Há uma verdade inegável que define a experiência humana: Traumas endurecem pessoas, mas a vulnerabilidade as une.
Este livro nasceu da necessidade de explorar as armaduras que construímos. Quando a vida nos fere, o instinto é criar muros, erguer fortalezas de pragmatismo, frieza ou ambição, apenas para garantir que a dor do passado não nos atinja novamente. Mas o que acontece quando o verdadeiro amor, aquele que não pede permissão, encontra essas paredes?
Esta não é apenas uma história de amor. É um mergulho visceral na jornada de Ryan, o homem que trocou o coração pela eficiência, e Zendaya, a alma artística que usa a paixão como escudo. Eles vêm de mundos opostos — o gráfico de desempenho contra a tela em branco —, e o encontro deles é menos um romance e mais uma batalha interna.
A história questiona: é possível desconstruir anos de dor em nome de uma conexão genuína? O preço da vulnerabilidade é alto, pois expõe as falhas e os medos mais profundos, exigindo uma coragem que transcende a atração.
O leitor encontrará páginas sobre rejeição, sobre a necessidade de redenção e sobre o reconhecimento de que o amor verdadeiro não é possessivo, mas, sim, respeitoso. O caminho não será fácil. Mas, ao virar esta página, convido você a testemunhar a beleza da destruição: o som da armadura estalando, a lenta cicatrização de feridas antigas e a descoberta de que a maior força de um ser humano reside na sua capacidade de amar sem reservas.
Seja bem-vindo a uma história sobre a coragem de ser quem você realmente é.
A luz fria do saguão de uma galeria de arte era o único mundo que Ryan Monroe conhecia. Como CEO de uma empresa de tecnologia, seus dias eram medidos em gráficos de desempenho e prazos de entrega. Ele estava ali por obrigação, acompanhando um cliente que insistia em misturar negócios com cultura.
A voz do cliente, um eco distante em sua mente, falava sobre a beleza de uma escultura moderna. Ryan, no entanto, não via nada além de uma massa disforme de metal retorcido. Sua atenção foi desviada para uma garota no canto da sala. Ela não se encaixava no ambiente de ternos caros e sapatos de grife. Os cabelos castanhos estavam presos em um coque bagunçado, os braços manchados de tinta e os olhos, brilhando com uma intensidade que ele nunca havia visto antes, estavam fixos em uma tela vazia.
O cliente o chamou, mas Ryan não o ouviu. Ele observou a garota, que tirou uma pequena espátula do bolso, e com um movimento suave e preciso, adicionou a primeira pincelada de tinta na tela. Era um traço vermelho vibrante, que rompeu com o branco imaculado e preencheu o espaço com uma energia que fez Ryan prender a respiração. Era como se ela não estivesse pintando apenas uma tela, mas sim, uma parte da sua alma.
Os olhares de Ryan e da garota se encontraram, e ela sorriu. Era um sorriso tímido, mas cheio de alegria e de vida. Era um sorriso que dizia que ela tinha encontrado a resposta para uma pergunta que nem Ryan sabia que estava a fazer.
"Zendaya", ela disse, a voz suave como um sussurro. "Você também gosta de arte?"
Ryan, o homem que sempre tinha a resposta certa para tudo, não sabia o que dizer. Ele estava preso, flutuando entre a frieza do seu mundo e o calor daquele sorriso. Ele se sentiu como um intruso, uma peça deslocada naquele universo. E pela primeira vez em sua vida, a sensação não o assustava.
Após o rompante, um silêncio elétrico paira entre eles, mas no íntimo de Ryan, algo se transforma. Uma corrente de admiração, misturada com uma pontada de desejo inexplorado, floresce em seu peito. Nunca antes alguém ousara desafiá-lo daquela forma, transcender a barreira de sua armadura cuidadosamente construída. A ousadia de Zendaya, a maneira como ela se mantém firme, mesmo diante da sua aparente superioridade, acende uma chama dentro dele que ele jamais soube que existia.
Não é apenas atração física, embora essa também seja inegável; é algo mais profundo, uma conexão que ressoa em um nível visceral. Ryan sente uma compulsão avassaladora de conhecê-la de verdade, de desvendar as camadas de sua personalidade complexa e cativante. Ele percebe que, por trás da frieza momentânea, existe uma vulnerabilidade que o atrai irresistivelmente. Ela o faz questionar tudo o que ele sempre acreditou sobre si mesmo, sobre o amor e sobre as dinâmicas de poder.
