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A Perdição do Mafioso

Capítulo 1

Ricco Capone, 30 anos

Minha vida não foi apenas vivida — ela foi moldada no fogo mais ardente da existência. Forjada em sangue, aço e uma determinação que muitos chamariam de obsessiva. Sou o produto final de gerações que carregaram nos ombros a coroa invisível da família mais temida de Chicago. Herdeiro do império Capone. Um nome que não ecoa apenas como um legado, mas como uma sentença: ascender ou perecer.

Ser o Don da Outfit é mais do que um título. É um destino. Um fardo de ouro cravejado com espinhos. Os Estados Unidos são apenas um tabuleiro que eu domino com dedos invisíveis. Cada cidade, cada esquina escura, cada sala de poder carcomida por corrupção tem uma ponta de minha influência. A Casa Branca me conhece. Não como o público conhece, mas da maneira mais verdadeira: como o homem a quem devem favores — alguns impagáveis. Políticos, juízes, senadores… todos dançam conforme a minha música. Sussurros ao vento que obedecem antes mesmo que eu fale.

No submundo, o meu nome não é pronunciado ele é temido. Ricco Capone. A sombra que todos evitam encarar diretamente. Eu não precisei conquistar o respeito; eu o impus. Com sangue, estratégia e uma frieza que me tornou um mito antes dos trinta. A minha presença impõe silêncio. A minha palavra encerra discussões. O meu olhar já matou mais homens do que as minhas mãos.

E ainda assim, sob toda essa estrutura indestrutível, há um homem que se entrega aos prazeres como quem celebra vitórias. Sou um libertino, assumidamente hedonista. O poder é viciante, mas uma mulher quente nos meus braços… ah, isso é a celebração do domínio. Vivo cercado por luxúria, vinho caro, corpos suados e lençóis bagunçados. Não escondo e não me arrependo. A Minha alma está mergulhada na escuridão e, sinceramente, eu gosto da vista.

Acordei com o crânio latejando como se uma banda marcial desfilasse dentro da minha cabeça. A claridade que escapava pelas frestas da cortina parecia me torturar com precisão cirúrgica. Virei o rosto devagar, sentindo o mundo girar um pouco mais do que deveria. Ao meu lado, uma morena dormia nua, com os cabelos espalhados no travesseiro como tinta preta em uma tela branca. E, do outro lado, uma loira igualmente nua e apagada, com as costas riscadas por marcas que só poderiam ter sido feitas por mim.

Tentei buscar na memória os detalhes da noite anterior, mas a dor de cabeça venceu a batalha. Me arrastei para fora da cama como um gladiador ferido. Os lençóis exalavam sexo e perfume doce. Peguei a minha cueca do chão, meio escondida sob a cadeira. Dei um suspiro curto e segui até a sala.

Foi então que vi Afonso, sentado no sofá da minha cobertura, ele parecia uma estátua de julgamento, com os braços cruzados e um olhar que oscilava entre censura e costumeira resignação.

Afonso- Ricco, o Cape está te esperando na mansão.

Disse ele, seco, direto como sempre. Fiz uma careta. Aquela informação era um soco no estômago. "O Cape" — o velho, o meu pai — só aparecia em momentos que prenunciavam problemas sérios. A presença dele era como a fumaça antes do incêndio.

Ricco- O que o velho quer agora?

 Perguntei com voz rouca e arrastada, já sentindo o peso da responsabilidade empurrando contra o meu peito. Ele deu de ombros.

Afonso- Não faço ideia. Só sei que ele foi claro: uma hora. Sem atrasos.

Mordi o canto da boca. Aquela sensação familiar de que algo grande estava para desabar se espalhou como veneno. Sempre era assim com o velho. Ele não mandava chamar. Ele convocava.

Sem responder, passei por Afonso como se ele fosse parte da mobília e fui direto para a cozinha. Peguei duas aspirinas do armário e as engoli com um gole direto da garrafa de água gelada. O alívio foi imediato — não da dor de cabeça, mas da irritação crescente.

Ricco- Vá até o meu quarto.

Ordenei, encarando Afonso.

