*"Oi... meu nome é **Isabella Romano**, mas a maioria das pessoas me chama só de Bella.*
*Eu tenho 21 anos e... bem, a minha vida nunca foi muito fácil. Na verdade, eu nem lembro dos meus pais. Não sei se estão vivos, se me abandonaram... ou se um dia vou ter alguma resposta. Desde pequena moro com meu tio, minha tia e a filha deles.*
*Eles não gostam de mim... e eu também não sei bem o motivo. Talvez porque eu não seja realmente parte da família, talvez porque eu não tenha nada de valor. Minha prima... ah, ela... parece sentir um prazer estranho em me ver sofrer. Ela me maltrata, belisca, bate... e eu só consigo ficar quieta. Sempre ouvi que eu não tenho pra onde ir, então me resta apenas aguentar tudo calada.*
*Na maior parte do tempo fico trancada no quarto. Acho que é mais fácil pra eles fingirem que eu não existo assim. Às vezes me sinto invisível... quase uma estranha dentro da própria casa. Mas, mesmo nesse mundinho escuro, existe uma luz que não me deixa desistir: minha melhor amiga. Ela é como uma irmã pra mim, a única pessoa que realmente me enxerga de verdade.*
*As pessoas dizem que eu sou inocente demais... que eu não sei enxergar a maldade do mundo. Talvez seja verdade. Talvez eu seja mesmo ingênua. Mas, no fundo, eu só acredito que a bondade pode existir, mesmo quando tudo ao meu redor parece provar o contrário.*
*Eu nunca imaginei que a minha vida pudesse mudar. Mas... um dia, tudo saiu do meu controle. E foi exatamente por causa de algo que eu nunca fiz... uma dívida que nem era minha. E, de repente, eu me vi sendo trocada como se fosse... uma moeda de pagamento.*
*Essa sou eu... Isabella. Uma garota comum, que nunca conheceu a liberdade... e que agora vai descobrir um mundo que eu jamais poderia imaginar.*"
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🐍* Apresentação da Prima de Isabella*
*"Prazer... meu nome é **Valentina Moretti**, tenho 22 anos. Diferente da coitadinha da Isabella, eu sei exatamente quem eu sou e o que eu quero.*
*Eu gosto de coisas boas, caras, luxuosas... porque eu mereço. Sempre mereci. Desde criança, fui tratada como a estrela da família — e ninguém vai tirar isso de mim. Muito menos aquela órfã sem graça que vive debaixo do meu teto.*
*Vocês devem achar que eu sou cruel com ela, não é? Pois é, talvez eu seja mesmo. Mas sabem por quê? Porque eu não suporto a forma como todos olham para Isabella. Aquela cara de anjo, aquele jeitinho de vítima indefesa... dá vontade de vomitar. As pessoas sempre acabam sentindo pena dela... e isso me dá ódio.*
*O que ninguém entende é que por trás daquela máscara de inocência, ela só existe para atrapalhar a minha vida. Então sim, eu faço questão de lembrá-la todos os dias de que ela não pertence a lugar nenhum. Belisco, bato, prendo... e faria muito mais se pudesse. Afinal, ela precisa aprender qual é o seu lugar.*
*E se vocês acham que um dia Isabella vai vencer nessa história... bem, é porque ainda não me conheceram direito. Eu sou Valentina. E eu nunca perco.*"
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🥃 Apresentação do Tio
*"Meu nome é **Alberto Moretti**, tenho 48 anos. Sou um homem de negócios… negócios difíceis, se é que me entende. Já vi muita coisa na vida, e sei muito bem que nada vem de graça.
