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Reino de Cinzas

capítulo 01

olá meninas Aki se incia uma nova história gostaria de deixar claro que essa é bem diferente do que em vem publicando é um tema zumbi, moster romance para quem queira lê espero que gostem!!

Bjs 🥰...

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O Começo do Fim

O mundo ainda parecia normal.

As pessoas iam para o trabalho. As crianças iam para a escola. Os noticiários falavam de política, clima, mercados.

Mas por trás das cortinas, o governo dos Estados Unidos executava um plano sombrio.

Chamavam de Projeto Nova Era.

A missão? Criar super soldados. Guerreiros perfeitos. Fortes, leais, imunes a qualquer fraqueza humana.

Depois de anos de guerras perdidas, o império queria mais do que armas. Queria seres superiores.

Usaram prisioneiros, desertores, voluntários desesperados. Aplicavam neles um vírus artificial, criado em laboratório — instável, mutável, incontrolável.

E o resultado era sempre o mesmo: mutação. Loucura. Transformação. Zumbis.

Cada cobaia que caía era ocultada. Os cientistas insistiam que estavam perto de uma cura, de uma resposta. Mas estavam apenas brincando com o apocalipse.

Foi então que encontraram ela.

Capitã Elbeka.

Uma lenda silenciosa no exército. Inteligente, fria, tática. Seu currículo era imaculado. Missões bem-sucedidas. Disciplinada até o osso.

Ela foi convocada pessoalmente. Disseram que seria “a honra máxima de um soldado”. Um salto para a nação. Um projeto para garantir o futuro do país.

Ela acreditou. E entrou.

Foi levada para uma instalação secreta. Isolada. Ninguém mais a viu. Nenhuma explicação. Nenhum retorno.

Lá dentro, aplicaram o vírus.

A transformação começou quase imediatamente. Dor. Alucinações. O corpo dela queimava por dentro, como se estivesse sendo desmontado célula por célula.

Mas Elbeka resistiu.

Ela sobreviveu. Mais do que isso — evoluiu.

Ganhou força sobre-humana. Reflexos impossíveis. Audição aguçada. O sistema imunológico dela se tornou invencível.

E mais: sem que soubesse, seu corpo passou a produzir um tipo de soro natural — anticorpos que poderiam curar doenças incuráveis, inclusive o próprio vírus.

Mas ela não sabia.

Os cientistas mantiveram tudo em segredo. A isolaram. A estudaram como um objeto. Não diziam nada. Apenas observavam. Testavam. Exploravam.

E lá fora... o caos se aproximava. Lentamente, os erros do projeto começaram a vazar. Pequenos surtos. Coberturas na mídia. Desaparecimentos misteriosos.

O colapso ainda não tinha começado. Mas já estava a caminho.

E Elbeka — a única que poderia impedir — estava trancada em uma cela de vidro, sendo usada como cobaia de um experimento que nunca deveria ter existido.

Nova Forma

Quando Elbeka acordou, tudo estava diferente.

Seu corpo queimava por dentro, mas não havia febre. Não era dor comum. Era como se algo novo estivesse vivo sob sua pele.

Do outro lado do vidro, os cientistas a observavam com olhos brilhando de empolgação. Comentavam entre si, frenéticos. Pela primeira vez, alguém havia sobrevivido.

Pela primeira vez… funcionou.

Eles pararam de chamá-la pelo nome.

Agora era Cobaia 00.

Passaram a tratá-la como um troféu. Uma rainha de laboratório. Café quente, comida perfeita, elogios vazios — tudo para mantê-la calma.

Mas os testes começaram imediatamente.

Força. Resistência. Reflexos.

Todos os dias, sangue era colhido. Seu corpo, estudado como uma máquina divina.

Até que, um dia, a levaram para uma sala escura.

Sem explicações.

Elbeka mal teve tempo de perguntar o que estava acontecendo.

Os tiros vieram de todos os lados.

Ráfagas. Rajadas. Um enxame de balas atravessando o ar.

Ela gritou, instintivamente — mas não sentiu dor.

As balas atingiram seu corpo… e não penetraram.

O tecido muscular absorveu os impactos. A carne fechou as feridas quase instantaneamente. As marcas sumiram diante dos olhos dela.

Ela ficou parada, atônita.

Os cientistas atrás do vidro se agitaram. Comemoravam como loucos. Riam. Anotavam dados. Diziam que agora o soro estava pronto para ser replicado.

Eles estavam brincando de Deus.

