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Until The Last Beat(até a Última Batida)

Capítulo 1 - O Encontro

O teatro estava cheio de murmúrios, o ar denso com o cheiro de velas e madeira polida. As luzes refletiam no palco, lançando sombras longas e cintilantes que dançavam sobre os dançarinos. Meu arco tocou as cordas, e o som do violino preencheu o espaço com uma mistura de suavidade e intensidade, cada nota respirando com meu próprio coração.

Enquanto tocava, percebi um dançarino entre os outros que se destacava. Alto, elegante, cabelos loiro acinzentados caindo suavemente sobre os olhos, cada gesto seu medido com precisão quase hipnótica. Meu coração reagiu sem que eu pudesse controlar, acelerando, vibrando, como se algo invisível se ligasse à presença dele. Eu não o conhecia, não fazia ideia de quem era. E isso era ao mesmo tempo fascinante e assustador.

Ele se movia pelo palco com uma leveza e firmeza que desafiava a gravidade. Cada passo parecia ecoar em sincronia com as notas que eu tocava, como se estivéssemos participando de uma mesma dança silenciosa, mesmo sem nos tocarmos. Eu nunca tinha sentido nada parecido. Havia algo que me puxava, algo invisível e irresistível que transformava cada som do violino em fogo e correnteza.

Ao longo da apresentação, nossos olhares se cruzaram algumas vezes. Não era reconhecimento; ele era um estranho absoluto. E ainda assim, cada encontro visual deixava um rastro que percorria minhas veias, fazendo minha respiração falhar por segundos, meu coração quase saltar do peito. Era uma atração silenciosa, intensa, inexplicável.

Quando a última nota ecoou pelo teatro, um silêncio absoluto tomou conta do espaço, e os aplausos explodiram ao redor. Eu continuei a sentir a presença dele, mesmo à distância. Dom Blake - o nome que ecoava na minha memória - ainda desconhecido, mas agora marcado em cada fibra do meu corpo.

Saí do palco com as mãos trêmulas, ainda sentindo o calor daquela presença estranha e intensa. Meu coração não sabia o que fazer, minha mente tentava racionalizar, mas tudo era inútil. Ele era um completo desconhecido, e ainda assim, algo em mim já sabia: aquele instante não seria esquecido. Algo silencioso e inevitável começava a nascer entre nós, e eu ainda nem imaginava o que estava por vir.

Saí do teatro ainda com o coração acelerado. O concerto havia terminado, e minhas mãos, mesmo cansadas, tremiam levemente. Caminhei até o café elegante próximo ao teatro, onde Alexander Cavendish, meu colega de música, já estava esperando com seu violoncelo encostado à cadeira.

— Evander! — ele acenou animado assim que me viu entrar. — Cara, você estava sensacional! Cada nota sua parecia dançar na sala inteira!

— Obrigado… — respondi, tentando soar calmo, embora meu coração ainda estivesse disparado. — Você também… cada acorde seu, impecável.

Sentamo-nos, pedimos algo para beber, e logo ele começou a comentar animadamente sobre a apresentação, rindo, apontando detalhes que eu nem tinha notado. Eu tentava acompanhar, mas algo me deixou desconcentrado.

Um movimento ao meu lado chamou minha atenção. Um jovem elegante se sentou na mesa próxima — cabelos loiro acinzentados, postura impecável, uma aura que parecia puxar a atenção de qualquer pessoa na sala. Meu peito disparou. Algo dentro de mim queimava, estranho, forte e inexplicável.

Meu olhar se encontrou com o dele por um instante… e então eu engasguei com a própria saliva. Dom Blake. O próprio Dom Blake estava sentado ao meu lado.

Eu corri os olhos nervosamente, tentando disfarçar, mas minhas mãos tremiam tanto que quase derrubei meu copo de chá.

— Evander, você está bem? — Alexander perguntou, curioso, percebendo meu desconforto.

— Sim, sim… só… estou quente, nada demais — tentei dizer, sorrindo de forma desajeitada e derrubando discretamente um guardanapo.

Alexander, por outro lado, não conseguia conter o fascínio. Ele se inclinou um pouco para mim, quase sussurrando:

— Não acredito… você está sentado ao lado do Dom Blake! Você percebeu quem é? Ele é incrível! Cara, você viu os movimentos dele hoje no palco? Ele é perfeito!

Enquanto Alexander falava animado, eu só conseguia corar ainda mais, tentando, sem sucesso, parecer normal. Meus dedos batucavam no copo, eu derrubei a colher e quase enrolei a serviette no meu próprio cabelo. Tudo que eu fazia só aumentava minha própria vergonha.

Dom Blake, porém, permaneceu imóvel, observando silenciosamente. Não disse uma palavra, não se moveu, apenas estudava meu comportamento desastrado com aquele olhar tranquilo e intenso, como se estivesse absorvendo cada detalhe.