Isabella? Ah, aquela garota… não passa de um peso morto dentro da minha casa. Nem sei por que ainda deixei ela viver debaixo do meu teto por tantos anos. Desde que era criança, sempre me pareceu inútil, uma boca a mais para alimentar sem me trazer nenhum benefício.*
*E não me venha com esse papo de piedade, porque eu não tenho paciência para gente fraca. Isabella nunca soube se defender, nunca soube levantar a cabeça. Talvez porque ela simplesmente não tenha valor algum. Minha filha, Valentina, sim… ela nasceu para ter o mundo aos seus pés.*
*Agora, quanto às minhas dívidas… é, eu devo muito, mas eu também sei como resolver problemas. Se o preço para ter minha vida de volta é entregar Isabella como pagamento, que seja. Pelo menos, pela primeira vez na vida, aquela garota vai servir para alguma coisa."*
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* 🐍 Apresentação da Tia *
*"Eu sou **Helena Moretti**, 45 anos. E vou ser bem clara: eu nunca suportei a presença de Isabella nesta casa. Desde que ela apareceu, tudo virou uma maldição. Aquela carinha de santa, aquele jeitinho de vítima… eu sei muito bem o que ela tenta fazer. Mas comigo não cola.*
*As pessoas sempre se enganam com ela, acham que é um anjo indefeso. Eu enxergo além: Isabella é um fardo, uma sombra que insiste em roubar o que é da minha filha. Eu não admito isso. Não vou permitir que Valentina seja ofuscada por alguém tão… insignificante.*
*Sim, eu apoio meu marido em tudo. Dívidas? Todos têm. Mas nós somos espertos, nós sabemos como sobreviver. E se Isabella tiver que ser sacrificada para salvar a nossa pele… eu mesma vou abrir a porta e entregar aquela garota com prazer.*
*Eu sou Helena. E, diferente dela, eu sei lutar pelo que é meu.*"
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✨ **Apresentação da Amiga** ✨
"Oi, prazer, eu sou **Aurora Duarte**, tenho **23 anos**. Diferente de certas cobras que se dizem família da Isabella, eu sou alguém que realmente se importa com ela. Aliás, eu não sou só amiga… eu sou praticamente a irmã que ela merecia ter tido, porque a família dela… bom, é um caso perdido.
Eu faço questão de deixar claro: a Isabella é a pessoa mais incrível que eu conheço — doce, forte, sonhadora. E é justamente por isso que aqueles tios dela, e principalmente aquela prima invejosa, tentam puxar o tapete dela a todo custo. Talvez porque cada vez que olham pra Isa percebem o quanto são pequenos.
Os tios? Ah, duas piadas. Um pavão arrogante que só sabe falar de dívidas e se achar superior. Uma víbora que só destila veneno. E a priminha mimada? Invejosa, extravagante, sempre tentando apagar o brilho da Isabella… mas o detalhe é que Isa brilha sem precisar fazer esforço, e isso deve doer muito nela.
Eu? Eu não tenho paciência pra falsidade. Se eles tentarem tocar na Isabella, já sabem que vão ter que lidar comigo também. Porque eu não me deixo enganar por ninguém e não tenho medo de falar o que penso. Isa sabe que pode contar comigo pra tudo — pra rir, chorar, brigar, ou até colocar um certo trio venenoso no lugar.
Resumindo: eu amo a Isabella como minha própria irmã, e odeio esses três com a mesma intensidade. Simples assim."
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### Apresentação do Mafioso Principal
**Nome:** Lorenzo De Luca
**Idade:** 36 anos
**Apelido:** *Demônio*
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🖤 **Lorenzo De Luca falando:**
"Meu nome é Lorenzo De Luca… mas você provavelmente já ouviu falar de mim como * Demônio*. E acredite, esse apelido não é à toa. Eu não perdoo, não hesito e não tenho piedade. Quando entro em um lugar, o silêncio fala por mim.
Eu comando quase toda a Itália, do norte ao sul, e cada esquina, cada negócio, cada sangue derramado… tem o meu nome marcado. Meus inimigos sabem que basta pronunciar ‘De Luca’ para o medo percorrer a espinha. Conselho da máfia? Eles não mandam em mim. Eu não sigo regras — eu sou a regra.
Tenho um irmão mais novo, e mesmo que muitos digam que ele é uma sombra minha… ele é sangue do meu sangue. E se alguém ousar encostar um dedo nele, eu mesmo arranco a garganta do miserável. Minha família é meu território. Quem ousa se meter, não dura muito tempo respirando.
E quanto às dívidas… hah, vamos falar sobre isso. Ouvi o nome de um certo homem que me deve mais do que pode pagar. Um fracassado que pensa que pode brincar com a máfia. Ele esqueceu que cada dívida tem preço… e quem não paga, paga com a vida. O nome dele? Ah… eu guardo. Vai ser divertido cobrar.
Mulheres? Centenas se jogam aos meus pés, fariam qualquer coisa pra ter uma noite comigo. Mas eu não me rendo a ninguém. Sou cobiçado, desejado, odiado e temido. Esse é o preço de ser o mais poderoso.
