" Entre borrachas e apontadores, mora o meu grande amor..."

Iana observava Caio jogar basquete, sentada na última fileira do ginásio, em um canto remoto.

Lá embaixo perto da quadra, várias outras meninas também assistiam ao treino e gritavam o nome de Caio.

Iana não se atrevia a fazer isso.

Então permanecia olhando de longe.

Ela e Caiu eram amigos de infância, assim com Ágata, a garota loira de longos cabelos, saia curta e que estava lá embaixo.

Embora fossem três amigos, a diferença entre eles era gritante, Caio e Ágata eram descolados, dois pássaros de penas coloridas, Iana tinha as penas escura e sem graça.

vestia roupas que escondia o seu corpo e tentava nunca chamar a atenção para si.

O treino durou mais de duas horas e ela e as outras garotas ficaram ali.

" Por que estou aqui mesmo?" Pensou Iana.

" Lembrei, porque Caio pediu para mim fazer o seu dever de casa e eu sou uma tola apaixonada." Continuou pensando.

Era verdade, ela amava Caio a anos, desde da 7° série da escola, e os três já estavam terminando o colegial.

um garoto se sentou ao seu lado.

_ Oi, Iana! Tudo bem? Perguntou.

Era João, também seu amigo de sala.

_ Oi, João!!Tudo bem sim. Respondeu Iana.

_ Por que está aqui em cima escondida. Perguntou João.

_ Estou fazendo as tarefas de casa. Respondeu Iana.

_ Pelo jeito, não está fazendo somente a sua tarefa. Disse João.

_ Não, estou fazendo a do Caiu também. Respondeu Iana.

_ Deveria deixar para ele ou a Ágata fazer. Falou João.

Iana deu de ombros:

_ Eu não ligo!

Ela continuou fazendo as tarefas, João ficou ali do seu lado, conversando.

Ele era um garoto bonito, e fazia Iana rir.

A gargalhada de Iana chegou até os ouvidos de Caio, que conversava com Agatha e as garotas, depois que o treino acabou.

Ele olhou para cima, em busca da risada cristalina e viu João e Iana juntos.

Ele sabia do amor de Iana por ele, e usava isso a seu favor, pedindo favores para ela, em troca de um pouco de atenção.

Mas, Caio nunca viu Iana rir daquela forma e isso o incomodou.

Ele jogou a toalha no banco e ia subindo as escadas quando Agatha segurou a sua mão e disse:

_ Deixa os dois!

_ Vou pegar meu caderno que está com ela..Falou Caio.

_ Ela trás para você! Respondeu Agatha.

Mal terminou de falar Iana surgiu no grupo.

_ Boa tarde! aqui está o seu caderno Caio. falou entregando o caderno.

_ Oi, Iana! Porque não veio sentar aqui com a gente? Perguntou Agatha.

_ Eu fico mais concentrada lá em cima. Respondeu Iana.

._ Não parecia concentrada. Disse Caio olhando para João.

Iana ficou vermelha, como se tivesse sido pega fazendo algo que não deveria.

_ Não gosto de ver a Iana sozinha, fui fazer companhia para ela. João respondeu, abraçando os ombros dela.

Iana abaixou a cabeça, queria que João tirasse o braço do seu ombro.

_ Veja só! Iana está namorando. Disse Agatha.

_ Nem contou para ninguém. Disse Elisangela, uma outra garota que fazia parte do grupo.

_ Eu não estou namorando. Iana falou logo.

João olhou para a garota encolhida ao seu lado e disse:

_ Não inventem fanfic. Somos amigos apenas.

As garotas não falaram mais nada.

_ Amigos?! Desde quando, Iana?! Perguntou Caio.

_ Eu e o João sempre conversando. Respondeu Iana.

Caio sempre considerou que era o único amigo homem de Iana, saber que ela conversava com outro o incomodou. Contudo, ainda tinha certeza que ela seria até quando ele quisesse, apaixonada por ele, e iria fazer tudo o que ele pedisse. Esse pensamento deu alívio.

_ Iana, vamos? Falou João.

_ Para onde você vai? Perguntou Caio.

_ Vou para casa. Respondeu Iana.

_ Antes irá passar na sorveteria comigo. Você prometeu. Disse João.

