Conhecendo a Autora Lúcia Helena.
Sou Lúcia Helena, tenho 40 anos, casada, mãe de menina, a minha maior inspiração. Sempre fui apaixonada por leitura e pela escrita desde muito nova quando escrevia versos e poemas.
“Comecei a escrever romance por paixão, daí em diante não parei mais e amo o que faço e seguirei assim até o fim da vida se Deus me permitir”
A minha frase na vida é “posso ir até onde eu quiser ir, é só colocar amor naquilo que faço”.
Sejam bem-vindos a mais uma obra, nessa plataforma, espero que gostem e viajem na história de amor de Regina e Mateus, boa leitura a todos. Bom dia, boa tarde, boa noite.
Entendendo o Enredo...
Regina sempre foi uma mulher determinada, mas uma noite mudou o rumo de sua vida. Durante uma noitada, ela se envolveu com Mateus Valente, o poderoso e sedutor CEO de um império empresarial. O que deveria ter sido apenas uma noite de paixão intensa, acabou resultando em algo inesperado: uma gravidez.
Assustada e sabendo que o mundo de Mateus era completamente diferente do seu, Regina decidiu seguir sozinha. Criou sua filha, Liz, com todo amor, enfrentando desafios, mas mantendo em segredo quem era o pai.
Cinco anos depois, o destino dá sua cartada: Regina aceita um novo emprego de acompanhante da mãe de um homem importante e poderoso e, ao se adaptar ao novo cargo um dia, reencontra Mateus, ainda mais imponente, mas com o mesmo olhar capaz de desarmá-la.
Mateus fica intrigado com a presença dela e, pouco a pouco, descobre a verdade: ele tem uma filha. O choque se mistura com a raiva por ter sido mantido no escuro, mas também com uma emoção que ele não consegue controlar.
Agora, eles precisam lidar com um turbilhão de sentimentos:
O reencontro de um amor mal resolvido.
A ligação imediata de Mateus com a filha.
O medo de Regina de perder sua independência.
As barreiras do orgulho, do passado e das responsabilidades.
Entre conflitos, segredos e uma paixão que insiste em renascer, Mateus, hoje vivendo um casamento de fachada com Monalisa, terá que provar que não é apenas um CEO implacável, mas também um homem capaz de amar de verdade.
📖 Apresentação dos protagonistas
Regina Amaral é uma talentosa arquiteta que, após a dolorosa perda dos pais, tenta reconstruir sua vida entre projetos e responsabilidades. Mas por trás de sua força e delicadeza, ela guarda um segredo que mudou seu destino: Liz, a filha que nasceu de uma única noite de amor com um homem que marcou sua alma. Mateus Valente, o CEO implacável e poderoso. Decidida a proteger a criança e sua própria paz, Regina manteve a paternidade em silêncio, até o dia em que o destino resolve cruzar novamente os caminhos deles.
— Sou Regina Amaral Arquiteta, perdi recentemente meus pais, tento equilibrar a dor do luto com a criação da minha filha, Liz, uma menina alegre e cheia de vida. Carrego comigo um segredo guardado a sete chaves: Liz é fruto de uma noite de amor com um CEO irresistível. Para proteger a minha filha e o próprio coração, decidi nunca revelar a verdade sobre a paternidade e criar a minha filha sozinha.
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Mateus Valente é um CEO implacável, acostumado a comandar impérios empresariais com a mesma frieza com que ergueu sua própria reputação. Para todos, ele parece ter a vida perfeita: riqueza, status e um casamento com Monalisa, uma mulher de aparência impecável, mas cujo amor nunca existiu de verdade. A relação não passa de uma fachada, um acordo social que somente reforça a solidão que ele carrega por dentro.
— Sou Mateus Valente, comando o império da minha família com muita dedicação e firmeza. Cinco anos atrás, passei uma noite com uma mulher desconhecida, que nunca mais a reencontrei, mas que jamais consegui apagar da memória. Sou casado há três anos com Monalisa, mas infelizmente vivo um casamento de fachada que me dá uma dor de cabeça tremenda. Acho que nunca irei amar de verdade.
