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Herdeiros Do Caos: Valentim e Gregori

Aviso

HERDEIROS DO CAOS: Valentim & Gregori

Uma nova era. Uma nova guerra. Um amor que desafia tudo.

Eles nasceram do fogo e da fúria.

Cresceram sob o olhar de reis, entre armas, promessas e lendas.

Filhos dos homens que dobraram o mundo.

Herdeiros dos que escreveram suas histórias com sangue.

— Valentim Mikhailov Petrov

Filho de Alexei e Demitre.

O herdeiro direto do purgatório, da Rússia e do caos.

Frio, calculista, implacável… mas ao lado certo de Gregori, tudo nele queima.

— Gregori Ivanov Petrov

Filho de Nikolai e Aline.

O soldado silencioso, o estrategista feroz com um coração que pulsa guerra e amor.

Ele é gelo por fora, mas seu mundo inteiro gira em torno de Valentim.

Eles deveriam ser só primos.

Mas o destino revelou outra verdade…

Um amor proibido. Um pacto de alma. Uma guerra inevitável.

O que começou com os pais, agora será decidido pelos filhos.

Cuba caiu. A Europa treme.

E os infernos do mundo… se abriram para recebê-los.

Se em “Meu Mafioso Possessivo” você conheceu o poder…

Em HERDEIROS DO CAOS, você verá o que acontece quando o poder ama o impossível.

✨Autoria: Raylla Mary

📖 Disponível em breve

🔔 Ative as notificações e prepare o coração. Porque agora, o mundo vai queimar com amor e sangue.

Valentim Mikhailov Petrov

21 anos filho de ALEXEI E DEMITIRE

Gregori Ivanov Petrov

19 anos Filho de NICOLAI E ALINE

Capítulo 2

 O Início

Ponto de Vista: Gregori

Dizem que todo império nasce do sangue. E nós… nascemos no centro do caos.

A primeira lembrança que tenho de Valentim Mikhailov-Petrov é dele me olhando como se já soubesse que um dia eu seria dele.

Eu tinha doze. Ele, quatorze.

Nos jogaram no campo de treinamento da Fronteira Norte da Rússia como se fôssemos apenas peças. Dois garotos moldados para matar. Mas desde o primeiro olhar, havia algo mais. Algo que queimava, silencioso.

Hoje, sete anos depois, eu estava no salão principal da mansão, cercado de cristais, terno sob medida… e com a mão de um estranho encostando no meu ombro.

— “Você é Gregori, não é?” — a voz do filho de Robert De La Cruz tinha charme, mas me causava náusea. — “Ouvi dizer que os russos têm um gosto especial para o prazer…”

Antes que eu pudesse responder, senti a temperatura do ambiente cair.

Todos os presentes congelaram. Como se um predador tivesse acabado de entrar.

Valentim.

Terno preto impecável. Olhos azuis de gelo. Maxilar travado. E um olhar que prometia sangue.

— “Tira a mão.” — ele disse, com a calma mais ameaçadora que eu já vi.

O cubano riu, nervoso. Mas não tirou.

Ruído.

Segundos depois, o braço do bastardo foi torcido, e ele estava de joelhos no chão, gemendo de dor.

O salão todo silenciou.

Vi nossos pais — Alexei, Demitire, Aline e Nikolai — se levantarem com expressão tensa.

Mas ninguém interferiu.

Valentim não gritava. Ele não precisava.

— “Se você encostar nele de novo… Cuba vira cinzas.” — sussurrou, antes de soltar o rapaz como se fosse nada.

Ponto de Vista: Aline

— “Olha a expressão dele…” — falei, baixinho para Nikolai. — “O olhar de um homem que mataria pelo que ama.”

— “Já é tarde demais pra impedir o que eles sentem.” — respondeu Demitire. — “Eles só estavam esperando a hora certa.”

— “Eles são filhos do caos.” — murmurou Alexei. — “E o caos... nunca espera permissão.”

Ponto de Vista: Valentim

Enquanto todos murmuravam, me aproximei de Gregori.

Ele me olhou de forma direta. Sem medo. Sem hesitação.

— “Você sempre vai fazer isso?” — ele perguntou. — “Marcar território com sangue?”

— “Se for preciso.” — respondi. — “Porque você é meu, Gregori. Desde sempre.”

Ele não recuou.

— “Então queime o mundo, Valentim. Mas não me deixa.”

E ali, no meio do salão, com todos observando, com as famílias mais perigosas do mundo como testemunhas silenciosas…

Ponto de Vista: Gregori

Depois daquele aviso silencioso ao mundo, Valentim me levou para fora do salão. As luzes, os olhares, as máscaras sociais... tudo ficou para trás.

Subimos os degraus da mansão principal em silêncio, nossos passos ecoando como tiros abafados. Eu podia sentir a tensão dele, a raiva ainda queimando sob a pele. Mas também havia algo mais ali.

Medo.

Medo de me perder. Medo de alguém me tocar antes dele.

Quando chegamos à varanda do terceiro andar, ele fechou a porta com força. Ficamos a sós. A neve caía lá fora, tingida pelo brilho avermelhado das luzes externas, como se até o céu soubesse o que estava prestes a acontecer.

