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CASAMENTO POR CONTRATO

Capítulo - 1 Apresentação dos personagens

Ayla Austin tem 20 anos e é órfã. Sua mãe morreu durante o parto, e seu pai faleceu em um acidente de trânsito quando ela tinha apenas três anos. Desde então, Ayla cresceu sob os cuidados de sua tia, Sandra Austin, que a criou como se fosse sua própria filha.

Desde pequena, Ayla sempre foi doce e gentil, com um coração capaz de cativar todos ao seu redor, embora sua timidez a fizesse se esconder em momentos importantes. Mas por trás da delicadeza e do silêncio, havia uma mente brilhante e determinada. Essa inteligência e determinação a levaram a conquistar seu maior sonho: ingressar na faculdade de medicina. Desde o trágico acidente de seu pai, Ayla carregava consigo um desejo profundo de salvar vidas, como se, de alguma forma, pudesse transformar a dor do passado em esperança para os outros.

Sandra Austin é viúva. Seu esposo, um homem carinhoso e presente, desempenhou um papel fundamental na criação de Ayla, tratando-a com amor e cuidado como se fosse sua própria filha. Infelizmente, quando Ayla tinha apenas 15 anos, ele sofreu um AVC e faleceu, deixando um vazio profundo na vida de Sandra. Desde então, apesar do tempo que passou, ela nunca se casou novamente, dedicando-se inteiramente a cuidar de Ayla e preservando as memórias do homem que tanto amou.

Natanael Owen, de 20 anos, também cursava medicina e era conhecido por todos na faculdade. Filho de Davi e Melissa Owen, ele tinha uma beleza que chamava atenção e um jeito gentil que conquistava a todos. As meninas se encantavam com sua aparência impecável e sua educação impecável, mas, para Natanael, nada disso importava tanto quanto ser verdadeiro consigo mesmo.

Ele havia namorado Lídia Horana, mas o relacionamento terminou. Lídia, com seu jeito arrogante e superior, gostava de humilhar quem não tinha a mesma condição financeira que ela. Natanael, vindo de uma classe social mais humilde, sentia-se constrangido e magoado com suas atitudes. A convivência entre eles se tornara insustentável, e o que poderia ter sido um romance se transformou em lembranças de discussões e ressentimentos.

Pedro Marçal, de 20 anos, é o melhor amigo de Natanael. Filho do empresário Vitor Marçal, Pedro, apesar de rico, é um garoto simpático e gentil. Desde que conheceu Natanael, os dois se tornaram grandes amigos, mesmo não pertencendo à mesma classe social.

Lídia Horana, de 19 anos, é filha de um empresário muito poderoso, dono de várias empresas dentro e fora da América. Lídia é extremamente popular, mas também muito arrogante e mimada, sendo completamente diferente de Natanael.

Cleysi Mabel, de 18 anos, é a melhor amiga de Lídia; as duas são inseparáveis. Cleysi possui uma condição financeira inferior à de Lídia e sempre faz tudo o que Lídia manda, seja bom ou ruim, obedecendo cegamente aos caprichos da amiga. As duas são populares na faculdade, mas muitas vezes Lídia acaba humilhando os outros por se sentir superior a eles.

Park Jae-in, de 21 anos, é coreano e filho único. Aos 17 anos, perdeu sua mãe, uma perda que marcou profundamente sua vida. Seu pai, um homem de visão e ambição, fundou diversos hospitais e hoje é considerado um dos maiores nomes da medicina tanto na Coreia quanto na América. Inspirado por essa trajetória, Jae-in veio para a América para cursar medicina, seguindo os passos do pai.

Na faculdade, onde também estudam Ayla e Natanael, Jae-in se destacava não apenas pela aparência deslumbrante, mas também pelo jeito doce e gentil que sempre teve. No entanto, um evento doloroso em sua vida mudou sua personalidade, tornando-o mais sombrio e reservado. Seu sorriso se tornou raro, suas palavras, medidas, e o garoto alegre deu lugar a alguém mais introspectivo.

Apesar disso, sua beleza irresistível fazia com que muitas meninas da faculdade se interessassem por ele. Elas achavam seu jeito fechado intrigante e charmoso, mas Jae-in permanecia distante, mantendo-se isolado e cauteloso, guardando para si suas dores e seus pensamentos mais profundos.