Continua…
Sejam bem vindos a minha nova obra. Espero que gostem, curtam bastante, votem, avaliem, favoritem, presenteiem com flores e moedas e principalmente comentem cada capítulo, pois a interação com vocês é de suma importância para a melhoria da minha escrita e trabalho. Boa leitura a todos vocês…
Cinco anos atrás — O Convite
Regina Amaral…
Chove bastante desde hoje bem cedo, e os meus pais resolveram passar o final de semana na casa dos meus tios que moram num sítio do interior. Estou em casa em pleno sábado, sem vontade de sair para lugar algum. O meu celular vibrou em cima da mesa de vidro da sala. Olho para a tela com preguiça: era Juliana, minha melhor amiga, sempre cheia de energia mesmo em dias de tempestade.
💬 Hoje você não tem desculpa! Arrume-se, vamos à boate mais nova da cidade. Só eu e você.
Dizia a mensagem, seguida de um emoji piscando.
Li a mensagem da Ju e suspirei. Não estava no clima. A semana havia sido longa, carregada de reuniões, cobranças e lembranças de um coração que ainda insistia em doer. Como o Ronaldo foi capaz de me trair. Mas havia algo na insistência de Juliana que despertava uma pontinha de curiosidade. Ignorei a mensagem dele e voltei a minha atenção a tv num programa que nem estava prestando atenção.
Minutos depois, outra mensagem da Ju:
💬 Prometo que vai ser uma noite inesquecível.
Sai do sofá, encarei minha própria imagem refletida no espelho da sala. Talvez fosse mesmo hora de quebrar a rotina, de me permitir sentir algo novo, diferente do que estou acostumada, já que só tenho o costume de fazer compras, passear no shopping, ir ao cinema. Aquele vestido preto guardado no fundo do armário parecia me chamar, respirei fundo mais uma vez. Quando finalmente respondi com um simples.
💬 “Vou me arrumar”
Senti um frio percorrer-me a minha pele, como se aquela decisão fosse muito maior do que apenas uma saída noturna. Não posso mais desistir porque a Ju a essa altura já deve estar eufórica, pois finalmente topei ir para a noitada.
Finalmente me arrumei, entrei no meu carro e fui até o encontro da Ju que deverá me esperar em frente a boate, já que moramos de lados opostos.
Quase desistir no caminho após pegar um trânsito infernal, mas seguir e assim que cheguei ao endereço indicado pelo meu GPS.
Estacionei, saí do meu carro e enquanto estava distraída, ajeitando a minha bolsa no ombro quando ouvi a voz animada chamando o meu nome.
Juliana — Regina! Finalmente!
Regina — Oi, Ju!
Olhei e Ju surgiu apressada pela calçada, os cabelos soltos balançando ao vento da noite. Eu sorri, um pouco hesitante e assim que nos aproximamos.
Regina — Pensei que você fosse desistir…
Juliana — E perder a chance de arrastar você para uma noite divertida? Nem morta!
Regina — Eu estava quase desistindo.
Digo isso e a Ju rir ironicamente, segurando a minha mão com carinho.
Juliana — Você anda tão fechada em casa, amiga. Hoje é dia de esquecer os problemas. Quem sabe hoje você não esquece de vez aquele seu ex traidor.
Regina — Antes fosse fácil.
Respirei fundo, tentando disfarçar a pontada de saudade que sempre vinha quando pensava no meu ex até que falo.
Regina — Não sei se estou no clima…
Falo isso desanimada quando a Ju me encarou com firmeza, mas com aquela doçura que só ela tem.
Juliana — Justamente por isso. Você precisa respirar, se permitir. Quem sabe até dançar um pouco?
Regina — Aí Ju, só você mesmo amiga.
Sorrimos e nós duas seguimos lado a lado, o som distante da música da boate já vibrando pela rua iluminada. O meu coração batia mais rápido, não só pela expectativa da noite, mas por uma sensação estranha que não sabia explicar, como se algo importante estivesse prestes a acontecer comigo.
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Do outro lado da cidade — O convite
Mateus Valente…
Estou acostumado à minha rotina rígida dos negócios já que acabei de assumir a direção executiva da empresa da minha família. Poderia ser uma noite de sábado chuvosa em que eu somente quero ficar em casa, mas fui surpreendido por um convite inusitado. Um grande amigo ou talvez um sócio com quem mantenho uma relação de confiança.
💬 Bora para uma noite na boate mais badalada da cidade.
— Visualizei a mensagem e Inicialmente relutei, considerei a proposta perda de tempo, quem vai para a balada em noite de chuva? Mas algo dentro de mim me pede uma fuga da rotina sufocante. A insistência do meu amigo e o peso do vazio em minha vida no auge dos meus 30 anos me convencem. Relutei, mas decidi aceitar o convite do Ricardo que acabou me convencendo.
