Onde o prazer nasce da dor — e a verdade queima como fogo)*
**Sinopse**
Luna Ferrari é uma herdeira bilionária criada sob a sombra de um pai rígido, controlador e aparentemente amoroso. Aos 21 anos, namora Ítalo, um rapaz bonito, educado, mas com fetiches que ela não entende — e um comportamento explosivo que a silencia. Sua vida sexual é vazia, sem prazer, sem toque, sem gemidos... sem gozo. Ela acha que isso é o normal.
Mas o que Luna não sabe é que seu próprio pai está prestes a traí-la da forma mais cruel possível.
Ele contrata Diego Alencar, um homem que virou, um criminoso perigoso, para sequestrá-la e matá-la. O plano é simples: sumir com a filha, simular um resgate heróico, herdar toda a fortuna e jogar as cinzas da filha no fundo do oceano.
Só que Diego não é homem de seguir ordens.
Entre os gritos de raiva, os olhares de desafio e o corpo trancado num cativeiro imundo... nasce um desejo sujo, proibido, e quase mortal. Ela vai descobrir o que é gozar na dor. E ele vai descobrir que não consegue matá-la.
E quando a verdade vier à tona... Luna não será mais prisioneira. Ela será vingança.
🌑 **Prólogo**
Tudo tem um preço.
A confiança.
O silêncio.
O sangue.
E Luna Ferrari valia bilhões.
O contrato foi fechado com um aperto de mão suado, whisky barato e um cigarro amassado na beirada do cinzeiro de mármore. Augusto Ferrari, um homem respeitado em todas as esferas da sociedade europeia, pai exemplar nas câmeras, monstro nos bastidores, estendeu a proposta com frieza cirúrgica:
— Quero ela sequestrada. Quero ela morta. E quero o dinheiro todo no meu nome.
Diego Alencar ouviu em silêncio, como quem escuta uma batida de guerra vindo do fim de um túnel. Os olhos escuros não demonstraram surpresa, nem culpa. Só o brilho metálico de quem já matou antes.
— Vai ser um acidente. — completou o pai, acendendo outro cigarro com a mesma calma que alguém pede um café.
Uma explosão. Uma queima total do corpo. Nenhuma chance de reconhecimento.
Depois disso, ele seria o pai sofredor. O herói. E o herdeiro.
Mas o que ele não imaginava é que Diego, o homem que vendera a alma por dinheiro, seria tocado por algo que não sabia existir: **ela**.
De Autora Atena – Sobre “Cativeiro de Luna”
Eu escrevi Cativeiro de Luna com o coração pesado e as mãos trêmulas.
Essa história nasceu de uma dor que eu não sabia nomear, mas que sempre esteve ali: o silêncio de muitas mulheres.
Luna poderia ser sua amiga. Sua vizinha. Você.
Ela cresceu cercada de luxo, mas era prisioneira desde menina.
Prisioneira de um pai manipulador, de um namorado abusivo, de uma sociedade que ensina que “parecer feliz” é mais importante do que ser feliz.
E quando finalmente teve a chance de gritar, foi tarde demais.
Ou... parecia ser.
Eu quis escrever sobre uma mulher que descobre sua força no pior lugar possível: um cativeiro.
Quis mostrar que até mesmo na dor mais suja, mais escura, pode nascer um desejo que transforma — e um amor que liberta e destrói ao mesmo tempo.
Diego não é herói.
Ele é a cicatriz. O monstro. O erro.
Mas às vezes, é do erro que nasce a verdade.
Este não é um conto de fadas.
É um aviso.
Uma confissão.
E um incêndio.
Se você chegou até aqui... se prepare para arder com Luna.
Ela vai sangrar. Vai desejar. Vai se vingar.
E você, leitor(a), vai sentir cada passo dessa queda.
Com amor e fúria,
Atena
🖤
📘 Capítulo 1 — “Três Anos Atrás”
Fazem três anos que o mundo parou.
