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Tio Um Amor de Outra Vida

Avisos!

Olá, querida leitora e leitor.

Antes de começar saiba que esse livro está am atualização, portanto, se não gosta de ler livros incompletos, espere o livro estar concluído para ler.

A protagonista desse livro é uma mulher gorda e não espere que ela vá emagrecer para ser feliz, ela vai ser feliz primeiro, para depois decidir se quer ou não mudar.

O intuito do livro é mostrar que podemos ser felizes do jeito que somos e qualquer mudança que venha a acontecer, acontece porque decidimos fazer isso e não porque o preconceito nos obrigou.

Dados os avisos iniciais, vamos a apresentação dos personagens.

Protagonista, Sofia Moreira, 24 anos

Sofia renasceu no passado, na sua vida anterior era casada com Lucas Fontes, depois de sofrer nas mãos da sogra e após seu quinto aborto provocado por uma reação alérgica pro Verônica, sua irmã adotada, lhe ter dado alimento com amendoim, ela acabou morrendo. Até poderia ser salva, mas seu marido Lucas Fontes lhe negou socorro, o único que tentou a salvar foi o tio dele, Rafael Castro.

Nessa vida, Sofia acabou novamente drogada e acordou na cama com um homem desconhecido, que julgou ser Lucas Fontes novamente, mas durante a história ela acaba descobrindo que não foi ele, que dessa vez, quem estava com ela era o tio Rafael, o único que em duas vidas a amou verdadeiramente.

Lucas Fontes, 24 anos

CEO da Fontes e associados, solteiro cobiçado. Apesar de poder ter todas as mulheres que quiser, ele só tem olhos para a gorda Sofia. Ele renasceu sentindo remorso por sua outra vida, a qual nunca valorizou sua esposa e reconheceu que foi por sua culpa que ela morreu. Porém, nessa vida ele não consegue entender porque Sofia, que em outra vida sempre foi apaixonada por ele, nessa vida o rejeita sempre que ele se aproxima.

Rafael Castro, 36 anos

CFO da Fontes Associados.

O filho bastardo da família Fontes. Misteriosamente, sofreu um acidente no passado, o que o deixou deficiente por isso, mesmo que sua beleza atraísse muitos olhares, era rejeitado por todas as famílias, ninguém queria casar sua filha com o filho bastardo e deficiente dos Fontes. Ele também nunca expressou o desejo de se casar e sempre se manteve recluso.

Suas conquistas nos negócios superavam Lucas, mas ele nunca era reconhecido por seus feitos, apenas era apontado como o filho bastardo e deficiente dos Fontes.

Por esse motivo ele sempre olhou Sofia com olhos diferentes, ela era a filha legítima, mas por ser gorda seus feitos nunca eram reconhecidos, só ele percebia o quão maravilhosa ela era.

No início, quando a conheceu, sentia apenas compaixão, mas quando Sofia cresceu e começou a trabalhar na Fontes Associados, essa compaixão se transformou em algo diferente. Devido à diferença de idade, ele sempre se manteve afastado dela, apenas a ajudando silenciosamente. Mas foi surpreendido quando a própria Sofia se aproximou dele, ignorando todos os seus avisos para ela se afastar.

Verônica Moreira, 23 anos

Um rosto angelical que enganava a todos. Seu maior prazer é ver o sofrimento de Sofia. No fundo sentia inveja de Sofia, por ela ter uma família, ser uma arquiteta talentosa e atrair os olhares dos herdeiros Fontes.

Verônica foi adotada pelos pais de Sofia quando ainda era pequena e desde que chegou a família sempre fez da vida de Sofia um inferno. Mas agora, estranhamente Sofia não estava caindo mais em seus truques e a sua máscara de boa garota estava com os dias contados para ser retirada.

Capítulo 1

“Se eu tivesse outra vida, jamais me casaria com você!”

Essa frase ecoava na mente de Sofia, a dor lancinante do aborto ainda a fazia se inclinar, cravando as unhas em seu abdômen.

Mas ela não estava mais deitada e agonizando em uma cama de hospital, ela estava festejando em um bar de hotel.

— Sofia, o que está havendo com você? Beba mais um pouco!