— Fui até o closet e escolhi aquela roupa que há tempos não usava e mesmo que não seja a minha preferida, para uma balada está adequada e até que me veste bem. Aquela calça preta que combina perfeitamente com a minha jaqueta em tons de marrom. Me vesti e finalmente entrei no meu carro a caminho da boate tão falada pelo Ricardo, meu amigo que acaba me convencendo de tudo.
Marquei com ele em outro local, estacionei meu carro importado em frente a um bar discreto, ponto de encontro combinado antes da balada. O meu amigo de longa data, Ricardo, já me esperava encostado no capô de seu carro, com aquele sorriso irreverente que sempre o acompanhava.
Ricardo — Finalmente! Achei que havia desistido.
Mateus — Porque faria isso?
Ricardo sorri batendo na porta do meu carro quando finalmente decidi descer do meu automóvel ouvindo as lamentações do meu amigo.
Ricardo — Pensei que ia me deixar plantado aqui.
Mateus — Claro que não.
Eu ajeitei o meu relógio caro no pulso enquanto sorria de leve.
Mateus — Trabalho, como sempre. Mas hoje é pra relaxar, não é?
Ricardo — Exatamente! Boa noite!
Mateus — Boa noite!
Cumprimentei o Ricardo que logo me entrega uma garrafinha de whisky em miniatura, como quem faz um brinde antecipado.
Ricardo — Só não vale ficar com aquela cara de CEO carrancudo a noite inteira.
Mateus — Vou tentar
Respondo isso seco aceitando a bebida, mas decidi não abrir por enquanto. Caminhamos juntos até a esquina onde ficava a entrada da boate, a conversa foi ficando mais descontraída. Ricardo como sempre falava sobre aventuras passadas, conquistas e risadas, tentando arrancar risadas minha porque é isso que gosta de fazer.
Ricardo — Você precisa se lembrar de como é viver, irmão. Uma noite, uma dança, uma mulher interessante... às vezes muda tudo.
Mateus não respondeu de imediato, mas uma lembrança antiga irá fazê-lo responder até que falo.
Ricardo — Um par de olhos que nunca esqueceu. Quem sabe hoje é o dia de esquecê-la?
Mateus — Cala a boca.
Suspirei fundo, sem deixar transparecer, abrindo um meio sorriso.
E lado a lado, ambos entramos no movimento da noite iluminada, rumo à balada que prometia mais do que apenas música alta e copos cheios.
Continua…
A chegada a balada — A Porta Vermelha
Regina Amaral…
A noite parecia mais densa naquela parte da cidade. O ar carregava o cheiro de chuva recente misturado ao da fumaça dos escapamentos, e cada passo sobre a calçada molhada ecoava como um prelúdio para algo incerto. Ajeitei a alça da bolsa no meu ombro, enquanto Juliana, sempre mais ousada, caminhava à frente com o salto 15 batendo firme no asfalto. Quando ouço da Juliana, que lança um sorriso rápido, desses que escondem mais do que revelam.
Juliana — Relaxa, amiga. Hoje a gente vai se divertir.
Regina — Tô relaxada Ju.
Tento sorrir de volta, mas meu coração batia acelerado. Não era medo, exatamente; era um tipo de excitação ansiosa, como se estivesse prestes a atravessar um portal. A boate surgia no fim da rua, discreta e, ao mesmo tempo, chamativa, com uma porta vermelha marcada por um letreiro de néon que piscava em azul: eclipse.
Na entrada, uma fila de pessoas se estendia pela calçada, cada uma carregando seu próprio teatro de roupas justas, perfumes fortes e olhares que buscavam aprovação. Juliana me puxou pelo braço e, com a naturalidade de quem já conhecia os caminhos, me conduziu até o segurança com quem, fala, estalando os dedos com intimidade.
Juliana — Boa noite, Cléber.
Cléber — Boa noite, aqui as pulseiras de acesso, sejam bem-vindas.
Regina — Obrigada!
O homem, enorme, de braços cruzados, somente arqueou a sobrancelha e abriu espaço, sem solicitar documentos nem questionar, apenas nos deu a pulseira de acesso ao ambiente. Percebi que Juliana estava em casa ali, e essa sensação de pertencimento alheio me fez estremecer.
Ao cruzarmos a porta vermelha, fomos engolidas pela penumbra pulsante da boate. O som grave da música eletrônica atravessou o meu corpo, vibrando nos ossos, quase como um segundo coração. As luzes estroboscópicas pintavam rostos desconhecidos de branco e azul, congelando expressões de prazer, risadas e segredos em fragmentos de segundos. Juliana se virou para mim, com os olhos brilhando sob o reflexo das luzes.
