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TENTAÇÃO OBSESSIVA

CAPÍTULO:1_ IMPLACÁVEL

Capítulo 1: Implacável

A manhã na mansão Moreau era fria e impecável, refletindo a disciplina, a ordem e o poder que Katherine personificava. Ao descer as escadas, mal podia imaginar que algo novo e perigoso estava prestes a cruzar seu caminho.

Na cozinha, Arthur já a esperava. "Bom dia, Katherine. Café está pronto", disse ele, com sua habitual serenidade.

"Obrigada, pai, mas eu vou pegar o meu na cozinha", respondeu Katherine, dirigindo-se ao balcão.

Sebastian, com sua presença sempre dominante, não perdeu a oportunidade de provocar. "Você nunca descansa, né? Sempre com cara de quem vai dominar o mundo."

Katherine respirou fundo, controlando a irritação. "Bom dia pra você também, irmãozinho", respondeu, pegando sua xícara de café. Sempre o mesmo provocando…, pensou.

Arthur, tentando apaziguar a situação, interveio. "Lembrem-se, orgulho só serve para dividir, não para construir."

"Não é orgulho, pai. É só a verdade", retrucou Sebastian, com um sorriso cínico.

"A verdade é que, enquanto você fala, eu mantenho tudo funcionando", respondeu Katherine, bebendo o café e respirando fundo. Cada dia mais cedo, cada decisão mais difícil…

Terminando o café, Katherine sabia que era hora de ir trabalhar. Pai, tenho que ir! Tenham um bom dia, os dois. Beijos…

"Cuide-se, Katherine. E não se esqueça do que te falei", disse Arthur, preocupado.

"Sempre, pai. Não se preocupe, vou manter tudo sob controle", respondeu Katherine, tentando tranquilizá-lo.

Sebastian, sempre competitivo, não resistiu. "Boa sorte no escritório… mas não esquece que eu ainda vou te vencer em alguma coisa."

"Só se você trabalhar muito, irmãozinho. Até mais!", respondeu Katherine, saindo da cozinha.

No hall de entrada, Isabelle a esperava. "Bom dia, minha filha! Já pronta para mais um dia de conquistas?"

"Bom dia, mãe. Sim, sempre pronta", respondeu Katherine, com um sorriso determinado.

"Cuide-se e lembre-se de respirar… mesmo quando o mundo parecer pesado. Relaxe", aconselhou Isabelle, com carinho.

"Pode deixar, mãe. Te vejo à noite", respondeu Katherine, abraçando-a rapidamente.

Enquanto isso, em um armazém abandonado próximo ao distrito financeiro, Dorian estava entre caixas e computadores, conferindo pacotes ilegais de equipamentos de comunicação e segurança digital. Vicenzo o acompanhava, carregando uma pasta com contratos e anotações.

"Tudo certo com os carregamentos, chefe?", perguntou Vicenzo, com sua habitual discrição.

"Sim. Mas quero que verifiquem duas vezes cada detalhe. Não podemos permitir erros", respondeu Dorian, com um tom autoritário.

Dorian testou os dispositivos eletrônicos, conectando-os ao sistema de vigilância do prédio vizinho, testando alarmes e rotas de entrada. Quem controla a informação controla o poder, pensou, com um sorriso frio.

"Sempre tão meticuloso… Você nunca relaxa, hein?", comentou Vicenzo, observando-o.

"Relaxar é para quem não precisa estar no topo", respondeu Dorian, com um olhar penetrante. Ele se inclinou sobre o mapa do bairro, marcando pontos de interesse e saídas rápidas. Cada rua, cada esquina, cada entrada… tudo precisa ser dominado.

Vicenzo observava em silêncio, consciente de que Dorian não deixava nada ao acaso. Sua presença ali, mesmo sem ação direta, era suficiente para impor medo e respeito.

No carro, Katherine revisava mentalmente a agenda do dia. Reuniões, decisões estratégicas, contratos… nada escaparia do seu controle. Mais um dia intenso. Mas consigo lidar com isso. Sempre consigo.

Aegis Technologies se erguia imponente à frente, refletindo vidro e aço. Katherine desceu do carro com passos firmes, o olhar calculando cada detalhe do hall de entrada.