Eu sou Lorenzo De Luca. O Demônio da Itália. Lembre-se desse nome… porque cedo ou tarde, ele vai bater na sua porta."
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**Apresentação – Matteo De Luca**
*“Meu nome? Matteo De Luca. Tenho 28 anos e, sim, você já deve ter ouvido falar de mim… provavelmente em sussurros, na cama de alguma mulher ou nos gritos de um homem implorando por misericórdia. Nenhum dos dois me impressiona.*
*Sou o irmão mais novo do Lorenzo, o tão chamado ‘Demônio’. Ele governa com frieza, estratégia, cálculo. Eu? Eu prefiro resolver as coisas do meu jeito: rápido, direto, sangrento, se for preciso. Ele é o cérebro… eu sou a mão que executa. A diferença é que eu também sou o veneno que muitos desejam beber, mesmo sabendo que pode ser o último gole de suas vidas.*
*Mulheres? Não me faltam. Todas me querem, todas sonham em me domar. Nenhuma consegue. Eu não sou o tipo que se prende — sou o tipo que prende. Dizem que sou arrogante… e eu digo que eles têm razão. Quando você é eu, ser humilde é desperdício.*
*Me chamam de muitas coisas: Tentador, Anjo Caído… eu deixo. Não importa o título, contanto que todos se lembrem de uma coisa: Matteo De Luca não perdoa, não esquece, não se curva. Quem cai nas minhas mãos, seja inimigo ou amante, nunca sai o mesmo.*
*Ah… e se você está se perguntando: sim, eu sou pior do que meu irmão. A diferença é que ele gosta de ser temido. Eu gosto de ser desejado… e temido ao mesmo tempo.*”
*“Família… palavra engraçada, não acha? Para alguns significa amor, união, calor de lar. Para nós, De Luca, significa poder, sangue e lealdade quebrada em mil pedaços se alguém ousar vacilar.*
*Meu irmão mais velho, Lorenzo De Luca… ah, o Demônio. Ele é o pesadelo que os homens rezam para não encontrar. Frio, calculista, com aquele olhar que atravessa a alma e arranca qualquer traço de coragem que restava. Ele é o cérebro, o rei nesse tabuleiro. Eu? Eu sou o braço armado, a lâmina afiada, a tentação mortal que ninguém resiste. Se Lorenzo é a sombra que assombra seus sonhos, eu sou o fogo que consome sua carne.*
*Meu pai? Antonio De Luca. Um homem que nasceu para ser rei, e foi. Um estrategista nato, que ensinou a nós dois a nunca confiar em ninguém e a nunca vacilar, nem diante da morte. Ele não é só respeitado… ele é venerado, até pelos inimigos.*
*Minha mãe, ah… Isabella De Luca. Bela, refinada, mas não se engane — o sangue frio corre nela também. Por trás do sorriso elegante, existe uma rainha que pode derrubar homens com uma única palavra. Muitos a subestimaram por ser mulher… todos eles foram enterrados cedo demais.*
*E juntos? Bem, juntos somos o inferno vestido em ouro. A família mais temida da Itália, os De Luca. Quando alguém escuta esse nome, ou beija o chão em respeito… ou cava a própria cova. Não existe meio termo.*
*Então, me diga… você tem coragem de se meter com a minha família? Ou vai escolher o caminho mais inteligente: baixar a cabeça e sair da frente?*”
*“O Conselho… hah… uma mesa cheia de velhos gananciosos que se acham reis. Eles gostam de acreditar que ainda mandam na Itália. A verdade? Eles só respiram porque meu irmão, Lorenzo, e eu permitimos. Sem os De Luca, aquele circo de egos já teria desmoronado há muito tempo. Eles falam em regras, tradições, equilíbrio de poder. Nós falamos em resultados, território e sangue. Quem você acha que tem a última palavra?*
*Quanto aos inimigos… ah, tenho uma lista longa demais para citar. Alguns são famílias falidas tentando recuperar glória perdida. Outros, pequenos ratos que ousaram roubar migalhas da nossa mesa. E ainda existem os idiotas que acham que podem enfrentar o ‘Demônio’ Lorenzo e sair vivos. Pobres coitados. Nós não colecionamos inimigos. Nós colecionamos cadáveres.*
