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Amor Sobre Barreiras

Sinopse

O Amor Sobre Barreiras

Sabrina Assunção, 22 anos, sabe muito bem o valor do próprio suor. Criada por uma mãe solo que enfrentou o preconceito e a humilhação de ser amante sem saber, ela viu sua infância começar entre marmitas e panelas de alumínio. Hoje, é dona de dois dos restaurantes mais badalados da cidade, com filiais espalhadas pelo Brasil. Mesmo gerenciando o império que construiu, Sabrina nunca abandonou suas origens — e não hesita em voltar para a cozinha ou servir mesas quando necessário. Seu maior orgulho é ter vencido sem depender de sobrenomes.

Ivana Assunção, sua mãe, tem 48 anos, é uma mulher forte, de olhar firme e voz doce, mas que carrega em si as cicatrizes do abandono e da luta. Grávida de Sabrina, fugiu de sua cidade natal ao descobrir que o homem por quem era apaixonada era casado, rico, e pai de família. Pior: a própria esposa dele a ameaçou, forçando Ivana a sumir e criar a filha sozinha. Ela nunca pediu nada — mas o passado vai bater à porta, com força.

Morete Fagundes, 28 anos, é CEO da Fagundes Motors no Brasil — braço da poderosa corporação europeia liderada por sua família. Um homem de postura rígida, frio, estrategista, e incapaz de se entregar a sentimentos. Relacionamentos? Nunca. Filhos? Jamais. Mas o acaso coloca em seu caminho uma mulher como Sabrina: forte, negra, livre, dona de si. E pela primeira vez, ele perde o controle.

A família Fagundes, porém, não aceita falhas nem surpresas — muito menos escândalos.

 Alfredo Fagundes, patriarca implacável, é respeitado no meio empresarial e temido dentro de casa.

Cecília, sua esposa, é a guardiã das tradições da elite, da aparência intocável e das “boas conexões”.

Matteo, o irmão do meio, é o mais ambicioso e político — daqueles que sorriem com os olhos frios.

Andrei, o mais novo, ainda tenta escapar da sombra da família, mas sabe que o sangue Fagundes cobra seu preço.

Vindos de uma cultura europeia, conservadora e intolerante, os Fagundes não estão preparados para Sabrina. Não por ela ser brasileira. Não por ser negra. Mas porque ela é tudo o que eles jamais poderão controlar.

Entre heranças, ameaças, escândalos e verdades enterradas, o amor entre Morete e Sabrina vai colocar em xeque valores, origens e o próprio conceito de família.

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  O Cheiro da Cozinha e o Gosto do Choque

O cheiro de alho dourando na manteiga preenchia o ambiente com uma promessa de sabor. Sabrina sorriu, ajeitando o avental preso à cintura enquanto observava a equipe correndo para preparar os pedidos. Seu cabelo cacheado preso num coque alto, o rosto levemente suado pelo calor da cozinha, os olhos atentos. Ela não precisava estar ali. Como dona de dois dos restaurantes mais renomados da cidade, seu lugar era na administração, resolvendo contratos, expansão, logística.

Mas era na cozinha que ela se sentia viva.

— Mesa oito é dele — avisou uma das garçonetes, com um sorrisinho no canto da boca. — Estrangeiro, sotaque carregado, cara de homem rico e entediado. Já fez duas perguntas sem levantar os olhos do celular.

Sabrina soltou uma risada curta.

— Então ele precisa de algo que faça esquecer o celular. — Pegou o prato com o filé alto coberto por um molho de vinho, legumes salteados e purê de raiz. — Deixa comigo.

Ela mesma saiu da cozinha, atravessando o salão de pé direito alto e arquitetura moderna, onde música instrumental tocava em volume baixo. A clientela era, em sua maioria, internacional. Executivos. Diplomatas. Turistas endinheirados.

E então ela o viu.

