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Dois Novos Chefes para Cass

Capítulo 1

Autora: Olá, espera que esteja bem.

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Essa história trata-se da história de um trisal, com dois homens e uma mulher. Foi uma história escrita com muito carinho e até pedida por algumas seguidoras. Espero atender as expectativas.

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Caso não goste desse tipo de conteúdo, sugiro que olhe minhas outras histórias, onde tenho histórias de casais heteros ( um homem e uma mulher ) e também histórias LGBT ( casal formado por dois homens ), acredito que alguma delas possa lhe agradar e atender ao seu gosto no quesito livros de romance.

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Caso opte por continuar, desejo-lhe uma ótima leitura, e gostaria de pedir apenas uma coisinha. Se puder curtir os capítulos, deixar presentes e votos, isso me ajuda muito.

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Boa leitura 😘

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Cassandra

Acordei assustada com minha mãe me puxando pelo cabelos e me arrastando do quarto. Me debati mas sem sucesso, não sabia nem o porque estava apanhando, só sentia as pancadas vindo dela enquanto pedia ao meu irmão para ajudar a me levar pra fora pelas escadas pois ela não aguentava me arrastar sozinha.

Eu não tive tempo de reagir fui pega completamente de surpresa ainda estava sem entender nada.

Estava com um pijama curto e estávamos passando por um inverno rigoroso. Fui jogada na varanda em um frio de 3°C, apenas com um pijama curto. Como tenho costume de dormir com várias cobertas gosto sempre de dormir com um pijama fresco, mas me arrependi amargamente disso assim que senti o vento que batia em meu corpo descoberto fazendo com me arrepiasse e tremese com um frio que fazia com que meus músculos doesem.

Bati na porta com força sentindo meus pelos se arrepiando ainda mais e o frio tomar conta do meu corpo, fazendo com que quase não conseguisse mais me mexer, tamanha dor que o frio me causava.

Cass: Oque foi que eu fiz mãe?

Beth: Sua maldita, graças a você a mensalidade da escola do seu irmão atrasou e ele está correndo o risco de ser expulso. Como pode não pagar a mensalidade Cassandra, você trabalha, está sempre com dinheiro. Gastou em que Casandra? Me fala oque foi mais importante que a educação do seu irmão?

Eu odiava meu nome ainda mais dito por ela, com aquela voz estridente que me causava náuseas. Gostava de ser chamada apenas de Cass, que era como meu pai me chamava, um apelido fofo e delicado, do jeitinho que ele era comigo.

Cass: O dinheiro não deu, vocês gastaram mais do que o previsto este mês.

Beth: A agora a culpa é nossa Cassandra?

- Você é que é uma incompetente. Uma vagabunda, que não serve nem pra trazer dinheiro pra casa.

Jhosh: Eu preciso de mais que apenas o básico para sobreviver e você sabe disso.

Chorei desesperada congelando de frio naquela varanda. Sentia que se não me deixassem entrar acabaria morrendo ali mesmo.

Cass: Me deixem entrar e me vestir por favor, eu preciso ir trabalhar.

Beth: Pra não dizer que sou um monstro, vou te dar mais uma chance, mas que fique claro que é a última vez que te dou um voto de confiança. Anda logo, entre, se arrume e vá trabalhar. Mas sem café da manhã pra aprender que existem prioridades na vida, e que não tem se esforçado o suficiente por nós, que somos sua família.

- Ou já se esqueceu das palavras de seu pai?

Resolvi apenas ignorar tudo que ela disse e entrei em casa, porém cai assim que passei pela porta. Meu irmão havia colocado o pé para que eu tropeça-se.

Fingi que não doeu. Isso era oque eu fazia de melhor na vida, apenas fingir que estava tudo bem, que não doia, que não me magoava, que era extremamente forte. Enquanto por dentro eu estava colando caquinhos e mais caquinhos, dia após dia.

Me levantei e fui rumo às escadas para me arrumar pro trabalho, ainda tremia de frio, mas ao menos o frio aqui dentro é mais suportável do que passei ainda a pouco lá fora.

Beth: E hoje você deve ir ao encontro do seu noivo, está a dias sem sair com ele, acha que ele vai ter paciência de te esperar pra sempre? Está mais do que na hora de marcar uma data pra esse casamento Cassandra. Quem sabe assim nunca mais atrase as contas de casa e aprenda a fazer mais pela sua família.

