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Ao Fim da Última Lágrima

Capítulo 1 – Ao Fim da Última Lágrima

O velório estava silencioso, abafado por um calor estranho e um cheiro excessivo de lírios. Flores demais. Lágrimas de menos.

Ariela observava tudo de cima, pairando sobre o próprio corpo com a estranha lucidez dos mortos. Era como ver um filme trágico e mal dirigido — as pessoas erradas choravam, os culpados murmuravam preces falsas, e os inocentes… bem, quem ali podia se dizer verdadeiramente inocente?

O caixão era bonito. Ela odiou isso.

Seu corpo vestia branco, como se a tentassem purificar depois da morte. Mas nada ali podia lavar o sangue que manchava a alma de quem a matou. Leonardo, o marido perfeito, estava na primeira fileira, com os olhos vermelhos. Ao lado dele, Rebeca — a amante. As mãos quase se tocando. Quase.

"Covardes…", ela pensou.

"Eles me mataram e agora choram como se fossem vítimas."

Seu olhar etéreo percorreu a sala e então… ela o viu.

A porta do salão se abriu devagar. E por ela entrou ele. Liam Castellani.

Ariela sentiu o peito, mesmo na morte, se contrair. Raiva. Desprezo. Inquietação.

"Nem morta ele me deixa em paz."

O CEO da Castellani Corporation caminhava como um lobo negro, trajando um terno impecável e olhos mais escuros que a noite. Alto, imponente, com a expressão de quem jamais se curva. Era assim que ela sempre o lembrava — controlando tudo, inclusive ela.

Liam nunca aceitara seus “nãos”. Sempre dava um jeito de tê-la por perto. Como cliente da fundação. Como patrocinador de causas que ela amava. Como sombra. Como cobrança.

"Ele nunca me deixou livre...", ela pensou, cerrando os punhos invisíveis.

"E agora vem chorar a morte que ajudou a construir."

Ele não olhou para ninguém. Caminhou direto até o caixão, ignorando os olhares. Parou diante do corpo inerte. O silêncio no salão se intensificou, como se o ar pesasse.

Por um instante, Ariela esperou que ele falasse algo. Talvez uma súplica, um pedido de desculpas, uma confissão. Mas ele apenas encarou o corpo dela com olhos vazios. Depois, deu um passo atrás.

E foi aí que tudo mudou.

Ele se virou para o salão — cheio de rostos hipócritas, de sorrisos pintados com culpa — e sua voz finalmente cortou o ar:

— Vocês a deixaram morrer.

Um sussurro correu entre os presentes. Leonardo se levantou, visivelmente irritado.

— Com licença, isso é um velório. Você não tem o direito de—

— Direito? — Liam riu, um som gélido, sem humor. — Eu sou o único aqui que tem.

Fez um sinal com a mão. Dois homens de preto surgiram na porta. Seus seguranças pessoais. Sempre presentes. Sempre leais.

— Todos vocês falharam com ela — Liam continuou, olhando ao redor. — Médicos, amigos, "marido". Todos sabiam. Todos viram. E ninguém impediu.

— Que tipo de loucura é essa?! — Leonardo avançou, mas os seguranças o seguraram com firmeza.

— Loucura é deixar uma mulher como Ariela morrer por dentro todos os dias e fingir que ela estava feliz. Loucura é trair. Loucura é matar. Loucura... é fingir amor enquanto prepara o veneno.

O salão explodiu em murmúrios. Ariela congelou no ar, seus olhos fixos em Liam. Aquilo era real? Ele sabia? Como…?

Os seguranças começaram a agir. Convidaram alguns a se retirarem. Empurraram outros. Alguém gritou. Rebeca quase caiu. Leonardo urrava, humilhado diante dos olhos da sociedade.

E Ariela… não sabia mais o que sentir.

A raiva começou a se dissipar, como névoa ao sol. Em seu lugar, algo mais frio e pesado crescia: culpa.