— “Você não pode sair quebrando braços por minha causa.” — falei, cruzando os braços, tentando soar firme.

— “Posso sim.” — ele respondeu de imediato. — “E vou fazer muito pior se alguém ousar tocar no que é meu.”

— “Você fala como se eu fosse um objeto.”

Ele avançou. Devagar. Como um lobo que encurrala a presa… mas sem intenção de ferir.

— “Você não é um objeto, Gregori. Você é meu lar.” — murmurou, parando tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele. — “A única parte do caos onde eu encontro paz.”

Aquilo me desmontou.

Minhas mãos tremiam. Meu peito doía.

Eu esperei anos pra ouvir algo assim. Anos pra ver esse olhar nos olhos de Valentim.

— “Você não acha que estamos indo rápido demais?” — minha voz saiu fraca.

— “Esperei sete anos. Isso pra você é rápido?”

— “E se a gente estragar tudo?” — sussurrei.

Ele aproximou o rosto do meu, os olhos azuis queimando.

— “A gente já nasceu quebrado, Gregori. O que temos... não é pra ser perfeito. É pra ser nosso.”

Então ele encostou a testa na minha. Um gesto tão íntimo quanto um beijo. Mas cheio de contenção.

Ponto de Vista: Alexei

Observei tudo de longe. Através da janela da sala de segurança. Aquele toque. Aquele olhar.

Não havia mais dúvidas.

— Eles são como nós, Aline — murmurei. —

Indomáveis. Destinados ao caos.

Aline abaixou a cabeça e encostou em Nicolai e suspirou

— E agora?— perguntou ela.

— “Agora… a gente apenas observa. Porque impedir esse tipo de amor… seria como tentar parar uma tempestade com as mãos.”

— Não tem o que fazer, Valentim desde que o Gregori nasceu ele o proteger, já sabíamos que isso iria acontecer mais cedo ou mas tarde — disse Demitre sentado no colo de Alexei

— eu sempre soube do amor deles, eu já vi eles se beijando quando era mais novos, e eu apoio esse amor eles já são maiores de idade a única coisa que podemos fazer é apoiar e destruir quem ousar tocar neles e tentarem destruir o que eles tem — disse Nicolai

Ponto de Vista: Valentim

Gregori se afastou alguns centímetros. Os olhos verdes estavam marejados.

— Eu te amo, Valentim. — ele confessou, enfim.

— Desde quando?— perguntei, com a voz rouca.

— Desde o dia que eu descobri como se ama, você sempre esteve comigo, Desde o meu nascimento você sempre esteve comigo, eu achava que te amava como um irmão, mas não, eu te amo como homem

Sorri. Foi um sorriso real, raro, que só ele tirava de mim.

— Então fica.— pedi. — Aqui. Comigo. No caos.

Ele sorriu também.

— Eu nunca quis sair.

Naquela noite, os Herdeiros do Caos deixaram de ser apenas lendas.

E o mundo, mesmo sem saber… começou a contar os dias para ruir.

O que eles ainda não sabiam era que Valentim e Gregori são piores que seus pais e o mundo ainda não estava preparado para ter os Herdeiros do Caos nele, e seus inimigos vão ser apenas insetos para eles esmagarem

A história dos Herdeiros do Caos começou.

Capítulo 3

A Festa Continua

 Gregori

Voltar para o salão foi como mergulhar em outro universo.

A música alta, os flashes, o som dos saltos sobre o mármore... tudo parecia falso demais depois do que senti com Valentim naquela varanda. Meu peito ainda estava acelerado. Meus lábios trêmulos, como se qualquer brisa pudesse revelar o que havia acontecido entre nós.

Valentim caminhava ao meu lado. Rosto sério. Postura firme. Ele estava no modo “Dom” agora. E eu sabia o que isso significava.

Apenas quem nos conhecia de verdade — como nossos pais — saberia que algo havia mudado. Que aquele toque, aquele olhar no meio da multidão, não era mais só posse… era amor. Amor com cheiro de pólvora e gosto de sangue.

— “Atenção,” — murmurou ele, enquanto passávamos por um grupo de aliados da máfia turca. — “Alguns aqui não vieram apenas para celebrar.”

Assenti, atento. Nossos olhos vasculharam o salão como dois predadores caçando. A herança Mikhailov e Petrov queimava em nossas veias como veneno — e poder.

 Aline

Da varanda superior, com uma taça de vinho tinto na mão, eu observava tudo. Meus filhos. Meus homens. E agora… aqueles dois.

Gregori sorria por fora, mas seu olhar estava fixo em Valentim. Ele não disfarçava mais.

— “Eles cruzaram a linha.” — murmurei para Nikolai.

Ele assentiu, tranquilo. Como se já esperasse isso.

— “Eles se pertencem. Isso sempre foi óbvio.”

— “E quando os inimigos perceberem?”

— “Aí... que tentem separar.” — ele disse com um sorriso sombrio. — “Mas vão morrer tentando.”

Demitire

— “Alexei,” — chamei, com a voz baixa. — “Está vendo o que estou vendo?”

