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Desejos Proibidos

sinopse e capítulo 1

Sinopse — Desejos Proibidos

Viviane tem 25 anos, mora na zona sul, estuda Medicina e é filha única de um casal de advogados renomados. Criada entre regras, etiqueta e futuros promissores, ela tem tudo que muitos sonham — menos liberdade. Entre uma aula e outra, ela vive por um respiro: festas, amigas leais como Bárbara e Priscila, e o gosto perigoso por adrenalina. O que ela não esperava era que uma noitada inocente acabasse virando o ponto sem volta da sua história.

Na outra ponta da cidade, reina Jonatha — vulgo JH. Com 32 anos, ele é o dono do morro, o chefe mais temido do Complexo do Alemão. Órfão desde a adolescência, criado na bala e no instinto, ele construiu seu império no grito, no sangue e na lei do fuzil. Pegador, impiedoso, não se apega a mulher nenhuma. Pra ele, sentimento é fraqueza — e fraqueza custa caro no topo.

Até que o baile começa.

E os olhos dele cruzam com a morena do asfalto.

Viviane, desacreditada de tudo que já ouviu sobre “bandido”, se vê hipnotizada por um homem que não devia nem estar no mesmo universo que ela. E JH, que sempre desprezou mina emocionada, se pega encarando uma mulher que não abaixa a cabeça pra ninguém — e que carrega na boca a ousadia que ele só viu no espelho.

Ela tem medo.

Mas gosta do perigo.

Ele tem poder.

Mas deseja o proibido.

A partir desse encontro, nasce um jogo sujo, sexy e perigoso, onde cada passo pode virar manchete de tragédia. Entre tiroteios, carícias secretas, ameaças e noites intensas, Viviane e JH vão descobrir que o amor, quando é real… não respeita regras, não escolhe cenário — e muito menos poupa consequências.

Capítulo 1 — Dois Mundos, Um Destino

Viviane

Meu nome é Viviane. Tenho 25 anos, curso Medicina, sou filha única e criada na base da exigência. Meus pais são advogados de renome, o tipo que come moralidade no café da manhã e acha que conhece o mundo só porque assina petição. Eu? Eu só queria viver. Sentir. Me perder de vez em quando.

Adoro uma festa, uma noitada com minhas amigas Bárbara e Priscila. Namorados? Já tive vários. Não sou santa, não sou virgem e, sinceramente, sei muito bem como deixar um homem de joelhos. Só não aceito ninguém me dizer o que fazer. Bateu? Levou. E se mexerem comigo… pode preparar o caixão.

Acordei com o despertador gritando na minha cara, ainda de ressaca da farra de ontem. Meu corpo pedia cama, mas a faculdade me chamava. Me arrastei até o chuveiro, joguei uma água gelada no rosto e desci pro café. A mesa tava posta — obra da empregada. Meus pais, como sempre, já tinham saído pro escritório. Sozinha. De novo.

Enquanto eu tomava meu café, o celular vibrou. Era a Bárbara, com aquela voz debochada de sempre.

— "A princesa hoje vai estudar ou ainda tá chapada de ontem?"

— "Preferia ficar em casa, mas se eu não for, meus pais me matam. Te encontro lá."

Cheguei na faculdade, e a Bárbara veio me encontrar já perguntando da ressaca.

— "Pronta pro baile amanhã no Alemão?"

Arregalei os olhos. Favela? Tráfico? Meu estômago revirou.

— "Não sei não, Bárbara. Nunca fui num morro. Gosto de adrenalina, mas mexer com bandido é outra história."

— "Ah, para, Viviane! Lá é só um baile. Mais homens tatuados, mais calor, mais safadeza. Você precisa se soltar."

O dia passou, e à noite, as três reunidas no meu quarto: eu, Bárbara e Priscila.

— "Vamos nesse baile, vai ser foda. Dizem que o chefão do morro vai estar lá. O cara é um absurdo, real." — soltou Bárbara, com aquele brilho nos olhos.