Park Ji-hoon, coreano, pai de Jae-in, tem 55 anos. Um homem honesto, íntegro e viúvo, Ji-hoon construiu ao longo da vida um império na área da saúde, sendo dono de vários hospitais na Coreia, com filiais também na América. Desde cedo, ele sonhou em ver o filho seguir seus passos, tornando-se médico e, um dia, assumindo os hospitais da família.

No entanto, Jae-in tinha outros planos. Durante sua adolescência, sonhava em ser um modelo famoso, buscando uma vida diferente daquela que o pai imaginava para ele. Mas com o passar do tempo, ele percebeu que também podia honrar o legado do pai, desde que houvesse uma condição: estudar medicina na América, e não na Coreia.

Ji-hoon, embora desejasse profundamente esse futuro para o filho, compreendeu a necessidade de respeitar seus desejos. Com amor e confiança, aceitou a condição de Jae-in e o enviou para a América, permitindo que ele construísse seu próprio caminho enquanto seguia, de certa forma, os passos que sempre admirou no pai.

Capítulo - 2

Numa bela manhã, o sol brilhava intensamente, espalhando um brilho maravilhoso. Os raios solares, junto à brisa suave, tocavam o rosto de Ayla enquanto ela caminhava para a faculdade. De vez em quando, Ayla fechava os olhos apenas para sentir melhor o vento acariciando seu rosto.

Ao chegar à faculdade, parou por um instante e sentiu uma brisa mais forte, trazendo consigo um aroma suave de flores. Porém, logo em seguida, uma pressão a empurrou com força, fazendo-a cair no chão. Ao abrir os olhos, viu Jae-in olhando para ela. As pessoas começaram a se aproximar, e Ayla, tímida como era, abaixou a cabeça com os olhos marejados, já imaginando as risadas que ouviria depois daquele constrangimento.

Foi então que Jae-in deu um passo em sua direção, com as mãos no bolso da calça. Nesse momento, Ayla ouviu uma voz que se destacava entre os curiosos. Alguém se aproximava, abrindo caminho entre os olhares curiosos, e estendeu a mão para ela.

— Natanael — O que está fazendo, Jae-in? Ficou maluco?

Ele estendeu a mão para Ayla, mas ela apenas olhou para ele, desconfiada de que fosse mais uma brincadeira de mau gosto. Apesar de não o conhecer pessoalmente, sabia quem ele era: popular e ex-namorado de Lídia. Quando percebeu que Ayla não se movia, Natanael se abaixou até o chão e falou:

— Natanael — Você está bem? Posso te ajudar a levantar?

Ayla ergueu o olhar para Natanael, que ficou encantado com sua beleza. Ele não desviava os olhos de seu rosto. Com hesitação, ela estendeu a mão para ele e disse:

— Ayla — Obrigada.

Natanael segurou sua mão e a ajudou a se levantar, mas não conseguia parar de olhá-la. Ao apoiar o pé no chão, Ayla soltou um gemido de dor.

— Ayla — Ai, que dor...

Rapidamente, Natanael percebeu que a perna dela estava inchada e arranhada por causa da queda.

— Natanael — Você machucou a perna. Deixe-me acompanhá-la até a enfermaria.

— Ayla — Não precisa se incomodar. Posso ir sozinha, obrigada pela ajuda.

— Natanael — Não é incômodo algum. E não adianta dizer que não, eu vou com você.

Ayla apenas sorriu e acenou positivamente com a cabeça.

Ele a ajudou a caminhar até a enfermaria. Quando chegaram, Ayla entrou sozinha, deixando Natanael esperando do lado de fora. Após ser atendida, ao sair da sala, encontrou-o sentado, aguardando. Ele se levantou rapidamente ao vê-la e perguntou:

— Natanael — Como está? Foi muito grave o machucado?

Sorrindo, Ayla respondeu:

— Ayla — Pensei que já tivesse ido embora. Mas não se preocupe, estou bem. Não foi nada grave. Obrigada pela ajuda.

Natanael sorriu e estendeu a mão para ela.

— Natanael — Já que está bem, que tal começarmos direito? Prazer, Natanael Owen.

Ayla ficou surpresa por ele estar falando com ela, alguém que sempre passara despercebida. Ainda assim, sorriu levemente, estendeu a mão e respondeu:

— Ayla — Ayla Austin. O prazer é meu.

Natanael a olhou nos olhos e perguntou:

— Natanael — Você é nova aqui?

