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A Psicóloga e o Mafioso Renegado.

Daniel.

 Estar de volta ao Brasil tinha um significado diferente desta vez... despedida.

Quando fui a Itália para caçar Letícia que era minha ex, e Ester sua melhor amiga, tinha uma missão, matar ela, sim, mandado pelo pai que soube depois que também era dela, Ester Ávila, a menina que quase matei, ainda bem que seu marido me impediu, me prendeu, apanhei, sim, muito, o ódio ainda dominava minha mente, até que a vi, até que soube que ela era minha irmã, o plano cruel do meu pai, matar minha própria irmã, a única que conheci, e isso quase aconteceu.

 Tenho 21 anos e cresci em meio ao morro, ao crime, a dor, a drogas e poder, traições e sexo faziam parte do meu dia a dia, persegui Letícia sem a amar, não me orgulho, mas era o que meu pai dizia, que os homens iriam rir de mim, que iriam falar que não tinha pulso, que os playboys levaram ela, que ainda namorava comigo, que não era assim, então fui atrás, com cocaína na veia e a loucura no olhar.

Mas era tudo parte de um plano sujo, e ele teve o que mereceu, agora está aqui, com o corpo no fundo de um rio, e eu aqui, somando os bens, doando coisas, e tendo que encarar o desgraçado do Enzo Ricci.

Ele ficou noivo da Letícia, mas não é isso que me faz odiá-lo, é o fato do seu olhar querer ser acima do meu, somos iguais, só que a diferença é que ele não provou a maldita droga, e meu pai me alimentou com aquilo.

— Bem, seu pai tinha uma boa grana. — falou Marco, o outro irmão do meu cunhado.

As contas dele somavam algo em torno de quarenta e seis milhões de reais, espalhados entre aplicações, imóveis em nome de terceiros, e caixas de sapato que nunca viram banco.

Ele vivia em guerra, mas sabia guardar dinheiro como um homem que não confiava nem na morte.

Tive acesso a tudo. Porque era filho. Porque ele me queria no trono. Porque, mesmo desconfiando de todo mundo, confiava em mim o suficiente para me ensinar onde guardar cada segredo.

Quase cinquenta milhões.

Mas eu não quero isso.

Não quero viver à sombra de um império construído em cima de medo, corpos e vício.

Vou doar grande parte.

— Pepe, cuide disso, doe 40 milhões. Organizações que ele odiava. Causas que ele desprezava. Crianças que ele teria mandado sumir das ruas só para limpar a fachada do cassino. Tudo que ele nunca fez questão de proteger... agora vai ser para elas. — falei.

Com o que restar, vou embora.

Nova Iorque.

Apartamento pequeno, nome limpo, agenda cheia de reuniões com gente que me odeia por obrigação — psicólogos, assistentes sociais, médicos que olham para mim como se eu fosse um animal enjaulado tentando aprender a andar em duas patas.

E talvez seja mesmo.

Mas prefiro isso do que continuar aqui.

Nessa casa que ainda fede a uísque, couro e sangue.

Meu pai morreu rei.

Eu só quero sair daqui homem.

— Meu irmão quer falar com você. — falou Enzo apontando o telefone, ignorei sua cara de cachorro que morde e foquei em terminar aquilo logo.

— Fala. — respondi.

— Daniel, sabe que é difícil confiar né, meu papel de marido é proteger minha esposa, mas ela o quer perto, ela o quer bem, você é tio da Elisa e do Ethore e queremos que participe. — nesse momento Enzo bufou e apontei o dedo do meio, ele ia vir para cima, mas Marco o mandou sair. — Sua irmã fez uma proposta, ela disse que em Nova Iorque achou um grupo de apoio, sendo mais claro a reabilitação, sei que pode parecer ruim, mas é sua chance de mostrar estar 100% limpo e apto para voltar, ajudar a pegar seu pai te deu pontos, mas pelos meus filhos e minha esposa é impossível ignorar.

