Ela era só mais uma candidata.
Mais uma mulher tentando um lugar ao sol, com o currículo apertado entre os dedos e a esperança dobrada na bolsa.
Mas ele…
Ele era o tipo de homem que não pergunta.
Ele toma.
Ele marca.
E quando Arthur Lancaster coloca os olhos em algo, ele faz questão de deixar claro:
É meu.
Quando Júlia entrou naquela sala com o blazer simples cobrindo suas curvas e o olhar nervoso tentando esconder o fogo interno, ela achou que seria só mais uma entrevista de emprego.
Mais uma porta que talvez se fechasse.
Mais um homem que não olharia duas vezes.
Mas Arthur olhou.
E quando olhou, sentenciou.
Ele não queria apenas uma secretária. Ele queria uma mulher que obedecesse. Que estremecesse só de ouvir seu nome.
Ele queria gemidos entre relatórios, joelhos marcados no carpete da sala de reuniões, a boca dela engasgando de prazer e a alma pedindo mais.
Ela queria respeito.
Ele deu prazer.
Ela queria limites.
Ele rasgou todos.
E o pior? Ela deixou.
Agora, entre ordens veladas, provocações ardentes e paredes de vidro que escondem segredos sujos, Júlia vai descobrir que não se entra no mundo dele impune.
Arthur Lancaster não contrata funcionárias. Ele escolhe. Ele molda. Ele domina.
E uma vez que ele decide que você é dele…
Você é.
Prepare-se para virar cada página com as pernas tremendo e o coração batendo onde não devia.
Esse livro não é pra quem suspira com flores.
É pra quem goza com palavras sujas, gemidos engasgados e o tipo de sexo que não cabe em contos de fadas.
Esse livro é fodidamente dele.
E agora, é fodidamente seu.
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💦 Dedicatória
Para você, safada escondida atrás da capa de um romance.
Pra você que diz que gosta de "livros quentes", mas o que te faz mesmo morder os lábios é uma boa foda sem censura, com palavras imundas e olhares que despem mais do que mãos.
Essa história é pra você que sonha com aquele chefe proibido.
Aquele homem que chega por trás, levanta sua saia no meio do expediente e te manda calar a boca enquanto te fode fundo.
É pra você que já fantasiou estar sobre uma mesa de vidro, com os documentos caindo no chão e os joelhos batendo no mármore, enquanto uma voz rouca diz no seu ouvido:
“Agora você é minha.”
Aqui, o amor não é fofo.
É violento.
É bruto.
É possessivo.
Não tem buquê de flores.
Tem gemidos abafados na garganta e o som de pele contra pele.
Não tem jantares românticos.
Tem você de quatro, engolindo o nome dele entre uma gozada e outra.
Se você chegou até aqui, é porque quer isso.
Quer sentir. Quer se perder. Quer gozar com as palavras.
Então seja bem-vinda.
Você que abriu esse livro com um sorriso disfarçado e as coxas fechadas — e vai fechar com os lábios entreabertos e as pernas abertas, molhadas, implorando por mais.
Essa história não tem freio.
Aqui, cada página é uma ordem. Cada capítulo, uma nova forma de ser fodida com palavras.
Não espere delicadeza, nem finais previsíveis.
Esse não é o tipo de livro que te segura pela mão.
Ele te puxa pelos cabelos, te joga contra a parede e te faz gemer até esquecer seu próprio nome.
É suada.
Porque o prazer aqui é bruto, o desejo é pesado, e os corpos colidem como se estivessem famintos um do outro.
Aqui, você vai sentir o calor escorrer — e não só nas entrelinhas.
É suja.
Porque não poupamos palavrão, nem freio, nem decência.
Você vai engolir promessas, tremer com cada toque descrito, gozar sem culpa nas entrelinhas.
Vai odiar quando ele parar.
Vai amar quando ele voltar e meter mais fundo ainda — com a boca, com a voz, com o pau duro pressionando o limite do que você aguenta ler sem se tocar.
E, acima de tudo...
É fodidamente sua.
Porque essa história foi feita pra você que não se contenta com o morno.
Você que quer ser arrebatada, fodida, marcada.
Pra você que lê com uma mão no livro e a outra entre as pernas.
Pra você que gosta de sentir, mesmo que seja só nas palavras.
Esse livro é seu espelho mais sujo.
Seu desejo mais abafado.
Sua fantasia mais molhada.
Agora respira fundo…
E vira a próxima página.
Porque a partir de agora, amor, você é fodidamente dele.
E ele é fodidamente seu.
Júlia Ramos nunca teve nada fácil.
Filha de uma costureira que trabalhava até tarde e de um pedreiro calejado pela vida, ela aprendeu desde cedo que o mundo não tem paciência com quem sonha alto demais. Cresceu ouvindo que precisava ser "pé no chão", que sonhar era perigoso, que ser mulher e ambiciosa era pedir pra se machucar. Ainda assim, sonhou. Teimosa, obstinada, silenciosa. Enquanto outras meninas colecionavam bonecas, Júlia colecionava livros. E mais tarde, boletos, cansaço e olheiras profundas.
