de pregos havia também um pequeno punhado de cabelos esverdeados, verde intenso, provavelmente cortados durante uma luta, estranho também, pois não conhecia uma pessoa sequer que tivesse cabelos verdes, e seu cheiro era cítrico, odor muito incomum para cabelos masculinos. E para ter mais informações mais tarde, guardou o punhado de cabelo também no bolso.
Não havia encontrado ninguém, sequer uma alma viva, era irritante, angustiante tal fato, pós um simples passeio, sua vida se tornou nada, não havia soldados, dinheiro não importava quando não se tinha quem amava, sua única vontade era apenas gritar, gritar até ficar rouco, se pudesse, ao ponto de perder a voz. E assim fez, gritou de desespero, dor, tudo que não sabia por em palavras naquele momento, as lágrimas caiam de seu rosto sem pausa, ao ponto de formae uma pequenina poça de água no chão empoeirado.
Enquanto guardava dinheiro, roupas e coisas importantes numa bolsa grande, viu pintado de vermelho na porta: CJ. Não sabia bem o que era aquilo, mas tinha algo a ver com o cabelo verde e o colar de pregos, já que eram as únicas coisas que tinha além de sangue, corpo e o ar de morte em todo aquele lugar.
Theodore Eilif
— CJ... CJ? Que sigla escrota. — Resmungou com sarcasmo, rindo da própria dor.
Theodore já havia pegado a bolsa e tudo que precisava, usava um casaco grande que caía até o chão gelado, cor branca com detalhes em dourado. Caminhando pelas ruas já não tão confiáveis de Cambridge, ia com o olhar fixo na rua até um hotel moribundo, conhecido por ser um hotel bem barato e misto*
*: Hotéis mistos, nessa história fictícia, são hotéis que permitem a entrada de qualquer tipo de espécie existente.
Já dentro do hotel, sentia o odor desagradável daquele maldito lugar, cigarros baratos, gente mal banhada e álcool ruim, além das prostitutas que estavam sentadas no colo de velhos gordos e nojentos.
Theodore Eilif
— Urgh, que nojo... — Murmurou baixo encarando a cena com nojo, já se dirigindo para a bancada.
Alguns olhares se dirigiam até o rapaz loiro, bêbados estranhando a presença de alguém com vestes tão bem cuidadas, e alguns fumantes apenas observando, completamente chapados.
Theodore Eilif
— Oh senhor, me vê um quarto pra duas noites. — Pediu com seriedade, voz rouca pelos gritos mais cedo, mas ainda estável.
O dono do hotel se virou para Theodore e fungou, seus olhos observando com cuidado o rapaz.
Dono do Hotel
— Olha, o único quarto que temos é de duas camas, e uma delas está sendo usada. — Explicou com um cigarro na boca, soltando a fumaça poluente no rosto de Theodore, esse que em reação, tossiu seco.
Theodore Eilif
— Serve, quanto que é? — Disse quase cuspindo as palavras, a mão já afundando na bolsa pra pegar algumas pratas.
Dono do Hotel
— Duas noites é 50 pratas, mas se você matar o hóspede fica por 65. — Explicou com tranquilidade, fazendo com que sombrancelhas de Theodore franzissem, quase fazendo ele achar que era uma piada.
Theodore Eilif
— Hah, você está zoando comigo? O que acha que eu sou? Um louco por sangue? — Indagou quase desacreditado, já entregando as 50 pratas.
Dono do Hotel
— Vampiros da sua laia são loucos por sangue de gente nova, não seria de me admirar. — Respondeu com um sorriso irônico, pegou o dinheiro e entregou a chave para o rapaz.
Theodore Eilif
— Tsc... Obrigado. — Agradeceu mal agradecido, as palavras quase cuspidas enquanto pegava a chave com o número do quarto: 4.
Já no andar de cima, Theodore procurou pelo quarto, e ao achar, apenas foi abrindo, dando de cara com um rapaz grande, deitado na cama a direita, cabelos longos e pretos, não parecia ser um ingles, tinha um toque de asiático, pele pálida, também fedia um pouco, mas era suportável.
Nakan Shine
— Quem é tu?... — A voz profunda ecoou por alguns segundos no quarto, o que assustou Theodore, este que pensava que o rapaz estava adormecido.