_ Puxa, eu estou com dor no ombro, ia pedir para você carregar a minha bolsa. Falou Caio.

_ Cara, hoje você pode pedir para Agatha e suas amigas. Tenho certeza que elas irão ajudar. Respondeu João.

_ Eu levo para vice. Falou Iana, para Caio.

_ Não acredito que não cumprirá a sua promessa?! Você nunca falha em uma promessa.

Iana mordeu os lábios, era verdade, aprendera que promessa tinha que ser cumprida.

_ Desculpa, Caio. Eu hoje tenho que ir com o João. Disse ela baixo como se tivesse medo.

_ Ótimo! Vamos! João pegou na sua mão e saiu, antes de alguém responder.

Simas, um amigo de Caio falou:

_ Acho que você está perdendo a sua cachorrinha fiel.

_ Cala a boca! Isso não irá acontecer. Iana me ama. Respondeu Caio.

Ele pegou as suas coisas e saio com a grupo.

Agatha passou os braços na sua cintura e foi correspondida.

Os garotos em volta davam risadas incentivando o casal.

Agatha sorriu ela era invejada pelas meninas por poder abraçar o maior gato da escola e melhor ainda ser abraçada por ele.

_ Vamos passar na sorveteria? Perguntou Caio.

Todos concordaram. Agatha franziu a testa, sabia que ele queria ver Iana. Ela sentiu ciúmes.

" Se enamora, quem vê você chegar com tantas cores.."

A sorveteria ficava próxima à escola, era um ambiente gostoso e estava lotada.

Caio entrou e os seus olhos buscaram o lugar procurando Iana.

Ela estava sentada do lado de João, numa mesa de canto, estava sorrindo de algo que ele falou.

Era claro que ela gostava da companhia dele.

" Como assim ela está feliz?!" Pensou Caio.

Na sua perspectiva egoísta, Iana estaria triste, por ter que vir na sorveteria com João, e não ficar com ele.

Saber que estava errado, o deixou irritado.

Agatha olhou em direção onde Caio olhava e viu Iana e João. Ficou com raiva, Iana era a única garota que recebia a atenção de Caio, mesmo ele tratando-a como uma serva, ele sempre procurava por ela.

_ O João e a Iana parecem estar se dando bem. Falou Agatha.

_ É mesmo, estão sentados bem juntinho. Disse Simas.

_ Ele falou que não, confio nele, o João é muito bonito para se interessar pela Iana. Ah! Pessoal! É a Iana, a garota mais apagada da escola, se o Caio não olhasse para ela, nem existiria. Falou Elisangela.

Era verdade, Iana não andava com roupas marcantes, não usava maquiagem, andava sempre de cabelo preso, usava óculos, e era nerd.

Contudo, ela era impressionante, para aqueles que lhe davam mais do que meia hora de atenção, ela tinha uma personalidade delicada, afável e fiel.

_ Vamos sentar junto com eles. Falou Caio, sem esperar respostas foi em direção dos dois.

_ Oii, resolvemos vir também, se importam que a gente sente junto?! Falou chegando a mesa.

_ Claro que não! Respondeu Iana.

João também concordou e os outros 04 sentaram na mesa.

_ Iana, pode ir buscar o meu, sabe qual é o preferido. Falou Caio.

Iana concordou, estava a levantar quando Ágatha falou:

_ Traz o meu também. Por favor, sei que não irá se importar.

Iana saiu, na mesa o clima era de deboche.

_ Cara, ela realmente faz tudo o que você pede. Disse Simas.

_ Ela gosta de se sentir útil. Respondeu Caio.

_ É porque nunca soube o que é ser valorizada. Falou João.

_ E você está afim de ensinar isso para ela? Perguntou Caio.

_ Estou, algum problema? Respondeu João.

_ Vai perder o seu tempo, Iana me ama. Ela pode até ser a sua amiga, mas sempre irá me preferir. Falou Caio.

_ Ela não te preferiu hoje. Respondeu João.

_ Só por causa da promessa e porque eu não insisti. Respondeu Caio.

_ Ou, porque ela não viu ainda o parasita que você é na vida dela. Falou João.

_ Seu idiot@! Tá pensando o que?! Quer competir comigo pela Iana? Vai perder. Falou Caio.