*E aliados? Temos, claro. Mas até que ponto um aliado é de verdade? Hoje eles brindam com a gente, amanhã podem estar vendendo a alma ao maior lance. Na máfia, confiança é um luxo… e luxos custam caro. Quem permanece ao nosso lado, permanece porque sabe que é melhor ser amigo dos De Luca do que nosso inimigo.*
*No fim das contas, é simples: nós não fazemos parte do jogo. Nós **somos** o jogo. E quem ousar jogar contra a gente… perde.”*
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📖 **Apresentação de Antonio De Luca**
*"Me chamo **Antonio De Luca**. Cinquenta e dois anos, e ainda tenho mais sangue nos punhos do que muito garoto por aí. Não cheguei onde estou sendo ingênuo. Eu sou o nome que ecoa em cada beco da Itália, em cada esquina onde a sombra da máfia se estende. E acredite, se você já ouviu meu nome... foi por medo ou por respeito. Às vezes, os dois."*
*"Sou o patriarca da família De Luca, e nada, absolutamente nada, é mais importante do que ela. Tenho dois filhos, **Matheo** e **Lorenzo**. Homens criados no fogo, moldados para serem o que o mundo teme. Um é o cérebro frio, calculista, o demônio que ri da própria escuridão. O outro é o fogo indomável, desejo e perigo em um só corpo. Ambos, meu orgulho… ambos, meus herdeiros."*
*"E então há **Isabel**, minha esposa. Minha rainha. A mulher que conseguiu domar o homem que ninguém ousa enfrentar. Não se enganem, o amor que sinto por ela é tão grande quanto a fúria que guardo para aqueles que tentarem chegar perto demais. Isabel é intocável. Só respira porque eu permito. E meus filhos herdaram isso de mim: o instinto de proteger, de possuir, de nunca deixar escapar o que é deles."*
*"Sou respeitado no conselho, mas também sou temido. Quem tenta me enganar... não vive para contar. Frio? Talvez. Justo? Para quem merece. E cruel? Ah… com toda certeza. Mas só com aqueles que ousam desafiar o nome De Luca."*
*"A máfia corre nas minhas veias, mas não pense que isso me torna cego. Eu sei quem são meus aliados, sei quem são meus inimigos. E sei quem está me devendo. Porque no meu mundo, dívida é dívida. Não importa se custa dinheiro... ou sangue."*
*"Eu sou Antonio De Luca. O homem que muitos chamam de rei. Mas lembrem-se de uma coisa: um rei governa… um monstro domina. E eu sou os dois."*
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✨ **Apresentação – Isabel De Luca**
“Permitam-me… Isabel De Luca. Esposa de Lorenzo De Luca. Mãe de Matheo e Enzo, os dois homens que herdaram não apenas o sangue, mas também a fúria e a honra de nossa família.
Alguns me chamam de rainha, outros de dama da máfia… eu? Apenas rio. Eu não preciso levantar a voz para que o mundo inteiro se curve. Basta um olhar, e já entendem onde estão se metendo.
Sou o equilíbrio da casa, a voz doce que acalma a fera… mas também a mão invisível que decide quem respira e quem não respira mais. O poder não está só nas armas ou no dinheiro… está em quem sabe usá-los com inteligência.
Meu marido é o homem que respeito e amo mais que tudo. E se ele é o rei do nosso império, eu sou o trono sobre o qual ele se sustenta. Ciumento, possessivo? Sim. Mas não se enganem: a lealdade dele é o que mais me fascina.
Quanto aos meus filhos… ah, meus meninos. Matheo, frio, calculista, temido por todos. Lorenzo, intenso, desejado, dono de um fogo que não se apaga. Eles são meu orgulho e minha perdição. E se ousarem encostar um dedo neles… não haverá inferno suficiente para se esconder.
Eu quero vê-los casados, construindo alianças, fortalecendo o nome que carregam. Quero noras à altura da família De Luca. Não aceito menos que isso.
Então, sejam bem-vindos ao nosso mundo… um mundo em que reina sangue, poder e devoção. E lembrem-se: quem toca em um De Luca, toca em mim. E quem toca em mim… não vive para contar.”
