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Amor de Serial Keller

CAPÍTULO 1 – Primeiro Corte

A noite estava pesada. O ar da cidade parecia engolir o fôlego de quem ousasse respirar fundo demais. As ruas molhadas refletiam as luzes vermelhas dos postes, transformando cada sombra em um vulto ameaçador.
Dentro de um apartamento abandonado, o silêncio era quebrado apenas pelo gotejar constante de uma torneira enferrujada. Um corpo jazia no chão, posicionado cuidadosamente diante de um espelho rachado, como se fosse parte de uma obra de arte macabra. O sangue escorria em linhas perfeitas, formando símbolos que ninguém conseguiria decifrar de imediato.
O homem que arquitetara aquela cena estava ali, de pé, observando seu reflexo.
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
— Belo, não é? — sussurrou Jungkook, a ponta da lâmina ainda brilhando com sangue fresco. Seu sorriso era sereno, quase inocente, mas seus olhos refletiam algo animalesco.
Com calma, ele inclinou a cabeça, analisando o rosto sem vida no chão. Aproximou-se, ajeitou a posição da mão da vítima como quem arruma uma flor em um vaso. Depois, com um dedo, desenhou um coração na superfície ensanguentada do espelho.
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
— Eles nunca vão entender… mas ele vai.
E então, Jungkook desapareceu nas sombras, deixando apenas o rastro de sua assinatura sangrenta.
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Horas depois, as sirenes cortavam a madrugada. O apartamento fora cercado pela polícia, jornalistas tentavam romper a barreira, e a cena do crime parecia atrair olhares curiosos como moscas ao redor de carniça.
O detetive Park Jimin caminhou pelo corredor estreito. Sua expressão era séria, mas os olhos denunciavam o cansaço de anos lidando com o pior da humanidade. A cada passo, ele sentia o peso de que algo ali não era apenas um crime comum.
Quando entrou no quarto, o cheiro metálico o atingiu em cheio.
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
— Meu Deus...— murmurou, observando o corpo diante do espelho.
Jin, o perito, já estava agachado ao lado da vítima.
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
— Ele é meticuloso, Jimin. Não foi só assassinato… foi encenação. Cada corte tem simetria.
Jimin se aproximou do espelho. Seus olhos fixaram no coração desenhado com sangue, como se fosse um recado íntimo. Por um instante, sentiu como se alguém o observasse através daquele reflexo partido.
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
Namjoon entrou logo atrás. — Mais um. Terceira vítima em dois meses. Esse cara não vai parar tão cedo.
Mas Jimin mal ouviu. A sensação de ser observado era tão intensa que ele se virou para a janela, como se esperasse encontrar alguém ali. Nada. Apenas a escuridão.
Enquanto isso, do lado de fora, um vulto sorria sob a capa da noite. Jungkook observava a movimentação policial à distância, mas seus olhos estavam presos apenas em um homem: o detetive de olhar atento, que havia parado diante do espelho.
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
— Finalmente...encontrei você — sussurrou Jungkook, quase em êxtase.
A caçada havia começado.

CAPÍTULO 2 – O Espelho se Quebra

A sala de investigação estava mergulhada em silêncio. Apenas o barulho do relógio na parede marcava o tempo, como se cada segundo fosse uma contagem regressiva para algo inevitável. Jimin estava sentado diante das fotos do crime. Os cortes, o posicionamento do corpo, o coração de sangue no espelho. Tudo gritava que aquele não era um assassino comum.
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
— Ele não mata por necessidade. Mata para ser visto. — murmurou, quase para si mesmo.
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
Namjoon ergueu os olhos da papelada. — E quem ele quer que o veja?
Jimin hesitou. A resposta parecia óbvia, mas pesada demais para ser dita em voz alta. Antes que pudesse falar, Jin entrou carregando uma pasta.
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
— O laudo preliminar. — jogou os papéis sobre a mesa. — Cortes precisos, profundidade calculada… esse cara tem conhecimento de anatomia, ou pelo menos um controle absurdo da mão. Ele respirou fundo, encarando Jimin. — Não é só um assassino. É um artista.
As palavras fizeram eco no peito de Jimin. Ele voltou a olhar a foto do espelho. E lá estava, quase imperceptível: ao lado do coração ensanguentado, traços finos que lembravam letras. Ele se levantou, pegou a foto mais de perto.
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
✦ 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 ☾ — 「 Detetive」
— É um nome… — sua voz falhou. — O meu nome.
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
Namjoon gelou. — Isso não pode ser coincidência.
☠ 𝐘𝐨𝐨𝐧𝐠𝐢 ✒ — 「 Jornalista Investig
☠ 𝐘𝐨𝐨𝐧𝐠𝐢 ✒ — 「 Jornalista Investig
Yoongi, que havia entrado sem ser anunciado, deixou escapar um riso baixo. — O Assassino dos Espelhos já tem um alvo. E não é qualquer alvo. É você, detetive Park.
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Do outro lado da cidade, em um quarto escuro iluminado apenas por velas, Jungkook observava uma parede coberta de fotografias. Todas de Jimin. Cenas do detetive entrando em cafés, voltando para casa, conversando com colegas de trabalho. Cada detalhe capturado, como se fosse um amante secreto — ou um predador estudando sua presa.
Ele passou os dedos sobre uma foto onde Jimin estava rindo discretamente em um bar com Taehyung. Seus lábios se curvaram em um sorriso doentio.
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
⛧ 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𖤐 — 「 Serial Killer
— Você já é meu, Jimin. Eles não sabem, mas nós sabemos. Ele encostou os lábios na fotografia e murmurou: — Logo… vou te mostrar o reflexo verdadeiro.
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Naquela noite, Jimin retornou para casa com um peso estranho no peito. O apartamento estava silencioso demais, e cada sombra parecia maior que o normal. Ele deixou a arma sobre a mesa, afrouxou a gravata e caminhou até o banheiro. Ao acender a luz, o espelho embaçado refletiu sua figura cansada.
Por um segundo, ele jurou ver outra silhueta atrás de si. Virou-se bruscamente — nada. Apenas escuridão.
Mas quando voltou o olhar para o espelho, havia algo escrito em letras vermelhas, borradas como se tivessem sido traçadas com um dedo sujo de sangue:
🩸“Bonito quando tem medo.”🩸
Jimin recuou um passo, o coração disparando. Sua mão foi instintivamente até a arma. Mas o apartamento estava vazio. Nenhum sinal de arrombamento. E ainda assim, alguém havia estado ali.
Alguém que o desejava. Alguém que o observava de perto.
E naquele instante, Jimin soube: a linha entre sua vida pessoal e a caçada havia sido quebrada.