— Sei disso, vou me estabilizar lá e buscar sim ajuda, não sou viciado, mas quero estar limpo, por ela, por eles, não posso apagar o passado, mas quero mudar o que tem de errado, eu prometo pela Ester que vou fazer isso. Já arrumei o necessário e parto ainda está noite, diga para minha irmã que a amo, que me arrependo e que logo estarei ai. — falei e ele assentiu, desligou e entreguei ao Marco o celular, Enzo veio mais uma vez cheio de banca, mas aquele otário ainda vai me colocar em maus lençóis, socar a cara dele agora vai dar voz a essa imagem de monstro que tenho.

— Você não merece essa chance, sempre que estiver perto da Letícia, Ester, ou dos meus sobrinhos estarei lá.

— Enzo, sai. — Marco falou.

— Enzo, sua namorada não faz a minha cabeça mais, eu já errei muito, mas ainda posso quebrar sua carinha antes de mudar, só quero recomeçar, me deixa em paz. — falei e ele balançou a cabeça em negativa.

Naquela noite, eu só levei uma mochila.

Nada que pesasse mais que os pecados que eu já carregava.

Peguei o avião em silêncio, como quem foge de um incêndio e deixa tudo pra trás — menos o cheiro de fumaça.

Destino: Williamsburg. Brooklyn.

Nova Iorque pode ser tudo que você quiser que ela seja.

Mas Williamsburg… Williamsburg é uma cidade dentro da cidade.

Um cenário dividido ao meio.

De um lado, cafés industriais com gente usando fones caros e escrevendo roteiros que nunca vão terminar. Prédios reformados, lojas de vinil, jovens com roupas que custam o triplo do aluguel.

Do outro lado da linha do metrô, é como se o tempo tivesse parado.

Prédios de tijolo escuro. Portas rangendo. Bares que abrem ao meio-dia. Vizinhos que não fazem perguntas. Cheiro de fritura, suor e abandono.

Aluguei uma casa, um bairro familiar, longe de tudo que dissesse a minha irmã que eu não estava tentando, comprei um carro e me instalei, aqui eu era só o Daniel, Daniel, agora Ávila, um homem buscando um recomeço e disposto a tentar de tudo pela nova família que ganhou.

Amanda

Nasci no Brooklyn, cresci entre buzinas, pombos e vizinhos gritando pela janela. Nova Iorque nunca me prometeu nada, mas sempre entregou demais: caos, pressa, e uma maturidade forçada antes da hora.

Tenho 36 anos, nascida e criada no Brooklyn. Casei cedo, aos 18, engravidei aos 20, Lucas, meu filho, está com 16 agora. Divorciei aos 25, depois de sete anos de casamento. Foi uma escolha difícil, mas necessária. Meu ex marido nunca superou isso, mesmo que viva com várias mulheres, sempre tem um jeito sutil de me provocar quando aparece para buscar o Lucas.

Hoje foi um desses dias.

Lucas, com o seu típico olhar rebelde, abriu a porta da frente com aquela cara de quem não quer papo.

— Mãe, ele vai chegar logo? — questionou com aquele maldito fone, sem prestar atenção real em nada que é dito.

— Calma, ele já deve estar vindo Lucas, sabe que é isso toda semana, seu pai parece gostar de deixar os outros no escuro, ele disse que vinha, mas o atraso você o questiona.

— Você devia ter me avisado antes. Toda vez é a mesma novela.

— Eu aviso, sim. Só não dá para controlar o que ele faz, Lucas.

Enquanto conversávamos, o celular vibrou: mensagem do centro de reabilitação. Uma nova ficha, nome: Daniel Ávila. Brasileiro. Só isso. Nenhuma outra informação.

No meu trabalho como psicóloga, sei que o pouco pode dizer muito. E que, muitas vezes, o silêncio na ficha é o pior sinal.

Tenho coordenado um grupo de apoio a jovens em situação de risco, adolescentes e adultos jovens que tentam sair do buraco dos vícios. A luta é diária, e a taxa de sucesso, baixa. Só uma em cada sete pessoas consegue se manter limpa por mais de um ano.

