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FRAGMENTUM

• sıησρsє •

Dois olhos invisíveis se voltam à Terra — não pertencem a homens, mas os conhecem melhor do que eles próprios.
São Vozes antigas, forças opostas:
Nura, o eco da luz, e Nocten, o sussurro da escuridão.
Testemunhas silenciosas do que os humanos chamam de vida.
A cada capítulo, um conto. A cada conto, um conflito.
Histórias distintas de almas frágeis, cansadas, partidas — cada uma enfrentando suas próprias guerras internas.
Mas não estão sós: Bem e Mal caminham lado a lado, não para intervir, mas para observar.
Eles narram. Discutem. Se provocam. Concordam às vezes, raramente. Divergem quase sempre.
A cada dor humana, Nura sussurra esperança. Noctun, a verdade crua. A cada escolha, uma batalha invisível acontece — não entre céu e inferno, mas dentro de quem sente.
E é ali, nos silêncios, nos gestos falhados, nos pensamentos não ditos, que o verdadeiro drama acontece.
"FRAGMENTUM" é um mergulho em almas à beira do colapso, em amores que sangram, em paternidades que salvam, em existências que resistem.
E quando tudo parece prestes a ruir, uma pergunta ecoa entre as vozes:
Quem, afinal, está vencendo?
A luz… ou a sombra?
•••

• α gυєяяα qυє ηıηgυєм ѵıυ •

•••
ηυяα
ηυяα
Ele ainda sente...
ηυяα
ηυяα
Mesmo que negue, mesmo que esconda, há algo ali dentro, preso entre as ruínas. Um resquício de luz.
ηυяα
ηυяα
Ele quer se entregar… mas o medo é maior. Cresceu dentro dele como uma muralha.
ηυяα
ηυяα
E quem pode culpá-lo? Já foi quebrado tantas vezes…
ησcтєη
ησcтєη
Ele não sente...
ησcтєη
ησcтєη
Só sobrevive.
ησcтєη
ησcтєη
O que restou já não é alma — é pó. Fragmentos jogados ao vento, sem destino.
ησcтєη
ησcтєη
A esperança é uma ilusão que ele já deixou morrer há muito tempo.
ηυяα
ηυяα
Mas ainda há algo.
ηυяα
ηυяα
Um fio.
ηυяα
ηυяα
Algo que o prende aqui, que o impede de cair de vez.
ηυяα
ηυяα
Alguém. Inocente, puro.
ηυяα
ηυяα
Um motivo forte o suficiente para manter o coração batendo, mesmo que em cacos.
ησcтєη
ησcтєη
É só isso que o segura.
ησcтєη
ησcтєη
Um último fio.
ησcтєη
ησcтєη
Porque ele já aceitou: não é bom, não é inteiro, não é digno.
ησcтєη
ησcтєη
Não busca ajuda porque não acredita mais que possa ser salvo.
ησcтєη
ησcтєη
Finge que vive. Mas só se arrasta.
ηυяα
ηυяα
Ele aprendeu a se calar, sim.
ηυяα
ηυяα
A se isolar.
ηυяα
ηυяα
A afastar todos, mesmo sem querer.
ηυяα
ηυяα
Talvez tenha sido o único jeito que encontrou de não ser ferido de novo.
ηυяα
ηυяα
Um mecanismo de defesa.
ηυяα
ηυяα
Um escudo.
ησcтєη
ησcтєη
Um escudo que virou prisão.
ησcтєη
ησcтєη
E ele mesmo se trancou dentro dela.
ησcтєη
ησcтєη
Faz com que o odeiem antes que o amem — porque amar dói, e ele não aguenta mais sangrar.
ηυяα
ηυяα
Mas por mais que ele diga que não sente, por mais que insista que não merece, há um desejo escondido ali.
ηυяα
ηυяα
Querer ser visto. Querer ser amado.
ηυяα
ηυяα
Mesmo que por um instante. Mesmo que isso o rasgue.
ησcтєη
ησcтєη
Isso seria egoísmo.
ησcтєη
ησcтєη
Ele sabe.
ησcтєη
ησcтєη
Querer alguém quando só carrega escombros.
ησcтєη
ησcтєη
Quando tudo em volta dele é destruição.
ησcтєη
ησcтєη
Ela não merece. O menino não merece. Ninguém merece.
ησcтєη
ησcтєη
E ele…
ησcтєη
ησcтєη
Ele não merece nada.
ηυяα
ηυяα
Mesmo assim, ele observa.
ηυяα
ηυяα
No silêncio, ele permanece.
ηυяα
ηυяα
Esperando.
ηυяα
ηυяα
Talvez por redenção. Talvez por um fim.
ηυяα
ηυяα
Mas não se move. Não grita.
ηυяα
ηυяα
Só assiste tudo se afastar.
ησcтєη
ησcтєη
Porque ele já se acostumou com isso.
ησcтєη
ησcтєη
Com o abandono.
ησcтєη
ησcтєη
Com o vazio que o envolve como um manto.
ησcтєη
ησcтєη
Infelizmente… ou felizmente.
ησcтєη
ησcтєη
Não nasceu para se ligar a ninguém.
ησcтєη
ησcтєη
É uma alma amaldiçoada. E ele sabe disso.
ηυяα
ηυяα
E mesmo assim, continua.
ηυяα
ηυяα
Só.
ηυяα
ηυяα
Resistindo por aquele pequeno ponto de luz que ainda sorri para ele todos os dias.
ηυяα
ηυяα
Ele não vai deixá-lo. Não agora.
ησcтєη
ησcтєη
Mas um dia…
ησcтєη
ησcтєη
Um dia, ele acredita que nem esse menino precisará mais dele.
ησcтєη
ησcтєη
E quando isso acontecer…
ηυяα
ηυяα
…ele estará livre.
ηυяα
ηυяα
Poderá descansar.
ησcтєη
ησcтєη
E toda a dor. Cada cicatriz. Cada sombra que carregou…
ησcтєη
ησcтєη
Ficará no chão.
ησcтєη
ησcтєη
Como marcas de uma guerra que ele lutou em silêncio.
• ηυяα & ησcтєη • E perdeu.
•••