— “Sim. E confesso… nunca senti tanto medo e orgulho ao mesmo tempo.”

Gregori e Valentim caminhavam lado a lado como dois generais prestes a tomar o trono de um império. O filho de Robert De La Cruz nem ousava mais olhá-los.

Cuba já havia recuado. Mas a guerra maior era silenciosa… e estava só começando.

Valentim

— “Quer dançar?” — perguntei, quebrando o silêncio.

Gregori me olhou, surpreso.

— “Dançar? Aqui, agora?”

— “Você disse que nunca teve um baile de verdade.”

Ele sorriu, tímido, e me entregou a mão.

A música mudou, como se o destino conspirasse.

Ao som de um jazz lento, nossos corpos se moveram com uma sincronia natural. Meus dedos em sua cintura. Os olhos dele nos meus. A pista inteira parou. Os convidados fingiam não olhar, mas todos estavam assistindo.

Ali, no meio do salão dos magnatas, sob o olhar de mafiosos do mundo inteiro, nós dançamos.

Sem medo.

Sem máscaras

Gregori

Era mais que uma dança. Era uma declaração. Um grito silencioso de que eu pertencia a ele. Que, mesmo que o mundo ruísse, mesmo que os inimigos tentassem nos destruir…

Nós estaríamos juntos.

No fim da música, ele me puxou para mais perto. O calor da mão dele em minha nuca me fez prender a respiração.

— “Eu te amo,” — ele murmurou, para que só eu ouvisse.

E eu sorri.

Porque, pela primeira vez, não precisávamos mais esconder nada.

Os aplausos tímidos ainda ecoavam pelo salão quando um homem de meia-idade, vestindo um terno branco com detalhes em dourado, atravessou a multidão como se fosse dono do lugar. Seu nome era Vicente Palacios, um dos figurões do cartel colombiano, conhecido por sua língua afiada e a mania de achar que podia opinar sobre tudo — mesmo o que não lhe dizia respeito.

Ele se aproximou dos dois herdeiros com um sorriso forçado, carregado de veneno disfarçado.

— É admirável ver tanto carinho… entre rapazes tão jovens. — As palavras vieram envoltas em falsa cordialidade, mas o tom era provocador. — Certas tradições, porém, merecem ser preservadas. Há coisas que ainda precisam de limites…

As últimas palavras mal haviam saído da boca dele, e o salão inteiro congelou.

As taças pararam no ar. Os sorrisos desapareceram. A tensão se espalhou como pólvora.

Os primeiros a se erguerem foram Alexei e Demitire. Seus passos eram lentos, mas determinados, como tempestades prestes a cair. Nikolai se afastou de Aline, enquanto ela se colocava à frente do trio com os olhos estreitos. Nenhum deles dizia nada, mas a aura que emanavam bastava para deixar qualquer um em silêncio.

Entretanto, antes que os quatro se aproximassem, Valentim deu um passo à frente.

Gregori sequer tentou detê-lo. Sabia que era inútil.

O jovem de olhos azuis se aproximou de Vicente Palacios com uma postura impecável, ereta, fria e autoritária. Quando parou diante do homem, não havia arrogância em seu olhar. Havia algo muito pior: controle absoluto.

— Está querendo ditar regras na minha casa, senhor Palacios? — A voz saiu baixa, firme. — Ou está apenas tentando provocar a máfia russa por pura burrice?

Vicente arqueou uma sobrancelha, surpreso com a ousadia. Tentou rir, mas o som morreu na garganta.

— São só… observações. Aconselho cuidado. Esse tipo de união pode causar ruídos.

Valentim se aproximou mais. Agora estavam frente a frente.

— O único ruído que esse salão vai escutar hoje — disse ele, quase num sussurro — será o som do seu corpo batendo no chão, se continuar falando como se estivesse em posição de opinar.

O salão ficou em silêncio sepulcral.

— Eu aprendi com os melhores, senhor Palacios. — Os olhos azuis cintilaram de forma sombria. — Meus pais não criaram um diplomata… criaram um monstro com educação.

Gregori permaneceu ao lado, imóvel. Mas seus olhos estavam fixos nos de Valentim como se dissesse silenciosamente: "Eu sabia que era você quem colocaria todos de joelhos."

Alexei, Demitire, Aline e Nikolai se aproximaram, mas pararam a alguns passos, observando em silêncio.

Palacios, suando agora, deu um passo para trás. Depois mais um. Não disse mais nada. Apenas se virou e sumiu por entre os convidados, o orgulho ferido e a dignidade deixada para trás.

Valentim se virou lentamente, encarando todos os presentes no salão.

— Que isso sirva de aviso para quem ainda tiver dúvidas.

O silêncio virou respeito. Ou medo. Ou ambos.

Gregori se aproximou e, sem dizer uma única palavra, segurou a mão de Valentim novamente. Os dois voltaram ao centro da pista, sem necessidade de música ou de aplausos.

Eles não pediram espaço.

Eles tomaram.

E o mundo soube, ali, naquele instante, que os Herdeiros do Caos estavam prontos para assumir seu trono.

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