Theodore arrepiou-se por um momento e após um leve suspiro cansado respondeu:
Theodore Eilif
— Seu mais novo colega de quarto, por dois dias. — Respondeu arrogante, o que fez Nakan franzir o cenho de leve.
Nakan Shine
— Colega de quarto mal educado em? Pensei que ricos eram bem educados. — Retrucou numa provocação, rindo baixinho.
Theodore cerrou os dentes e bufou, encarando o asiático com certa raiva antes de revidar a provocação:
Theodore Eilif
— Hmph, pensei que asiáticos fossem limpos... — Resmungou como se falasse pra si mesmo enquanto colocava a bolsa cheia de coisa numa mesinha próxima a cama vazia.
Nakan ergueu-se da cama e encarou o rapaz loiro de costas, e sem o que falar, apenas suspirou e deitou novamente na cama.
Theodore sorriu de leve, e no silêncio, guardou a bolsa no guarda-roupa que havia no quarto, tirando também o casaco dos ombros.
Nakan observou o casaco e todos os detalhes que havia nele, o símbolo de realeza, as costuras bem feitas em dourado, curioso.
Nakan Shine
— Por que você tá aqui? Tipo, você tem dinheiro, não devia estar num palácio ou coisa assim? — Perguntou com curiosidade observando atentamente a cada movimento de Theodore.
Theodore Eilif
— Hm? — Theodore se virou para Nakan e sentou na cama vazia, respondendo rápido, seco, quase dolorido. — Estou procurando por alguém, não dá pra fazer isso no palácio.
Nakan olhou para Theodore por um momento e perguntou novamente, quase que insistindo:
Nakan Shine
— Você não tem soldados? Servos ou coisa assim??
Theodore suspirou já um tanto irritado com a insistência de Nakan.
Theodore Eilif
— Não mais, ok? Todos morreram e eu não faço a menor ideia de quem foi, a única pista que eu tenho é um punhado de cabelo e um colar de pregos!! — A voz já estava embargada só em falar no assunto, aquilo doía, doía muito.
Nakan arregalou um pouco os olhos, mas continuou suave e sério, fazendo mais e mais perguntas que já estavam irritando Theodore.
Nakan Shine
— Hm, mas quem você quer procurar?... — Indagou curioso.
Theodore Eilif
— Hah, como se eu soubesse, a única coisa que eu tenho é isso aqui. — Theodore pegou o punhado de cabelos esverdeados e o colar de prego sujo de sangue, mostrando para Nakan. — Olha.
Nakan Shine
Nakan pegou o punhado de cabelo e cheirou de leve, odor cítrico, feminino, sujo, e com um leve odor de cachimbo. — Uhm, isso aqui é cheiro de gente do tráfico, máfia pra ser mais exato.
Theodore franziu o cenho pensativo, máfia? Por que caralhos alguém da máfia iria massacrar um palácio sem levar quase nada de dinheiro e jóias?
Theodore Eilif
— Máfia? Tráfico? Porra, mas nem levaram dinheiro ou jóias.
Nakan Shine
— Então o caso é mais pessoal, você pode ir comigo se quiser, eu vou para aquelas bandas também. — Ofertou ele mudando o olhar para Theodore, um olhar manso, tranquilo.
Theodore Eilif
— Ir com você?... Mas o que você vai fazer nas favelas?? — Indagou curioso, olhar um tanto perplexo, não imaginara que alguém fosse oferecer nem que fosse um pouco de ajuda.
Nakan Shine
— Também vou procurar por alguém, família, sabe como é... — Explicou-se quase vago, como se não quisesse dizer tudo.
Theodore Eilif
— Hm... Entendi... Mas, você vai me ajudar? Me levar até lá e tals...
Ele perguntou nervoso, ansioso, precisava o mais rápido possível acabar com quem havia acabado com sua vida.
Nakan Shine
— Sim, mas quero algo em troca. — Nakan disse com um leve sorriso, não iria ajudar Theodore de graça. — Quero que durante toda a viagem você sustente nós dois.
Theodore teve um sorriso debochado nos lábios e indagou rindo:
Theodore Eilif
— Você não tem dinheiro não??
Nakan Shine
— É pegar ou largar.