Estudou em escola pública, foi bolsista na faculdade de Administração, trabalhou de graça em escritórios pequenos apenas para ganhar experiência e criar um currículo que não fosse apenas mais um. Pegava dois ônibus e um metrô todos os dias para chegar no estágio. Fazia faculdade à noite, virava madrugada estudando com café fraco e lágrimas escondidas no travesseiro. E no meio disso tudo, ainda sorria. Não por otimismo. Mas por resistência. Era o tipo de mulher que os outros diziam ser “boazinha demais”, como se isso fosse fraqueza.
Mas ninguém fazia ideia do que havia por trás daquele sorriso tímido.
Júlia tinha curvas que chamavam atenção, embora tentasse disfarçar com roupas discretas, tons neutros, blazers fechados. A boca carnuda, o olhar doce, e aquele jeito gentil de falar faziam com que muitos a subestimassem — principalmente os homens. Mas ela não era ingênua. Sabia o que causava. Sabia o efeito de seus olhos castanhos profundos e da maneira como mordia o lábio quando ficava nervosa. Sabia, mas nunca usava.
O problema é que até então... ninguém tinha feito ela se sentir viva.
Isso, até conhecer ele.
Arthur Lancaster era o oposto de tudo o que ela conhecia.
Rico. Frio. Arrogante.
E lindo de um jeito que parecia pecado.
Com apenas 27 anos, já comandava uma das maiores empresas do país — um império construído sobre números, estratégias e jogos de poder. Filho de uma família influente, Arthur aprendeu cedo que poderia ter tudo o que quisesse. Cresceu cercado de luxo, mas também de ausência emocional. Seus pais nunca lhe deram afeto, só metas. Por isso, ele se tornou impenetrável. Cruelmente objetivo. Um predador vestido de terno italiano.
Alto, com o maxilar marcado e os olhos negros como pecado, Arthur era o tipo de homem que te fazia esquecer o próprio nome com um simples olhar. Seu rosto parecia esculpido em gelo, com um charme que não pedia licença. Ele entrava em um lugar e o mundo parava. Não por educação, mas por instinto. Algo nele gritava perigo. Domínio. E mulheres pareciam viciadas nesse abismo.
Ele sabia disso.
Sabia do poder que tinha com uma palavra sussurrada, um toque breve, um olhar prolongado.
Arthur não queria amor. Amor era perda de tempo. Ele queria controle. Queria prazer. Queria o poder de ver alguém se despedaçar por ele. E então reconstruí-la com as mãos, do seu jeito, do seu modo. Ele não transava. Ele possuía. Não beijava. Ele invadia.
E quando viu Júlia pela primeira vez, sentada na recepção da empresa, com a saia um pouco curta demais para uma entrevista e aquele olhar nervoso demais para quem dizia estar segura... ele soube.
Aquele corpo era dele. Aquela força disfarçada de timidez, aquele autocontrole que tremia pelas bordas... tudo nela o chamou como um grito silencioso.
Ela seria a nova secretária. E ele já havia decidido que seria muito mais do que isso.
Mas Júlia não era como as outras. Não caiu nos truques baratos de sedução, não sorriu quando ele a provocou com ironias, não gaguejou quando seus olhos oscilavam entre o rosto dela e a linha do seu decote. Ela respondeu com firmeza. Engoliu o medo e o enfrentou com dignidade. E isso… isso o deixou completamente fascinado.
Havia algo nela que o desafiava. Um brilho escondido, uma força bruta enterrada debaixo de camadas de educação, de modéstia, de doçura. Era uma mulher que tentava se proteger com a própria gentileza — e Arthur queria quebrar isso. Queria rasgar aquela pele comportada e ver o que havia por baixo. Queria fazê-la gritar. Queria vê-la perder o controle. Queria a boazinha de joelhos, gemendo seu nome com os olhos cheios de prazer e vergonha.
Ele queria transformá-la.
E Júlia? Ela mal sabia que, ao aceitar aquele emprego, estava assinando um contrato com o próprio pecado.
Mas algo dentro dela, algo que ela nunca ousou encarar no espelho, queria exatamente isso.
Queria ser provocada até perder o ar. Queria ser fodida de um jeito que nunca foi. Queria ser desejada, dominada, possuída. Queria descobrir até onde podia ir, o que podia ser.
Porque, no fundo, ela sempre sentiu que havia mais em si do que a moça comportada de roupas fechadas.
Ela apenas não sabia como libertar isso.
E Arthur… Arthur estava prestes a ensiná-la.
Mas ele também não sabia que, ao tentar domar Júlia, corria o risco de ser domado.
Porque algumas mulheres não foram feitas pra serem quebradas.
Foram feitas pra incendiar.