Mesa oito. Canto reservado. Terno alinhado. Relógio caro. Postura de quem comanda — ou está cansado de comandar. Pele clara, cabelo castanho encaracolado cuidadosamente arrumado, maxilar firme. Ele levantou os olhos.

O mundo parou por um segundo.

Sabrina sentiu o corpo reagir antes da mente processar. Ele a olhou com intensidade. Como se não estivesse acostumado a ser surpreendido. Como se estivesse tentando entender o que estava vendo — e sentindo.

Ela manteve a postura, apesar da onda quente que subiu pela espinha.

— Filé alto ao molho de vinho. — Colocou o prato diante dele com elegância. — Espero que esteja à altura do seu paladar exigente.

Ele ergueu uma sobrancelha, pousando o celular de lado.

 O olhar dele percorreu cada traço do rosto dela. Sem vulgaridade, mas com firmeza. — Você é a chef?

— A dona. — respondeu, sorrindo de leve.

— Interessante. — Ele se recostou, agora curioso. — E seu nome?

— Sabrina. E o seu?

Ele hesitou um segundo, como quem carrega um sobrenome que vem com peso demais.

— Morete Fagundes.

O nome caiu como um estalo seco no ar.

Ela ouviu falar daquele sobrenome. Quem não ouvira? Fagundes Motors. Fagundes Holdings. Fagundes “isso” e “aquilo”. Empresas que vieram da Europa, plantaram raízes no Brasil e se multiplicaram como ervas daninhas em solo fértil. Donos de tudo. Amados por uns, temidos por muitos.

Ela manteve o sorriso — mas dentro dela, uma centelha acendeu.

— Espero que o senhor Fagundes aproveite a experiência.

— Pode me chamar de Morete. — Ele falou baixo, quase íntimo.

Sabrina se virou para voltar à cozinha, sentindo o olhar dele queimar em suas costas. Havia algo de perigoso naquele homem. Algo que não combinava com sua vida organizada e planejada. Ela não sabia, mas aquele almoço mudaria tudo.

Porque enquanto ela voltava para o calor da cozinha, ele já mexia no celular — mas não para trabalhar. Estava pesquisando o nome dela. Sabrina Assunção.

E ele estava prestes a descobrir que o que parecia uma simples refeição...

Era o começo de uma revolução.

Sabor Impróprio

O primeiro garfo nem chegou à boca.

Morete Fagundes observava o prato à sua frente com a mesma expressão que usava para contratos milionários: fria, calculada, impecável. Mas, desta vez, algo escapava ao controle — o que o perturbava profundamente.

Aquela mulher.

O nome dela ainda ecoava em sua mente. Sabrina Assunção.

Morete digitou o nome com a precisão de quem não admite ignorância. O celular captou em segundos uma enxurrada de notícias, entrevistas e reportagens.

> “Empresária negra revoluciona setor gastronômico com restaurante premiado.”

> “Sabrina Assunção: a jovem que transformou marmitas em um império.”

Ele franziu o cenho. Aquilo não fazia sentido. Ela era jovem demais. Despretensiosa demais. Confiante demais. Não usava o sobrenome como escudo. Não fazia esforço para impressionar. Mas ainda assim… **impressionava.**

E isso irritava Morete.

Porque ela não deveria tê-lo desconcertado com um simples olhar. Não ela.

Acostumado a mulheres que rodavam em torno de sua presença como satélites ao redor do sol, ele aprendeu a dominar encontros antes mesmo que começassem. Em ambientes onde tudo era protocolo e aparência, Morete sabia exatamente quem era, o que esperavam dele e o que ele esperava dos outros: **distância.**

Mas ela?

Ela entrou como um raio.

E saiu como se não tivesse acabado de virar seu mundo do avesso.

— Inaceitável… — murmurou, dando finalmente uma garfada.

O sabor era espetacular. Injustamente bom. O tipo de prato que quase provocava emoção — o que, para Morete, era outro problema. Ele odiava sentir. Detestava não estar no controle.