Ricco- Acorde as duas visitas e mande embora. Sem conversa. Sem carona. Elas sabem onde está a porta.

Ele não retrucou. Apenas assentiu e foi cumprir a ordem.

Entrei no banheiro do quarto de hóspedes e liguei o chuveiro. A água fria despencou sobre mim como uma ducha de realidade. Eu precisava estar sóbrio, focado. O Cape não fazia reuniões casuais. Tudo nele era calculado, frio, estratégico. Se ele queria me ver, era porque algo no tabuleiro estava prestes a se mover — ou ser derrubado.

Enquanto ensaboava o corpo, as minhas engrenagens mentais começaram a girar. O que poderia ser? Uma traição? Uma guerra declarada? Um erro meu? Dificilmente. Eu não cometia erros. Mas o velho, com a sua sabedoria silenciosa e sua mente paranoica, sempre via longe. Talvez mais longe do que eu.

Terminei o banho e vesti uma calça escura, camisa branca parcialmente aberta no peito e meu relógio de ouro. No espelho, encarei meu reflexo. A expressão era a de sempre: firme, letal, entediada. Mas os olhos… eles sabiam que algo estava vindo.

Ao sair do quarto, Afonso já me esperava junto à porta.

Ricco- Carro pronto?

 perguntei.

Afonso- Sim. E as visitas já estão fora.

Assenti.

Peguei os meus óculos escuros, coloquei-os com a precisão de quem se veste para a guerra e saí. Cada passo soava como um prelúdio do que viria. A cidade abaixo de nós seguia sua rotina, alheia ao fato de que, naquela manhã, um império talvez estivesse prestes a mudar.

Mais um dia comum na vida de Ricco Capone.

Ou o começo do fim.

Capítulo 2

Ricco Capone

O ronco do motor ecoa pelas alamedas silenciosas da propriedade, mas silencia assim que estaciono em frente à mansão imponente do meu pai. A construção parece me observar como um predador antigo, silencioso, pronto para atacar. Um calafrio me percorre a espinha, instintivo. Respiro fundo, tentando afastar o pressentimento sombrio que me persegue desde o momento em que Afonso pronunciou o nome do velho. Mas é inútil. O peso do inevitável já paira sobre mim.

Cruzo os degraus e entro. O interior da mansão continua igual — silencioso, solene, sufocante. Sigo direto para o escritório, guiado pelo cheiro denso de charuto e pela penumbra que se arrasta pelas paredes de madeira escura. E lá está ele, como sempre. Sentado em sua poltrona de couro, o rosto envolto por uma névoa de fumaça. Alex Al Capone. O homem que carrega nas veias o sangue de lendas, e nas mãos, o destino de nossa família.

Ele não fala. Apenas aponta com um gesto seco para a cadeira à sua frente. Sento-me. A tensão é espessa como piche.

Pai- Ricco..

Ele diz com a voz baixa, grave.O jeito como pronuncia o meu nome já denuncia: vem merda por aí.

Ricco- O que você quer, pai?

Pergunto, sem rodeios, a irritação escorrendo em cada sílaba. A dor de cabeça, que me atormenta desde o amanhecer, pulsa com mais força nas têmporas.

Ele traga o charuto, exala devagar e apaga-o no cinzeiro de cristal, como se a ação tivesse um simbolismo que só ele compreendesse. Os seus olhos se cravam nos meus.

Pai- Você irá se casar em quinze dias!

A risada amarga escapa antes que eu possa controlar. Balanço a cabeça, incrédulo.

Ricco- Veio me chamar aqui pra contar piada? Porque essa foi boa, admito.

Pai- Não é piada, Ricco.

A sua voz permanece inalterada.

Pai- Giulia Morello está a caminho de Chicago. Com os pais. Tudo já está acertado.

Sinto o sangue ferver nas veias.

Ricco- Nós já falamos sobre isso. Várias vezes. Eu não vou me casar. Não agora. E, com certeza, não assim, arranjado como se eu fosse um garanhão sendo vendido no mercado.

O velho sequer pisca.

Pai- Você não tem escolha.