Fiquei quieta embora a resposta tivesse vindo na ponta da língua.

Apenas girei meus calcanhares no chão e me pus a subir as escadas rumo ao segundo andar.

Cheguei no meu quarto, me arrumei e desci as escadas indo direto pra porta, sem parar para falar com ninguém, só assim para ter paz nesse lugar.

Semana passada tive uma consulta de rotina na empresa e o médico me disse que estou abaixo do peso, que preciso me alimentar melhor, porém como me alimentar melhor nesse lugar?

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Capítulo 2

Cassandra

Depois de enfrentar um metrô lotado, finalmente cheguei no trabalho pra mais um dia aguentando o insuportável do Renan que não cansava de me mandar fazer coisas das quais nem diziam respeito a empresa, como buscar roupas na lavanderia, fazer uma lista de compras pra sua casa e por ai vai. Mas eu fingia estar tudo bem e de acordo com tudo, afinal, ser demitida agora não esta nos meus planos preciso desse emprego a todo e qualquer custo, mesmo que pra isso eu precise fazer muito além das minhas funções.

O dia no trabalho passou rápido, embora eu não gostasse nada do que fazia e já não aguentasse mais o pitis do Renan, eu seguia firme. Pensar em ficar sem trabalho e aguentar os surtos da dona Elisabeth me faziam ficar firme.

Sai do trabalho já estava de noite e como sabia que se não fizesse oque minha mãe disse teria que aguentar mais surras e reclamações, fui mais uma vez ao encontro do meu noivo. Noivo este que eu não amo e nem se quer quero me casar. Fui direto do trabalho sem passar em casa para evitar qualquer transtorno. Sabia que ele estaria em casa já que saiu da empresa antes de mim alegando cansaço.

Minha mãe tem me precionado a me casar porque ela acha que me casando posso dar mais lucro a ela. Como se já não bastasse todo o dinheiro que ela leva de mim todos os meses.

Eu sei que sou boba e que não devia dar a ela um centavo se quer, nem deixar que me batesse e me maltratasse, mas eu cresci assim, sempre obedecendo e tendo lealdade aos meus pais.

Eu amava meu pai com todo meu ser e ele infelizmente ficou doente e faleceu a três anos. Foi a maior dor que já senti na vida, até mesmo porque, minha mãe nunca me amou, ela sempre me tratou diferente do meu irmão Jhosh. Ele sempre foi mimado por ela, enquanto eu, ela sentia uma raiva imensa pelo meu pai sempre cuidar de mim e me proteger, parecia um ciúmes neurótico ou seilá.

Meu pai faleceu em casa, de mãos dadas comigo, e em suas últimas palavras ele me pediu pra que continuasse a cuidar da minha mãe, mesmo ela não sendo uma pessoa fácil, e nem ela nem meu irmão merecendo isso, ele me pediu que prometece cuidar dela, porque não queria se despedir desse mundo deixando uma família partida, como ele mesmo dizia. Pra ele a família deve sempre se proteger. E mesmo que pra isso eu tivesse que me partir, eu prometi, e foram minhas últimas palavras ouvidas por ele, porque assim que disse a frase "Eu prometo papai", ele fechou os olhos e partiu desse mundo.

E se antes com meu pai vivo as coisas eram difíceis depois então aquilo virou um inferno na terra, fui acusada de ter matado meu pai, minha mãe chegou no momento em que meu pai fechou os olhos e me viu ali de mãos dadas com ele e foram só gritos, tapas e puxões de cabelo pra todo lado. Apanhei no momento mais dolorido da minha vida, apanhei ao lado do corpo do meu protetor, do meu único amor na terra. E ali olhando pra ele, eu só fazia chorar, não pela surra, mas pela dor da perda do meu melhor amigo.

Eu sei que devia me impor a minha mãe mas sempre que me lembro das palavras do meu pai acabo aceitando tudo que ela impõe sobre mim. Tenho a sensação de que se eu for contra ela estaria decepcionando meu pai. Pode parecer idiota, mas foi o último pedido dele e isso me dói muito, não tenho forças para negar e ir contra oque prometi a ele. E Elisabeth por saber disso, acaba por jogar isso na minha cara sempre que tento me impor.