O celular vibrou.

**Mensagem do pai.**

Seca. Objetiva. Como todas as outras.

> “Almoço com o embaixador da Áustria confirmado. Nada de distrações. Imprensa vai cobrir discretamente.”

Morete bufou.

> “Distrações” — pensou. Se o pai soubesse onde ele estava e com quem acabara de cruzar, classificaria Sabrina como isso: uma distração. Ou pior… um erro.

Mas algo nele se recusava a aceitar essa definição.

Havia algo em Sabrina Assunção que não cabia nas etiquetas que a família Fagundes usava para classificar pessoas. Ela não se curvava. Não fingia. Não implorava. Era... livre.

E liberdade era algo que Morete não tinha desde que nasceu.

Pegou o celular e ampliou uma das fotos do Google: Sabrina na inauguração de uma filial, cabelo solto, sorriso aberto, vestida com elegância e simplicidade. Havia algo de errado naquela imagem.

**Ela parecia feliz. Verdadeiramente feliz.**

E isso o provocava.

Ele se recostou na cadeira, fitando o salão elegante à sua volta. Era para ser só um almoço rápido. Um prato premiado. Um momento entre reuniões e obrigações. Mas agora, estava preso em algo que não conseguia explicar — e muito menos evitar.

Não sabia ainda, mas já estava contaminado.

Não pelo sabor.

Não pela beleza.

Mas pela ousadia de uma mulher que não tinha medo de existir.

E isso...

Era mais perigoso do que qualquer

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 A mulher que eu nunca esqueci

A tarde parecia igual a todas as outras, mas algo me inquietava. Talvez fosse o fato de estar de volta àquele restaurante — o mesmo onde a vi pela primeira vez, a morena de olhar marcante e curvas que deixaram meu mundo em silêncio por alguns segundos.

Dessa vez, não vim por acaso. Havia uma reunião marcada com meus sócios. E por mais que o motivo fosse profissional, meu instinto me alertava: eu voltaria a vê-la.

O restaurante tinha um espaço reservado para eventos e reuniões. Era discreto, confortável e elegante, o que explicava por que tantos empresários o escolhiam. Mas para mim, havia outro atrativo — ela.

Assim que entrei, meus olhos varreram o ambiente. E lá estava Sabrina, caminhando entre as mesas com postura firme, um vestido de alfaiataria que delineava seu corpo como se tivesse sido feito sob medida. Morena, cabelo chocolate cacheado, uma beleza que prendia o olhar de qualquer homem. Inclusive dos meus sócios.

— Quem é aquela? — murmurou Stefano, um dos sócios italianos.

— A gerente daqui? Bonita demais pra ficar atrás do balcão — comentou outro, em tom baixo, mas não baixo o suficiente.

Senti o sangue subir. Os comentários deixaram meu maxilar travado. Eu nem a conhecia de verdade, mas o simples fato de outros homens a desejarem acendia um instinto primitivo em mim. Aquele tipo de desejo que não se explica — só se sente. E o que eu sentia era ciúmes. Puro, ardente e irracional.

Me levantei sob a desculpa de ir ao banheiro. Mas o destino tinha outros planos.

Enquanto atravessava o corredor próximo aos escritórios, ouvi vozes elevadas. A porta entreaberta do escritório da gerência revelava a cena que imediatamente me fez perder o controle.

Um homem — alto, insistente, visivelmente alterado — tentava segurar o braço de Sabrina enquanto ela tentava se desvencilhar.

— Solta ela! — rosnei, avançando sem pensar.

Em segundos, minha mão já segurava a gola da camisa dele, o jogando contra a parede com violência. Meus punhos agiram antes mesmo da minha razão. Dois golpes certeiros no rosto do desgraçado, que cambaleou, atordoado.