Diz ele, e a voz agora carrega o aço frio de uma ordem que não admite recusa.

Pai- É a filha do Cape del Cape da Camorra, Donatello Morello. Uma união entre as nossas casas é estratégica, vital. E será selada da forma tradicional. Com casamento.

Fecho os olhos por um segundo, tentando conter a explosão que se aproxima.

Ricco- Porra, Pai! Estamos em pleno século XXI! Não podemos formar alianças com acordos comerciais? Precisamos mesmo desse pacto arcaico de sangue?! Isso não é 1985.

Ele levanta a mão, abruptamente, me silenciando.

Pai- Essa é a única maneira, Ricco. É assim que nossa família sempre fez, e continuará fazendo. É uma questão de honra, tradição, e sobrevivência.

Solto o ar com força, o cansaço se misturando à frustração.

Ricco- Já que não tenho opção...

Murmuro, num tom resignado. Isso o faz sorrir, um sorriso carregado de ironia e familiaridade.

Pai- Ricco, por Deus... Você já está com trinta anos! Passou da hora de ter uma esposa, e um herdeiro para continuar esse legado. Giulia será uma ótima companheira. É linda, inteligente, tem sangue forte e sabe exatamente o papel que precisa cumprir.

Ricco- Desde que saiba obedecer.

Retruco, seco.

Ricco- Não quero uma mulher respondona. Preciso de alguém que compreenda a estrutura dessa família. Que me respeite. Que saiba o lugar dela.

A gargalhada do velho explode no ambiente, tão inesperada quanto estrondosa. Ele balança a cabeça, os olhos ainda marejados de riso quando responde:

Pai- Ah, Figlio… Submissa? Giulia? Jamais. A garota é um furacão. Uma tempestade que ninguém consegue controlar. Nem o próprio pai. Ela não vai aceitar coleira, Ricco. Vai querer comandar junto, ou destruir tudo no processo.

Estreito os olhos.

Ricco- Então ela só não me conheceu ainda. Eu coloco qualquer uma na linha. Sempre coloco.

Ele me encara com uma expressão que mistura desafio e ternura envelhecida.

Pai- Pode tentar, filho. Mas desta vez… você pode encontrar sua igual. Ou a sua ruína.

Seu semblante muda sutilmente. O sorriso morre, e o aviso chega, claro como chumbo:

Pai- E um último detalhe. Mantenha o seu nome longe dos malditos tabloides. Donatello tem reputação a zelar. Não quero fotos suas em escândalos com modelos ou atrizes. Esse casamento é política pura. E você vai representá-lo com dignidade.

Reviro os olhos, irritado.

Ricco- Você sabe exatamente quem eu sou, pai. Nunca escondi que gosto de viver bem. Mulheres, festas, liberdade. É o que eu sou. Mas...

Faço uma pausa, o tom ganhando sarcasmo

Ricco- Prometo me comportar. Pelo menos até a noiva chegar.

Ele dá um tapa na mesa, forte o suficiente para me fazer calar e repensar o tom.

Pai- Escute com atenção, Ricco. Saia da linha e você perde tudo. O posto de Don, os negócios, o respeito dos nossos aliados. E, se necessário, entro em guerra com você mesmo antes de entrar com a Camorra. Não brinque comigo. E, pelo amor de Deus, se for foder putas — faça escondido! Essa garota... essa mulher, Giulia... ela não é qualquer uma. Não a subestime.

Cruzo os braços, impaciente, e lanço a pergunta que estava entalada:

Ricco- E por que, diabos, você me obriga a casar com uma mulher que não tem nada a ver comigo? Que nem sequer é submissa?! Que tipo de arranjo de merda é esse?

Pai- Porque ela é exatamente o que você precisa, mesmo que ainda não perceba.

Giulia Morello acha que tem escolhas. Mas tudo já foi traçado. Eu a moldarei, sem pressa, sem piedade. Ela vai se curvar à minha vontade — e quando isso acontecer, será irreversível.

Sua voz ecoa firme, me tirando dos meus devaneios, ele me encara como se tivesse selado o meu destino com um carimbo invisível. Ele se inclina, me encara de novo — olhos nos olhos, sem hesitação.

