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Desperte Sua Paixão Pelo Sobrenatural com Nosso Dark Romance

introdução

Universo da História

Sabe aquele frio na espinha que sente do nada? Aquela sensação de que o mundo é muito mais do que conseguimos enxergar? , Alice sentia isso o tempo todo.

Alice tinha 21 anos, mas a alma parecia carregar muito mais peso do que isso. Após perder os pais num acidente misterioso quando ainda era criança, ela cresceu a pular de um lar adotivo para outro. Nunca se sentiu parte de lugar nenhum. Na verdade, a única constante na vida dela era a sensação de que algo sempre estava... à espreita.

Vivendo na periferia de uma cidade grande, Alice levava uma rotina monótona, tentando se encaixar num mundo que ela sabia que não a entendia. Trabalhando como empregada de mesa em uma café decadente, ela preenchia os dias observando o movimento da cidade à noite. Era ali, na escuridão, que ela sentia uma estranha conexão com algo que nem sabia nomear

Mas o que Alice não imaginava é que a sua vida estava prestes a mudar de um jeito que só parecia possível nos filmes. Tudo começou naquela noite, quando ele apareceu.

Tyler

Se alguém visse Tyler de relance, provavelmente pensaria que ele era só mais um jovem bonito, do tipo que sabe o efeito que causa. Mas bastava um olhar mais atento para perceber haver algo nele que gritava perigo. Com 23 anos, dono de um império que ninguém ousava desafiar, Tyler comandava a máfia da cidade com uma frieza que parecia incompatível com a sua aparência quase angelical.

Alice encontrou Tyler pela primeira vez quando ele entrou na café, como quem não tinha pressa, mas sabia ser o centro das atenções. O ambiente inteiro pareceu silenciar, como se a presença dele absorvesse todo o oxigénio.

Ele pediu um café preto e a encarou com um olhar que parecia atravessar sua alma. Não era como os outros clientes que flertavam descaradamente ou que mal a olhavam nos olhos. Não, Tyler olhava como se soubesse de algo que ela mesma não sabia.

E ele sabia

A partir daquele momento, Alice viu-se arrastada para um mundo que ela nunca soube existir — um mundo onde a escuridão era tanto uma maldição quanto uma promessa. Tyler não era apenas um criminoso poderoso; ele guardava um segredo tão antigo quanto o próprio tempo, um segredo que estava diretamente ligado ao passado que Alice sempre tentou esquecer.

O que eles não sabiam é que o encontro naquela noite não foi obra do acaso? Era o começo de uma história que misturava desejo, segredos e um destino que nenhum dos dois poderia evitar.

E Alice, que fugiu sempre de tudo e todos, finalmente teria que decidir: se render à escuridão ou lutar contra ela.

O que será que Alice irá escolher?será que ela se rendera a escuridão do mundo de Tyler ou lutará conta isso e viverá a sua vida fora de toda a escuridão que Tyler irá trazer a sua vida?

Naquela noite, enquanto a cidade parecia adormecer sob a chuva fina que escorria pelos postes de luz, algo dentro de Alice despertou.

O Primeiro Olhar

A chuva caía como se o céu estivesse tentando lavar os pecados daquela cidade. Alice encarava o vidro embaçado do café, os olhos seguindo distraidamente os pingos que desciam pela janela, como se cada gota contasse uma história melhor do que a dela.

Era só mais uma noite entediante.

Ela limpava uma mesa quando ouviu o sino da porta tocar. Nem se deu ao trabalho de olhar. Provavelmente mais um cliente fugindo da chuva, buscando abrigo e café barato. Mas algo nela — aquele frio na espinha que nunca a deixava em paz — se manifestou antes que ela percebesse. Um arrepio subiu pela nuca. As mãos pararam no ar, ainda segurando o pano. Só então ela se virou.

Ele estava ali.

De pé na entrada, com o capuz da jaqueta preta ainda pingando da chuva, os olhos escuros varrendo o ambiente como se procurassem algo... ou alguém. Quando os olhos dele encontraram os dela, Alice teve a estranha sensação de que ele já sabia exatamente onde ela estava. E pior: como ela era por dentro.

Engoliu em seco.

— Posso te ajudar? — disse, tentando manter a voz firme, mesmo com o coração batendo forte demais.

— Um café. Preto. E você. — Ele falou com calma, mas havia algo na voz dele que fazia a frase parecer muito mais do que um pedido inocente.

Alice piscou, confusa.

— Desculpa?

— Quero um café preto. Sem açúcar — ele repetiu, sorrindo de lado. Mas os olhos... ah, os olhos não sorriam.

Ela virou de costas, sem responder. O café parecia mais silencioso do que nunca, como se o mundo inteiro tivesse prendido a respiração naquele instante.