— Isabel De Luca 👑🖤
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✨ **Apresentação da Serena Ricci** ✨
— *“O meu nome é **Serena Ricci**, 26 anos. Talvez você já tenha ouvido falar de mim… e se ainda não ouviu, vai ouvir. Eu não passo despercebida, nunca passei. Homens me desejam, mulheres me invejam, e eu adoro cada segundo disso.*
Ela cruza as pernas lentamente, leva o cigarro aos lábios e solta a fumaça de maneira provocante.
— *Eu nasci para o luxo, para o poder, para ser a mulher de um homem grande. E todos já sabem quem é esse homem… Lorenzo De Luca. O único capaz de combinar comigo. Ele ainda não percebeu, mas é apenas questão de tempo até que o mundo nos reconheça como o casal perfeito.*
O sorriso dela é frio, venenoso, mas irresistível.
— *Podem me chamar do que quiserem: cobra, oportunista, interesseira… no final das contas, sou apenas alguém que sabe o que quer. E eu quero o sobrenome De Luca ao lado do meu. Não importa o preço.*
— *“Serena Ricci. 26 anos. Grava bem esse nome, porque logo vocês vão me chamar de outra forma: **Senhora De Luca**.*
Ela solta uma risada baixa e arrasta a ponta do cigarro contra o cinzeiro de cristal, como se fosse dona do lugar.
— *Eu nasci para o topo, para os holofotes, para mandar e não obedecer. Status, luxo, poder… isso não é um sonho pra mim, é um destino. E ninguém — absolutamente ninguém — vai me impedir de conquistá-lo.*
Ela se levanta devagar, ajeitando a alça da lingerie vermelha no ombro, com um olhar que mistura veneno e sedução.
— *Lorenzo De Luca… ah, ele é perfeito. Frio, perigoso, irresistível. O homem que todos temem… e que eu vou ter. Ele ainda finge não me notar do jeito que deveria, mas isso é temporário. Nenhum homem resiste a mim. Nenhum.*
Ela se inclina, como se estivesse revelando um segredo sujo.
— *As outras mulheres? Coitadas. Podem até sonhar, mas nunca vão estar à minha altura. Eu sou fogo. Eu sou veneno. Eu sou a mulher que vai transformar Lorenzo no rei… e eu, naturalmente, na rainha.*
Ela sorri, com aquela confiança que beira a loucura.
— *Podem me odiar, me chamar de cobra, de ambiciosa, de perigosa… mas quando me virem vestida de De Luca, coberta de diamantes e com o mundo aos meus pés, vão entender: eu nasci para isso. E ninguém vai tomar o que é meu.*
*(Narrado por Isabella Romano)*
Eu sempre me perguntei por que a vida me colocou aqui. Talvez eu nunca descubra a resposta, mas ainda assim tento acreditar que existe algum motivo escondido atrás de tudo isso. Meu nome é **Isabella Romano**, tenho 21 anos… embora, às vezes, eu me sinta como uma criança perdida dentro de um corpo que o tempo insiste em fazer crescer.
A verdade é que eu nunca conheci meus pais. Não sei se estão vivos, se me abandonaram ou se o destino apenas decidiu arrancá-los de mim antes que eu pudesse chamá-los de “mamãe” e “papai”. Cresci com meu tio, **Alberto Moretti**, minha tia **Helena** e a filha deles, **Valentina**. Mas dizer que eles são minha família… seria como mentir para mim mesma.
Eles não me veem como sangue do mesmo sangue. Para eles, eu sou um peso, um estorvo. Um erro que nunca pedi para carregar.
Meu quarto… se é que posso chamar assim… fica no sótão. Pequeno, com uma janela minúscula que mal deixa a luz entrar. O colchão é fino, áspero, e as cobertas têm cheiro de mofo. Mas ainda assim, esse é o único lugar onde consigo chorar em silêncio sem que ninguém perceba.
Todos os dias eu acordo cedo, antes mesmo do sol nascer, para arrumar a casa. Se eu atraso um minuto, ou se esqueço de algo, os gritos ecoam pela casa inteira. Às vezes, não são apenas gritos… Valentina adora me beliscar, empurrar, puxar meus cabelos. E eu… eu não revido. Não porque não queira, mas porque sei que qualquer resistência só traria mais dor.
A **Valentina Moretti**… como posso descrever ela? É linda, sempre bem arrumada, cheia de joias e perfumes caros que a mãe lhe dá. Mas por trás daquele sorriso arrogante, existe uma sombra. Ela me odeia. Sempre odiou. Talvez por inveja, talvez porque minha existência a incomode… eu não sei. Mas sei que ela faz questão de lembrar todos os dias que, para ela, eu sou nada.