Pai- E porque Giulia é o seu desafio. E talvez o seu castigo. Ou sua redenção. Vai depender de você.

Levanto-me da cadeira bruscamente, a madeira rangendo sob o movimento. Não digo mais nada. Nem um insulto, nem uma promessa. Apenas saio.

A porta da mansão se fecha atrás de mim com um baque surdo. Mas o que retumba de verdade é o início do fim da minha liberdade.

Ou o começo de algo muito, muito pior.

Capítulo 3

Giulia Morello, 21 anos.

A peça central.

É assim que me descrevem. A filha do meio de Donatello Morello — o Cape supremo da Camorra. A única mulher entre dois irmãos moldados no aço da máfia italiana. Vitório, o primogênito, já carrega o título de Don com a frieza de um imperador romano. Os seus olhos escuros observam tudo com uma calma inquietante, como se cada gole de whisky servisse apenas para disfarçar a violência à espreita sob sua pele. Já Vitor, o caçula, é o mais letal entre nós — conselheiro da família e, segundo dizem, um dos assassinos mais eficientes que a Camorra já produziu. Calculista. Preciso. Imparável.

E eu?

Sou a peça que nunca se encaixou de verdade nesse tabuleiro podre de tradições e pactos de sangue.

O salão principal da Villa Morello pulsa com um burburinho constante de vozes melosas, risadinhas agudas e promessas veladas escondidas em brindes. O calor do verão italiano penetra pelos vitrais, fazendo os cristais das taças refletirem cores vibrantes. Estou entediada, girando a minha taça de prosecco sem beber um gole.

Procuro por Vitor com os olhos — ele sempre aparece quando não deve, mas nunca está onde deveria estar. Um fantasma com gravata.

Sinto mãos femininas pousarem sobre os meus ombros com a suavidade de uma sentença.

Mãe- Figlia mia, tente se enturmar com as filhas de nossos aliados

 Diz a matriarca da família com voz doce, mas firme como aço polido.

Reviro os olhos discretamente.

Giulia- Mamma, a senhora sabe que não gosto delas. Só falam sobre vestidos de noiva, enxoval e quantos filhos vão parir antes dos trinta. Como se a vida de uma mulher se resumisse a úteros e alianças.

Mãe- Giulia, você é o diamante da Camorra!

 Ela rebate, sorrindo com a paciência treinada de quem me conhece desde o ventre.

Mãe- Precisa ao menos fingir interesse.

Giulia - Sou uma faca, não uma joia. E você sabe disso.

Ela suspira, longa e fundo.

Mãe- Devias ter nascido homem. Assim esses teus gostos esquisitos ao menos fariam algum sentido.

Giulia- Não tenho culpa se prefiro armas e facas a panelas e laços, mãe.

Mãe- Continue com essa aberração e vai acabar sozinha. Ninguém vai te querer assim.

Giulia- Melhor sozinha do que submissa.

Ela se aproxima, sussurrando:

Mãe- Vai casar, sim! E é bom que entendas de uma vez por todas! Tu és a filha do Cape! Tens a obrigação de gerar herdeiros fortes! A linhagem depende do teu ventre. Isso é tradição. É teu dever!

Bufei.

Giulia- Ah, claro! Porque eu nasci mulher, agora carrego a Camorra no útero! Que honra, mamma!

Ela estreita os olhos. A ameaça não dita vibra no ar.

Mãe- Você nasceu na máfia, Giulia. E na máfia, ninguém escolhe. Nem mesmo você.

Poderia responder com uma provocação, um palavrão. Mas engulo seco. Ela venceu — ao menos por agora.

Giulia- Tudo bem. Vou tentar me enturmar.

 Murmuro, com um sarcasmo amargo.

Me afasto antes que ela me mande mudar o tom. Os meus passos são firmes até o canto do salão, onde três garotas se divertem entre risinhos e fofocas. Cada uma mais irritante que a outra.

Giulia- Olá.

A minha voz soa mais forte do que o necessário.Elas se viram em sincronia. Uma loira oxigenada me olha de cima a baixo com desprezo escancarado.