O rapaz loiro cerrou os dentes, mas suspirou rendendo-se a oferta de Nakan.
Theodore Eilif
— Tá, mas a gente vai se ajudar, você me ajuda no que eu preciso, eu te sustento, te ajudo no que você precisa e eu não precisarei pagar 65 pratas pro gordo do hotel, que tal? — Disse estendendo a mão para Nakan com um sorriso no rosto, esperando que o outro apertasse sua mão.
Nakan Shine
— 65 pratas?... — Perguntou confuso
Theodore Eilif
— Isso é irrelevante, mas você aceita? — Murmurou rápido, esperando que ele apertasse logo sua mão.
Nakan rolou os olhos, mas por fim apertou a mão de Theodore.
Autor
Oioi, olha eu aqui de novo, desculpem se o capítulo foi grande demais mas eu estava muito animado e acabei por fazer bem grande😔
Autor
Muito obrigado para aqueles que já comentaram na apresentação e deram o suporte, obrigado mesmo!!
Autor
Beijos do Shiro, até sábado!
Favelas
A noite passara devagar para Theodore, este que passou boa parte da noite acordado, preocupado com o amanhã, pensativo.
Mas quando se deu conta, os primeiros raios de sol já tentavam adentrar entre as cortinas, além disso, sentiu um odor suave e doce de lavanda, o que fez ele estranhar. Abrindo os olhos, devagar e cansado, viu na cama ao lado uma cena quase... Cômica.
Nakan estava na cama ao lado, sentado sobre a mesma de pernas cruzadas, cabelo amarrado num rabo de cavalo, sem camisa, com uma katana no colo, tendo também o incenso de lavanda na pequena escrivaninha ao lado dele.
Com aquela cena estranha e um tanto engraçada, Theodore tentou guardar aquela cena na cabeça, era cômico demais para deixar passar batido.
Theodore Eilif
— Que porra é essa?? — Perguntou Theodore rindo baixinho.
Nakan, ao ouvir a voz inesperada de Theodore, abriu um dos olhos e respondeu, manso como sempre:
Nakan Shine
— Meditação matinal, ótimo pra começar o dia, quer tentar?...
Theodore ergueu-se e sentou na cama, encarando Nakan, curioso, mas não o suficiente pra tentar algo.
Theodore Eilif
— Essa eu passo, hm? — Respondeu entre risos, levantando da cama para pegar um copo de água.
Nakan Shine
— Não vejo o por que de tanta risada assim, qual o problema de meditar? — Indagou Nakan confuso, abrindo ambos os olhos para observar Theodore, este que agora bebia água.
O louro por sua vez, respondeu com um tom risonho, quase zombador:
Theodore Eilif
— Ora, nada, nada não... Só achei curioso. — Respondeu virando-se para Nakan, apoiado na mesinha, com o copo na mão.
Nakan não respondeu, apenas rolou os olhos, levantou-se pegando o roupão e o casaco, e caminhou até a porta do quarto.
Theodore Eilif
— Vai aonde?
Nakan Shine
— Tomar banho. — Respondeu seco abrindo a porta e saindo. Ato esse que fez Theodore resmungar sozinho.
Ainda no mesmo dia, durante o anoitecer, estava ambos se preparando para sair, e enquanto guardavam as coisas, Theodore indagou:
Theodore Eilif
— Aliás, qual que é teu nome? Esquecemos de nos apresentar. — Perguntou virando-se para Nakan, que ergueu o olhar para Theodore enquanto colocava a katana na bainha que estava presa a sua roupa.
Nakan Shine
— Nakan, Nakan Shine. — Apresentou-se sem muita cerimônia, colocando o casaco.
Theodore assentiu, aproximando-se um pouco de Nakan para estender a mão ao mesmo.
Theodore Eilif
— Theodore Eilif. — Theodore se apresentou esperando que Nakan apertasse sua mão.
Nakan, um tanto confuso, apertou a mão de Theodore, largando rapidamente. O loiro riu, apenas fazendo um comentário zombador enquanto abria a porta do quarto:
Theodore Eilif
— Você é estranho, sabia Nakan? — Comentou rindo, já saindo do quarto. O outro apenas ignorou o comentário, rolando os olhos.