Ela ouve a voz de Verônica, sua irmã adotada, a incentivando a beber mais vinho. Os amigos dela gritavam.

— Vamos Sofia, beba mais!

Aquela cena era tão familiar, ela já havia vivido isso. Ela se lembrou que na primeira vez que isso aconteceu, ela queria muito que aquelas pessoas gostassem dela e ela havia bebido tudo.

De repente, Verônica começou a acenar.

— Aqui! Estamos aqui! 

Todos olharam para a direção que Verônica acenava e ele tinha acabado de chegar, Lucas Fontes, o jovem Lucas Fontes, diferente do homem que Sofia conheceu, sem aquele olhar de desprezo que tantas vezes ele lhe ofereceu na outra vida, sem as acusações e mentiras.

Eles trocaram olhares por alguns segundos, mas os segundos duraram anos de uma vida de sofrimento. 5 anos casada com esse homem que tanto a desprezou, que esfregou em sua cara inúmeras vezes que seu carinho e atenção seria direcionado a outra mulher.

Aquele homem que no passado a fazia suspirar apaixonada, agora era o rosto que lhe trazia lembranças terríveis. Ele que em sua outra vida, negou socorro enquanto ela estava abortando e ainda se negou a autorizar a cirurgia que salvaria sua vida, causando sua morte.

Lucas Fontes voltou a caminhar, sem desviar o olhar de Sofia e ela se lembrou que foi naquele dia que tudo aconteceu, que foi naquele dia que ela foi drogada e acordou nua, entrelaçada a ele, na cama.

Aquelas pessoas que agora pareciam querer sua amizade, estavam tirando fotos e zombando, chamando-a de gorda e vadia.

As fotos foram postadas e viralizaram na internet e mais e mais pessoas a xingavam a acusavam ter drogado Lucas Fontes para que ele tivesse passado a noite com ela. 

Seu corpo foi exposto e ridicularizado e por isso ela quase pensou em se matar, o que a impediu, foi a descoberta de sua primeira gravidez.

Após a descoberta, Lucas Fontes que até aquele momento, nunca a defendeu, se pronunciou, ele iria assumir a responsabilidade e se casar com Sofia.

Um fio de esperança se instalou em seu coração, ela pensou que aquela gravidez faria com que Lucas a defendesse e aquele casamento faria com que ele a amasse. Ela prometeu a si mesma que seria a melhor esposa e a melhor mãe assim, faria com que ele correspondesse seus sentimentos.

Mas nada aconteceu como ela imaginou, ele a negligenciou, deixou que pessoas a machucassem, aquele primeiro bebê ela abortou e muitos outros abortos aconteceram, até o último que acabou causando a sua morte.

Relembrando a sua outra vida, Sofia decidiu, ela iria reescrever a própria história.

Enquanto todos bajulavam Lucas, Sofia olhou para a sua taça com o vinho que provavelmente estava com a droga, ela havia tomado a metade, mas ainda não tinha tomado tudo. 

Ela tinha uma chance de escapar.

Pensando rápido, Sofia derramou o restante do vinho no copo de Verônica, relembrando os últimos acontecimentos de sua vida passada, agora ela sabia que Verônica não era inocente quanto parecia e provavelmente foi ela quem colocou droga na sua bebida, com a intenção de ridicularizá-la, mas agora, Sofia faria ela sentir um pouco do próprio veneno.

Em seguida, Sofia se virou decidida a se afastar. Ela deu alguns passos e sentiu o  chão embaixo de seus pés afundar e tudo girar. Pensou que provavelmente o pouco da droga que bebeu já estava fazendo efeito.

Mas movida pela força de vontade de mudar sua história, ela foi cambaleando, se apoiando na parede.

— Sofia! Sofia! — ela ouviu os chamados, mas não se virou, estava decidida, não iria repetir o mesmo destino de sua vida passada.

Logo alcançou o elevador e quando entrou, quase foi tomada por um alívio, mas assim que se virou, viu Lucas vindo em sua direção, ela ficou tão assustada que o olhar dela o fez paralisar por alguns segundos, mas logo ele voltou a caminhar em direção ao elevador.

Sofia apertava o botão de fechar a porta, na mesma velocidade das batidas de seu coração. Ela sentia sua consciência começar a falhar e para mudar seu destino, não deveria perder a consciência perto de Lucas Fontes.