Mas ela… não sentiu nada. Nem medo. Nem dor. Nem raiva.

Só um vazio frio crescendo por dentro.

Depois, a mandaram tomar banho. Como se aquilo tudo fosse normal.

Elbeka entrou no vestiário, ainda com a roupa manchada de sangue seco.

Tirou as roupas em silêncio.

E, quando se olhou no espelho… congelou.

Ela quase não reconheceu o que via.

Seus cabelos ruivos brilhavam com mais intensidade. A pele, lisa como porcelana. Suas sardas ainda estavam lá, mas os olhos…

Azuis misturados com preto.

Intensos. Profundos. Inumanos.

Seu corpo parecia o de alguém renascido.

As curvas mais marcadas. Os seios — antes começando a perder firmeza com os 27 anos — agora pareciam esculpidos.

Pernas torneadas, abdômen definido.

Não era só força. Era reconstrução total.

Ela encostou a mão no espelho.

"Quem é você?", sussurrou.

Mas o reflexo não respondeu.

capítulo 02

– Ecos da Mutação

Eles tentaram replicar o milagre.

Usaram o mesmo soro, as mesmas doses, os mesmos protocolos.

Mas nenhuma outra cobaia reagiu como Elbeka.

Corpos se contorcendo. Pele rasgando. Ossos quebrando.

Gritos. Sangue. Falhas.

As mutações ficaram piores.

Mais rápidas. Mais agressivas.

Como se o vírus tivesse evoluído — como se soubera que estava sendo forçado.

Alguns zumbis, antes lentos e apáticos, agora se agitavam violentamente dentro das câmaras de contenção. Rugiam. Rasgavam o ar. Tentavam escapar.

Era como se… procurassem algo.

Ou alguém.

Os cientistas não entendiam. Anotavam, ajustavam, mentiam uns para os outros.

Mas uma coisa era clara: só o corpo de Elbeka aceitava o soro.

Ela era o código genético perfeito. A chave.

A origem.

No setor onde ficava isolada, ela começou a sentir isso.

Uma pressão no peito.

Um peso na nuca.

Algo na base da espinha formigando, como um radar invisível.

Os sons vindos dos outros corredores começaram a incomodá-la mais do que o normal. Os gritos. Os rugidos. As batidas nas paredes.

Era como se algo dentro dela estivesse chamando por eles. Ou… ouvindo.

Elbeka não comentou nada.

Não com os cientistas.

Não com os médicos.

Ela apenas ficou quieta.

Não era problema dela.

Ela não queria saber.

Mas no fundo… sabia que algo estava errado.

A Arma Perfeita (ou o Erro Final)

Os dias passaram.

Lá fora, o mundo ainda respirava, mas começava a tossir sangue. Pequenos surtos pipocavam em diferentes estados, silenciados pela mídia e soterrados sob mentiras.

Dentro da instalação, Elbeka era treinada.

Força. Velocidade. Controle dos sentidos.

Ela ouvia passos a corredores de distância. Sentia a frequência cardíaca dos soldados ao redor.

Era como se estivesse aprendendo a usar um novo corpo — uma nova arma.

E então… as garras surgiram.

Durante um exercício de combate corpo a corpo, suas unhas se alongaram de forma involuntária. Curvas, negras, afiadas como lâminas.

Os sensores da sala dispararam.

Os cientistas pararam tudo.

Correram para analisá-la.

As garras eram feitas de um composto orgânico rígido, impossível de quebrar. Mais afiadas que qualquer lâmina já desenvolvida pelo exército.

Mas havia algo pior.

Elas eram venenosas.

Um veneno letal. Rápido.

Não mutava — matava.

Invadia o sistema nervoso e desligava o corpo em segundos.

Eles testaram em ratos. Depois em porcos. Depois… em um zumbi.

O resultado foi sempre o mesmo: morte quase instantânea.

E o que assustou os cientistas não foi só a eficiência, mas o fato do vírus continuar evoluindo dentro dela.

Não era estático.

Não estava “curado”.

Estava vivo. Adaptando-se. Criando novas defesas.

Criando… um predador.

Elbeka começou a sentir isso também. Um instinto estranho. Um faro novo.

Às vezes, via as câmeras se moverem e sabia exatamente quem estava atrás delas.

Às vezes, ouvia sussurros em frequências que ninguém mais percebia.

Ela já não era só humana.

E não sabia mais se ainda era “ela”.

Mas os cientistas continuavam sorrindo.

Encantados. Obcecados.

