NovelToon NovelToon

O CEO e Eu

O Primeiro Encontro

Elara Mendes respirou fundo diante do prédio da Cross Corp. Os vidros refletiam a cidade como um espelho frio, e a imponência do edifício fazia seu coração acelerar. Este não era apenas um trabalho; era uma oportunidade que podia mudar sua vida. Mas ela sabia que entrar ali significava enfrentar um mundo corporativo cruel e implacável.

O saguão era amplo, silencioso demais, com um piso de mármore que brilhava sob a iluminação branca fria. Cada funcionário que passava parecia estudá-la, avaliando se ela era digna do ambiente. Elara apertou a pasta contra o peito e caminhou até a recepção, tentando ignorar o formigamento em sua nuca. Ela precisava parecer confiante, mesmo sentindo cada músculo tenso.

— Boa sorte, Elara. — murmurou para si mesma.

O som do seu próprio sapato ecoava, quebrando o silêncio quase sobrenatural. Quando finalmente chegou à recepção, sorriu para a recepcionista.

— Bom dia. Eu sou Elara Mendes, nova estagiária no departamento de marketing. — disse, com voz firme.

A recepcionista olhou para ela por um instante, com uma expressão que misturava curiosidade e simpatia. — Bem-vinda, Elara. O senhor Maximilian Cross deseja vê-la antes de começar. — Ela apontou discretamente para um elevador do outro lado do saguão.

Elara engoliu em seco. Aquele nome já causava arrepios em qualquer funcionário da empresa. Maximilian Cross não era apenas um CEO; ele era uma lenda viva de poder, crueldade e charme, alguém que transformava qualquer desafio em um jogo pessoal, e poucas pessoas saíam ilesas de seu olhar calculista.

O elevador subiu silenciosamente, e Elara sentiu o peso da antecipação apertando seu peito. Ao abrir as portas no andar executivo, ela se deparou com corredores amplos e decoração minimalista, todo em tons de cinza e preto, com detalhes metálicos que refletiam a luz fria. Havia uma sensação de perfeição meticulosa, quase sufocante.

E então ele apareceu.

Maximilian Cross.

Alto, elegante, com um terno escuro perfeitamente ajustado ao corpo. Gravata levemente afrouxada, cabelo impecável, postura impecável. Mas o que mais chamava atenção era o olhar — penetrante, calculista, frio, capaz de despir qualquer pessoa apenas com uma análise rápida. Quando ele parou de andar e fitou Elara, algo dentro dela se contraiu.

— Você deve ser a nova. — A voz dele era baixa, firme, e carregava aquele tom que era ao mesmo tempo ameaçador e sedutor.

— Sim, senhor Cross. — Ela respondeu, tentando manter a compostura. Um arrepio percorreu sua espinha, mas ela não demonstrou.

Ele deu um passo em sua direção, medindo cada detalhe dela como se fosse um xadrez humano. Cada gesto seu parecia estudado, cada palavra era uma arma.

— Espero que esteja preparada. Aqui, ninguém sobrevive a erros. — O sorriso sarcástico que surgiu em seus lábios era quase imperceptível, mas Elara sentiu como se tivesse sido atingida por uma faísca elétrica.

— Estou pronta. — disse ela, com firmeza, embora sentisse o coração acelerado.

Maximilian arqueou uma sobrancelha, claramente surpreso com a resposta firme dela. Raramente alguém o enfrentava assim, e muito menos sem demonstrar medo.

Ele se aproximou mais, tão próximo que a presença dele era quase palpável. O perfume sofisticado e levemente amadeirado dele invadiu seu campo olfativo, e a tensão entre os dois se tornou quase insuportável.

— Interessante. — murmurou ele, mais para si mesmo do que para ela. — Você tem coragem. Mas coragem nem sempre é suficiente aqui.

Elara sentiu a mandíbula se apertar. Não sabia se aquilo era uma provocação ou uma observação honesta, mas a forma como ele a analisava era hipnotizante e irritante ao mesmo tempo.

— E devo ficar impressionada por isso, senhor Cross? — provocou, sem perceber que um leve tremor na voz escapou.

Ele sorriu de forma lenta, calculada, e o sorriso não chegou aos olhos. — Impressionado? Talvez. Divertido? Certamente. Mas cuidado — nem todo CEO brinca apenas com palavras.

Ela engoliu em seco, sentindo um frio que subia da nuca até o estômago, e compreendeu que aquele homem era mais perigoso do que qualquer desafio corporativo que ela já enfrentou. Mas, por alguma razão, ela não conseguiu se afastar. Havia algo magnético em Maximilian Cross, algo que puxava sua atenção e misturava medo com uma curiosidade quase dolorosa.

— Vou mostrar que posso ser útil. — disse Elara, tentando controlar a respiração.

Ele inclinou a cabeça ligeiramente, avaliando cada centímetro dela. — Veremos, Elara. Veremos. — E com isso, virou-se, andando com passos firmes até a porta do escritório dele, deixando Elara parada, sentindo o eco de cada palavra e gesto dele gravado na pele.