Ryan observa Zendaya, a maneira como a luz do salão realça os contornos de seu rosto, a determinação cintilando em seus olhos. Uma onda de ternura o invade, uma vontade genuína de protegê-la, de mostrar a ela o quão especial ela é. Ele sabe que tem muito a aprender com ela, que essa conexão improvável pode ser a chave para desbloquear uma parte de si mesmo que ele manteve escondida por tanto tempo. A rejeição momentânea não o afasta; pelo contrário, o fortalece em seu propósito.
Ryan está determinado a reconquistar a confiança de Zendaya, a mostrar a ela que ele é capaz de ser mais do que apenas um CEO frio e calculista. Ele quer se mostrar digno de seu afeto, de sua admiração, e, acima de tudo, de seu respeito.
Ryan sente o peso da rejeição. O toque forçado, a demonstração de carinho não correspondida, pairam como uma sombra entre eles. Ele observa Zendaya se afastar, a expressão no rosto dela um misto de dor e decepção. Aquele momento, ele percebe, não apenas a afastou, mas também revelou uma faceta sombria de si mesmo que ele preferia ignorar.
No entanto, ele decide que não vai desistir. Conquistar Zendaya agora se torna um objetivo primordial, uma jornada que ele sabe que será árdua, exigindo mais do que apenas palavras bonitas e gestos grandiosos. Requer uma mudança genuína, um mergulho profundo em sua própria alma para entender suas falhas e aprender a amar de forma autêntica e respeitosa. Ele contempla os próximos passos, sabendo que a confiança de Zendaya foi abalada.
Reparar o dano exigirá paciência, empatia e uma demonstração constante de que ele está disposto a mudar. Ryan respira fundo, sentindo a determinação crescer em seu peito. Ele não pode apagar o que aconteceu, mas pode moldar o futuro. Começa por reconhecer seu erro, aceitando a responsabilidade por suas ações e demonstrando um compromisso sincero em se tornar uma pessoa melhor.
A jornada será longa e desafiadora, mas ele está disposto a enfrentar cada obstáculo, cada provação, para ter uma chance de conquistar o coração de Zendaya. Ele acredita que, por trás da frieza e da distância, ainda existe uma faísca de conexão entre eles, uma chama que ele se recusa a deixar extinguir. A partir de agora, cada palavra, cada ação, será um passo em direção à redenção, uma tentativa de mostrar a Zendaya que ele é capaz de amar de verdade, sem possessividade ou egoísmo.
As palavras de Zendaya pairam no ar, esperando uma resposta. Ryan sente o peso do olhar dela, uma mistura de curiosidade e expectativa. A sinceridade pulsa em Zendaya uma necessidade súbita de se despir da fachada e mostrar a vulnerabilidade que normalmente mantém escondida. ´Estou solteira porque os homens não atraem minha confiança´, Zendaya confessa, as palavras saindo com mais facilidade do que imaginava. ´Quando aparece um homem de boa aparência e bondoso, eu me afasto mais que depressa. Esses são os piores: eles tentam impressionar e se apegam ´. Há um silêncio breve e denso, quebrado apenas pelo murmúrio distante da festa. Zendaya teme ter falado demais, revelado um lado dela que deveria permanecer oculto.
Mas o olhar de Zendaya não muda. Pelo contrário, parece suavizar, como se ela tivesse encontrado uma chave para destrancar algo em Ryan. ´Entendo´, ele diz, a voz carregada de uma compreensão que a surpreende. ´A confiança é um presente raro, especialmente neste mundo.´ Ele aproxima ainda mais, quebrando a barreira do espaço pessoal com uma audácia que a deixa sem fôlego. Você sente o calor da respiração dela no seu rosto, o perfume suave invadindo seus sentidos. ´E o que a faz confiar em mim, Ryan?´ A pergunta é direta, um desafio sutil que a obriga a confrontar suas próprias dúvidas. Zendaya observa nos olhos, tentando decifrar o que se esconde por trás daquela fachada de homem compreensivo. Vê vulnerabilidade, uma sede de autenticidade que ecoa a sua própria.
Talvez seja isso. Talvez seja a intuição de que, por trás da fama e do glamour, existe um homem real, tão perdido inseguro quanto ela. ´Não sei´, ela admite, a honestidade vibrando em cada sílaba. ´Talvez seja porque você não está tentando me impressionar. Talvez seja porque você parece... real.´ Um sorriso genuíno ilumina o rosto de Zendaya, dissipando a sombra de dúvida que pairava sobre ele. ´Real´, ele repete, saboreando a palavra como se fosse um vinho raro. ´Gosto disso.´ Ele estende a mão e toca seu braço de leve, um gesto casual que envia ondas de eletricidade pelo seu corpo.