— "Mexer com traficante, Bárbara? Você esqueceu que meus pais vivem falando dessas merdas no escritório?"

— "Ah, deixa de ser careta. Você vive falando em viver intensamente e tá com medo de dar pra um bandido?"

— "Se for pra morrer depois, tô mesmo!" — respondi rindo.

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Jonatha (JH)

Me chamam de JH. No morro, não tem quem não saiba quem eu sou. Dono do complexo. Senhor das armas. Líder. Temido. Respeitado.

Não sou homem de meias palavras. Peguei tudo que tenho com o sangue dos outros e o suor da minha própria fúria. Meus pais morreram quando eu tinha 15. Minha mãe de doença. Meu pai de desgosto — se matou com um tiro. Desde então, fui eu por mim. Cresci sozinho, fui moldado na dor. Aprendi cedo: quem vacila, morre.

Hoje, só confio em dois: GT e BR. Parceiros de guerra. O resto… é descartável.

— "E aí, JH, tá pronto pro baile de amanhã?" — perguntou BR, entrando na minha sala com aquele sorriso de sempre.

— "Pronto pra fuder, não pra amar." — respondi seco.

Minhas minas? Uso e jogo fora. Emoção enfraquece. Já disse mil vezes: mulher é bom na cama, não no coração.

Mas antes da putaria, veio o problema. Um vapor entrou na sala, pálido.

— "Chefe… a carga de ontem… não foi paga."

Levantei devagar. O sangue já fervendo.

— "Cês tão de sacanagem comigo?"

Peguei minha arma, subi na moto e fui cobrar o verme. Cheguei lá, BR arrombou a porta. O cara quase se mijou.

— "Cadê meu dinheiro?"

— "Eu… eu não tenho, mas vou…"

BANG.

Não terminei a frase. Não precisava. Dei o tiro na testa dele e deixei o corpo no chão. Quem deve, paga. E quem não paga… morre.

Voltei pro morro, avisei geral:

— "Se isso acontecer de novo, quem entregou vai morrer junto. Aqui não tem mole."

Mais tarde, desci pra comer algo. A empregada veio toda oferecida, decotão, shortinho… me provocando.

Peguei, joguei em cima da mesa e comi ali mesmo. Sem frescura. Sem carinho. Gozei no peito dela e mandei sair. Emoção? Aqui não, porra.

No dia seguinte, BR apareceu animado.

— "Chamei umas gatinhas do asfalto pro baile. Uma delas… mano, é uma deusa."

— "Tu já tá apaixonado, né?" — provoquei.

— "Não, caralho, só quero diversão."

— "Tu vai se fuder, BR. Essas minas do asfalto acham que podem vir aqui e brincar com o fogo. Aí quando queimam… querem correr."

capítulo 2

NARRADO POR VIVIANE

— "Vocês têm que ir comigo, vai ser tudo!" — Bárbara praticamente pulava de empolgação no sofá, o sorriso largo, os olhos brilhando feito quem acabou de ganhar um prêmio.

Eu não estava convencida.

Baile no morro?

Eu sempre evitei esse tipo de rolê. Não gosto de me misturar com gente armada, com traficante se achando dono do mundo. Mas o que a gente não faz por uma amiga, né?

— "Que ótimo, meninas! Vocês vão adorar. E podem dormir na minha casa depois, sem stress." — ela completou, animada.

Priscila, como sempre, manteve a postura dela, toda séria.

— "Desculpa, Vi. Desculpa, Bárbara. Mas tô fora. Não me vejo no morro."

Bárbara revirou os olhos, com aquela típica ironia que só ela sabia fazer.

— "Ah, Priscila, deixa de ser medrosa. É por isso que tu ainda tá encalhada e não arranjou nenhum namorado até hoje."

Revirei os olhos, suspirei fundo e me intrometi antes que virasse briga.

— "Vamos parar com isso, meninas. Não precisamos nos atacar. Tá tudo certo, Pri. A gente entende, de verdade."