Liam não estava ali por vaidade. Nem por posse. Ele estava em ruínas.

Quando tudo finalmente se acalmou, Liam voltou ao lado do caixão. Ajoelhou-se. Pela primeira vez, sua expressão não era controle, nem fúria. Era dor crua.

Aproximou-se devagar do corpo dela e, como se o mundo deixasse de existir, murmurou:

— Eu te amei… em silêncio. Com tudo que sou. E falhei com você.

Ele abaixou a cabeça, os lábios tocando de leve a mão fria de Ariela.

— Me perdoa por ter amado errado… e por nunca ter tido coragem de te libertar de mim.

Foi então que ela entendeu.

A dor dele não era apenas pela perda. Era por nunca ter sido amado de volta. Por tê-la amado mesmo quando ela o odiava. E por deixá-la morrer sem dizer que sentia.

Um frasco apareceu em sua mão. Pequeno. Antigo. Veneno.

— Não faz isso… — Ariela sussurrou, assustada. — Não, Liam. Não assim…

Ele não a ouviu. Já tinha tomado.

O corpo dele caiu suavemente ao lado do dela. Os olhos fecharam com tranquilidade. E o salão mergulhou em um novo caos.

Mas Ariela não ouvia mais o que acontecia ao redor. Ela só via ele. E sentia uma dor tão profunda que mal conseguia respirar — mesmo sem mais ter pulmões.

— Se eu… se eu tivesse outra chance — ela disse, encarando a luz que surgia sobre ela — eu faria tudo diferente. Eu amaria quem me amou primeiro.

E a luz a envolveu.

Capítulo 2 – A Escolha Que Não Fiz

O ar voltou com um golpe seco.

Ariela arfou, como se emergisse das profundezas de um oceano gelado. O corpo inteiro tremia. A luz era forte demais, os sons altos demais. E o mundo… vivo demais.

Ela piscou, tentando entender onde estava.

A grama verde ao redor. Os bancos de concreto. O murmúrio jovem de vozes empolgadas. O cheiro de café e tinta de apostilas novas. Um calor leve de primavera. Era o pátio da universidade. Sua antiga faculdade de psicologia.

Mas aquilo era impossível.

Ela olhou para as próprias mãos — vivas. Quentes. Sentiu o coração bater dentro do peito como um tambor. Estava usando seu velho vestido azul de renda, o favorito, o mesmo que… congelou.

"Esse é o dia…"

O dia em que Leonardo se declarara para ela. Diante da turma inteira. O começo de tudo.

Seu estômago se revirou.

Ela se levantou num pulo, respirando com dificuldade. Seus olhos vasculharam o pátio. Lá estavam: os colegas da turma, jovens demais, ingênuos demais. Rebeca — ainda amiga. Leonardo, sorrindo nervoso, com um buquê de flores nas mãos, se aproximando devagar. O mesmo sorriso encantador. Os mesmos olhos que, anos depois, assistiriam sua morte com frieza.

Ela cambaleou um passo para trás.

— Ariela? — Leonardo se aproximou. — Está tudo bem? Você parece pálida...

"Não. Nada está bem."

Mas antes que ela pudesse reagir, ele subiu nos degraus de pedra do jardim, onde os alunos costumavam cantar ou fazer pequenas apresentações, e chamou atenção:

— Gente, silêncio um minuto, por favor… É rápido! — disse com aquele entusiasmo ensaiado. — Hoje é um dia especial. Porque hoje eu preciso dizer uma coisa que guardei por tempo demais.

A multidão murmurou com expectativa.

Ariela sabia exatamente o que vinha. Já ouvira aquelas palavras antes. Lembrava de cada sílaba, do calor nas bochechas, da sensação de estar flutuando… e do veneno anos depois.

Leonardo respirou fundo.

— Ariela… eu te amo. Não sei o que você sente por mim, mas queria tentar algo real com você. Me deixa ser parte da sua história?

As pessoas ao redor suspiraram. Aplaudiram. Sorrisos, olhares cúmplices, celulares sendo erguidos para gravar. Tudo perfeito.