Loira- Se veio falar de armas, política ou qualquer coisa de homem, pode voltar por onde veio.

A morena ao lado ri, balança a cabeça, e dispara:

Morena- Você é uma vergonha para o Cape e ao Don. Uma aberração de saia.

Sorrio. Aquele sorriso que precede o caos. Me aproximo um passo, e antes que ela possa recuar, a minha mão se fecha em sua nuca. Puxo com firmeza o cabelo alisado dela, forçando-a a olhar nos meus olhos.

Giulia- Fale assim comigo de novo, e juro que vai engolir a própria língua. Dente por dente. Palavra por palavra.

A ruiva empalidece. As três congelam.

Sinto uma presença se aproximando e, com uma elegância ensaiada, solto a morena e giro sobre os calcanhares com um sorriso sedoso.

Uma senhora da alta máfia italiana se aproxima, e toco os cabelos da morena em um gesto cortês.

Giulia- Você precisa me contar o segredo desse brilho. Está divina.

Digo com falsa doçura. Ela sorri, encantada, e desaparece. Me volto novamente para o trio. A tensão paira como faca suspensa.

Giulia- Se alguma de vocês abrir a boca sobre o que aconteceu, o arrependimento será o menor dos problemas.

Elas não respondem. Eu me afasto, os ombros eretos, o sangue fervendo. A noite recém-começou, mas já me arranha como uma jaula fechando.

Uma semana depois

O sol italiano beija a minha pele bronzeada enquanto saio da piscina. A água escorre em fios por meu corpo e os meus pés descalços tocam as pedras aquecidas. Vitor se aproxima como um predador descontraído, com aquele sorriso de quem vai aprontar.

Vitor- Pronta pra mais uma lição?

 Ele provoca.Tenta me empurrar de volta, mas o movimento é previsível. Com um golpe rápido, sou eu quem o joga na piscina.

Vitor- Porra, Giulia! O meu celular!

Ele grita, emergindo molhado e furioso.Levanto o aparelho, intacto.

Giulia- Esse aqui? Já sabia que ia tentar me empurrar.

 Respondo com desdém. Ele resmunga, mas aceita a derrota. Saindo da piscina, pega a toalha que jogo em sua direção. Seu sorriso se dissolve devagar. A seriedade surge.

Vitor- O babbo quer falar com você. Agora.

A minha espinha endurece.

Giulia- Ele continua com aquela maldita ideia?

Vitor- Mais do que continua. Confirmou. Está feito.

A minha garganta aperta. Minhas mãos se fecham. O calor do sol já não me aquece mais.

Giulia- Não. Ele não seria capaz de fazer isso comigo.

Digo, como se as palavras pudessem mudar a realidade. Vitor ri, amargo.

Vitor- A culpa é sua. Amargou todos os homens da Itália com essa língua venenosa e esse jeito insuportável de não se curvar. Agora vai casar com um Don da máfia de Chicago. Um brutamontes da Outfit. Um homem que provavelmente nem sabe pronunciar o seu nome.

Sinto a raiva crescer como labareda.

Giulia- Vai à merda, fratello! Não tenho culpa se os homens italianos são fracos! Se não sabem lidar com uma mulher que não se dobra por causa de um sobrenome ou de um pau! Se sou demais para eles, isso é problema deles, não meu!

Vitor- Pois agora vai ver como é um homem de verdade! Ricco Capone.

 Ele cospe o nome como se tivesse gosto de ferrugem.O nome explode na minha mente.

Ricco Capone. O herdeiro da Outfit. O selvagem de Chicago. O libertino que vive nas sombras com o sangue de Al Capone correndo nas veias.

Meu destino selado com uma assinatura que não dei. Um casamento forçado com um homem que representa tudo o que desprezo: arrogância, domínio, controle.

Giulia- Ele que tente me domar. Vai sangrar até entender que comigo não se manda.

Vitor balança a cabeça.

Vitor- Só espero que um de vocês sobreviva ao casamento. Porque vai ser uma guerra.

Ele está certo.

E eu não vou perder.

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