Quando ele estava a um passo do elevador, a porta se fechou, trazendo finalmente o alívio que tanto precisava. Mas ainda havia um caminho a percorrer, ela tinha que conseguir chegar ao seu quarto e se trancar lá. 

Os períodos de consciência e inconsciência se alternavam, os efeitos estavam ainda mais fortes.

Quando o elevador parou, ela se arrastou para fora, repetindo para si mesma. “Terceira porta à esquerda.” 

Assim que chegou a porta, tentou verificar o número do quarto, mas sua visão se turvou e ela resolveu confiar em sua intuição e tentar abrir a porta.

Mas o cartão foi recusado.

Ela tentou mais uma vez e foi recusado novamente.

Com raiva e relembrando que havia acontecido o mesmo quando ela chegou ao hotel, ela chutou a porta.

— Abre logo, caramba!

Sofia tentou novamente e mal encostou o cartão e a porta se abriu, ela entrou no quarto e de repente, foi tomada por um braço forte a envolvendo.

— Sofia? — ela ouviu uma voz masculina e seu coração parou de repente.

Ela piscou e na penumbra, com a  visão turva, conseguiu reconhecer um  rosto masculino, olhos claros e cabelos aloirados, mais nada além disso. Logo concluiu, era Lucas.

— Como você chegou primeiro? Não. Não. Lucas de novo não! 

Ela disse, mas não conseguiu se livrar do homem, sentiu a pele desnuda dele ao seu toque, passou a mão pelos seus ombros largos e os músculos tensos de seu peito.

Sua mente dizia para ela fugir, mas o corpo reagiu, ela se sentiu quente, ela sentiu seu interior se contorcendo de desejo.

“Só pode ser uma droga afrodisíaca…” ela pensou, tentando resistir, mas o desejo era mais forte e logo ela se colocou nas pontas dos pés e tomou os lábios daquele homem em um beijo desesperado.

A princípio, ele não correspondeu, mas logo não resistiu e correspondeu o beijo com ainda mais fervor. Ele a jogou na cama e em seguida abriu suas pernas e se pôs entre elas.

Sofia suspirou, sentindo-o duro, encostando no meio de suas pernas, aquele corpo era inocente, mas sua mente com lembranças de outra vida, tinham memórias de como era ser tomada por um homem.

Ela enlaçou as pernas na cintura dele e começou se esfregar na sua dureza, querendo mais…

Capítulo 2

Ele se empolgou e abriu a blusa de Sofia, arrancando todos os botões, fazendo seus seios pularem para fora.

Ela gemeu se contorcendo, mas ele parou de repente.

— Sofia, você está bêbada?

— Não, não… — ela disse e abraçou o pescoço dele, o beijando novamente.

Ele sentiu um pouco de gosto de vinho, mas não era forte, era quase imperceptível, alguém que bebeu muito teria um gosto forte de álcool.

Enquanto ele analisava o sabor da boca dela, ela enfiou a mão por dentro da calça dele. Ele gemeu sentindo seu toque e imediatamente esqueceu suas preocupações e puxou a saia dela para cima, arrancando sua calcinha.

Sofia mordeu o ombro dele, sentindo a dor do rompimento de seu hímen, lembrando que aquele corpo ainda era intocado. 

Mas ela não o impediu, tomada pelo desejo, cravou as unhas em suas costas e ele investiu contra ela impiedosamente, acariciou e apertou cada pedaço de pele desnuda. De forma selvagem e apaixonada.

Sofia alternava entre momentos de consciência e inconsciência, pensava que talvez por não ter bebido todo o vinho drogado não perdeu totalmente a consciência como na outra vida.

Em algum momento, entre gemidos, ela pediu. 

— Amanhã, quando tudo isso acabar. Não me procure nunca mais!

O homem parou de repente, dava para ver de relance, que ele a encarava.

Mas ela o puxou e voltou a beijá-lo, logo ele não resistiu e continuou a se mover entre suas pernas provocando gemidos de prazer a noite toda.

Sofia acordou de repente, olhou em volta e tudo estava silencioso, olhou para trás e tinha um homem dormindo de costas para ela. Ela olhou os cabelos aloirados e pensou.