O noivo que minha mãe arrumou pra mim é também meu chefe, o insuportável que me enche o saco o dia todo, ele sempre deu em cima de mim e eu dava foras e mais foras nele, dia após dia eu consegui dispensar aquele cafajeste, até que ele se juntou com a minha mãe e eu acabei aceitando ele na minha vida, mas sinceramente, não sinto nada com ele e tenho o levado em banho Maria, porque sexo mesmo rolou só uma vez e não quero que aconteça nunca mais, ele não durou 5 minutos, gozou, virou pro lado e foi dormir, enquanto eu fiquei ali, igual uma tapada tentando acreditar que foi real aquilo tudo. Sinceramente, não tem como continuar desse jeito, estamos vivendo uma mentira, um momento lamentável pra ambos. Se prender a alguém que não se ama, pra mim é uma das coisas mais absurdas que existe.

Cheguei no apartamento, e o caminho todo fui pensando em um jeito de terminar esse relacionamento e sair ilesa de toda essa história, e assim que cheguei, não precisei de esforço algum pra terminar tudo, porque assim que abri a porta da qual eu tinha a chave, dei de cara com ele no sofá com uma mulher em cima dele sentando em seu membro enquanto ele chupava os seios dela.

Aplaudi a cena, apenas pra causar um pouco e me fazer de ofendida, assim consigo sair dessa porcaria de noivado por cima. Porque no fim, se ele me traiu é porque ele não me queria de verdade, então to me sentindo menos culpada por ter o enrolado por um tempo.

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Capítulo 3

Cassandra

Renan se assustou com o barulho que fiz e pulou do sofá derrubando a moça no chão e eu tive que me controlar muito pra não rir, se fizessem um vídeo ficaria famoso com certeza, seria a vídeo cacetada do século. Fiquei com dó da menina, mas que por dentro eu ri igual a uma hiena, a eu ri sim, a coitada caiu do sofá, ou melhor foi arremessada, e caiu de costas com as pernas pra cima sem entender nada.

Meu querido e ex noivo Renan veio tentar conversar, mas eu apenas tirei minha aliança e a deixei em cima da mesinha próxima a porta e girei sobre meus saltos e sai dali sem dizer uma só palavra, e ele por sua vez não me seguiu já que estava completamente sem roupas, imagino que tenha ido se vestir e talvez até ajudar a moça que ficou lá caída na sala com certeza confusa com tudo.

Cheguei no ponto de ônibus e por sorte o ônibus já estava vindo oque me garantiu mais um tempo longe dele caso viesse atrás de mim.

Minha única preocupação agora é meu emprego, porque eu estou trabalhando lá a pouco tempo e não tenho tanta experiência assim, e eu preciso trabalhar, se não não tenho do que viver. Afinal, se trabalhando minha vida já está um caos pra dizer o mínimo, imagina sem trabalho como vai ser.

Minha meta é juntar dinheiro e sair da casa da minha mãe e parar de a sustentar, afinal, eu posso ter prometido ao meu pai que cuidaria dela, mas sustentar ela e meu irmão é de mais, e estando em outra casa posso a visitar e conviver com eles, mas respeitando meu espaço pessoal que a todo momento é invadido por ela e meu irmão sem noção.

Cheguei em casa depois de uns 40 minutos de ônibus, e nesse tempo aproveitei pra atualizar meu currículo e já comecei a enviar nas agências, porque assim que arrumar um emprego eu me mando daquela empresa, comandada por aquele playboy mimado e traidor.

Assim que entrei minha mãe me olhou com aquele típico olhar de quem acha que fiz algo errado, olhar esse que quando o assunto era eu, estava sempre presente ali.

Cass: Boa noite.

Beth: Ta fazendo oque em casa a essa hora?

- Você não ia dormir com seu noivo?

- Do jeito que anda logo alguém pega ele e ai vai ficar ai chupando o dedo.

Cass: Tarde de mais, já pegaram.

Falei em tom de deboche.

Beth: Ta falando de que garota?

Sempre aquele tom de raiva e descrença na voz.

Cass: Fui até lá e encontrei o Renan com uma garota tranzando na sala de estar.