Mas eu ainda acredito.

Acredito que posso ajudar.

Que posso colar almas partidas.

A psicologia não foi meu plano B.

Foi minha resistência.

Queria entender o que se quebra dentro das pessoas antes que se tornem irreconhecíveis até para si mesmas. Talvez porque, no fundo, sempre tentei colar a minha.

Mas uma coisa é o sonho.

Outra... é a realidade de Nova Iorque.

Atualmente, mais de 450 mil pessoas vivem em tratamento contra abuso de substâncias no estado de Nova Iorque. Só na cidade, são mais de 100 mil em programas ativos — públicos ou privados.

Mas a verdade? A taxa de sucesso sustentado é baixa. Cerca de 15% conseguem se manter limpos por mais de um ano sem recaída.

Só 1 em cada 7.

E ainda assim, continuo tentando.

O grupo que coordeno atende casos considerados de "alta complexidade".

Na prática, isso significa que não conseguimos pagar o bastante para manter segurança no prédio, mas atendemos usuários que já foram internados cinco, seis vezes.

A maioria é jovem. Alguns vieram das ruas. Outros, de famílias ricas e negligentes. E há os que vêm por obrigação judicial, ou por chantagem emocional.

Lucas estava de fones no sofá, mexendo no celular como se o mundo estivesse em segundo plano e, para ele, provavelmente estava.

O interfone tocou. Era ele.

Suspirei, já me preparando.

Desci os degraus do prédio devagar, bolsa no ombro, cabelo preso. No espelho do hall, chequei o batom que não usava para ninguém, mas que ele sempre comentava.

Quando abri a porta da frente, ele já estava ali.

Rocco

Mesmo jeito de sempre: camisa social meio aberta, blazer casual, perfume caro demais para o bairro. Ele sabia que era bonito, fazia questão que todo mundo soubesse também.

— Amanda. — sorriu, do jeito ensaiado que usava desde a faculdade. — Você tá linda.

— Rocco

— Não vai me dar um abraço? — questionou cínico.

— Só vim abrir, não quero abraços, sabe disso, por que tenta?

Ele passou a língua pelos lábios, como se aquilo fosse charme.

Na verdade, era vício em se sentir desejado.

— A gente podia jantar qualquer dia desses, o que acha? Sabe... relembrar os velhos tempos.

— Já me lembro deles o suficiente, obrigada.

Ele riu, aquele riso de quem não sabe ouvir não.

— Ainda tão fria. Isso sempre foi meio sexy em você.

— E você ainda tão previsível. Isso nunca foi.

Lucas apareceu atrás de mim com a mochila nas costas, ignorando os dois.

— Vamos, pai.

Rocco bagunçou o cabelo dele, tentando soar carinhoso. Lucas revirou os olhos.

Antes de entrar no carro, ele se virou para mim mais uma vez.

— Avisa quando quiser conversar. Ainda acho que a gente podia funcionar... agora que você tá mais calma. E, bem — ele fez um gesto vago com a mão — eu sou um homem mais... experiente.

— Você é um homem cercado de mulheres que não significam nada, Rocco. E ainda tenta alcançar o que já perdeu faz tempo.

Entrei no carro sem olhar para trás.

Liguei o motor. Respirei fundo.

Era só mais um lembrete de tudo que precisei deixar para trás para me tornar quem eu sou.

Psicóloga. Mãe. Sobrevivente.

E agora... coordenadora da sessão onde o novo nome da lista espera por mim.

Daniel Ávila.

Sem histórico, sem detalhes.

Pisei no acelerador.

O passado que me tentou reconquistar ficou no retrovisor.

O presente me esperava numa sala com cadeiras em círculo... e feridas demais para esconder.

Quando entrei no prédio não muito bonito, minha amiga me esperava, ela estava terminando seu estágio, não se via atuando em uma área tão precária.