• ση∂є ηυηcα єsтєѵє, мαs ƒıcσυ •

•••
ησcтєη
ησcтєη
Ele a amava.
ησcтєη
ησcтєη
Mesmo sem nunca ter tocado seu rosto. Mesmo quando já era tarde demais.
ησcтєη
ησcтєη
Amava no silêncio. No espaço entre um olhar e a ausência de resposta.
ησcтєη
ησcтєη
Amava como quem sabe que vai perder.
ησcтєη
ησcтєη
E, ainda assim… não parava.
ηυяα
ηυяα
Havia pureza nesse amor.
ηυяα
ηυяα
Não era desejo, não era vaidade — era entrega.
ηυяα
ηυяα
Ele nunca pediu para ser amado de volta.
ηυяα
ηυяα
Só queria ser visto.
ηυяα
ηυяα
Só isso.
ησcтєη
ησcтєη
Mas ele não era.
ησcтєη
ησcтєη
Ela ria com outros, olhava para além dele, vivia como se ele fosse só mais um corpo no fundo da sala.
ησcтєη
ησcтєη
Ele, por dentro, era um incêndio que ninguém via.
ησcтєη
ησcтєη
Por fora?
ησcтєη
ησcтєη
Silêncio.
ηυяα
ηυяα
Ele escrevia para ela. Não cartas — pensamentos.
ηυяα
ηυяα
Frases que nunca seriam ditas.
ηυяα
ηυяα
Guardava cada gesto, cada palavra que ela dizia a outros, como quem coleciona ausências.
ηυяα
ηυяα
Era a forma que encontrara de estar por perto…
ηυяα
ηυяα
Mesmo estando tão longe.
ησcтєη
ησcтєη
Era um masoquismo sutil.
ησcтєη
ησcтєη
Sabia que não tinha chance.
ησcтєη
ησcтєη
Sabia que amar sozinho é carregar o peso dos dois.
ησcтєη
ησcтєη
Mas insistia.
ησcтєη
ησcтєη
Talvez porque, ao menos nisso, ainda se sentia vivo.
ηυяα
ηυяα
Ele não a culpava.
ηυяα
ηυяα
Ela nunca prometeu nada. Nunca iludiu.
ηυяα
ηυяα
Ela apenas existia — linda, leve, distante.
ηυяα
ηυяα
E ele…
ηυяα
ηυяα
Existia também. Mas do outro lado do abismo.
ησcтєη
ησcтєη
A verdade é que ele se agarrava à dor.
ησcтєη
ησcтєη
Porque a dor era dele.
ησcтєη
ησcтєη
Era a única coisa que ela, sem saber, havia deixado como lembrança.
ηυяα
ηυяα
Mesmo assim, ele a protegia em pensamento.
ηυяα
ηυяα
Desejava que fosse feliz, mesmo com outro.
ηυяα
ηυяα
Mesmo sem ele.
ηυяα
ηυяα
Isso também era amor.
ησcтєη
ησcтєη
Mas amor que sangra demais, um dia, se esvazia.
ησcтєη
ησcтєη
E ele sabia…
ησcтєη
ησcтєη
Sabia que, no fundo, o que fazia era implorar por migalhas de atenção.
ησcтєη
ησcтєη
E isso…
ησcтєη
ησcтєη
Isso o destruía.
ηυяα
ηυяα
Mesmo ferido, ele continuava.
ηυяα
ηυяα
Amar era sua forma de existir.
ηυяα
ηυяα
E por mais que doesse, ainda era mais suportável do que não sentir nada.
ησcтєη
ησcтєη
Mas um dia…
ησcтєη
ησcтєη
Ele vai cansar.
ησcтєη
ησcтєη
Vai sumir em silêncio, como todos que amam sozinhos.
ησcтєη
ησcтєη
E ninguém vai notar.
• ηυяα & ησcтєη • Apenas ele saberá o quanto doeu amar o que nunca foi seu.
E apenas o silêncio guardará seu nome.
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