Uma mensagem de Sophie Leclerc chegou ao celular: Estou esperando você na reunião, Kath. Temos algumas reuniões críticas hoje.

"Chegando em 5", respondeu Katherine, teclando rapidamente no celular.

Katherine atravessou o hall da Aegis Technologies com passos firmes e postura impecável. Ao chegar à sala de reuniões, todos já estavam atentos, e o silêncio se impôs automaticamente.

"Bom dia a todos. Vamos começar", disse Katherine, com sua voz firme e decidida.

"Bom dia, Kath. Os relatórios estão prontos e as métricas já compiladas", informou Sophie, com profissionalismo.

"Ótimo. Quero começar com os contratos de segurança digital e depois revisaremos as métricas de eficiência", respondeu Katherine, assumindo o controle da situação.

Cada palavra de Katherine transmitia comando; cada decisão era rápida e precisa. Funcionários e parceiros percebiam que estavam lidando com alguém que dominava totalmente seu território.

Katherine percorreu a sala com o olhar, avaliando cada reação. Ninguém ousava interrompê-la; sua presença impunha respeito. Cada decisão minha afeta toda a empresa. Preciso ser precisa.

"Agora, vamos às métricas de eficiência. Quero entender onde podemos otimizar processos sem comprometer a segurança."

"Já preparei os comparativos com os últimos seis meses", respondeu Sophie, com um sorriso discreto.

"Ótimo. Quero sugestões rápidas e objetivas", respondeu Katherine, mostrando sua impaciência com rodeios.

Enquanto isso, Dorian estava em seu escritório na Torre Arslan, observando a rua movimentada através da janela. Sua empresa mantinha contratos e associações com várias corporações de tecnologia, incluindo a Aegis Technologies. Algo não andava bem com os últimos relatórios; a eficiência prometida não estava sendo cumprida, e ele precisava entender o porquê.

"Chefe, os últimos números da Aegis não batem com o esperado", informou Vicenzo, com sua habitual objetividade.

"Mostre-me os detalhes. Quero saber exatamente onde estão falhando", respondeu Dorian, com um tom de impaciência.

Dorian e Vicenzo analisaram gráficos, relatórios e contratos em tablets e telas. A conversa era direta, intensa.

"Parece que os últimos protocolos de segurança digital não foram seguidos à risca. Pode ser falha humana ou desleixo", comentou Vicenzo, com um olhar preocupado.

"Não gosto de falhas. Quero que essa equipe seja substituída se for preciso", respondeu Dorian, com um tom ameaçador.

Enquanto discutia os detalhes da Aegis, Dorian ergueu o olhar para a grande janela de seu escritório e notou, através da fachada de vidro da empresa vizinha, uma mulher que comandava a reunião com postura impecável. Cada gesto, cada palavra exalava autoridade e controle. Interessante… ela é… imponente. Forte. Cada detalhe dela mostra que não é alguém comum.

"Quem é essa?", perguntou Vicenzo, curioso.

"Ainda não sei. Mas observe. Cada passo dela, cada reação… isso vale ser estudado", respondeu Dorian, com um olhar fixo na mulher.

Na Aegis Technologies, Katherine encerrava a reunião. "Excelente trabalho, todos. Certifiquem-se de que cada detalhe esteja implementado até o final do dia."

"Entendido, Kath. Vou revisar tudo pessoalmente", respondeu Sophie, com um sorriso de satisfação.

"Ótimo. Podemos liberar a equipe", respondeu Katherine, com um gesto de aprovação.

Todos se levantaram, alguns lançando olhares de respeito e admiração. Katherine pegou sua bolsa e se dirigiu para a saída da sala com passos firmes.

Katherine atravessou os corredores da Aegis, cumprimentando brevemente os funcionários, mas mantendo o foco absoluto no que vem a seguir. Próximo compromisso… nada pode tirar o meu ritmo.

"Ela é incrível!", Sophie sussurrou ao passar. Sempre tão focada.

Ao sair do prédio, Katherine ajustou o blazer e respirou fundo. O trânsito da cidade seguia seu ritmo, mas a sensação de ser observada persistia, como se estivesse sendo vigiada por olhos invisíveis. Longe dali, em um armazém abandonado, Dorian sorriu, satisfeito com o progresso de seus planos. "Em breve, Katherine Moreau", ele sussurrou para o vazio, a voz carregada de uma promessa sombria, "você será minha."