Já com o pé na estrada, ambos caminhando um ao lado do outro, Theodore observava o caminho, que aos poucos ia se tornando mais escuro e perigoso, as calçadas sujas, mendigos e becos cheios de fumantes, intimidante, a fetidez tomava conta, o que fazia Theodore tossir algumas vezes.
Theodore Eilif
— Porra, onde é que é o lugar que a gente vai em?? — Perguntou um pouco agoniado com o fedor e fumaça.
Nakan Shine
— Jajá nós chegamos, estamos perto, relaxa. — Respondeu suave, porém sério, seus passos firmes, olhos atentos nas ruas estranhas.
O caminho foi piorando cada vez mais, havia lixo por todo canto, mendigos, drogados e tudo que poderia haver num lugar como aquele, estavam nas chamadas Favelas.
As casas eram grudadas, a maioria incompleta, com buracos e desgastadas, uma situação deplorável. Theodore fazia uma cara de nojo na maior parte do tempo, erguendo um pouco o casaco para não sujar com o esgoto que escorria pelas ruas.
Theodore Eilif
— Urgh, você tá tão tranquilo, parece até que viveu num lugar como esse. — Reclamou enojado, caminhando apressado ao lado de Nakan.
Ouvindo a reclamação, Nakan virou o rosto para Theodore e observou ele, vendo a cara de nojo que o mesmo fazia, acabou por rir um pouco.
Nakan Shine
— O príncipezinho tá com nojo é? Quer que eu te carregue no colo? — Zombou rindo da situação, enquanto Theodore faltava cair para trás de repulsa daquele fedor.
Theodore Eilif
— Um cu pra você também. — Resmungou virando o olhar para a rua, percebendo alguns olhares sobre eles, fazendo careta.
Após uma longa caminhada, ambos chegaram nos lugares mais estranhos e obscuros que poderia haver, alguns híbridos e dragões caminhavam com sacolas que fediam a carne podre.
Theodore Eilif
— Você sabe onde a gente vai, não sabe? — Indagou um tanto acuado, os olhos atentos a qualquer movimentação estranha, mais do que já havia.
Nakan Shine
— Não, eu vou perguntar para aquele vendedor ali. — Respondeu Nakan, manso, como se estivesse andando num calçadão ou coisa assim.
Theodore, ao ouvir tal coisa, encarou Nakan em choque, indignado.
Theodore Eilif
— Como é que é porra?? Você enfia a gente nesse fim de mundo, e ainda me diz que não sabe o lugar onde a gente vai pegar informação?? Puta que pariu!!
Nakan não respondeu, apenas caminhou até um açougue, ignorando completamente as reclamações de Theodore.
Theodore Eilif
— Urgh!! Me espera seu merda!! — Resmungou correndo atrás de Nakan, parando ao lado dele em frente o tal açougue, que era um tanto amedrontador.
As carnes pareciam podres, algumas mofadas, mas muitas delas não parecia com carne de boi, ou galinha, além de ter sacolas penduradas cheias de sangue, única coisa que interessou Theodore.
Nakan Shine
— Boa noite... — Disse olhando para o vendedor, esperando que o mesmo o atendesse.
???
O homem ergueu o olhar e aproximou-se do balcão, apoiando os braços no vidro sujo. — Pode dizer.
Nakan Shine
— Eu quero uma informação, poderia nos dizer onde que seria a tal da... Avenida de Sylvester, algo assim?...
Theodore por sua vez, nem prestava atenção na conversa, os olhos presos nas sacolas de sangue, salivando.
O vendedor por sua vez, percebendo o olhar de Theodore nas sacolas, ao invés de dar a informação, chantageou:
???
— Claro, mas quero que comprem algo de meu açougue — Ofertava com um sorriso cínico.
Theodore, ouvindo a chantagem, não hesitou duas vezes antes de perguntar:
Theodore Eilif
— Quanto que tá uma sacola de sangue?? — Perguntou ligeiro, pupilas dilatadas e a boca salivando.
???
— 5 pratas, duas sacolas é 10. — Respondeu suave, já pegando duas sacolas de sangue, sem nem esperar que Theodore dissesse quantas queria.
E sem esperar muito, Theodore entregou as 10 pratas e pegou as duas sacolas com sangue, abrindo uma delas rapidamente.