Tudo mentira.

Ariela sentiu uma onda de gelo subir pela espinha. O coração acelerado, não pela emoção, mas pela memória. Ela viu tudo de novo: a dor, o silêncio, o desprezo mascarado por promessas doces. O sangue.

Respirou fundo.

E fez o que nunca teve coragem de fazer da primeira vez.

— Não.

Leonardo parou, sem entender.

— Como?

Ela deu um passo à frente. A voz firme, sem tremor.

— Eu não te amo, Leonardo. Não quero isso. E não quero você.

O silêncio que se seguiu foi brutal.

Alguns riram, achando que era brincadeira. Outros pararam de filmar. Rebeca arregalou os olhos. Leonardo desceu do pequeno palco, confuso, furioso.

— Ariela… o que—? Isso é por causa daquele cara? O tal Liam Castellani? Ele nem faz parte do seu mundo!

Ela não respondeu.

Porque foi nesse exato instante que as portas do campus se abriram — como numa coreografia do destino — e uma frota de carros pretos e brilhantes estacionou à beira do pátio.

O coração dela disparou.

A porta principal se abriu e, de dentro do carro central, desceu ele.

Liam Castellani. Mais jovem, sim, mas ainda imponente. Terno escuro, presença inconfundível. Os olhos varreram o ambiente com a mesma frieza calculada. Ele deveria estar ali apenas para anunciar uma parceria da empresa com a universidade. Era isso que acontecera da primeira vez.

Mas agora… tudo era diferente.

Ariela não pensou. Nem hesitou. Largou as flores de Leonardo no chão e correu.

As pessoas se afastaram instintivamente, abrindo caminho como se soubessem que algo maior estava prestes a acontecer.

Ela correu. Rápido. Determinada. Até parar diante de Liam, ofegante. Os olhos marejados.

Ele a encarou, surpreso. Totalmente despreparado.

— Ariela?

Sem dizer nada, ela o abraçou.

Um abraço apertado. Quente. Real. Como se o mundo pudesse acabar e só aquilo importasse.

— Você está tremendo… — ele murmurou.

Ela encostou o rosto no peito dele e sussurrou, como uma prece:

— Não me solta… não dessa vez.

Ele não entendeu. Mas algo dentro dele se partiu.

Ariela permaneceu por um instante nos braços de Liam, mas algo estava errado.

Ele não retribuía o abraço.

Seus braços continuavam ao lado do corpo, rígidos, como se não soubessem o que fazer com aquele contato inesperado. O perfume dele era o mesmo — amadeirado, seco, intenso — mas a reação… era totalmente diferente.

Devagar, Ariela se afastou.

O olhar que ele lançou em sua direção não trazia afeto, nem reconhecimento, tampouco confusão. Era o olhar de um estranho.

— Você me conhece? — ele perguntou, direto, a voz neutra como aço.

Ela sentiu o peito se contrair.

— Eu… me desculpe. É que… eu te vi e… — tentou explicar, mas as palavras se perderam na garganta.

Liam ergueu uma sobrancelha, sem um pingo de emoção no rosto.

— Não costumo gostar de demonstrações públicas. Principalmente de pessoas que eu nunca vi antes.

As palavras dela se partiram antes mesmo de sair.

"Claro… pra ele, eu sou só uma desconhecida."

— Desculpe — ela disse, dando um passo para trás, a vergonha queimando no rosto. — Foi um impulso. Não vai se repetir.

Ele não respondeu. Apenas virou-se para um dos seguranças e deu um breve aceno de cabeça, sinalizando que estava pronto para seguir. O homem abriu caminho entre os curiosos que ainda murmuravam sobre o que tinham acabado de testemunhar.

Ariela ficou ali, parada, observando-o se afastar.

A dor era estranha. Não era a rejeição de um amor perdido. Era o peso da diferença entre duas vidas: na primeira, ela havia demorado demais para enxergar quem Liam era. Agora que via com clareza, era ele quem não a via. Não ainda.