Ela respirou fundo, fechando os olhos por um instante, tentando recuperar o controle. Mas sabia que aquele encontro era apenas o começo. A tensão não desapareceria. Ela estava em terreno perigoso, excitante e totalmente imprevisível. E algo dentro dela sabia que trabalhar para Maximilian Cross mudaria sua vida para sempre.

O elevador desceu silenciosamente, e Elara se preparou para enfrentar seu primeiro dia de trabalho — mas algo dentro dela não parava de repetir:

Cuidado. Ele não é apenas um chefe. Ele é uma tempestade.

E por mais que quisesse resistir, ela já estava presa nesse jogo de poder, provocação e desejo que estava prestes a começar.

Elara Mendes, 23 anos .

Maximilian cross, 35 anos.

Olhar do Predador

Maximilian Cross observava o saguão do seu escritório do alto, do canto da sala envidraçada que dava vista para toda a cidade. A luz da manhã refletia nos prédios ao redor, mas nada conseguia iluminar os pensamentos que ele carregava. Cada funcionário, cada detalhe do ambiente, era calculado, controlado, e ele gostava assim — nada fora de seu alcance. Nada, exceto aquela nova contratação.

Elara Mendes.

Ele ainda se lembrava do primeiro instante em que a viu. O modo como manteve a postura, a firmeza na voz, e aquela pequena centelha de desafio em seus olhos. Ela não era como os outros: não havia medo evidente, nem submissão automática. Era audácia em pessoa.

Maximilian inclinou-se na cadeira de couro, apoiando o queixo na mão. Ela tinha coragem, sim, mas não se deixava enganar. Ele podia sentir o nervosismo, o formigamento de adrenalina, mesmo com todo o esforço dela para parecer confiante. Aquilo o intrigava.

— Interessante… — murmurou para si mesmo, um sorriso quase imperceptível surgindo nos lábios. — E absolutamente imprudente.

Ele sabia que no mundo corporativo, coragem sem preparação era uma sentença de morte profissional. Mas ela não parecia uma daquelas garotas que quebram com facilidade. Pelo contrário, havia algo em sua determinação que acendeu uma curiosidade que ele não sentia há muito tempo.

Maximilian levantou-se, ajustando o terno com precisão. Cada gesto dele era calculado, medido, como se estivesse se preparando para jogar um jogo que só ele entendia. E, de fato, era exatamente isso: ele via a vida corporativa como um tabuleiro de xadrez, cada pessoa uma peça, cada movimento estudado.

— Elara Mendes… — murmurou novamente, o nome dela soando bem aos ouvidos, quase como um desafio. — Vamos ver do que você é capaz.

Ele se lembrou do momento exato em que ela respondeu firme: “Estou pronta”. Poucas vezes alguém tinha coragem suficiente para dizer aquilo a ele sem hesitar. E, mesmo que quisesse negar, havia algo hipnotizante na forma como ela se mantinha ereta, mesmo diante de seu olhar frio.

Maximilian decidiu que iria testá-la. Não de forma cruel gratuita — não era esse seu estilo — mas de forma que ela entendesse o jogo de poder em que acabara de entrar. Ele queria ver até onde aquela audácia ia, se ela era realmente capaz ou apenas mais uma peça que se quebraria ao primeiro toque de pressão.

A manhã passou rápido, entre reuniões e análises de relatórios. Maximilian observava de longe enquanto Elara interagia com colegas, tomando notas e tentando se situar. Ela era eficiente, mas ainda parecia hesitante em alguns detalhes, uma vulnerabilidade que ele considerou interessante. Uma combinação perigosa: audácia e pequenas falhas.

Durante o almoço, Maximilian não podia evitar que os pensamentos voltassem para ela. Ele se pegou imaginando a reação dela ao receber um comentário sarcástico, o modo como franziu a testa levemente quando ele falou de forma fria e direta no primeiro encontro. Aquela mistura de irritação, curiosidade e atração era… estimulante.

— Ela não sabe ainda no que se meteu. — disse a si mesmo, inclinando-se na cadeira, dedos entrelaçados. — Mas vai descobrir.

E, no fundo, por mais que não quisesse admitir, Maximilian sabia que aquela “novata” iria mexer com algo dentro dele que ele há muito tempo havia enterrado. Ela representava um desafio que não podia ignorar, e ele adorava desafios.

No fim do expediente, Maximilian decidiu que era hora de iniciar o jogo de provocação. Ele caminhou até o corredor onde ela guardava seus pertences, passos firmes, deliberados. O coração dela bateu mais rápido quando o reconheceu.

— Elara… — disse ele, voz baixa e firme. — Antes de ir embora, passe no meu escritório. Precisamos conversar.

O olhar dela misturava curiosidade e tensão, mas ela assentiu discretamente. Maximilian deu um leve sorriso sarcástico, satisfeito. Ele sabia que o primeiro passo no jogo de poder estava feito. E a parte mais divertida? Ela ainda não fazia ideia de que já estava completamente envolvida.