— Ayla — Não, estudo aqui há três anos.

— Natanael — Três anos? Nunca tinha te visto. O que você cursa?

Ayla apenas sorriu e balançou a cabeça em sinal de negação, o que fez Natanael perceber sua insistência.

— Natanael — Me desculpe, acho que estou sendo rude com tantas perguntas. É melhor irmos. Você deve estar atrasada para a aula.

— Ayla — Sim, claro. Você também está atrasado. Aliás, obrigada mais uma vez. Agora, com licença, preciso passar em um lugar antes.

— Natanael — Tudo bem. A gente se vê por aí.

Ayla apenas acenou com a cabeça e seguiu seu caminho. Natanael ficou observando-a até que sumisse de sua vista, e então foi para a sala de aula.

Capítulo - 3

Logo após Natanael chegar à sala, alguns minutos depois, Ayla entrou. Ao vê-la, Natanael arregalou os olhos, sem entender o que ela fazia ali, e fez um sinal como quem pergunta em silêncio. Ayla apenas sorriu discretamente e seguiu para o fundo da sala, onde sempre se sentava. Durante a aula, Natanael não resistia e, de vez em quando, lançava olhares para o fundo só para observá-la, enquanto Ayla fingia não perceber.

Quando a aula terminou, Ayla começou a guardar seus materiais na mochila. Natanael se aproximou dela e falou:

— Natanael — É sério mesmo que você estuda Medicina? E ainda na minha turma?

— Ayla — E por que o espanto?

— Natanael — Fala a verdade... você começou hoje, não foi?

— Ayla — O fato de você nunca ter me notado, Natanael, não significa que eu tenha começado hoje. Agora, com licença, eu preciso ir.

Ayla saiu em direção à porta, mas Natanael a seguiu, ainda tentando se justificar:

— Natanael — Desculpa, não quis ser rude. Só fiquei surpreso em saber que você estuda comigo.

— Ayla — Tudo bem, Natanael. Mas eu realmente preciso ir para o refeitório almoçar. Com licença.

— Natanael — Me deixa ir com você... a gente pode conversar, trocar uma ideia... talvez até o número de telefone?

Ao ouvir isso, Ayla parou e o encarou diretamente nos olhos:

— Ayla — Escuta, eu agradeço de verdade por você ter me ajudado hoje, mas acho melhor continuarmos como antes: dois desconhecidos. Afinal, você tem namorada, e ela pode interpretar mal as coisas. Agora, com licença.

Ayla deu um passo em direção ao refeitório, mas foi interrompida pela voz de Natanael, que a fez parar de costas para ele:

— Natanael — Eu não tenho namorada. Não mais. Já faz quatro meses que terminei com a Lídia.

Ao ouvir isso, Ayla sentiu algo estranho, um certo alívio que não soube explicar. Ainda assim, não olhou para trás. Apenas respondeu, antes de seguir para o refeitório:

— Ayla — Eu sinto muito.

Já no refeitório, Ayla entrou na fila, pegou sua bandeja e escolheu a mesa mais afastada, como de costume. Era tímida demais para se misturar. Logo depois, Natanael apareceu, puxou uma cadeira e se sentou à sua frente.

— Natanael — Posso me sentar aqui com você?

Ayla levantou a cabeça, surpresa ao vê-lo já acomodado.

— Ayla — Claro... mas e os seus amigos?

Antes que ele respondesse, os amigos de Natanael chegaram e começaram a conversar tanto com ele quanto com Ayla. Pela primeira vez, ela se sentiu notada — não por causa de uma piada ou de um acidente, mas simplesmente por existir ali. Todos foram simpáticos e respeitosos, o que fez Ayla sentir algo novo dentro de si.

Enquanto isso, Natanael não conseguia desviar os olhos dela. Seus olhos brilhavam diante da intensidade da beleza de Ayla. Ele nunca havia reparado nela antes, nunca tinha notado como sua pele parecia luminosa, mesmo sem maquiagem, ou como seu cabelo era perfeito e natural. Ayla não usava roupas sofisticadas, mas tinha uma presença encantadora, como se sua beleza tivesse sido esculpida com cuidado.

E Natanael se perguntou como nunca havia enxergado aquilo. Afinal, Ayla não era só linda por fora — sua bondade e gentileza transpareciam, tornando-a ainda mais especial.

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