_ Ela não é um prêmio, para que eu ganhar numa competição. Ela é uma mulher para ser conquistada. Respondeu João.

Caio ia responder, mas Iana chegou trazendo as duas taças de sorvete.

Caio fez um carinho no seu rosto fazendo ela ficar vermelha.

_ Obrigada, gatinha! Ele disse.

Agatha ao seu lado, olhou para a Iana sorrindo, agarrou o braço de Caio e sorrindo agradeceu também.

_ Verdade, obrigada Iana! É muito boazinha.

Os olhos de Iana foram para as mãos de Ágatha no braço de Caio, seu coração ficou pesado. Ela nunca teve essa liberdade com Caio, está certo que as vezes ele a abraçava, mas ela nunca tomou a iniciativa.

_ Vem sentar, Iana! João chamou.

Iana se sentou, a conversa iniciou com o como o time de basquete na escola estava melhor, sobre as provas do quarto bimestre e principalmente sobre o baile de formatura e vestibulares.

Caio iria tentar educação física, na verdade ele tinha sido chamado para jogar em um clube de basquete, e iria tentar conciliar as duas coisas.

Agatha iria para uma escola de moda e Simas iria fazer veterinária.

João e Iana fariam administração.

_ Nossa você irá prestar administração também. Falou Iana.

_ Sim, imagina se pudéssemos estudar na mesma turma. Falou João.

_ Seria incrível. Respondeu Iana.

_ E o plano de você fazer vestibular nas mesmas faculdades que eu? Perguntou Caio.

_ Isso foi a tanto tempo, nem imaginava que lembra-se. Respondeu Iana.

_ Claro que lembro. Disse Caio.

Iana ficou vermelha e sorriu dizendo:

_ Posso fazer isso.

Ela estava feliz por ele lembrar disso.

Todos terminaram e estavam a sair, a casa de Iana era no mesmo caminho que a dela.

_ Vai para a casa agora? Perguntou Iana para Caio.

_ Não, vou levar a Agatha, está tarde e ela está sozinha. Respondeu Caio.

_ Mas, o Simas mora perto da casa dela. Falou Iana.

_ Minha mãe só confia no Caio. Desculpa Iana terá que ir sozinha. Falou Agatha.

_ Não vai sozinha, eu vou levar ela. Interferiu João.

_ A sua casa não fica aqui perto? A casa da Iana é um pouco longe. Disse Agatha.

_ A sua também fica aqui perto, e o Caio irá te levar porque está tarde e você não pode ir sozinha. Não acha que está sendo irracional? Falou João.

Agatha ficou com raiva. Ela tinha inveja de Iana, e gostava de sempre a deixar se sentindo pequena e humilhada.

" Vou ter que dar um jeito nesse João." Ela pensou.

_ Você poderia acompanhar a Elizângela, ela mora longe também. A Iana está acostumada a andar na rua sozinha, tenho certeza que ela não vai se importar. Não é mesmo Iana?! Falou Agatha.

Antes dela responder, João interferiu:

_ Eu me importo. Tenho certeza que encontraram uma solução para a Elisângela. Vamos Iana.

Iana concordou e saio. Os quatro que ficaram olharam para os dois com olhares diferentes. Agatha com raiva, Elisangela com inveja, Caio surpreso e Simas divertido.

Sem querer perder o final do jogo Caio gritou:

_ Iana! Não esquece do meu lanche amanhã. Quero misto quente, e trás para a Agatha também.

_ O meu sem presunto, detesto presunto. Falou Agatha.

_ Tá bom! Disse Iana se virando.

_ Sempre leva os lanches dele? Perguntou João para ela.

_ Quase sempre. Iana respondeu.

João ficou indignado, mas não disse nada. Ele já observava Iana a muito tempo para reconhecer o poder que Caio tinha sobre ela.

Ele não era apaixonado por ela, mas a admirava. Ela era mais inteligente que a maioria dos alunos da escola, recebera muitas medalhas e prêmios de melhor aluna da escola, da cidade, do estado e até dois nacionais.

Não era mesquinha, nem orgulhosa, não se importava com status social. Era uma garota simples e única.