— Entrou um grupo novo, meio barra pesada, — ela falou entregando as fichas, aqui era assim, os mais perigosos vinham cedo, os medianos a noite, os leves? Bem... esses não existiam nesta parte.

— Lisa, tudo bem? Nós vamos resgatar alguns deles amiga, fé na humanidade, vou lá conhecer as feras. — brinquei e ela não riu, mas não importava, era questão de vocação, e eu tinha.

— Você é louca, uma hora vai acabar sendo perseguida por um desses drogados. — ela respondeu, como eu disse, é questão de vocação.

O primeiro dia.

Acordei antes da cidade.

Ainda era cedo, mas as casas ao redor já começavam a se mexer: janelas abrindo, cortinas se movendo, gente preparando café com cheiro de baunilha e normalidade.

Minha casa era igual a todas as outras da rua.

Grade branca, grama aparada, varanda discreta. Um bairro onde as pessoas passeiam com o cachorro às seis da manhã e fazem bolo em forma de coração nos aniversários infantis.

Perfeito para um homem que precisa parecer comum.

Inofensivo.

Terminei de preparar meu café. Preto, forte, sem açúcar, igual no Rio.

Saí para a frente de casa com a caneca na mão, sem camisa.

O ar gelado bateu nas costas como um lembrete: aqui é outro mundo.

Os vizinhos estavam por perto. Um casal empurrava um carrinho de bebê, acenou com educação, mas sem sorrir.

Na varanda da frente, uma mulher com rabo de cavalo e roupa de yoga me analisava por cima da xícara, olhar de quem deseja, mas tem medo.

Dois garotos de bicicleta passaram devagar.

A vizinhança não gostava de pele exposta, cicatrizes visíveis ou tatuagens que diziam mais do que palavras.

Respirei fundo e vesti a blusa.

— Calma. Você prometeu. — murmurei para mim mesmo.

Não se nega sangue, não se nega briga.

Mas, por ela…

Por eles…

Elisa e Ethore vão nascer em alguns meses. Me tornar o tio que eles merecem significa fazer tudo certo.

Terminei o café, entrei no carro.

Ao sair da garagem, os olhares ainda me acompanhavam.

No celular disquei para Ester, o contato que antes foi ruim, agora é a ponta de esperança, ela acredita em mim.

— Estou indo para meu primeiro dia. — enviei um áudio.

— Você consegue, estou torcendo, quero te ver no nascimento, se cuide por nós. — ela respondeu, guardei o celular e foquei no plano.

Baixei o vidro e forcei um contato.

— Bom dia.

A mulher respondeu, o homem balançou a cabeça colocando a mão em sua cintura.

Como se esperasse que eu errasse cedo ou tarde.

Segui pelas ruas limpas, avenidas arborizadas, cruzando a linha invisível que separava os bairros perfeitos da parte esquecida da cidade.

Atravessando o Harlem, os prédios foram mudando. O concreto mostrava rachaduras, as calçadas estavam sujas, e o glamour nova-iorquino evaporava a cada quarteirão.

Ali, ninguém sorria por educação.

Ali, ninguém disfarçava quem era.

Era lá que ficava o prédio da reabilitação.

Três andares de tijolo encardido. Sem recepção. Sem tapete. Sem promessas.

Estacionei.

Matheu me disse: “Você precisa provar que pode. Que quer. Não por mim. Por Ester. Pelas crianças.”

Ele não se envolveu com o dinheiro. Disse que era meu. Que fizesse o que quisesse.

E eu fiz: doei metade. Peguei o restante e comprei o necessário. Casa, carro, documentos e o que mais fosse necessário.

Tudo para parecer limpo, funcional, pronto.

Só que por dentro... ainda tem lama.

Olhei para a entrada do prédio. Respirei fundo.

É hoje.

O primeiro passo para provar que posso ser alguém confiável, ou pelo menos calar a boca de alguns.

Entrei. E o silêncio me engoliu.

O chão do corredor rangia.