— TIRA AS MÃOS IMUNDAS DA MINHA MULHER! — berrei.

O silêncio foi imediato. Sabrina me olhou, confusa, surpresa. A segurança apareceu segundos depois, e o homem foi retirado.

Ela ainda estava tremendo quando se virou pra mim.

— Eu... obrigada. Eu já ia chamar a segurança...

— Você não pode ser tão distraída assim — rebati, sem conseguir controlar o tom. — Se eu não tivesse aparecido, o que ele teria feito? Você não pensa? Sozinha, no escritório, com uma porta destrancada?

Ela tentou falar, mas levantei a mão e cortei.

— O café, hoje, é por cortesia da casa — disse ela, com a voz baixa, tentando manter o profissionalismo.

— Não me importo com café. Me importo com você. — disse entre dentes, antes de virar as costas e sair.

Deixei o restaurante com os nós dos dedos doendo e o coração mais ainda.

Eu mal a conhecia, mas tinha certeza de uma coisa: essa mulher ainda vai bagunçar minha vida inteira.

 Ponto de Vista de Sabrina

O silêncio do meu escritório só foi quebrado pelo som do meu próprio coração ainda acelerado. Meus dedos trêmulos repousavam sobre a mesa enquanto tentava digerir tudo o que tinha acabado de acontecer. Era pra ser só mais uma tarde normal de trabalho, uma reunião discreta em nossa área reservada do restaurante. Eu nem fazia ideia de que ele — Morete — estava ali.

A confusão aconteceu tão rápido, que ainda parecia irreal. Aquele cliente inconveniente apareceu de repente no corredor, tentando invadir meu espaço, com aquela postura agressiva, arrogante… e perigosa. Minha reação foi travar. Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a figura dele surgiu como um raio.

Morete.

Não sei de onde veio, mas, quando dei por mim, ele já estava com os punhos cerrados, empurrando o homem contra a parede, sua voz ecoando firme e furiosa:

— Tira as mãos imundas da minha mulher!

Meus olhos se arregalaram. Minhas pernas vacilaram. Minha mulher?

Aquilo me desmontou. Ele sequer me olhou depois daquilo. Apenas verificou se eu estava bem, mandou o segurança resolver a situação e saiu com os olhos em brasas, como se estivesse mais irritado comigo do que com o canalha que tentou me tocar.

Fiquei sem reação. Não entendi se era ciúme, impulso ou um grito do inconsciente. Só sei que aquelas palavras ficaram me martelando com força absurda.

Minha mulher…

Meus funcionários rapidamente fingiram que nada viram, e a reunião seguiu no salão, mas eu não consegui mais voltar ao normal. Tudo parecia fora de lugar. Passei o resto da tarde revivendo a cena, tentando entender o que o fez explodir daquela forma. Por que ele ficou tão abalado? Por que saiu sem sequer me deixar explicar?

Rotina e Vigilância

O dia seguinte amanheceu com a mesma pressa e intensidade de sempre. Sabrina chegou cedo ao restaurante, já vestida com sua roupa de trabalho, pronta para enfrentar mais uma jornada. Não havia tempo para distrações ou lembranças do que havia acontecido no dia anterior. Para ela, aquilo era coisa do passado — e o passado não mudava contratos, não fechava negócios, não colocava a equipe para funcionar.

Na cozinha, os aromas se misturavam com o som dos pedidos e o barulho dos equipamentos. Sabrina circulava com olhar atento, conferindo cada detalhe, ajustando aqui, conversando ali. A rotina a mantinha firme e focada.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Morete Fagundes seguia a própria agenda, meticuloso e implacável. Suas reuniões não tinham espaço para sentimentos ou distrações. Era CEO de uma das maiores empresas do país e sabia que qualquer deslize custaria caro.