Diziam que estavam vendo o nascimento da arma perfeita.

Mas nenhum deles parou pra se perguntar:

E se essa arma decidisse que não queria mais ser usada?

capítulo 03

Miriã

O refeitório era sempre silencioso.

Limpo demais. Frio demais. Sem janelas. Sem vozes.

A comida vinha medida, contada, quase clínica — como se alimentasse uma máquina, não uma pessoa.

Elbeka comia sozinha. Sempre.

Mas naquele dia… a porta se abriu.

Entrou uma garota loira, magra, de olhos claros. Devia ter no máximo vinte e dois anos.

Vestia um uniforme branco, limpo, novo. Andava com passos hesitantes, como se tivesse medo até do chão.

Ela olhou ao redor e, em vez de se sentar longe, foi até a mesa de Elbeka.

— Posso? — perguntou, baixinho.

Elbeka fez um gesto curto com a cabeça. A garota sentou.

Por alguns segundos, o silêncio voltou. Só o som metálico dos talheres batendo nos pratos. Então a garota falou de novo:

— Meu nome é Miriã.

Elbeka levantou os olhos.

— Cobaia também? — perguntou, seca.

Miriã assentiu.

— Fui convocada pelo governo. Disseram que era um projeto especial. Que era pra ajudar o país…

Elbeka soltou um pequeno riso, sem humor.

— Disseram isso pra mim também.

— Há quanto tempo você está aqui? — Miriã perguntou.

Elbeka pensou. Mas… não sabia.

Quantos dias? Quantos testes? Quantas noites em claro?

— Já perdi a conta.

Miriã baixou os olhos, encolhendo os ombros. Era tímida, mas não era burra. Sabia que algo estava errado ali. Mas, como Elbeka, já estava dentro.

A partir dali, uma amizade começou a nascer.

Simples. Quase silenciosa. Mas real.

Miriã não sabia o que Elbeka era. Não sabia das garras, do veneno, da regeneração absurda.

Mas falava com ela como uma pessoa. Como alguém normal.

E aquilo… mexeu com Elbeka.

Foi a primeira conversa verdadeira em meses.

Alguém para ouvir. Alguém para distrair.

Alguém que a lembrava que, apesar de tudo, ainda havia um pedaço dela ali dentro — enterrado sob músculos, instintos e mutações.

Sangue Frio

Os dias passavam.

Miriã trazia notícias do mundo de fora, ainda respirando — mas com o ar mais pesado.

— Tem uma tensão no ar — ela disse certa manhã, enquanto tomavam café. — Ninguém sabe o que é. Mas dá pra sentir… como um silêncio antes da tempestade.

Elbeka apenas ouviu, os olhos fixos na caneca entre as mãos.

Sabia que o mundo estava prestes a ruir. E ninguém lá fora fazia ideia.

Mas dentro daquele laboratório, uma coisa havia mudado:

Ela não se sentia mais sozinha.

Miriã era diferente. Não tinha o olhar frio dos soldados. Nem a fala calculada dos cientistas. Era leve, espontânea.

Começou a chamá-la de “Beka”.

— Parece nome de irmã mais velha — dizia, sorrindo. — Forte. Brava. Que mata monstros.

Elbeka fingia que achava graça, mas, por dentro, algo aquecia.

A lembrança de ser humana, de ter alguém, mesmo ali dentro.

Os cientistas notaram.

E não gostaram.

Reuniões aconteceram. Câmeras passaram a acompanhar mais de perto as interações entre as duas.

Havia risco. Emoções podiam estabilizar o comportamento da Cobaia 00.

Isso significava perder o controle.

Eles não podiam permitir.

Então tomaram uma decisão: nada de testes com Miriã. Ainda.

Mas sangue?

Sangue podiam tirar.

E assim fizeram.

Coletas discretas, fingindo exames de rotina.

Testaram o vírus nela.

Resultado: catástrofe biológica.

As células de Miriã entravam em colapso.

O vírus atacava como um predador.

Matava as células boas, forçava mutações, criava instabilidade.

O sangue transformado começava a atacar a si mesmo, como se quisesse devorar o corpo inteiro.

A conclusão era sempre a mesma:

Qualquer um que não seja Elbeka… morre.

E isso deixava os cientistas cada vez mais obcecados.

Eles não queriam cura.

Queriam controle.

Queriam entender por que Elbeka era diferente — e usar isso.

E se isso significasse sacrificar Miriã no futuro… que fosse.

Mas Elbeka ainda não sabia disso.

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