Mas ela não desistiria.

Não desta vez.

Mais tarde, no estacionamento da universidade, Liam falava ao telefone enquanto os seguranças organizavam os papéis da parceria com o reitor. Ariela se aproximou com cautela.

— Sr. Castellani?

Ele ergueu os olhos, ainda com o celular ao ouvido. Fez um gesto para que ela esperasse, sem se preocupar em ser gentil. Quando desligou, voltou o olhar impassível para ela.

— Você de novo?

Ela engoliu seco.

— Eu… estive naquela reunião. Estudo psicologia aqui. Acompanhei o anúncio da parceria com a Fundação Castellani. Queria saber se… talvez, eu pudesse contribuir de alguma forma. Voluntariado, estágio… qualquer coisa.

Ele a olhou por alguns segundos, avaliando.

— Quer se aproximar de mim por arrependimento do vexame que deu no pátio, ou realmente tem interesse em fazer parte?

Ariela sentiu o sangue ferver — não de raiva, mas de determinação.

— Tenho interesse real. E se precisar provar isso, estou disposta.

Liam fechou a pasta de documentos com um estalo firme.

— Fale com meu assessor. Se ele achar que vale a pena, talvez eu considere. Agora, com licença.

E mais uma vez, foi embora sem olhar para trás.

Sozinha no pátio vazio, Ariela sentou-se em um banco e observou o céu começando a escurecer. Uma brisa fria percorreu seus braços, e pela primeira vez desde o retorno, ela sentiu um lampejo de incerteza.

"Será que fiz a escolha certa ao voltar para esse momento? Será que consigo mudar as coisas sem ele ao meu lado?"

Mas a resposta veio de dentro.

Ela se lembrava da última coisa que Liam dissera antes de morrer — quando se ajoelhou diante de seu corpo no velório, com os lábios trêmulos, e murmurou: “Se eu tivesse mais tempo com você… talvez eu tivesse sido menos covarde.”

Agora, ela tinha esse tempo.

E faria com que ele visse o que, em outra vida, ele descobriu tarde demais.

Ariela levantou-se do banco com os olhos fixos no horizonte. Ainda havia muito a reconstruir. E Liam Castellani, por mais que agora fosse apenas um estranho frio, era o homem que um dia se tornaria seu tudo.

Ela só precisava conquistá-lo.

Do começo.

Capítulo 3 – O Peso do Nome, a Força da Escolha

Ariela Vidal não era apenas uma estudante de psicologia.

Ela era herdeira de um império.

Os Vidal formavam uma das quatro famílias mais poderosas do país — influência política, negócios de alto escalão, e um legado construído por gerações. Desde criança, sua vida havia sido traçada com precisão cirúrgica: escolas de elite, etiqueta impecável, amizades selecionadas. E, claro, um noivado arranjado com o filho da família Castellani.

Liam Castellani.

O herdeiro da única família com mais poder que a sua.

Na vida passada, esse acordo fora seu tormento. Crescera odiando a ideia de ser dada como moeda em um jogo de alianças. Cada vez que Liam aparecia, cercado de seguranças e rigidez, Ariela sentia como se estivesse sendo sufocada dentro de um destino que não escolhera. A repulsa cresceu a ponto de se tornar raiva, e a raiva virou indiferença — até o dia em que foi tarde demais.

Mas agora… tudo era diferente.

Ela lembrava da dor dele. Do homem que havia se ajoelhado ao lado de seu caixão, quebrado, envenenado, murmurando palavras que ela só escutara quando já era tarde.

Nesta vida, ela se recusava a deixar que o amor nascesse das cinzas.

Ela queria plantá-lo antes que tudo queimasse.

No salão de reuniões da Fundação Castellani, Ariela observava em silêncio. Conseguiu entrar como observadora no setor de psicologia social após insistência junto ao assessor Marcelo. Vestia-se com discrição, falava pouco, mas absorvia cada detalhe.