Vê-la ficar a mercê de alguém como Caio era muito triste, Caio era um aproveitador e a sua vítima principalmente era Iana.

João pretendia fazê-la ver isso até o final do ano.

...NOTA DA AUTORA...

...Nesse livro a vida da nossa protagonista é cheia de autos e baixo, com o Caio....

...Mas, ela não será a vítima na história inteira, não ficará e não aceitará ser pisada e humilhada....

...E quando ela resolver brilhar será como uma explosão de estrela! Boa leitura!...

...Vamos ao capítulo....

...------------------------------------...

"Quando toca o despertador de manhãzinha, me levanto e vou me arrumar e vejo a felicidade no espelho..."

Iana levantou-se cedo, fez a sua higiene pessoal, colocou a roupa da escola e foi a cozinha preparar o café da manhã e os lanches da escola.

O seu pai Marcos Nunes, foi o primeiro a descer.

_ Que cheiro bom! Bom dia, filha? Disse ele beijando a testa de Iana.

_ Bom dia, pai! Já estou terminando aqui, tem café fresco. Respondeu Iana.

_ O que está fazendo que cheira tão bom? Perguntou o seu pai.

_ Panquecas americanas! Respondeu Iana.

Logo ela terminou de colocar a mesa, seus irmãos mais velhos, Marcos Junior e Fernando, também chegaram para tomar café.

_ Hoje a nossa irmãzinha caprichou! Disse Fernando.

_ Está melhor que a da Sílvia. Falou Marcos.

_ Até parece! A Sílvia arrasa na cozinha, eu só sou figurante. Falou Iana.

Marcos tinha 27 anos, ele era vice-diretor da empresa do pai de Iana.

Fernando 25 e era um médico muito respeitado.

O seu pai tinha uma próspera empresa de equipamentos hospitalares e farmacêutico, ele era o CEO da empresa.

Iana tomou café correndo e foi preparar os lanches dela, do Caio e da Agatha.

_ Três lanches, irmãzinha?! Onde cabe tudo isso?! Perguntou Marcos.

_ Não são só para mim, é para o Caio e a Agatha também. Respondeu Iana.

_ Esses dois não tem casa? Estão a morar na rua? Falou Fernando implicando com a irmã.

_ Lógico que têm. Respondeu Iana.

_ Vamos cobrar o lanche! Diz que cada um, custa 25,00. Falou Fernando.

_ E mais 25,00 pelo trabalho da nossa princesa. Completou Marcos.

_ Não é trabalho nenhum. Disse Iana.

_ O que o amor faz?! Deixa a gente bobo! Falou Fernando.

Iana ficou vermelha, terminou de embrulhar os lanches e pegou a sua mochila.

_ Vocês são muito bobos! Tiau! Tô indo. Falou Iana.

_ Quer carona? Perguntou Fernando.

_ Não. Respondeu.

Iana nunca falava muito sobre a sua família com ninguém, muito menos sobre o seu status social.

Seus pais sempre a ensinaram que, pessoas de bom caráter, amor e a amizade verdadeira, não tinham preços.

O colégio ficava a 1,5 km, da casa dela. E ela fazia o caminho a pé todos os dias.

Além de conversar com todos os gatos e cachorros do caminho, ela deixava água fresca e ração que trazia na mochila, nos comedouros e bebedouros público.

Em uma das esquinas ela encontrou a sua amiga Adriele.

_ Está atrasada. Falou Adriele.

_ Sim,. Fiz o café da manhã. Respondeu Iana.

_ Está certo! Vamos! Respondeu Adriele.

_ Terminou de fazer a lição? Perguntou Adriele no caminho.

_ Terminei ontem enquanto o Caio jogava. Respondeu Iana.

_ Fez a do Caio também? Perguntou Adriele.

Iana fez que sim com a cabeça.

_ Ele aproveita da sua amizade. Falou Adriele.

_ Eu não me importo. Respondeu Iana.

_ Deveria! Ele não merece. Aliás, ele não merece o seu amor. Falou Adriele..

_ A gente não manda no coração. Respondeu Iana.

_ Você é um caso perdido. Terminou Adriele.

_ Como está a sua paquera com o Ciro? Perguntou Iana.

_ Ele me mandou mensagem ontem, tarde da noite, ficamos conversando, mas a minha mãe me mandou ir dormir. Falou Adriele.