CAPÍTULO 3 – O Presente

A madrugada estava gelada. A lua se escondia atrás de nuvens pesadas, e a cidade parecia segurar o fôlego. Naquele silêncio, apenas uma caixa repousava diante da porta do apartamento de Jimin. Um presente. Envolto em papel preto, com um laço vermelho vibrante que parecia pulsar como uma artéria recém-cortada.
Jimin hesitou antes de tocar. Algo em seu peito dizia para não abrir. Mas a curiosidade, misturada ao dever, venceu o medo.
Com dedos trêmulos, ele puxou a fita. O estalo seco ecoou pelo corredor vazio.
Ao levantar a tampa, uma fumaça branca de gelo seco escapou, envolvendo seus braços como uma névoa fantasmagórica. E então, ele viu.
Uma cabeça humana, os olhos arregalados, a boca ainda aberta em um grito silencioso. O sangue, ainda fresco, manchava o gelo e escorria em pequenas poças vermelhas. Jimin cambaleou para trás, o estômago revirando. Mas o choque não vinha apenas do horror da cena.
Ele conhecia aquele rosto. Choi Daeho. Seu vizinho de infância. O homem que, anos atrás, tentara abusá-lo quando ele tinha apenas onze anos.
Aquele rosto, agora decepado, lhe devolvia o olhar morto, como se o passado voltasse para atormentá-lo de um jeito cruel e inescapável.
Dentro da caixa, preso entre os dentes ensanguentados, havia um bilhete dobrado. Com mãos hesitantes, Jimin puxou o papel encharcado. As letras escritas em vermelho pareciam tremer sob a luz fraca do corredor:
“Eu conserto o que te feriu. Ninguém toca no que é meu.”
O estômago de Jimin se revirou. O bilhete escorregou de seus dedos, caindo na poça de sangue que começava a se formar no chão.
Sua respiração ficou curta, o coração disparado. O apartamento ao redor parecia encolher, as paredes se fechando, como se Jungkook estivesse ali, observando sua reação de algum canto escuro.
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Horas depois, Namjoon e Jin chegaram à cena.
Jin se ajoelhou diante da caixa, os olhos arregalados, o cheiro metálico do sangue impregnando o ar.
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
♱ 𝐒𝐞𝐨𝐤𝐣𝐢𝐧 ⚕ — 「 Perito Forense 」
— Ele não deixou só um recado… deixou uma mensagem íntima. — murmurou, engolindo em seco.
Namjoon lançou um olhar grave a Jimin.
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
༺ 𝐍𝐚𝐦𝐣𝐨𝐨𝐧 ⚖ — 「 Chefe da Divisão
— Como ele sabia do seu passado? Como ele sabia desse homem?
Mas Jimin não respondeu. Sua mente estava em um turbilhão. Ele não havia contado para ninguém sobre aquela noite traumática da infância. Ninguém.
Então, como Jungkook sabia?
Um arrepio percorreu sua espinha. Ele sentia o peso de olhos invisíveis sobre si, como se fosse apenas uma peça em um teatro sangrento que alguém montava pacientemente.
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Do outro lado da cidade, em um quarto escuro iluminado por velas, Jungkook limpava a lâmina que havia usado. Seus dedos passavam lentamente sobre o fio afiado, como quem acaricia a pele de um amante.
Seus olhos brilharam no reflexo da lâmina ensanguentada.
Naquela sala macabra, entre sangue fresco e fotografias, o riso baixo de Jungkook ecoou como um presságio. Um som que não prometia fim — apenas o início de uma obsessão sem saída.

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