— Você está vermelho como um tomate, Evander! — Alexander riu, sem perceber meu desespero. — Isso só prova que você realmente percebeu quem está ao lado!

Eu queria desaparecer ali mesmo. Mas, mesmo no meio da vergonha, algo me dizia que aquela presença, silenciosa e imponente, não sairia tão cedo da minha mente. Dom Blake continuava ali, calmo, enquanto eu me debatia com a mistura de fascínio, nervosismo e vergonha. E mesmo sem entender completamente, meu coração sabia: algo havia começado ali, silencioso e inevitável.

Eu ainda tentava me recompor, respirando fundo, mas cada vez que olhava para Dom Blake, o calor subia ao rosto. Minha mão tremeu ao tentar pegar a xícara de chá, e eu derrubei uma gota na toalha de linho.

— Evander… você está rindo ou chorando? — Alexander perguntou, divertido, inclinando-se para olhar o que eu estava fazendo.

— Nada! — respondi apressado, passando a mão no rosto para esconder a cor vermelha que me consumia. — Eu só… estava admirando a decoração do café. Sim, isso.

Alexander não me acreditou nem por um segundo. Ele se aproximou ainda mais, os olhos brilhando:

— E olha ele ali… — disse, apontando discretamente para Dom Blake — percebeu como ele mantém uma postura impecável mesmo sentado? Que elegância, que presença! Evander, você percebeu como…

Eu quase explodi de vergonha. Cada palavra dele só aumentava minha sensação de desastrado e inadequado. Tentei cruzar as pernas, ajeitar meu cabelo, mas parecia que tudo que eu fazia chamava ainda mais atenção para mim.

Enquanto isso, Dom Blake permanecia ali, sentado com uma expressão neutra, mas seus olhos me acompanhavam silenciosamente. Cada gesto meu parecia observado, cada movimento registrado. Eu não o conhecia, não fazia ideia de quem ele realmente era, mas, por algum motivo, minha mente insistia em gravar cada detalhe dele. Cada fio de cabelo, cada leve inclinação da cabeça, cada sombra do rosto que refletia na luz do café.

— Ele é incrível, Evander! — Alexander continuou, incapaz de se conter. — E você… olha só, você está… corando como um tomate! Isso é maravilhoso!

— A-Alexander! — tentei protestar, mas a tentativa soou patética. Meu rosto queimava, minhas mãos suavam, e eu quase derrubei a xícara de novo.

Dom Blake, no entanto, permaneceu impassível. Silencioso. Observando. Era estranho e ao mesmo tempo fascinante sentir que alguém podia simplesmente olhar para você e, sem falar uma palavra, deixar sua presença gravada de forma tão intensa.

Enquanto tentava me recompor, uma coisa ficou clara: aquele desconhecido, Dom Blake, tinha deixado uma marca silenciosa, e eu não sabia quanto tempo demoraria para que eu esquecesse aquela sensação estranha e intensa que queimava dentro de mim.

Mesmo na vergonha e no desajeito, havia algo no ar. Algo silencioso e inevitável, que prometia não me deixar em paz tão cedo.

Capítulo 2 - Desastre no Café

Mal havia me acomodado depois do concerto, e a sensação estranha que Dom Blake provocava ainda queimava no meu peito. Tentei focar no chá que estava à minha frente, mas, como sempre que meu coração disparava, minhas mãos pareciam ter vida própria.

Em um movimento desastrado, a xícara escorregou dos meus dedos e caiu sobre meu colo, espalhando chá quente pela minha camisa branca. Um calor intenso subiu ao meu rosto. Meu coração não só disparou como parecia queimar por dentro.

- A-Alexander! - eu gaguejei, tentando secar o líquido com um guardanapo, mas cada tentativa só piorava a bagunça. - Isso... não... eu...

Alexander caiu na risada imediatamente, inclinando-se para frente, os olhos brilhando de diversão.

- Evander! - disse entre risadas, tentando se controlar. - Você é impossível! Olha só... você conseguiu se molhar inteiro! Nem o concerto poderia te preparar para isso!

Eu mal consegui respirar, meus pensamentos embaralhados. Meu rosto ardia de vergonha enquanto sentia os olhos de Dom Blake sobre mim. Ele continuava ali, silencioso, elegante, imóvel, mas sua presença era sufocante. Eu quase podia sentir que ele estava rindo de mim por dentro, mesmo sem dizer uma palavra.

- Preciso... preciso ir... - murmurei, sem conseguir olhar para ninguém, e me levantei rapidamente, derrubando um pouco mais de chá no caminho. Corri para o banheiro, desejando desaparecer por completo.