CAPÍTULO:2_ DE LONGE, QUE EU TE ALMEJO

Capítulo 2: De Longe, Que Eu Te Almejo

Dorian permanecia no prédio vizinho, atrás dos vidros escuros, os olhos fixos na entrada da Aegis Technologies. Katherine saía da sala de reuniões, ajustando o blazer e recolhendo os papéis com precisão. Cada gesto era firme, cada movimento calculado, e ele não conseguia desviar o olhar.

"Há algo nela...", murmurou para si mesmo. "Um magnetismo que não se explica."

Vicenzo, ao lado, observava silencioso. "Vai se aproximar?", perguntou.

"Ainda não", Dorian respondeu, sem tirar os olhos dela. "Quero ver como se comporta fora do escritório."

Katherine atravessou o corredor com passos rápidos, conferindo o celular, ajustando a bolsa no ombro. O vento levantou algumas fios de cabelo, mas ela nem se importou. Ele anotava mentalmente cada detalhe: o jeito que segurava a bolsa, a postura ao caminhar, a firmeza do olhar.

"Fascinante...", Dorian pensou. "Não sei quem é, mas quero descobrir."

Ela saiu pelo portão principal e desceu até o estacionamento, onde o carro a aguardava. Cada passo parecia medir o espaço ao redor, cada gesto transmitia autoridade e confiança. Dorian acompanhou o movimento do carro, vendo quando ela entrou e ajustou o cinto de segurança, mantendo os olhos atentos à movimentação ao redor.

"Ela não percebe...", ele murmurou. "Mas ganhou minha atenção completa. Um desafio que preciso desvendar."

Vicenzo permaneceu em silêncio, mas a tensão no ar era quase palpável. Dorian não se moveu, não falou mais, apenas observava enquanto o carro desaparecia na rua movimentada, sentindo a frustração e a excitação misturadas. A mulher desconhecida tinha plantado algo dentro dele, algo que não seria ignorado tão facilmente.

"Um dia... vou descobrir tudo sobre ela", pensou, a voz quase um sussurro para si mesmo, enquanto o reflexo da cidade brilhava nos vidros do prédio.

Katherine dirigia pela cidade, mantendo os olhos no trânsito à frente, mas o telefone em mãos indicava que estava conferindo rapidamente mensagens importantes. Cada gesto era rápido, preciso, e mesmo no carro não perdia a postura firme que Dorian observava de longe.

Ele se posicionou alguns quarteirões atrás, mantendo a distância, mas atento a cada movimento. Cada curva que ela fazia, cada mudança de direção, parecia calcular mentalmente o caminho, e ele registrava tudo.

"Ela é como um enigma...", Dorian pensou. "Não sei nada sobre ela, mas não consigo tirar os olhos."

Vicenzo, à distância, manteve silêncio, mas Dorian podia sentir a expectativa pairando no ar.

"Não se engane com o rotina dela", ele murmurou, quase para si mesmo. "Há algo mais escondido por trás dessa calma."

Katherine estacionou, saiu do carro e entrou em um café próximo. Dorian observou, mantendo-se escondido atrás da janela de uma loja, analisando como ela interagia com o ambiente: rápida, atenta, sempre no controle, até quando pedia o café e pagava com precisão quase automática.

"Cada detalhe conta... cada gesto revela força e disciplina", ele respirou fundo, a tensão aumentando.

Ela olhou para o celular, digitando mensagens, ajustando o cabelo e ajeitando a bolsa no colo. Dorian registrou cada expressão, cada olhar, como se memorizasse um quadro vivo.

"Não posso me aproximar agora...", ele pensou. "Mas cedo ou tarde, vou descobrir quem é."

Katherine terminou o café, pegou o celular e saiu, retomando o caminho pela rua movimentada. Dorian permaneceu atrás, observando cada passo, cada detalhe, a ansiedade e fascínio crescendo com cada movimento dela.

"Um dia, ela não será apenas um enigma...", murmurou, o olhar fixo enquanto ela desaparecia entre a multidão. "E quando esse dia chegar, nada mais será como antes."

Katherine abriu os portões da mansão, o carro deslizando pelo caminho de pedras até a entrada principal. O silêncio da propriedade contrastava com o caos da cidade, mas o cansaço do dia pesado ainda pesava sobre os ombros dela.