´Venha´, ela diz, a voz carregada de um convite silencioso. ´Quero te mostrar algo.´ Ela a guia para longe da multidão, através de corredores silenciosos e salas iluminadas com arte moderna. ele a deixa levar, seguindo-a como se estivesse hipnotizado. No fundo, sabe que está se aventurando em território desconhecido, abrindo mão do controle e se entregando a um destino incerto. Mas, pela primeira vez em muito tempo, não sente medo. Apenas uma excitação crescente, uma esperança de que, talvez, neste mundo de fantasia, ele possa encontrar algo real.
Zendaya a conduz por corredores labirínticos, a sua mão guiando-a com uma leveza que contrasta com a palpitação no seu peito. A galeria se torna um pano de fundo desfocado enquanto ele se concentra apenas na presença dela. O ar parece vibrar com uma energia sutil, um magnetismo que a atrai irresistivelmente. Quando ela finalmente para em frente a uma obra em particular, uma tela abstrata com cores vibrantes e pinceladas caóticas, ele obriga a respirar fundo e recuperar o controle. Zendaya se vira para ele o olhar intenso perfurando sua alma. ´Então?´, ela questiona, a expectativa dançando nos olhos. A honestidade dela o desconcerta, a vulnerabilidade exposta o desarma. ´Estou impressionado com a sua honestidade´, você admite, as palavras ecoando no silêncio do corredor. É uma verdade simples, mas carregada de um peso emocional que a surpreende.
Ela sorri, um sorriso que parece iluminar todo o seu rosto. ´É refrescante, não é?´, ela murmura, o olhar fixo no seu. ´Neste mundo de máscaras e aparências, a honestidade é uma raridade preciosa.´ Ela se aproxima mais, o espaço entre vocês diminuindo até se tornar quase inexistente. Você sente o calor da respiração dela no seu rosto, o perfume suave invadindo seus sentidos. O coração dispara no peito, o pulso acelera. Você se perde nos olhos dela, um oceano profundo e misterioso que a atrai para as profundezas. ´E o que mais a impressiona, Ryan?´, ela sussurra, a voz rouca e sedutora. A pergunta é carregada de segundas intenções, um convite para explorar os desejos que você tem reprimido por tanto tempo. Você engole em seco, a garganta seca.
Sente-se preso em um turbilhão de emoções, dividido entre a cautela e a ousadia. Parte de você anseia por se entregar àquele momento, por se libertar das amarras da sua vida controlada e experimentar a intensidade do desejo. Mas a outra parte hesita, temerosa das consequências, receoso de se machucar. Zendaya observa sua hesitação com um sorriso divertido. ´Não tenha medo de ser honesto ´, ela a encoraja, o tom suave e persuasivo. ´Aqui, você pode ser quem realmente é.´ Ela estende a mão e toca seu rosto de leve, um gesto que a arrepia da cabeça aos pés. O toque é suave, quase imperceptível, mas o impacto é avassalador. Você se sente desarmado, exposto, vulnerável. E, de repente, percebe que não se importa.
Pela primeira vez em muito tempo, você está disposta a arriscar tudo, a se jogar de cabeça em um abismo de incertezas. ´Impressiona-me a sua coragem´, ele confessa, a voz tremendo levemente. ´A coragem de ser você mesmo em um mundo que tenta constantemente moldá-lo.´ Um brilho intenso surge nos olhos de Zendaya, uma faísca de paixão que a incendeia por dentro. Ela se aproxima ainda mais, seus lábios a centímetros dos seus. ´E o que você faria com essa coragem, Ryan? ela provoca, o hálito quente acariciando sua pele. O mundo ao seu redor desaparece, restando apenas vocês dois, suspensos em um momento de pura intensidade. Você sabe que está prestes a cruzar uma linha, a se entregar a algo que pode mudar sua vida para sempre. E, no fundo, anseia por isso.
O hálito quente de Zendaya dança na sua pele, cada respiração um convite silencioso. Os seus olhos, duas piscinas escuras e profundas, prendem-na em um transe hipnótico. A pergunta dela paira no ar, carregada de promessas e desafios. O mundo ao redor se desfaz, a galeria se torna um borrão de cores e formas indistintas. A única realidade é a presença magnética de Zendaya, a proximidade palpável do desejo.