Alexander continuou rindo, sacudindo a cabeça com diversão:

- E eu pensei que o concerto tinha sido o ápice do seu desastre! Quem diria que um simples café seria ainda mais perigoso para o nosso Evander!

Fechei a porta do banheiro atrás de mim, tentando me recompor, ainda sentia o calor da vergonha queimando nas bochechas. E mesmo lá dentro, sozinho, podia sentir algo incontrolável: aquela presença silenciosa e intensa do homem ao lado da minha mesa ainda ocupava cada canto da minha mente.

Ainda tentando secar a camisa encharcada de chá. Meu rosto ardia, minhas mãos tremiam, e meu coração batia acelerado como sempre que a adrenalina subia demais.

Peguei rapidamente o frasco de remédios do bolso do calça, engoli a dose diária necessária para controlar o ritmo do meu coração e, antes que alguém visse, escondi o frasco de volta. Minha mente tentava se recompor, mas o calor da vergonha e da tensão ainda queimava no peito.

E então ele entrou. Dom Blake. Calmamente, silencioso, fechou a porta atrás de si e me encarou por um instante. Meu peito disparou ainda mais rápido.

- Você toca muito bem - disse ele, a voz baixa, firme, carregada de intensidade. - Cada nota... é perfeita.

Eu engasguei com minhas próprias palavras, tentando me recompor, mãos ainda trêmulas. - O-obrigado... - murmurei, ainda sem coragem de encará-lo.

Ele sorriu levemente, como se percebesse o efeito que causava. - Eu quero te contratar - continuou, entregando-me um cartão elegante, simples, mas com a seriedade de quem falava sério.

Peguei o cartão com mãos trêmulas, sentindo minhas bochechas queimarem ainda mais. - Q-que...? Você... sério? - consegui balbuciar, minha mente ainda tentando absorver tudo.

- Sim. Quando terminar de se recompor, entre em contato - disse ele, a voz baixa e intensa. - Você tem talento. Quero que ele seja visto.

Ele deu um passo atrás, mantendo distância, mas a presença dele continuava esmagadora, quase sufocante. Meu coração ainda disparava, e a combinação do choque, da vergonha e da minha condição física me deixava tonto. Eu respirei fundo, sentindo o efeito do remédio começar a estabilizar meu corpo, mas a sensação estranha e intensa que ele provocava continuava queimando no peito.

E então, tão silencioso quanto entrou, ele saiu, deixando o banheiro com um ar de mistério que me acompanharia pelo resto da noite. Eu fiquei ali, parado, encarando o cartão e tentando recompor-me, sentindo o calor da vergonha, a adrenalina ainda pulsando e algo mais profundo que eu não conseguia nomear.

Saí do banheiro ainda corado, tentando recompor o cabelo e a camisa molhada, e escondendo rapidamente o frasco de remédios no bolso. Meu coração ainda batia acelerado, não só pelo chá derramado e pela vergonha, mas... pela lembrança do homem que acabara de me abordar.

- Então? - Alexander perguntou assim que me viu voltar, já arqueando as sobrancelhas com curiosidade. - O que aconteceu aí dentro? Você parece... vermelho como um tomate!

Eu sentei rapidamente, tentando respirar fundo, ainda segurando o cartão que Dom Blake me entregara. - N-nada demais... só... preciso me recompor. - Tentei sorrir, mas só consegui parecer ainda mais desajeitado.

Alexander notou imediatamente o cartão em minha mão e seus olhos brilharam. - Espera... é isso que eu acho que é? - Ele pegou o cartão e olhou para ele, incrédulo. - Evander... você conhece Dom Blake? O Dom Blake! O dançarino mais famoso da Inglaterra!

Eu senti minhas bochechas queimarem ainda mais, quase explodindo de vergonha. - A-alguma coisa assim... - murmurei, tentando não chamar atenção. Mas Alexander não deixou.

- Meu Deus, você falou com ele? Ele te elogiou? Ele te entregou um cartão? - Alexander quase gritou, batendo na mesa de empolgação. - Cara, você não tem ideia de quem ele é! Ele é perfeito! E você... sentado ao lado dele, corando feito uma criança! Isso é hilário!

Eu tentei esconder o cartão sob a toalha, tropeçando na própria mão. - Alexander! Por favor... - gaguejei, os olhos desviando da empolgação dele, morrendo de vergonha.

Ele não se conteve, rindo alto: - Não posso acreditar! Evander, você está tão vermelho! Que situação! - e continuou a falar, apontando para mim e rindo da minha desastrada tentativa de disfarçar.

Enquanto isso, lá fora, o café estava iluminado suavemente, e eu podia imaginar, só por instinto, que o homem que me entregara o cartão - Dom Blake - já havia partido, silencioso e misterioso, deixando apenas a marca daquela estranha e intensa sensação no meu peito.