Ao voltar para seu escritório, Maximilian se sentou, reclinando-se na cadeira de couro, olhando a cidade através do vidro. A mente dele estava clara, calculista, mas havia uma faísca de algo que há muito tempo não sentia: interesse real. Um desafio que prometia perigo, desejo e controle — e ele adorava cada segundo de antecipação.

E assim, o jogo começava. Entre olhares, provocações e cada gesto calculado, Maximilian Cross já havia decidido: Elara Mendes não seria apenas mais uma funcionária. Ela seria o desafio mais intrigante que ele já enfrentou, e ele pretendia provar, em cada passo, que ninguém dominava o tabuleiro como ele.

Teste de Limites

O relógio marcava seis da tarde quando a maior parte dos funcionários da Cross Corp já tinha ido embora. O andar executivo estava quase silencioso, exceto pelo som distante de teclados e o eco ocasional de passos. Elara Mendes caminhava pelo corredor iluminado apenas pelas lâmpadas frias e pela luz suave do pôr do sol que atravessava as janelas.

O pedido dele ainda ecoava em sua mente: “Antes de ir embora, passe no meu escritório. Precisamos conversar.”

Ela não sabia o que esperar. Uma advertência? Um teste? Ou apenas mais uma de suas provocações calculadas?

Respirando fundo, bateu suavemente na porta.

— Entre. — A voz dele, grave e firme, atravessou o espaço como uma ordem.

Elara abriu a porta e encontrou Maximilian Cross encostado na mesa de madeira escura, sem a gravata, o paletó jogado sobre a poltrona. O ambiente estava mais íntimo do que profissional, iluminado pelo dourado do entardecer que invadia as janelas de vidro.

Ele ergueu os olhos para ela, avaliando-a com calma, como se cada detalhe fosse importante.

— Pontual. — disse ele, com um meio sorriso sarcástico. — Já é mais do que espero da maioria aqui.

Elara engoliu em seco, fechando a porta atrás de si. — O senhor pediu para me ver.

Maximilian descruzou os braços e deu alguns passos lentos em direção a ela. Não havia pressa, apenas aquela aura de controle absoluto.

— Pedi, sim. Queria entender quem exatamente é Elara Mendes. — A voz dele era baixa, carregada de algo que não era apenas curiosidade. — Jovem, recém-chegada, e ainda assim teve a ousadia de me encarar hoje cedo sem vacilar.

Ela manteve o olhar firme, apesar do coração acelerado. — Apenas tentei mostrar respeito… e não parecer intimidada.

Ele parou a menos de um metro dela, inclinando-se levemente, como um predador curioso. — Mas você estava intimidada. — disse, quase como uma constatação.

Elara respirou fundo. — Talvez. Mas isso não significa que eu vá recuar.

Maximilian sorriu de lado, um sorriso frio que não chegava aos olhos. — Interessante. Você realmente acredita que pode sobreviver aqui sem se dobrar?

— Eu não apenas acredito. Eu vou provar. — respondeu, com firmeza, mesmo sentindo o estômago se contrair.

O silêncio se instalou entre eles, denso, cortante. O olhar dele percorreu o rosto dela, depois os ombros, como se a estivesse avaliando de cima a baixo. Não havia nada de casual naquele gesto: era poder, puro e simples.

— Coragem. — disse ele, baixando o tom de voz. — Às vezes, isso é uma virtude. Outras, um fardo. — Ele se afastou lentamente, voltando a se recostar na mesa. — Amanhã, terá sua primeira prova. Vai preparar uma análise detalhada do novo projeto e apresentá-la… para mim. Sem erros.

Elara assentiu. — Vai ter o que pediu.

Ele inclinou a cabeça, estudando cada nuance de sua expressão. — Veremos.

Por um instante, o ambiente pareceu menor, sufocante. O ar entre eles carregado, como se a tensão fosse palpável. Elara não sabia se queria fugir ou se aproximar mais.

Maximilian quebrou o silêncio com uma última provocação:

— Você é diferente, Elara. A maioria treme diante de mim. Você, por algum motivo, insiste em me desafiar. — Ele sorriu, devagar, como se saboreasse cada palavra. — Isso me diverte.

Elara ergueu o queixo, mesmo sentindo o frio na espinha. — Então espero continuar sendo… interessante.

Ele riu, um som baixo, quase sombrio. — Oh, não tenha dúvidas. Você já é.

O olhar deles se prendeu por alguns segundos longos demais, intensos demais. O suficiente para que Elara soubesse que aquilo não era apenas um jogo profissional. Era algo mais sombrio, perigoso… e viciante.

Ela se virou para sair, mas antes de abrir a porta, ouviu a voz dele novamente, grave, marcante:

— Elara…

Ela parou, o coração disparado.

— Nunca se esqueça: eu não tolero fraqueza. Nem perdoarei erros. — Um breve silêncio, e então um sorriso em sua voz. — Mas eu mal posso esperar para ver até onde você aguenta.

Elara saiu, fechando a porta com cuidado. O som ecoou pelo corredor vazio, e ela apoiou-se por um instante na parede fria, tentando recuperar o fôlego.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!