Beth: E você veio embora, ao invés de botar a vagabunda pra correr e mostrar que o homem é seu e que ele tem dona?

- Você ficou maluca Cassandra?

Falou incrédula e brava enquanto eu dei uma risada cínica.

Estava exausta, esgotada, a surra logo cedo foi meio que a gota d'água e essa frase agora só serviu pra transbordar tudo de uma vez. Meu pai que me perdoe, mas eu to prestes a explodir e abandonar tudo.

Cass: A moça ( dei ênfase na palavra moça, afinal, não havia necessidade de a ofender ) não me traiu, e sim ele, então não tenho nada que tratar com ela, e nem a "botar para correr" ( fiz aspas com as mãos) de um local que não me pertence. Agora quanto a ele, nosso relacionamento está mais do que acabado.

Mal terminei de falar só senti a dor de um tapa que levei na cara. Foi tão rápido que não tive tempo de prever.

Beth: Você não ouse terminar com ele Cassandra, arrumei esse marido pra você porque sei que você sozinha não será capaz de chegar a lugar algum e nem de arranjar um bom marido, pelo menos se casamento com um homem rico pode chegar a algum lugar.

Cass: É realmente muito difícil chegar a algum lugar quando minha família fica pendurada em mim, me puxando incessantemente para baixo.

Ela levantou a mão pra me bater de novo, mas dessa vez consegui ser mais rápida.

Segurei sua mão no ar apertando com força.

Vi seus olhos assustados, afinal, essa foi a primeira vez em toda minha vida que a enfrentei, e acho que demorou tempo de mais, não posso deixar que minha promessa me mantenha nesse inferno pra sempre.

Cass: Chega Elisabeth, estou cansada, deixei toda essa merda ir longe de mais, mas a partir de hoje você não me manipula mais e nem encosta mais a mão em mim.

- A partir de hoje se erguer a mão pra mim de novo eu esqueço de toda promessa que fiz ao meu pai e esqueço até que você é minha mãe e revidarei tudo que me fez passar nessa vida.

Beth: Como ousa sua cretina? Eu sou sua mãe.

Cass: E você se lembra mesmo disso? Ou está apenas usando esse fato agora por que lhe convém para algo?

Josh: OQUE TA ACONTECENDO AQUI?

Meu irmão chegou gritando feito doido e entrando no meio de nós duas, como sempre já pendendo pro lado que sempre o mimou.

Beth: Sua irmã, está me ameaçando e ainda por cima terminou o noivado. Como vamos viver daqui pra frente Jhosh, se essa estúpida não é capaz nem mesmo de se casar. E ainda é capaz de ser demitida terminando com Renan.

Jhosh: Não sei bem oque fez, mas você vai voltar lá e pedir perdão ao seu noivo e falar que quer sim se casar com ele.

Dei uma risada alta.

Cass: Era só oque me faltava, agora você achar que manda em mim também, se enxerga garoto. Aguentei de mais não só dela, mas de você também pirralho mimado.

Meu irmão tinha 17 anos, mas nunca trabalhou ou fez nada da vida a não ser viver as custas do meu pai e depois as minhas, um legítimo vagabundo e interesseiro, igual a nossa mãe.

Beth: Chega Cassandra, vai já pro seu quarto, pra pensar melhor nas besteiras que está falando e na merda que fez. E amanhã esteja pronta cedo, pedirei ao Renan que venha tomar café conosco para que possamos esclarecer as coisas e você pedir perdão a ele.

Cass: Pedir perdão a ele?

Falei rindo com o tom mais cínico que existia dentro de mim e com todo escárnio que seria possível sair em minha voz, disse:

Cass: Já estou indo fazer isso agora mesmo.

Dei uma risada novamente os olhando com raiva.

Cass: Só esperem sentados.

Fui saindo dali, mas antes parei e completei.

Cass: Isso nunca vai acontecer Elisabeth, NUNCA, ta me ouvindo? Será que fui clara o suficiente?

- Cansei, cansei de ser tratada feito lixo, e de trabalhar só pra que vocês possam ter uma vida digna enquanto eu fico com os restos do meu próprio trabalho. Meu pai que me perdoe por quebrar minha promessa, mas pra mim chega desse inferno.

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