E, mesmo com toda a confusão e vergonha, algo dentro de mim insistia em se apegar à lembrança daquele encontro breve. Algo silencioso e inevitável começava a nascer, embora eu não entendesse completamente o porquê.

 

Capítulo 3 – Casa e Tensão

Cheguei em casa ainda com o cartão apertado na mão, tentando organizar meus pensamentos enquanto caminhava pelos corredores silenciosos. Cada passo parecia mais pesado que o anterior; meu coração batia rápido demais, e senti uma pontada de dor no peito — lembrança cruel de que meu corpo não podia ignorar a doença.

Sentei-me na borda da cama, segurando o cartão com cuidado. As palavras dele ecoavam na minha mente: “Você toca muito bem… quero te contratar…”

Era surreal. Eu ainda estava corado, tremendo, tentando processar o que havia acontecido. Aquela sensação intensa, aquela queimação silenciosa, ainda persistia, mesmo depois de Dom Blake ter saído do café.

Respirei fundo, engolindo o remédio mais uma vez, escondendo o frasco no bolso da camisa, e tentei me acalmar. O corpo reclamava, o coração insistia em correr, mas eu precisava permanecer consciente, focado.

E então… o silêncio foi quebrado por um grito que me fez pular da cama.

— EVANDER! — a voz cortou o ar como uma lâmina, furiosa e cheia de amargura. Olhos que queimavam com raiva apareceram na porta do meu quarto, penetrando cada centímetro da minha pele. Meu pai.

— Quero mais! — ele berrou, avançando com passos pesados, o rosto contorcido, a mão levantada como se pudesse esmagar qualquer coisa que estivesse à sua frente. — Mais! Mais prática! Mais perfeição! Mais de você!

Meu corpo tremeu, não apenas pela doença, mas pelo medo, pela dor e pela lembrança de todos os castigos, físicos e verbais, que ele sempre infligia. O coração disparado, a respiração ofegante. Eu queria desaparecer, me encolher, fugir. Mas não havia lugar para escapar.

Segurei meu violino, instintivamente, como se fosse uma proteção frágil contra a fúria que entrava em meu quarto. Meu corpo doía, minha mente girava, e mesmo os pensamentos sobre Dom Blake, o cartão, o café e a sensação intensa que me queimava, desapareceram por um instante diante da presença brutal de meu pai.

— Sente-se! — ele ordenou, empurrando-me levemente. — Agora! Mais!

E naquele momento, mesmo sentindo o peso da doença e o desespero que sempre me consumia em casa, uma parte de mim ainda lembrava do breve encontro com Dom, da intensidade silenciosa, do cartão apertado na minha mão. Mas agora, nada importava além do grito, dos olhos amargos, e da exigência brutal que queimava no ar do meu quarto.

Meu pai não dava espaço para desculpas.

— Tire suas roupas! — gritou, olhos ardendo de raiva. — Ajoelhe-se! Agora!

Meu coração disparou, não apenas pelo choque da ordem, mas pelo medo de que cada batida acelerada pudesse me derrubar de vez. Tremi, obedecendo, sentindo cada músculo do meu corpo em alerta constante. A camisa e as calças caíram, e a frieza do quarto me fez estremecer. A vergonha e o medo se misturavam à dor física que antecipava.

Ajoelhei-me, segurando o violino com cuidado, tentando manter a postura que meu pai exigia. — Comece! — ordenou ele, estendendo a vara de madeira como se fosse um cetro de punição.

Minhas mãos tremiam. Cada nota que saía do violino parecia pesada, carregada de culpa. Uma nota errada e sentia a chicotada acertar minhas costas, forte o suficiente para doer, mas calibrada para não ultrapassar o limite da minha doença. A dor ardia, queimava e marcava, e cada falha aumentava minha ansiedade e o ritmo acelerado do meu coração.

— Mais rápido! Mais preciso! — ele berrava, avançando cada vez que uma nota falhava. — Não posso ver hesitação! Não posso ver fraqueza!

A cada chicotada, meu corpo estremeceu, e eu sentia o sangue latejando em minhas veias, o peito doendo, o coração ameaçando saltar. Mas eu não podia parar. O violino era minha corda de sobrevivência, o único meio de não provocar mais fúria nele.

Mesmo entre a dor e a humilhação, minha mente, em algum lugar, se apegava à lembrança do cartão, do breve encontro com Dom Blake, e do fogo silencioso que ele havia acendido em meu peito. Era uma fagulha pequena, quase invisível, mas suficiente para me dar força para continuar, nota após nota, chicotada após chicotada.

E naquele quarto, nu, ajoelhado, com o corpo doendo e a respiração falhando, eu entendi que cada nota era mais do que música. Era resistência. Era sobrevivência. Era a tênue linha entre a vida e a destruição que meu pai insistia em impor.

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