Juliana — Então, pronta para a noite?
Regina — Pronta.
Respondi, com a voz quase engolida pela batida da música. Respirei fundo. O ar cheirava a álcool derramado, perfume doce e um leve toque de fumaça artificial. Olhei ao meu redor: gente dançando em blocos compactos, corpos se encostando sem cerimônia, garçons atravessando com bandejas cintilantes de copos. Um frio percorreu-me a espinha, não só pela novidade, mas pela sensação de que, a partir daquele momento, nada seria exatamente igual.
Olhei para Juliana, que riu, puxando-me pela mão, me arrastando para dentro do turbilhão de luzes e sombras. A boate, com sua promessa de excessos e revelações, nos recebia de braços abertos. Eu estava perdida, ainda sem saber, estava prestes a descobrir muito mais do que diversão naquela noite.
Juliana — Se solta, está parecendo uma retardada que nunca curtiu uma balada.
Regina — Não nesse lugar, Ju.
Juliana revira os olhos como se estivesse me reprovando, mas curtimos a música em meio aos copos servidos pelo garçom. Horas depois, as luzes da boate pulsavam em tons de azul e dourado. O som grave fazia o meu coração bater no mesmo compasso da música. Pessoas dançavam, riam, brindavam como se o mundo lá fora não existisse.
Tive que admitir que a bebida estava ótima, mas entre flashes e multidão, avistei um homem alto, camisa ajustada que realça o corpo, cabelos arrumados com leve desleixo estudado. Ele se destaca sob as luzes coloridas da pista, o sorriso confiante atraindo olhares.
Encostado no balcão, olhar sério, um copo de uísque na mão, transmitia uma presença magnética que destoava de tudo ao redor. Ele parecia estar fora de lugar e, ao mesmo tempo, dominar cada detalhe do ambiente. Quando os nossos olhares se cruzaram, senti que a noite prometida por Juliana realmente não seria como nenhuma outra.
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Regina e Mateus — O Primeiro Olhar.
Eu desviei o olhar por alguns segundos, como se quisesse me proteger da intensidade daquele homem maravilhoso. Mas quando voltei a encará-lo, ele ainda estava ali, me observando. Não com arrogância, não como os olhares insistentes que tantas vezes já incomodaram em lugares assim. O dele era diferente: firme, curioso, quase desafiador.
Juliana, distraída na pista de dança, nem percebeu quando me aproximou do balcão. O meu coração acelerava, estava me perguntava se estava agindo por impulso. Ainda assim, não consegui resistir e tentando soar casual, embora a voz tivesse um leve tremor.
Regina — Boa noite!
Ele me olhou de perto, e um meio sorriso se formou em seus lábios carnudos.
Mateus — Agora, sim, boa noite.
Regina — Agora sim?
A voz dele era grave, envolvente, daquelas que arrepiam a pele e como um sorriso capaz de me desmoronar.
Mateus — Achei que você não fosse me dar a chance de dizer isso.
Falo isso e ela arqueou a sobrancelha, surpresa com a minha naturalidade dele até que me respondeu com um sorriso ainda tímido, abrindo a boca de lábios avermelhados do batom.
Regina — E por que teria essa chance?
Mateus — Porque desde que você entrou, eu só consegui olhar para você.
Senti que a minha sinceridade desarmou suas defesas. Percebi que o seu rosto aqueceu, mas ela manteve a pose. Solicitou uma taça de vinho ao barman e se virou de novo para mim e ousou perguntar.
Regina — Você sempre fala assim com desconhecidas?
Surpresa, pergunto isso a ele que inclinou o copo de uísque, saboreando a bebida antes de me responder.
Mateus — Não. Só quando sinto que não deveria deixar a oportunidade escapar.
O silêncio entre nós dois foi preenchido pela música ao fundo. Mas não havia pressa. O tempo parecia correr diferente ali, naquela troca de olhares. Ela sorriu de leve, tentando disfarçar o impacto que aquele a minha investida já causava em seu peito até que após uma golada de vinho.
Regina — E se eu te disser que não acredito em coincidências?
Mateus — Então talvez você também acredite no destino.
Eu me aproximei sutilmente, e a distância entre nós dois diminuiu. Foi nesse instante que percebi: aquela não seria somente mais uma noite de balada…
Continua…
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