Ou era coisa da minha cabeça?

A recepção era pequena, sufocada por arquivos velhos e uma máquina de café que parecia cuspir ferrugem.

Atrás do balcão, uma menina nova, cabelo ruivo preso num coque bagunçado, uniforme um número menor do que deveria.

Ela me olhou.

Não como se olha um paciente.

Olhou como quem avalia... um risco.

Medo e desejo. Sempre caminham juntos.

Principalmente com caras como eu.

Falei o nome. Ela demorou meio segundo a mais para digitar.

— Sala 3, segundo corredor à esquerda. — disse, sem me encarar mais.

Segui.

O lugar tinha cheiro de problema, era limpo, como se quem trabalhasse aqui quisesse trazer beleza ao podre.

Alguns caras já estavam na sala, espalhados em cadeiras de plástico, mal encostando nas paredes.

Olhares desconfiados.

Dois me ignoraram. Um outro, o mais falante, se ajeitou na cadeira e apontou o queixo.

— Novo?

Assenti.

— Sou Trey. Quarto banco, canto esquerdo. Já tive três recaídas, mas voltei. Sabe por quê?

Não respondi.

Ele riu sozinho. Gente que fala demais sempre sente falta de plateia.

— Por causa dela. — apontou com os olhos. — A psicóloga. Amanda. Uma delícia. Juro por Deus. Eu só venho por ela. Sabe aquelas mulheres que parecem que te curam só de olhar? Então... dá vontade de cair só para ela cuidar de novo.

Fiquei quieto, mulheres eu tive quem queria, não é isso que procuro e não penso em me envolver de forma alguma, só fazer essa porra destes seis meses e receber a liberdade, só depois disso posso voltar para minha vida.

Só murmurei:

— Daniel.

Ele deu um risinho de canto.

— Nome de arcanjo, né? Vai ver é isso que ela gosta, porque nós ela não olha ninguém, eu entendo o Arnold ter perseguido ela, a mulher parece feita em pecado, uma tentação.

Trey voltou a focar na porta, voltou a esperar sua entrada.

Eu não.

Eu fiquei olhando a sala. Calculando saídas. Analisando os rostos, sabia que em alguns grupos eu era o assunto, e controlar o sangue é meu objetivo.

Todos ali tinham algo que eu reconhecia.

Olhos marcados. Vícios tatuados na pele. Fantasmas nos ombros.

E ainda assim...

Quando ela entrou… Tudo parou.

Amanda.

Não era uma “delícia”.

Não.

Era descomunal.

Postura ereta, roupa sóbria, cabelo longo solto, lábios convidativos. Voz firme. Olhar que atravessa. Ela não sorria para agradar. Não piscava para manipular.

Ela te olhava como se soubesse.

Tudo. Antes mesmo de você dizer.

E isso… era perigoso.

Porque se ela olhasse fundo o bastante, podia ver coisas que ninguém devia ver.

Trey assobiou baixo, quase reverente.

— Falei.

Eu virei o rosto.

Mantive o corpo firme. O sangue gelado.

E disse a mim mesmo:

Fica longe. Ela é luz. Você é o fim de tudo que queima.

— Bom dia. — ela falou sentando na mesa de frente para nós. — bom ver tantos rostos recorrentes, sinal de que mesmo caindo ainda tentam, — me olhou. — temos um rosto novo hoje, Daniel? Quer se apresentar?

Eu quis dizer, não é buscando cura, eles estão buscando te ver, e com razão, um corpo deste, essa boca, esse sorriso, deveria estar em um lugar melhor.

— Não. — foi só o que disse abaixando a cabeça, atrair atenção para mim não é o objetivo.

Ela sorriu, ainda me analisando e voltou para a turma toda, aquela voz doce, aquele tom aveludado, a perna pressionando foi o estopim, ela ficar excitada foi me deixando excitado, foi mais forte que eu, acabei levantando e saindo da sala, segui para o banheiro buscando respirar e abaixar a "tensão".

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