Ela entrou, tirou os saltos e o blazer, suspirando profundamente ao colocar a bolsa na poltrona do hall. A mansão estava impecável, cada detalhe refletindo sua disciplina, mas naquele momento só queria relaxar.

Pegou o celular e começou a digitar para as amigas:

Katherine: Meninas, cheguei e estou exausta.

Clara: Hoje foi puxado demais, sério!

Katherine: Só quero um banho e esquecer o mundo por algumas horas.

Clara: Ká, imagino! Você merece um descanso agora.

Valentina: Faz um spa em casa mesmo, amiga! Relaxa!

Clara: Amanhã é outro dia, certo?

Katherine: Vocês tem razão, vou sumir por algumas horas até mais tarde!

Valentina: bye bye friend

Clara: bye cat

Katherine sorriu sozinha, respondendo enquanto caminhava pelos corredores da mansão, jogando o celular sobre o sofá da sala principal. Cada passo ecoava suavemente pelo piso de madeira, transmitindo controle mesmo depois de um dia exaustivo.

Do lado de fora, em um prédio vizinho, Dorian permanecia oculto, observando a mansão sem se revelar. Viu Katherine se acomodar no sofá, digitar no celular, o corpo relaxando, mas ainda mantendo postura firme e elegante.

"Fascinante... Sozinha, e ainda assim impõe presença. Há algo nela que não se vê à primeira vista."

Vicenzo, ao lado, permaneceu em silêncio. "Vai se aproximar agora?"

"Ainda não. Quero ver como ela é quando ninguém está por perto. É aí que aparecem detalhes importantes."

Ele respirou fundo, acompanhando cada movimento: Katherine digitando, ajustando o cabelo, apoiando a bolsa no colo. Cada gesto parecia carregado de disciplina e controle, mesmo nos momentos de relaxamento.

"Ela não sabe, mas acabou de ganhar minha atenção completa."

Vicenzo percebeu a tensão no ar, quase palpável. Dorian não se moveria agora, não falaria mais, apenas observaria e registraria cada detalhe.

"Um dia... vou descobrir tudo sobre ela. E quando esse dia chegar, nada será como antes."

O vento passava pelo jardim da mansão, as árvores balançando suavemente, enquanto a luz da noite refletia nas janelas. Dorian sabia que cada segundo de observação era apenas o início de algo perigoso e irresistível.

CAPÍTULO:3_ A PRIMEIRA VISTA

Capítulo 3: À Primeira Vista

"Vamos, temos muito a fazer", disse Dorian, ajeitando o paletó enquanto mantinha os olhos fixos na mansão Moreau. O brilho do sol refletia no vidro da janela onde Katherine havia passado minutos antes, distraída com seu celular. Ele soltou um meio sorriso, quase cínico. "Bom, bonequinha... até outro dia."

Deu um passo para trás, pronto para se afastar. O plano era simples: observar, estudar, deixar que o fascínio crescesse em silêncio até que chegasse o momento certo.

Mas o destino não parecia disposto a deixá-lo ir embora tão cedo.

Um som metálico cortou o ar – seco, urgente, inapropriado para uma tarde ensolarada. Dorian parou, os olhos imediatamente voltando para o lado lateral da mansão. O movimento foi rápido: uma sombra encapuzada esgueirou-se para dentro, rompendo a falsa tranquilidade que o dia oferecia.

"Chefe...?", Vicenzo chamou, percebendo a mudança imediata no corpo do amigo.

"Cale-se", Dorian ergueu a mão, os olhos fixos no invasor que desaparecia dentro da casa. Uma tensão diferente percorreu seu corpo. O sorriso em seus lábios se desfez, substituído por uma expressão fria, predatória. "Ninguém toca nela."

Dentro da mansão, Katherine terminava de digitar uma mensagem para Clara quando o som da porta ecoou. Não foi o clique familiar dos seguranças, tampouco o barulho dos passos conhecidos de seu pai ou do irmão. Foi algo seco, violento, que fez cada fio de seu corpo se arrepiar.

"Sebastian?", chamou, erguendo a voz. Silêncio. "Pai?"

Nenhuma resposta.