_ Irão se ver na escola? Perguntou Iana.

_ Sim, combinamos de se ver no intervalo. Você vai comigo. Falou Adriele.

_ Nem pensar, vou só atrapalhar o casal. Respondeu Iana.

_ Vamos ver! Respondeu Adriele.

Adriele não gostava de Caio e Ágatha, nem da turma que ficava com os dois. Considerava todos, fúteis, arrogantes e acéfalos.

Não conseguia entender como Iana se apaixonou por Caio, mesmo ela dizendo que foi amor a primeira vista.

Elas chegaram na escola o sinal tinha acabado de bater, portanto correram para a sala.

As aulas da manhã passaram devagar, mas, enfim, o intervalo chegou.

_ Nossa!! Achei que dava 12h mas nunca 10h! Que aula de história chata. Falou Adriele.

_ É, a matéria desse último semestre não está ajudando. Respondeu Iana.

Adriele olhou no celular e respondeu uma mensagem.

_ O Ciro está me esperando na escada. Vem comigo. Se você não vir, vai ficar com aquele chato e aproveitador do Caio e a sua gang ou sozinha. Falou Adriele.

_ E se for vou ficar de farol para o casal. Não, muito obrigado! Falou Iana.

Adriele estava insistindo quando João apareceu.

_ Oi! Não me digam que o tico e teco estão brigando? Isso é inédito. Falou.

_ Que brigando o que. Eu só quero que ela vá comigo num lugar. Respondeu Adriele.

_ Ela quer que eu vá no encontro dela com a crush. Falou Iana.

_ Essa fica difícil de te apoiar Adriele. Disse João.

_ Saco! Ela vai ficar com o Caio caô e a turma idiot@ dele, ou sozinha. Não quero isso. Vêm comigo. Falou Adriele.

_ Prometo que sozinha ela não ficará. Eu fico com ela. Disse João.

_ E protege ela contra o mal?! Falou Adriele.

_ Com todo asinhas forças! Disse João.

_ Ok, vou confiar em você. Se cuida! Falou Adriele.

_ Vai logo! Daqui a pouco é hora de voltar para a aula. Respondeu Iana.

Adriele correu para encontrar Ciro.

_ Agora somos nós dois. Disse João para Iana.

Eles estavam conversando quando escutaram a voz do Caio.

_ Nossa! Eu e a Agatha estamos morrendo de fome. Fiquei te esperando lá onde sempre fico. E acabei tendo que te procurar. Cadê meu lanche?!

Iana tirou os lanches de um pacote e entregou para eles.

_ Estão aqui! Disse ela.

Depois ela olhou para João e pegou o sanduíche que seria seu e disse:

_ Este pode ser teu.

Caio pegou o sanduíche e falou:

_ Se não quer comer eu como, já sabe disso.

Seu olhar era de desafio para ela e João.

_ Mas...tentou falar Iana.

_ Não precisa se preocupar. Na verdade eu tenho um tenho um sanduíche que eu mesmo fiz para você. Falou João e tirou um sanduíche do seu saco.

_ Pra mim!?Falou Iana, sem acreditar.

_ Sim, para você. Está sempre trazendo lanche para os outros, um dia alguém tem que te fazer esse carinho. Eu fiz. Falou João.

_ Agora experimenta pra ver se gosta. Ele continuou.

Iana mordeu para experimentar, e disse:

_ Muito bom! Adorei!

_ Vai trazer lanche pra gente também João? Perguntou Caio com deboche.

_ Não! Meus lanches são apenas para pessoas especiais. Respondeu João.

Caio ficou sem resposta, mas se virou para Iana.

_ Estou com sede, vai buscar água para mim.

Iana ia sair para buscar mas João a deteve.

_ Não está vendo que ela ainda está comendo? Vai buscar ou mande um desses aí buscar.

Iana deu de ombros e foi sentar para terminar o sanduíche.

Caio não acreditou que ela tinha ignorado um pedido seu.

_ Deixa ela namorar, Caio. Falou Agatha.

_ Que namorar? Iana só namora se for comigo. Tá louca! Respondeu Caio.

Mas ao ver ela sair com o João não se sentia tão certo.