Mas, discretamente, Morete mantinha um esquema de vigilância — seus seguranças disfarçados em clientes habituais, funcionários temporários e até mesmo entregadores. Eles se revezavam entre as mesas do restaurante de Sabrina, observando cada movimento, anotando detalhes, reportando qualquer coisa fora do comum.

Era um jogo de controle e proteção, sem que Sabrina soubesse.

Durante a tarde, Morete passou pelo local disfarçado, cumprimentando discretamente alguns dos homens da segurança. Seu olhar percorreu o salão com atenção, focado, como um predador observando a presa.

Nada parecia fora do lugar, mas ele sabia que isso podia mudar a qualquer momento.

Sabrina, alheia à presença constante desses olhos invisíveis, seguia com seus afazeres, negociando com fornecedores, resolvendo questões administrativas e mantendo o restaurante funcionando como uma máquina bem ajustada.

Ambos estavam imersos em suas realidades, cada um no seu mundo, sem saber que, por trás das cortinas, suas vidas continuavam conectadas por fios invisíveis de vigilância e tensão.

O relógio avançava. A rotina seguia.

Mas, no silêncio das sombras, algo aguardava o momento certo para se revelar.

Ela caminhava distraída pelo salão quando ele surgiu ao seu lado, com aquele olhar firme e aquela postura que parecia dominar o ambiente sem esforço.

— Café da tarde foi por cortesia da casa — ele disse, com aquela voz baixa, rouca, cheia de significados — mas só agradeço o “obrigado”, Sabrina, se você aceitar um jantar comigo.

Ela parou, surpresa, o corpo travado.

Não sabia o que dizer.

Porque, no fundo, Morete era o único homem que realmente tinha mexido com ela desde o primeiro dia. O único que fez seu coração disparar, que desafiou cada barreira que ela tinha construído.

Sabrina sentiu a garganta seca, o olhar fixo nos olhos dele, tentando encontrar alguma pista, algum indício do que aquele convite significava. Será que era apenas uma formalidade? Ou algo mais?

Ele sorriu de leve, quase como se lesse seus pensamentos, e deu um passo atrás, deixando o convite flutuar no ar.

— Pensa com calma. Não precisa responder agora.

Ela ficou ali, paralisada, o mundo ao redor diminuindo enquanto o convite dele ecoava dentro dela.

Era mais do que um simples jantar.

Era um desafio.

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 Às Vinte Horas

Agora, já era noite, e eu terminava de revisar o fechamento da cozinha quando o celular vibrou em cima do balcão. Uma notificação acendeu a tela: **número desconhecido**.

> *Desconhecido: Estarei aí às vinte horas. Não precisa se arrumar muito, você já é perfeita como está.

Engoli em seco. Meu estômago revirou. Antes que eu pudesse reagir, outra mensagem.

> **Desconhecido:** Antes que pergunte, consegui seu número como consigo tudo o que quero. E sim, também sei onde você mora.

> **Não tem nada que eu queira e não consiga, Sabrina.**

Minha mão tremia ao segurar o celular. Não era medo, não exatamente. Era… aquela maldita adrenalina. O mesmo arrepio que senti quando ele entrou no restaurante pela primeira vez, quando me encarou como se me conhecesse há vidas.

— Que inferno, Sabrina… — murmurei para mim mesma, jogando o pano de prato no balcão.

O relógio marcava 19:32. Eu tinha menos de meia hora.

Por que eu estava nervosa? Eu era uma mulher experiente, forte, dona do meu espaço e do meu negócio. Mas bastava ele aparecer com aquele olhar de predador calmo, que tudo dentro de mim se embaralhava.

A verdade nua e crua?

Desde o primeiro dia em que Morete cruzou a porta do meu restaurante, ele mexeu comigo de um jeito que ninguém mais tinha conseguido.

E agora ele estava vindo me buscar.

Não para uma reunião, não para uma ameaça, não para um jogo de poder… mas para jantar.

Comigo.

E, talvez, para começar algo que eu não sabia se teria forças para evitar.

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