De repente, a figura surgiu no corredor. Um homem alto, vestindo roupas escuras e máscara no rosto, ergueu uma pistola prateada na direção dela.

"Quietinha, princesa", a voz dele era rouca, carregada de ameaça.

Katherine congelou, mas não deixou transparecer tanto quanto sentia por dentro. Seu coração disparava, mas seu olhar permaneceu firme.

"Quem é você? Como ousa entrar aqui?", perguntou, a voz controlada.

O invasor deu um passo à frente, a arma agora a poucos centímetros de sua cabeça.

"O cofre. Onde está?", rosnou.

Dorian respirou fundo, endireitou os ombros. Não era do tipo que cedia fácil.

"Você não sabe com quem está lidando. Esta mansão está cheia de seguranças. Seguranças distraídos", ele sorriu por trás da máscara. "Agora, abra o cofre. Rápido."

Do lado de fora, Dorian caminhava com passos longos e silenciosos até o muro lateral da mansão. Não havia mais hesitação. A fúria fria que o caracterizava dominava seus gestos.

"Ele vai se arrepender", o tom baixo, mas letal.

Vicenzo o seguiu a poucos metros. "Quer que eu chame os homens?"

"Não", Dorian passou a mão pelo coldre. "Esse será pessoal."

Na sala principal, Katherine tentava ganhar tempo.

"O cofre não é simples de abrir. Preciso da chave", ela deu um passo em direção à escada. "Está no andar de cima."

O invasor pressionou a arma contra sua costela. "Então suba. E não tente ser esperta."

Cada degrau que ela subia soava como um tambor no silêncio da casa. O sol iluminava o corredor superior, mas o clarão do dia não diminuía a escuridão daquela ameaça.

Katherine mantinha a respiração controlada, mas por dentro, analisava cada possibilidade. Se corresse, seria alvejada. Se cedesse, perderia mais do que valores. Precisava ser calculista.

O ladrão a conduziu até a porta de um dos escritórios particulares da família. Katherine parou diante do cofre embutido na parede.

"Aqui está", murmurou, firme, mas os dedos trêmulos a denunciavam.

O homem bateu a arma contra a porta. "Abra. Agora!"

Katherine digitou os primeiros números, tentando manter a calma. O suor frio deslizava por sua nuca.

Do outro lado do corredor, um novo som ecoou. Não o ladrão, nem Katherine. Eram passos. Leves, controlados.

O invasor girou o corpo, os olhos estreitando-se. "Tem mais alguém aqui?", rugiu, erguendo a arma.

Katherine arregalou os olhos. Ela também tinha ouvido. Não estava sozinha.

E então ele apareceu.

Dorian surgiu na penumbra do corredor como uma sombra que tomava forma. O sol da tarde se projetava sobre sua figura alta, o rosto parcialmente oculto pelo contraste de luz e sombra. O olhar, porém, era nítido: frio, letal, fixo no invasor.

"Erro fatal", sua voz grave quebrou o silêncio, como uma sentença.

O ladrão deu um passo atrás, surpreso. "Quem diabos é você?"

Dorian ignorou a pergunta. Seus olhos escuros, intensos, passearam brevemente por Katherine, avaliando-a, absorvendo cada traço de tensão no rosto dela – antes de voltarem para o homem armado.

"Abaixe a arma", não foi um pedido. Foi uma ordem.

O invasor riu, nervoso.

"Está brincando comigo? Fica onde está ou eu atiro nela!"

O cano da pistola voltou-se para Katherine, que sentiu o frio metálico contra sua pele. O coração dela acelerou ainda mais.

Mas Dorian não se moveu. Sua expressão não mudou. Apenas inclinou levemente a cabeça, como quem avalia uma presa já condenada.

"Se encostar um dedo nela... não terá tempo de se arrepender."

Katherine piscou, confusa, sem compreender completamente quem era aquele homem misterioso que surgira do nada, impondo-se como se tivesse pleno controle da situação.

O invasor respirava rápido, a mão suada escorregando levemente pela pistola. "Eu vou atirar! Juro que vou!"

Dorian deu um único passo à frente.

"Então tente."

O ar pareceu pesar. Katherine prendeu a respiração, os olhos fixos no estranho de olhar gélido que enfrentava o ladrão sem sequer piscar.

Era a primeira vez que ela o via. E jamais esqueceria.

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