— Era o Lucas Fontes mesmo! Droga!

Ela se levantou rapidamente e vestiu suas roupas, saiu correndo do quarto, fez o checkout e praticamente correu para fora do hotel.

Na rua, ela caminhou por horas sem perceber. Toda os acontecimentos da noite passada e os acontecimentos finais de sua outra vida passavam por sua cabeça. 

Ela viu alguém passando, vendendo sorvete em um carrinho e imediatamente pediu um.

Ela lambeu aquele creme gelado, sentindo um prazer que não daria para narrar. Em sua outra vida, a sua sogra a impedia de comer qualquer coisa que não fosse sopa de ossos. Ela só podia comer aquela sopa feita com restos.

Ela dizia que era para a sua saúde, mas ela sabia que na verdade era para a torturar, por ela não ser a nora perfeita que ela tanto queria. 

Ela ainda podia ouvir Magda Fontes gritando: 

— Sua gorda imprestável, nem para manter uma gravidez serve! Ainda reclama que está com fome? Porcas comem isso mesmo, os restos!

Sofia se lembrou como sofreu de desnutrição e após cada aborto que teve, mesmo com seus ossos saltando sob a pele, a sua sogra lhe apontava o dedo, dizendo que não conseguiu segurar a gravidez por comer muito.

Sofia apertou a sua barriga, sentindo que suas gorduras voltaram. Aquelas mesmas gorduras que na outra vida eram motivo de sua baixa autoestima, agora eram motivos de sua felicidade.

Ela sorriu e disse:

— Ser gorda nem é tão ruim assim! Existem coisas piores na vida!

Ela tomou o seu sorvete e saltitou, parando em frente a uma farmácia. Seu sorriso se desfez ao lembrar da noite passada.

Ela sentiu um arrepio percorrer suas costas, a noite anterior Lucas usou seu corpo como nunca fez na outra vida. 

Na outra vida na cama ele apenas a procurava quando sentia que tinha que a compensar após mais uma decepção que lhe causou. Não parecia algo espontâneo, não parecia que ele a desejava realmente.

Mas na noite passada, ele a possuiu com desejo e paixão. Definitivamente foi a primeira vez que se sentiu desejada de verdade, ele até parecia ser outra pessoa.

Mas ela voltou no tempo, não é?

Ele ainda não tinha se tornado o mesmo homem de sua vida passada.

E talvez, ele também estivesse drogado com aquele afrodisíaco.

E com as lembranças da vida passada, agora ela sabia que haveria consequências e se queria reescrever sua história, deveria tomar contraceptivos.

Já passava do meio dia, quando ela chegou em casa, com uma sacolinha da farmácia nas mãos.

Na sala, estava seu pai e sua mãe, sentados um de cada lado de Verônica, a filha adotiva.

— Aí, mamãe minha cabeça dói tanto. Se não fosse Sofia insistindo eu não teria bebido. — ela disse, choramingando.

— Sofia só me dá desgosto! Como eu queria que você ao invés dela fosse minha filha biológica. — a mãe disse.

— É sério mesmo?! Mas a Sofia que é a filha biológica de vocês, eu sou apenas uma órfã que foi abandonada em um orfanato por pais viciados em jogos. Se a Sofia ouvisse isso, ficaria tão triste.

Verônica disse, encenando sua falsa inocência.

— A querida, é claro que queríamos que você fosse nossa filha biológica. — o pai a abraçou — Você é tão melhor que a Sofia, tão pura, tão inocente. Um anjo em nossas vidas.

O pai e a mãe abraçaram Verônica e ela olhou de relance para Sofia, mostrando que sabia que ela estava ali.

Sofia não disse nada, apenas caminhou em direção às escadas. Na vida passada, ouvir que seus pais preferiam a irmã adotada, a machucava muito, mas agora, isso não fazia mais sentido. O amor deles era algo que ela desistiu de buscar nessa vida.

Nessa vida ela iria viver para si mesma, sem buscar a aprovação dos pais.

— Sofia! Onde estava? — assim que ela colocou o pé no primeiro degrau, ouviu seu pai gritar.

— No mesmo lugar que sua filha. — ela respondeu, indiferente.

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