“Você não passa de uma parasita, Isabella.” — as palavras dela queimam mais do que os tapas.
Meu tio **Alberto** também não perde a chance de me rebaixar. Ele é um homem arrogante, que vive se achando importante, mas que na verdade está atolado em dívidas. Sempre grita que eu não valho nada, que sou apenas uma boca a mais para alimentar. E minha tia… ah, Helena… uma verdadeira cascavel. Sempre venenosa, sempre pronta a me culpar por tudo.
Mas sabem o que dói mais?
Não é o frio do quarto.
Não é a comida que muitas vezes me negam.
Nem mesmo os castigos.
O que mais dói… é não ser amada.
Às vezes eu me sento perto daquela janelinha do sótão, olho para o céu e me pergunto: será que, em algum lugar, existe alguém que se importa comigo? Alguém que enxergaria quem eu realmente sou? Porque, no fundo, eu só queria… ser amada.
Eu tento ser sempre educada, sorrir quando falam comigo, ajudar, mesmo quando sei que não vão reconhecer meu esforço. Talvez seja bobo, mas acredito que a bondade ainda pode mudar alguma coisa no mundo. Eu nunca desejei mal a ninguém… nem mesmo à Valentina. Apesar de tudo que ela me faz, eu só consigo sentir pena.
Talvez eu seja ingênua. Talvez infantil. Mas… essa sou eu.
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Hoje, por exemplo, acordei cedo como sempre. O chão gelado mordeu meus pés, mas eu ignorei. Desci as escadas correndo e comecei a arrumar a mesa para o café. A cada passo, o coração acelerava — eu sabia que, se algo faltasse, minha tia notaria. E ela sempre nota.
— *Isabella!* — ouvi a voz cortante de Helena. — *Demorou demais com o café. Quer me matar de fome, garota inútil?*
Baixei a cabeça, segurando a vontade de responder.
— Desculpe, tia… já está pronto.
Ela bufou, os olhos cheios de desprezo. Valentina riu baixinho, como sempre faz quando me vê constrangida. Meu tio entrou logo depois, reclamando das dívidas, como se fosse culpa minha.
— Maldita hora que aceitei criar você — ele resmungou, servindo-se de pão e café. — Uma boca inútil, e ainda assim cara de sustentar.
As palavras dele me acertaram como facas invisíveis, mas eu não chorei. Aprendi a não chorar na frente deles.
E assim, mais um dia começou.
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Mas sabem… por mais que tudo pareça cinza, eu tenho um pedacinho de luz na minha vida. Uma única pessoa que me faz acreditar que o mundo não é feito só de dor.
O nome dela é **Aurora Duarte**.
Aurora… minha melhor amiga. Minha irmã de coração. A única que olha para mim e me enxerga. Ela não tem medo de enfrentar Valentina, nem meus tios. É atrevida, sarcástica, cheia de vida. Quando estamos juntas, eu me sinto livre, como se pudesse respirar sem medo.
Lembro-me da primeira vez que nos encontramos… eu estava chorando atrás da escola, sozinha, e ela simplesmente se sentou ao meu lado. Não perguntou nada. Apenas segurou minha mão. Desde então, nunca mais me deixou.
Hoje, depois de terminar as tarefas e conseguir escapar por alguns minutos, corri até ela.
— Bella! — ela exclamou quando me viu, abrindo um sorriso largo. — Finalmente saiu daquela prisão!
Sorri tímida, sentindo as lágrimas quase caírem.
— Só por pouco tempo… não posso demorar.
Ela revirou os olhos, puxando-me para um abraço apertado.
— Isabella, se eu pudesse, te arrancava de lá à força. Aquela casa não merece você.
Eu ri baixinho, encostando a cabeça em seu ombro. Aurora sempre fala o que pensa, sempre me defende como uma leoa.
— Um dia… um dia eu vou sair de lá — murmurei, quase como uma promessa a mim mesma. — E talvez… talvez eu descubra quem eu realmente sou.
Aurora segurou meu rosto com firmeza e disse, com aquele jeito todo atrevido dela:
— Você já é incrível, Bella. Só precisa acreditar em si mesma.
E naquele instante… mesmo que por pouco tempo, eu acreditei.