A coragem dela a inspira, a ousadia de se mostrar vulnerável a cativa. A sua própria hesitação se dissolve, substituída por uma urgência crescente, uma necessidade avassaladora de quebrar as barreiras que sempre a mantiveram segura. A distância entre vocês se torna insuportável. Lentamente, quase sem perceber, você se move. Um passo hesitante, depois outro, até que seus corpos estejam quase se tocando.
A respiração dela se acelera, o peito sobe e desce em um ritmo frenético. Você sente o calor que emana dela, uma energia vibrante que a percorre da cabeça aos pés. O perfume suave invade seus sentidos, uma mistura embriagante de flores exóticas e especiarias misteriosas. Os seus lábios se entreabrem, o coração martelando no peito. O desejo é uma corrente elétrica que a percorre, queimando cada nervo, cada fibra do seu ser.
Você se inclina um pouco mais, o olhar fixo nos lábios dela, a pele macia e convidativa. A tentação é irresistível. Você fecha os olhos, entregando-se ao momento, permitindo-se sentir a intensidade avassaladora daquele instante. O mundo desaparece, restando apenas vocês dois, suspensos em um limbo de pura paixão.
O silêncio paira entre eles, denso e carregado de expectativa. Ryan sente o coração martelando no peito enquanto observa Zendaya. A confissão frágil paira no ar, uma ponte tênue sobre o abismo que os separa. Ele respira fundo, buscando coragem nas profundezas de sua vulnerabilidade recém-descoberta. Ele dá um passo em direção a ela, quebrando a distância que havia criado. Um passo hesitante, incerto, mas carregado de intenção. Zendaya não se move, mas a atenção dela se intensifica, o olhar fixo nele como um farol.
A cada centímetro que ele se aproxima, ele sente a barreira entre eles se dissolvendo, substituída por uma eletricidade palpável. Ele para a poucos centímetros de distância, o perfume dela, uma mistura inebriante de tinta e alma, o envolvendo por completo. Ele pode ver as pequenas imperfeições em sua pele, as sardas dançando sobre o nariz, as minúsculas linhas de expressão ao redor dos olhos. São essas imperfeições, esses detalhes, que o atraem, que o fazem sentir uma conexão genuína. Ele estende a mão, hesitantemente, e toca o braço dela. O toque é leve, quase imperceptível, mas a onda de calor que o percorre é inegável. Zendaya estremece levemente sob seu toque, mas não se afasta.
Ela olha para a mão dele, então levanta os olhos para encontrar os dele. Há uma pergunta silenciosa em seu olhar, uma permissão sendo concedida. Ryan sente a confiança crescendo dentro dele, um novo tipo de coragem que ele nunca experimentou antes. Ele desliza a mão pelo braço dela, até alcançar a mão dela. Os dedos se entrelaçam, um encaixe perfeito, como se tivessem sido feitos um para o outro. A conexão é instantânea, uma corrente elétrica que percorre seus corpos, dissipando qualquer dúvida ou hesitação. Ele sente um calor reconfortante irradiando da mão dela, acalmando seus nervos e silenciando seus demônios.
A voz de Ryan embarga, as palavras carregadas de um desejo que ele mal ousa admitir para si mesmo. Ele recita o poema, o olhar fixo no de Zendaya, cada verso uma confissão, cada sílaba uma promessa. O ambiente ao redor parece sumir, a multidão se esvaindo, os ruídos se abafando, restando apenas eles dois, conectados por um fio invisível de anseio.
Quando ele termina, o silêncio retorna, ainda mais intenso que antes. Os olhos de Zendaya brilham, marejados de uma emoção que Ryan não consegue decifrar. Ela aperta a mão dele com mais força, como se buscasse um ponto de ancoragem em meio à turbulência de sentimentos que a assolam.
Um sorriso tímido surge em seus lábios, quebrando a tensão no ar. Ela levanta a outra mão e acaricia o rosto de Ryan, um toque suave e demorado que o faz estremecer por dentro. A pele dela é macia e quente, transmitindo uma energia que o revitaliza.
Ela se aproxima, o rosto a poucos centímetros do dele, e sussurra, a voz rouca e embargada: "Repete."