Liam ainda não a olhara nos olhos desde o primeiro encontro. Sua frieza era impenetrável, quase militar. Mas ela conhecia a verdade: ele não era frio. Ele era um campo de batalha silencioso. E se ela tivesse que conquistá-lo, seria ali. Com tempo. Com paciência. Com verdade.

Porque em breve, os pais de ambos fariam o anúncio oficial.

E ela queria que, até lá, Liam já tivesse motivos próprios para desejá-la.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Leonardo Moreira observava o dossiê da família Vidal espalhado em sua mesa. Imagens, contratos antigos, reportagens, declarações. Sabia que os Vidal estavam à beira de consolidar a união definitiva com os Castellani. E a chave de tudo era Ariela.

Ele havia perdido a garota — e com ela, o passaporte para um trono de ouro.

Mas não por muito tempo.

Leonardo sabia ser encantador quando necessário. E Ariela, apesar de estranhamente distante, ainda era sensível. Bastava reativar as memórias certas, os laços antigos, o “romance de fachada” que mantiveram durante tanto tempo.

Talvez ela estivesse deslumbrada por aquele “Castellani gelado”, mas ele apostava que a antiga Ariela ainda vivia ali, em algum canto do coração.

Precisava apenas despertá-la.

Na manhã seguinte, Ariela atravessava os corredores da faculdade quando viu Leonardo encostado ao seu armário, como nos velhos tempos. O sorriso dele era milimetricamente ensaiado.

— Bom dia, Princesa.

Ela suspirou.

— Leonardo…

— Só vim checar se você está bem. Depois da cena épica no pátio… — ele riu. — Confesso que fiquei surpreso. Não é todo dia que alguém troca uma declaração pública de amor por um abraço num CEO congelado.

— Não troquei ninguém — respondeu, firme. — Só fiz o que senti.

Leonardo se aproximou, a voz mais baixa.

— Você sabe que essa história de fundação, de aproximação com o Liam, vai acabar mal, não sabe? Ele não é do tipo que se envolve. Ele obedece. Faz o que os pais mandam. Como sempre fez. Como você odiava.

Ariela cravou os olhos nele.

— Talvez eu tenha mudado.

Leonardo arqueou uma sobrancelha, cético.

Ela pegou os livros no armário e saiu sem olhar para trás.

Mais tarde, ao final do expediente da fundação, Ariela se atreveu a ir até a sala de Liam. Ele estava sozinho, analisando documentos em silêncio.

— Sr. Castellani?

Ele levantou os olhos, sem expressão.

— Precisa de algo?

Ela respirou fundo.

— Só queria agradecer pela oportunidade. E dizer que estou aqui porque acredito no que a fundação faz. Isso é real.

Ele analisou-a por um instante longo. Os olhos dele não revelavam nada, mas Ariela sentiu que ele ouvia mais do que demonstrava.

— Fique até onde fizer sentido. Não há espaço para sentimentalismos aqui.

— Eu não estou oferecendo sentimentos. Estou oferecendo trabalho.

Por um segundo, apenas um, ela achou ver um pequeno músculo pulsar no maxilar dele. Depois, tudo voltou ao normal.

— Boa noite, Srta. Vidal.

Ela sorriu, levemente.

— Boa noite, Liam.

E saiu, com o coração acelerado.

Ele não a impediu. Mas também não a dispensou.

Aos poucos, a parede começava a trincar.

Na varanda do casarão da família Vidal, naquela mesma noite, o pai de Ariela recebia uma ligação sigilosa.

— Está tudo no prazo — disse, com voz grave. — Em vinte dias, anunciaremos oficialmente o noivado. A união entre os Vidal e os Castellani finalmente será pública.

Do outro lado da linha, uma voz respondeu:

— E os noivos?

— Eles se adaptarão. Como sempre foi.

Mas o que nenhum deles sabia… era que, desta vez, Ariela escolheu se apaixonar primeiro.

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