Três anos que meu telefone tocou às quatro da manhã com uma voz seca dizendo que o avião da minha mãe havia caído sobre o Mar Mediterrâneo. Nenhum sobrevivente. Nenhum corpo encontrado. Só o silêncio e uma caixa preta que nunca chegou.
Na época, eu tinha dezoito anos. Era uma garota rica, mimada na aparência, mas emocionalmente faminta. Minha mãe era tudo. Meu colo, minha razão, meu refúgio. E ela simplesmente… evaporou. Sem despedida, sem aviso, sem chance de dizer “eu te amo” uma última vez.
Eu afundei.
Não com estilo. Nada de lágrimas discretas ou cafés tristes em Paris. Afundei com vômitos, surtos, remédios escondidos debaixo da língua. Cheguei a ficar sem tomar banho por dias. Trancada no meu quarto, vendo o teto girar e perguntando a Deus por quê.
Se não fosse a Marina, eu teria morrido.
Ela me arrastou pra fora da cama. Me deu banho como se eu fosse uma criança. Me forçou a comer. Dormiu comigo por semanas. Me ensinou a andar de novo, mesmo sem ter quebrado nenhuma perna.
Foi também ela que me acompanhou na leitura do testamento. A sala do advogado era gelada. A cadeira, desconfortável. Meu pai estava ao meu lado, com os olhos vermelhos. Achei que ele estava arrasado. Hoje eu sei que ele só estava fazendo teatro.
Minha mãe deixou tudo pra mim.
As indústrias farmacêuticas. As ações. As contas milionárias. As joias, as casas, os carros. Tudo no meu nome. O que ela deixou pro meu pai foi apenas o cargo de presidente do Grupo Ferrari. Nada mais.
Na época, eu fiquei em choque. Ele também. Mas ele sorriu, segurou minha mão e disse:
— A mamãe sabia o quanto você é especial, Luna. Vamos honrar isso juntas.
Eu acreditei. Achei que ele estava feliz por mim. Achei que ele queria me proteger.
Afinal, tudo que ele pedia… eu fazia. Sempre fiz.
A faculdade que ele escolheu. As roupas que ele aprovava. Os eventos que ele mandava eu sorrir. Eu obedecia. Fui treinada pra isso.
Até Ítalo apareceu por causa dele.
Filho de um sócio antigo, ele surgiu nos jantares da empresa, nos eventos de gala. Tinha cabelo arrumado, roupas de marca e um perfume que todos elogiavam. Meu pai sempre dizia:
— Esse menino é um cavalheiro. É homem de família.
Aos poucos, Ítalo se aproximou. Gentilezas, presentes, flores. Começamos a sair. Eu ria porque parecia o que toda garota queria. E no fundo, eu só queria esquecer a dor. Queria me sentir viva de novo.
Começamos a namorar oficialmente. Hoje faz um ano.
Perdi minha virgindade com ele num final de tarde chuvoso. Dentro do carro dele, nos fundos de uma vinícola da família. Achei que seria especial. Foi… rápido. E seco. Ele me penetrou sem nem olhar nos meus olhos.
Eu não gemi. Nem doeu tanto. Nem senti prazer. Só fiquei ali, deitada, esperando acabar.
Depois disso, nossa vida sexual se tornou um roteiro fixo.
Ele nunca me chupou. Nunca beijou meu pescoço. Nunca explorou meu corpo com desejo real. A única coisa que o excitava de verdade era me virar de costas e me penetrar pelo ânus. E depois… vestir minhas calcinhas.
Sim, ele gosta disso.
Rouba as que eu deixo no banheiro. Veste escondido. E às vezes, durante o sexo, me pede pra chamá-lo de “vadiazinha”. Eu achava estranho. Muito estranho. Mas não falava. Quando tentei dizer que aquilo me incomodava, ele me gritou. Jogou um copo na parede e disse que eu era quadrada, burra, sem mente aberta.
Então eu calei. Como sempre calei.
Com o tempo, comecei a pensar que era assim mesmo. Que sexo era isso: uma obrigação mecânica. Que prazer era só coisa de filme. Eu nunca gozei. Nunca senti meu corpo tremer. Nunca soube o que era perder o controle nos braços de um homem.