Zendaya aperta a mão dele de volta, um gesto de apoio e aceitação. Ela sorri, um sorriso genuíno que ilumina todo o rosto dela. O sorriso dele se junta ao dela, um reflexo espontâneo de felicidade e alívio. No saguão lotado da galeria, eles estão sozinhos, isolados em sua própria bolha de conexão e vulnerabilidade. O mundo ao redor se desvanece, deixando apenas eles dois, de mãos dadas, prontos para enfrentar o desconhecido.
O meu desejo
O teu corpo tem a frescura da fruta recém-colhida,
Mas também o sabor do fruto proibido.
O teu toque ora embala nas asas de um anjo ou demônio da tentação,
Ora enlaça com a intensidade de uma serpente.
Da tua pele exala a pureza do alecrim e da alfazema,
Mas também o cheiro do pecado original.
O teu corpo é esculpido pelos deuses, à sua imagem,
E depois amaldiçoado, por ser perfeito demais.
Foste concebido entre o paraíso e as trevas.
Tu tens o dom de me fazer esquecer o certo e o errado,
O bem e o mal.
E por ti, eu me queimo, vou ao céu ao inferno.
A voz de Ryan falha, as palavras presas na garganta. depois de repetir repetir o poema, mas a sinceridade do momento pesa, a inadequação o domina. Ele sente o calor do toque de Zendaya em seu rosto, e isso o desarma ainda mais. 'Eu...', ele começa, mas a frase morre antes de nascer. A verdade é que ele não sabe o que sente.
Confusão, desejo, medo... um turbilhão de emoções o impede de expressar algo genuíno. Seus olhos se desviam dos de Zendaya, buscando refúgio em qualquer ponto que não revele sua hesitação. Ele sente o aperto da mão dela diminuir, e a carícia em seu rosto se torna mais leve, quase hesitante. Zendaya percebe a farsa, a dissonância entre o poema apaixonado e a resposta vazia.
Um traço de decepção cruza seu rosto, e ela se afasta ligeiramente, quebrando o contato visual. O silêncio que se instala agora é diferente, carregado de desapontamento e incerteza. Ryan sente o peso do erro, a oportunidade se esvaindo entre seus dedos. Ele queria desesperadamente corresponder, mas a incapacidade de se conectar emocionalmente o impede de dar o próximo passo. A bolha de intimidade se rompe, e o mundo ao redor volta a se fazer presente, com seus ruídos e olhares curiosos.
Ryan se sente exposto, vulnerável, e a vontade de fugir se torna quase irresistível. Ele queria desesperadamente sentir o mesmo, mas a barreira emocional que ele construiu ao longo dos anos se mostra mais forte do que ele imaginava. E agora, ele teme ter perdido a chance de derrubá-la.
Ryan se move por instinto, impulsionado por uma necessidade desesperada de reconquistar o momento. Ele se aproxima de Zendaya, o corpo tenso, o coração acelerado. A hesitação ainda o assola, mas a urgência de desfazer o erro o impulsiona adiante. Ele se aproxima, quebrando a distância que havia se instaurado. Zendaya não recua, mas também não se aproxima, os olhos fixos nos dele, indecifráveis. Ryan inclina o rosto, o olhar suplicante, buscando permissão.
Ele sente o perfume dela invadindo seus sentidos, uma mistura inebriante de flores e mistério. A proximidade é quase insuportável, a pele dele formigando em antecipação. Ele fecha os olhos, se entregando ao momento, e sela seus lábios aos dela. O toque é suave, hesitante, mas carregado de intenção. Ryan espera uma reação, um sinal de receptividade, mas Zendaya permanece imóvel, os lábios rígidos, os olhos fechados. Ele sente um arrepio percorrer seu corpo, a rejeição o atingindo como um balde de água fria.
O beijo se torna um ato unilateral, um esforço desesperado para reacender uma chama que parece ter se apagado. Ryan se afasta lentamente, o rosto corado, a vergonha o consumindo. Ele abre os olhos e encontra o olhar frio de Zendaya, distante e avaliador. Ela não diz nada, mas o silêncio fala por si só. O beijo não foi bem-vindo, não foi desejado. Ryan se sente exposto, vulnerável, e a humilhação o impede de encontrar as palavras certas.
Ele queria desesperadamente consertar as coisas, mas o beijo forçado apenas agravou a situação. Zendaya se afasta, quebrando o contato físico e visual, e se afasta em direção à multidão, deixando Ryan sozinho, com o peso da rejeição em seus ombros. O momento se foi, e a chance de reconquistá-la parece cada vez mais distante.
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