E ela... ela estava prestes a queimar tudo.
A chuva fina batia contra o vidro da janela como se dançasse em lamento. O som suave preenchia o pequeno apartamento alugado por Júlia, misturando-se ao tic-tac impaciente do relógio de parede. Ela estava sentada no sofá gasto da sala, com os pés descalços encolhidos sob as pernas, os cabelos úmidos e o corpo mole de cansaço. Mais um dia longo.
Na mesinha ao lado, duas cartas fechadas — contas. Na TV desligada, o reflexo de alguém que tentava parecer forte. E no colo, o celular, como se fosse a última linha entre a esperança e o colapso.
Fazia semanas que ela mandava currículos.
Currículos sinceros, impecáveis, cheios de promessas que ninguém parecia querer cumprir. O dinheiro da rescisão estava no fim, as contas não esperavam, e o orgulho já tinha ido embora faz tempo. Só restava persistência. E um pouco de fé.
Foi então que o celular vibrou.
Um número desconhecido.
Ela hesitou por alguns segundos antes de atender.
— Alô?
— Boa noite. A senhorita Júlia Ramos? — A voz feminina era clara, profissional, sem margem para dúvidas.
— Sim, sou eu.
— Falo do Grupo Lancaster. Seu currículo foi analisado e selecionado para uma entrevista com o presidente da empresa, senhor Arthur Lancaster. Confirmamos sua presença amanhã às oito da manhã?
Júlia arregalou os olhos. Um arrepio percorreu sua espinha.
Grupo Lancaster?
Ela sabia exatamente do que se tratava. Uma das maiores corporações do país, com sede em um prédio espelhado no centro da cidade. Conhecida não apenas pelos lucros bilionários, mas também pela rigidez no processo seletivo. Dizia-se que trabalhar lá era para poucos. Para os melhores. E agora… estavam chamando ela?
— Sim — respondeu, com a voz mais firme do que se sentia. — Estarei lá.
— Excelente. Os detalhes foram enviados por e-mail. Boa noite, senhorita Ramos.
O telefone desligou.
Por um segundo, ela ficou ali, imóvel, tentando processar. Olhou em volta, como se esperasse que alguém surgisse para confirmar que aquilo era real. Mas não havia ninguém. Só ela. E o som da chuva batendo mais forte agora.
Ela se levantou num pulo, correu até o quarto e ligou o notebook. O e-mail estava lá. Confirmação da entrevista, endereço, horário… e no final, um pequeno aviso que a fez prender a respiração:
> “O senhor Lancaster valoriza pontualidade, presença e comportamento adequado.
Venha pronta.”
Ela releu aquelas últimas duas palavras três vezes.
"Venha pronta."
Era só um aviso padrão? Ou havia algo mais ali? Um tom… diferente? O nome dele já era poderoso por si só. Arthur Lancaster. Um homem que ela só conhecia pelas revistas e notícias, mas que carregava uma aura de mistério e autoridade até nas palavras digitadas.
Júlia se afastou da tela e abriu o armário pequeno e amassado que tinha no canto do quarto. Começou a puxar peças, uma a uma. Camisas, saias, vestidos… nada parecia bom o bastante. Nada parecia altura daquilo que ela iria enfrentar.
— Não posso parecer desesperada — disse a si mesma, pegando uma camisa azul de botões e analisando contra o corpo. — Nem vulgar. Nem apagada demais.
Optou por uma combinação segura: camisa clara levemente acinturada, saia preta até o joelho, salto médio. Simples, mas apresentável. Não tinha dinheiro pra salão, então ela mesma ajeitou os fios no espelho. Prendeu em um coque frouxo, deixando alguns fios soltos que caíam emoldurando seu rosto.
Olhando-se no espelho, sussurrou como quem tenta enganar a própria insegurança:
— Você consegue. É só uma entrevista.
Mas, no fundo, sabia que não era só isso.
Sabia que algo estava prestes a mudar. E aquilo não era apenas intuição. Era instinto. O tipo de coisa que se sente na pele. Como o frio antes de uma tempestade. Como a tensão antes do toque.
Deitou-se mais tarde do que devia. O sono não vinha. O corpo estava cansado, mas a mente não parava. Pensava em como se apresentaria, como responderia às perguntas. Mas, mais do que isso… pensava nele.
Pensava em como seria encará-lo.
O homem. O dono. O lobo que mandava em tudo aquilo.
Arthur Lancaster.
Será que ele era frio como diziam? Será que ele notaria alguém como ela?
Na madrugada, enquanto o relógio marcava 02h23, ela ainda estava acordada. Mordeu o lábio e virou para o lado. Um calor estranho queimava embaixo da pele. Uma ansiedade diferente. Não só medo. Não só nervosismo. Desejo. Curiosidade. Tesão mal disfarçado.
Algo nela sabia.
Amanhã, ao olhar nos olhos dele, nada seria como antes.
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