Mas agora, olhando minha vida do alto dessa torre dourada, eu entendo.
Eu sou prisioneira.
De um pai controlador.
De um namorado narcisista.
E de um mundo que me fez achar que eu devia aceitar tudo calada.
Só que algo dentro de mim começou a mudar. Um desconforto. Uma inquietação. Um grito mudo querendo sair. Eu comecei a reparar nos toques. Nas ausências. Na forma como meu pai me usava em jantares para fechar contratos, me exibindo como um troféu. Nos olhares gelados que ele lançava quando eu dizia que queria viajar sozinha. Na forma como ele sorria — aquele sorriso falso, ensaiado — sempre que alguém dizia “a Luna tem tudo, né?”
Sim. Eu tenho tudo.
Menos liberdade.
Menos verdade.
Menos… prazer.
Hoje acordei com uma angústia no peito.
Marina me ligou cedo. Disse que sonhou com minha mãe. Que ela aparecia de vestido branco, chorando. Eu tentei rir, mas não consegui. Fazia dias que eu também vinha sonhando com ela. Sempre me olhando, mas nunca falando.
Como se estivesse tentando me alertar. Me avisar de algo. Mas o quê?
Olhei pro lado e Ítalo estava dormindo na minha cama, de calcinha rosa. A minha. Uma que comprei em Paris. Ele ressonava feito um bebê. E eu senti nojo. Não dele vestir aquilo — mas de mim permitir isso sem sentir nada. Sem dizer nada.
Levantei devagar. Fui até a varanda. Senti o vento gelado bater na pele e fechei os olhos.
Três anos atrás, minha mãe morreu.
E com ela… eu também morri um pouco.
Mas agora, algo em mim está acordando.
Algo sombrio. Algo faminto.
Algo que não aceita mais migalhas.
Eu não sei o que vai acontecer.
Mas sei que alguma coisa… está vindo.
E vai mudar tudo.
Capítulo 2 — Diego (Ele)**
Eu não sou herói. Nunca fui.
Nasci no meio do caos, me criei entre cocaína e tiro, minha escola foi o tráfico, meu diploma veio nas cicatrizes. Cresci em uma favela podre do Brasil, e só escapei do caixão porque aprendi cedo a atirar antes de perguntar. Aos 17 vim para Espanha e depois fui indo de lugar em lugar até eu achar o meu lar, roma aqui é perfeito.
Fui chamado de monstro ainda moleque. E quer saber? Eles tinham razão.
Roubo, extorsão, sequestro, tráfico — eu já fiz de tudo. Não sou o tipo de cara que hesita. Não fico de mimimi, não sou frouxo. Não existe “moral” no meu vocabulário. Quem vacila, perde. E quem chora, morre.
Mas aí apareceu **ele**: aquele velho de terno italiano, gravata de luto e sorriso gelado. Pai da princesinha loira que eu deveria sequestrar e, depois, apagar.
Isso mesmo. O plano era esse.
Me pagaria **três milhões de euros**, em três etapas:
Sequestro limpo, sem rastros.
Cativeiro por uma semana, fingindo que era por resgate.
O fim trágico: carro explodido, corpo carbonizado.
Simples. E lucrativo.
Mas quando eu vi **ela** pela primeira vez, algo coçou no meu cérebro. Uma coisa que eu achei que tava morta ali dentro.
Ela era diferente.
Não falo só da beleza — embora puta que pariu... que mulher.
**Loira, olhos azuis de gelo, corpo que parecia esculpido em luxúria.** Pernas longas, coxas que chamavam tapa, cintura fina, bunda redonda e empinada, peito na medida, tudo durinho uma delícia. Rosto de boneca cara e postura de rainha. Ela tinha algo nos olhos...
Algo que nem ela mesma sabia que existia: **dor camuflada.**
Naquele dia, observei de longe.