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Talvez eu não saiba o que o destino me reserva. Talvez minha vida continue sendo feita de lágrimas e silêncios. Mas se existe uma coisa que guardo dentro do peito… é a esperança.
Porque mesmo no mundo mais escuro, sempre existe uma pequena luz.
E a minha… se chama **Aurora**.
**Em outro lugar da Itália…**
O sol já havia se escondido atrás dos prédios de mármore antigo, tingindo o céu de tons avermelhados e dourados, quando a mansão De Luca iluminou-se com luzes imponentes. Situada em uma colina afastada, com vista privilegiada para o mar, aquela propriedade não era apenas uma casa — era um símbolo de poder, riqueza e medo.
Carros importados desfilavam pela entrada de pedras lisas, enquanto seguranças armados, vestidos de preto da cabeça aos pés, mantinham os olhares atentos para cada detalhe do entorno. Ninguém ousava entrar ou sair dali sem ser notado. Aquele lugar era o coração da família De Luca, a máfia mais respeitada e temida de toda a Itália.
Dentro da mansão, o ambiente era uma mistura de requinte e frieza. Os lustres de cristal refletiam nas paredes adornadas com obras de arte caríssimas, mas o clima de tensão e respeito pairava como uma sombra invisível. Ali, cada palavra pesava, cada gesto era observado.
Na grande sala de reuniões, uma mesa comprida de madeira maciça abrigava os homens mais influentes do conselho. Eles falavam em voz baixa, temerosos, até que o som de passos firmes e pesados ecoou no mármore. O silêncio caiu de imediato.
Lorenzo De Luca havia chegado.
Ele não precisava abrir a boca para ser notado. A sua simples presença bastava para impor silêncio e medo. Alto, de porte firme e olhar afiado como lâmina, usava um terno escuro perfeitamente alinhado. Havia algo nele que misturava charme irresistível e ameaça constante — uma combinação que fazia inimigos tremerem e mulheres suspirarem.
Lorenzo caminhou até a cabeceira da mesa e se sentou com a calma de quem sabe que está no comando. Seus dedos tamborilaram de leve sobre a madeira, e em seguida, ele abriu um sorriso frio, quase divertido.
— Vejo que todos chegaram pontualmente… como deveriam — disse, sua voz grave carregada de ironia. — Sinto o cheiro do medo daqui, mas fiquem tranquilos. Eu só mato quando necessário.
Alguns homens riram nervosos, outros apenas engoliram seco. Era sempre assim: Lorenzo falava como quem brinca, mas ninguém nunca duvidava do peso de suas palavras.
Ao seu lado, entrou Matheo De Luca, o irmão mais novo. Diferente de Lorenzo, seu olhar carregava certa impulsividade, como uma fera jovem pronta para atacar. Embora tivesse a mesma imponência do irmão, havia nele um ar mais provocador, mais explosivo. Se Lorenzo era o gelo mortal, Matheo era o fogo incontrolável.
— Sempre tão dramático, fratello — disse Matheo, jogando-se em uma das cadeiras próximas. — Você assusta esses homens de graça.
Lorenzo virou-se para ele com um sorriso enviesado.
— E você acha que eles só me temem… — inclinou-se levemente para frente. — Eles também temem você, Matheo. Mas diferente de mim, você ainda deixa escapar que sente prazer no sangue. Isso é perigoso.
Matheo riu.
— Melhor sentir prazer do que agir como um demônio sem alma, irmão. Pelo menos eu mostro o que sou.
O conselho permaneceu em silêncio, como se assistisse a uma partida de xadrez entre predadores.
Foi então que a porta do salão se abriu novamente. Antônio De Luca entrou, acompanhado de sua esposa, Isabel. O pai era um homem de presença imponente, cabelos grisalhos bem cuidados, terno impecável e olhar que exalava respeito. Ele era um verdadeiro senhor da máfia, um estrategista nato que havia construído aquele império. Ao seu lado, Isabel, a matriarca, desfilava como uma rainha absoluta. Bela, elegante e com um olhar calculista, ela irradiava poder e delicadeza em igual medida.
Todos se levantaram imediatamente, em sinal de respeito.
— Sentem-se — disse Antônio, com a voz firme, sem necessidade de elevar o tom.
Quando ocuparam seus lugares, ele lançou um olhar de aprovação para os filhos.