Nakan encarou a cena horrorizado, mas não comentou, sua atenção já voltando para o vendedor.
Nakan Shine
— Mas, onde é esse bairro ou coisa assim? — Perguntou novamente para atrair o vendedor ao assunto anterior.
???
— Ah sim, é um pouco mais no fundo da favela, você vai ver um elevador com luzes esverdeadas em cima, vai ter dois caras na frente, você fala o código 507. — Respondeu contando as moedas de prata.
Nakan Shine
Nakan franziu o cenho, mas concordou, agradecendo ao vendedor. — Tá, valeu.
Pouco tempo depois já estavam próximos do local dito pelo vendedor, Theodore aproveitando da sua segunda sacolinha de sangue, com os lábios sujos.
Nakan Shine
— Vem cá, cê não toma sangue a quanto tempo? Parece um animal. — Resmungou observando Theodore terminar a sacola e jogar num canto qualquer.
Theodore Eilif
Theodore lambeu os lábios, olhou para Nakan, e respondeu seco. — Se eu não estivesse fazendo um acordo com você, eu não estaria com fome.
Com a resposta seca e bruta, o silêncio pairou entre os dois até chegarem nos portões do elevador, com os dois caras na qual o vendedor havia falado anteriormente.
Nakan Shine
— Código 507. — Disse sério, quase que indiferente, apesar de estar um tanto nervoso.
E sem muito esforço conseguiram entrar no elevador. Estavam agora descendo, o ar ficando cada vez mais poluente e cinzento.
Theodore Eilif
— Por quem a gente vai pedir as informações? O vendedor te disse? — Perguntou com a mão no bolso, os dedos se entrelaçando no colar guardado.
Nakan Shine
— Já sei com quem falar pra ter as informações que precisamos.
Theodore Eilif
— E com quem vai ser? Tem o nome? — Perguntou novamente, o olhar preocupado.
Nakan Shine
— Um tal de Augusto, Gustavo... Não sei direito o nome, é algo assim. — Respondeu enquanto a porta abria.
Theodore Eilif
— Fica difícil quando o parceiro que eu tenho sabe das coisas pela metade. — Resmungou enquanto saia, já impaciente.
Enquanto saiam, eram recebidos por uma cidade meio iluminada, crianças mal vestidas correndo e rindo por aqui e ali, magos fazendo magias bobas para ganhar dinheiro, bordéis, bares cheios e um odor cítrico que invadia todo o lugar.
Theodore Eilif
Ao sentir o cheiro, Theodore rapidamente pegou o punhado de cabelo e comentou. — É o mesmo cheiro do cabelo.
Nakan Shine
— Eu nunca erro, tenho bom faro. — Respondeu presunçoso, com um leve sorriso no rosto.
Ouvindo tal comentário, o louro apenas rolou os olhos, caminhando ao lado de Nakan.
Theodore Eilif
— Certo, certo, mas onde que é o lugar que vamos receber informação? — Perguntou olhando aos arredores, procurando por alguém que parecesse esperar por eles, mas no final, não encontrando ninguém.
Nakan Shine
— Ele não tá esperando a gente parado na frente do estabelecimento, idiota, a gente vai até lá, só segue.
Caminharam não por muito tempo, parando em frente a um estabelecimento não tão longe dos portões do elevador, o local tinha como nome, Black Roses, uma taverna bem barulhenta e movimentada, com homens grandes e provavelmente bárbaros. Lá dentro, após algumas olhadas no local, Nakan foi caminhando até um rapaz de provavelmente 20 anos, negro, tinha estilo e usava dreads no cabelo; tamborilhava os dedos na mesa com tédio, até ver o japonês.
Gustavo
— Finalmente menó, Nakashi né?? — Disse se levantando da mesa estendendo a mão até Nakan, com um sorriso travesso no rosto.
Autor
BEM BEM BEM, ACABEI POSTANDO MAIS CEDO
Autor
Estava muito ansioso e acabei postando mais cedo
Autor
aliás, preciso dizer q apesar da obra ter a hashtag de yaoi, não haverá tanto romance assim entre Theodore e Nakan (darei a vces migalhas, mas é melhor doq nada🙄)
Autor
Enfim, um beijão do shiro e até próxima semana!!
Autor
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