Enquanto preparava o pedido, tentava entender por que estava tão abalada. Era só um cara bonito, certo? Alto, olhar intenso, pele clara contrastando com o preto da roupa. Devia estar acostumada com homens daquele tipo aparecendo por ali. Mas havia algo diferente. Algo errado. Ou talvez… perigosamente certo.

Quando voltou à mesa, colocou a xícara diante dele com um leve tremor nas mãos.

— Aqui está.

— Obrigado... Alice.

Ela congelou.

— Como você sabe meu nome?

Ele deu outro sorriso enigmático e levou a xícara aos lábios.

— Você me disse. — Mas ela tinha certeza de que não.

— Você é nova na cidade? — arriscou ela, tentando recuperar o controle.

— Não. Só estava esperando a hora certa de aparecer.

Alice sentiu como se o chão sob seus pés tivesse se tornado instável. Ela queria fugir, mas também queria ficar. Algo naquele homem puxava sua curiosidade como um ímã. Era como se ele carregasse respostas que ela nem sabia que procurava.

— Quem é você?

Tyler pousou a xícara devagar, os olhos fixos nela.

— Alguém que você vai conhecer muito melhor... em breve.

Alice não respondeu. Só ficou ali, olhando para ele como se olhasse para a própria sombra.

Naquela noite, o mundo dela virou.

E no fundo, bem no fundo, uma parte dela — a parte que vivia em silêncio desde que perdeu os pais — sussurrou algo que ela não ousava admitir:

Ela queria mais.

Mesmo sabendo que mais significava mergulhar de vez na escuridão.

Sussurros na Escuridão

Não consegui dormir naquela noite.

Fechei os olhos, mas o rosto dele continuava ali — Tyler. Aqueles olhos escuros, a forma como falou meu nome, como se já me conhecesse há muito tempo... aquilo me deixava inquieta.

Eu não era do tipo que se deixava impressionar fácil. Já tinha visto de tudo um pouco nessa cidade. Mas Tyler... ele não era apenas bonito. Ele exalava poder. Perigo. E alguma coisa em mim — algo que eu preferia ignorar — parecia desejar exatamente isso.

Na manhã seguinte, as coisas no café estavam normais. O velho rádio tocava músicas antigas, o cheiro de café queimado impregnava o ar, e o gerente estava de mau humor, como sempre. Mas, por dentro, tudo estava diferente.

Era como se eu tivesse acordado de um sonho e agora o mundo parecesse... mais escuro. Mais real. Como se algo estivesse se movendo nas sombras, à espreita. E o pior: eu não tinha certeza se isso era ruim.

— Tá tudo bem com você? — perguntou Clara, uma colega de trabalho, enquanto limpava o balcão.

— Tô, só… não dormi muito bem — menti, forçando um sorriso.

Ela me olhou de lado, desconfiada, mas não insistiu. E graças a Deus por isso. Como eu explicaria que um estranho me encarou por dez minutos e agora eu não conseguia parar de pensar nele?

À noite, terminei o turno e fui direto pra casa. O apartamento era pequeno, frio e cheio de silêncios que falavam mais do que eu queria ouvir. Me joguei no sofá, tentando não pensar nele, mas... era inútil.

Então, veio o som. Um leve estalo. Como se alguém estivesse no corredor. Arregalei os olhos, o corpo tenso. Me levantei devagar e fui até a porta. Nada. Mas aquela sensação... aquela maldita sensação de estar sendo observada, de que não estava sozinha, voltou com força total.

Voltei para o sofá, coração acelerado, quando ouvi uma batida — três toques suaves, quase educados — na janela.

Parei. Eu moro no terceiro andar.

Aproximei-me devagar, as pernas tremendo. Quando abri a cortina, vi apenas a escuridão da noite. Nenhum sinal de alguém ali. Mas, de novo, aquela presença invisível. Aquele frio na espinha. Eu podia jurar que havia algo... ou alguém.

E então, vi.

No vidro, marcado com a própria condensação, estava escrito: “Você sente, não sente?”

Dei um passo para trás, o sangue gelando nas veias. Aquilo não era brincadeira. Não era imaginação.

E mesmo com o medo, uma parte doentia de mim sentiu… excitação. Algo em mim despertava, algo que eu sempre tentei calar. Eu devia correr. Denunciar. Fugir.

Mas não fiz nada disso.

Em vez disso, encarei a mensagem e sussurrei, sem entender de onde vinha a coragem:

— Sim... eu sinto.

Naquela noite, eu finalmente entendi.

O mundo que sempre me pareceu distante, sombrio, e cheio de segredos... agora estava-me chamando. E Tyler era a chave.

E foi naquele instante, entre o medo e o desejo, que percebi: eu já tinha cruzado a linha. E a escuridão... ela não pretendia me devolver me...

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