— Vejo que mantêm a casa em ordem. — fez uma pausa, servindo-se de um vinho tinto. — Mas há problemas. Dívidas antigas que precisam ser cobradas.
Lorenzo arqueou a sobrancelha, seu sorriso frio retornando.
— Problemas… sempre existem. — ele apoiou o cotovelo na mesa e levou a taça de vinho aos lábios. — Quem são os devedores desta vez?
Um dos homens do conselho se remexeu desconfortável antes de responder.
— A família Moretti, signore. Eles devem uma quantia considerável… e já não têm mais de onde tirar.
Um silêncio denso pairou no ar. O olhar de Lorenzo se estreitou, sua mente trabalhando rapidamente.
— Moretti… — ele repetiu devagar, como quem saboreia uma palavra amarga. — Nome pequeno demais para carregar uma dívida tão grande.
Matheo inclinou-se para frente, os olhos brilhando com curiosidade.
— Deixe comigo, Lorenzo. Posso fazer eles cantarem rapidinho.
Lorenzo deu uma risada baixa, seca.
— Sempre tão precipitado, fratello. — ele ergueu a mão, como se cortasse o ar. — Calma. Primeiro, quero detalhes. Quem exatamente está no comando dessa dívida?
O conselheiro pigarreou.
— Alberto Moretti, senhor. O patriarca.
Lorenzo recostou-se na cadeira, observando o teto por um instante, pensativo. Em seguida, voltou o olhar para todos, seu sorriso sarcástico reaparecendo.
— Então… o senhor Moretti terá a honra de conhecer os De Luca mais de perto. — bateu de leve a taça na mesa. — Ninguém escapa das minhas cobranças.
---
De repente, a cena mudou de foco. O narrador invisível desapareceu, e era a própria voz de Lorenzo que tomava conta, firme e fria, quase como se ele falasse diretamente com o leitor.
*"Eu sou Lorenzo De Luca. Muitos me chamam de o Demônio da Itália… e eu não ligo. Demônios não precisam de piedade, apenas de poder. Eu comando com punho de ferro, e quem ousa me desafiar… termina enterrado seis palmos abaixo. Não existe meio-termo comigo. Ou você é leal, ou você é inimigo. E inimigos… não respiram por muito tempo."*
Ele se levantou, caminhando devagar pela sala, como um predador que exibe sua força.
*"A minha família é meu sangue. Meu pai, Antônio, é a mente que construiu tudo isso. Minha mãe, Isabel, é a rainha que governa ao nosso lado. E meu irmão, Matheo… ah, Matheo… ele é o fogo que eu mantenho sob controle. Ele quer o mundo nas mãos, e eu não culpo ele. O mundo é nosso por direito."*
Lorenzo parou diante da janela, observando o jardim iluminado pela lua.
*"Quanto às dívidas… todos pagam. Sempre. Se não for com dinheiro… é com sangue. E se os Moretti não aprenderem isso rápido… vão conhecer de perto o inferno que carrego nos olhos."*
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De volta à narrativa em terceira pessoa, a reunião prosseguiu até tarde da noite. Os De Luca discutiram estratégias, traçaram caminhos, falaram de negócios sujos e guerras iminentes contra famílias rivais. O clima era pesado, mas ao mesmo tempo fascinante. Aquele era o coração pulsante da máfia.
No fim, quando os conselheiros se retiraram, apenas os quatro permaneceram na sala: Antônio, Isabel, Lorenzo e Matheo.
— Lembrem-se, meus filhos — disse Antônio, erguendo sua taça. — O poder se mantém com respeito, mas também com medo. Nunca deixem ninguém esquecer de quem somos.
— Nunca — respondeu Lorenzo, sua voz carregada de promessa.
Isabel sorriu de forma orgulhosa, mas seus olhos revelavam algo mais. Ela desejava que seus filhos, além de governarem, encontrassem suas rainhas. Queria vê-los casados, protegidos por mulheres fortes ao lado deles. Era um sonho silencioso que guardava no coração.
Naquela noite, enquanto Lorenzo e Matheo deixavam a sala, uma sensação estranha percorreu o ar. Algo estava prestes a mudar. Algo que conectaria o destino da família De Luca a pessoas que, até então, eles jamais haviam considerado importantes.
E esse algo… tinha nome.
Isabella.
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