Ela desceu de um carro esportivo preto com o namorado banana — o tal do Ítalo. Cabelo lambido, camisa de marca, passo frouxo e olhar arrogante. Vi ele apertar a cintura dela como quem quer mostrar posse. Ela sorriu, mas não era sorriso verdadeiro. Era protocolo. Um script.
Eles entraram na mansão de vidro e aço.
Fiquei na sombra, observando. Analisando. Marcando rotas de fuga. Padrões. Horários. Mas, porra... meu olhar sempre voltava pra ela.
Nunca fui homem de se emocionar. Mas tem coisa que você sente no osso.
Aquela mina... **não sabia o que era gozar. Eu vi. Eu soube.**
Eu conheço mulher. Conheço corpo. Conheço olhar de quem só viveu pra agradar os outros. E ela era isso: uma joia enjaulada. Riquíssima. Sofisticada. Mas **vazia.**
Fiquei sabendo do passado dela.
Mãe morreu num acidente de avião há três anos. A menina desabou. Depressão forte. Tentativa de suicídio velada. Só a melhor amiga Marina segurou a barra. O testamento virou escândalo: tudo ficou pra ela.
Casas. Iates. As indústrias farmacêuticas. Jóias. A porra toda.
O pai só herdou o cargo de presidente. E mesmo assim, mantinha aquele sorriso nojento de “pai do ano”. Hipócrita do caralho. A filha fazia tudo o que ele mandava e ainda o amava como se ele fosse digno.
Nojento.
A grana que seria minha já tava certa. Mas algo me incomodava:
Por que matar a própria filha? Por que forjar essa porra toda?
Não era só por dinheiro. Era mais sujo que isso.
No fundo, eu nem me importava.
Eu era pago pra obedecer.
Mas agora... depois de vê-la, de observar ela de verdade... algo dentro de mim range. Algo que eu não gosto de sentir.
Talvez seja curiosidade. Talvez seja desejo.
Ou talvez... eu só queira ser **o primeiro homem a fazer aquela mulher tremer de verdade.**
Ver ela gemer, gozar, implorar por mais — **porque ninguém nunca ensinou isso a ela.**
Esse namorado dela?
Ítalo? Um bosta. Um covarde.
Fiquei sabendo por fontes da mansão, os empregados comentavam entre eles tudo que ouvia, eles riam se diverti com o cinema dos conflitos de rico. Dizem que ele nunca encostou na boca dela. Nunca a chupou. Só gostava de foder o cu dela e vestir calcinha de renda. Isso mesmo. Calcinha. Viado do caralho, e ela burra feito uma tola.
Não que eu tenha preconceito com fetiche, cada um na sua.
Mas porra... **ele nunca nem tentou dar prazer pra ela.**
Mandava ela calar a boca, gritava com ela, se ela perguntava alguma coisa.
Isso não é homem. Isso é lixo.
O que me deixa puto é pensar no que ela perdeu.
**Vinte e um anos, linda daquele jeito, cheia de vida e nunca teve um orgasmo.** Nunca se sentiu tomada, invadida por inteiro, com vontade de chorar de tanto prazer. Nunca teve um homem de verdade que a pegasse de jeito. Que colocasse ela de quatro e dissesse: agora você vai aprender o que é viver.
É isso que me deixa com raiva.
Não do plano. Não do pai dela.
Mas dela mesma... por ainda achar que aquilo é amor.
Por ainda acreditar que aquele Ítalo é o máximo que ela pode ter.
**Eu vou mostrar pra ela.**
Mas não agora.
O plano ainda não começou.
O sequestro só será daqui a algumas semanas. Tudo precisa ser perfeito. E até lá, eu fico observando.
**Estudando ela.**
Cada passo, cada gesto, cada olhar perdido.
Ela ainda não sabe...
Mas vai ser minha.
E quando for... não vai mais lembrar nem o nome do namorado frouxo que tem.
Vai esquecer que um dia viveu sem sentir prazer.
Porque eu sou Diego.
E quando eu pego uma mulher...
Ela nunca mais é a mesma.
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