Voltei os olhos pra Bárbara, avisando:

— "Mas tô te dizendo logo, tá? Se eu não gostar de lá, venho embora na hora."

— "Fechado!" — ela deu um sorriso travesso. — "Mas te garanto que vai amar. Tô ficando com um gatinho do morro... lindo, gostoso... E olha, esses caras têm uma pegada que vocês nem imaginam."

— "Não quero nem imaginar!" — respondi rindo, balançando a cabeça.

— "Meninas, o papo tá ótimo, mas eu já vou nessa." — Priscila se levantou, pegando a bolsa.

— "Também vou com você, Pri." — Bárbara se despediu.

— "Beijinhos, meninas." — acenei.

Acompanhei as duas até a porta. Quando a fechei, respirei fundo.

O silêncio da casa me abraçou de novo. E com ele, os pensamentos. Será que eu ia me arrepender de ir nesse baile?

Fui direto pro quarto. Tomei um banho demorado, tentando lavar as dúvidas junto com a espuma. Vesti meu pijama macio, um dos poucos que me faziam sentir algum aconchego, e segui para a sala de jantar.

Meus pais já estavam lá.

A mesa arrumada, as taças de vinho à meia altura. O cenário de sempre. Perfeito demais, distante demais.

Meu pai foi o primeiro a falar.

— "Como foi a aula hoje, minha filha?"

— "Foi boa, pai. Obrigada por perguntar."

Fiz uma pausa, criei coragem, e soltei:

— "E... mãe, pai… vou passar o final de semana na casa da Bárbara."

Minha mãe nem levantou o olhar do prato.

— "Ah, então agora você decide sozinha e pronto? Não quer saber se vamos deixar ou não?"

A raiva me subiu seca pela garganta. Mas o que doía mesmo era o tom.

— "Desde quando você se importa, mãe? Você só sabe reclamar e exigir que eu seja a médica perfeita que você sonhou. Você já se perguntou o que EU quero? Alguma vez? Qual foi o último final de semana que vocês passaram comigo sem falar de trabalho? Vocês só vivem pra isso! Eu não pedi luxo, pedi presença. Pedi carinho!"

Minha voz falhou. Senti o nó se formar na garganta.

Meu pai tentou intervir, a voz baixa, culpada:

— "Filha, você sabe que tudo que fazemos é pelo seu bem. A gente trabalha pra te dar uma vida melhor."

— "Mas eu não quero só uma vida melhor, pai. Eu queria vocês. Queria pais de verdade. Queria acordar e ver vocês tomando café comigo, não só jantando às pressas como se estivessem cumprindo tabela. Isso é viver?" — agora eu chorava. — "Pra mim, não é."

Minha mãe largou os talheres com força.

— "Você é muito ingrata, Viviane. Acha que tudo cai do céu? Trabalhamos como loucos e ainda ouvimos desaforo? Olha ao seu redor, menina! Tem tudo do bom e do melhor, e ainda assim reclama? Não vai sair de casa esse final de semana. Acabou."

— "Isso não é justo!" — me levantei bruscamente. — "Você quer me trancar aqui como se eu fosse uma prisioneira só porque falei a verdade? Eu sou maior de idade! Não vou aceitar ser tratada como criança!"

— "Já chega, Viviane!" — ela gritou, furiosa. — "Se eu falei que não vai, é porque NÃO VAI. E se sair, não precisa voltar. Tá avisada. Nós não vamos mais aceitar esse tipo de desrespeito!"

Meu pai tentou acalmar.

— "Sofia, também não é assim..."

— "Não se meta, Daniel. A culpa disso tudo é sua! Vive passando a mão na cabeça dessa menina. Mimada desse jeito por sua causa!"

Não aguentei mais ouvir.

Corri pro meu quarto.

As paredes pareciam encolher ao meu redor. Me joguei na cama, abracei o travesseiro e desabei. Me sentia tão pequena… tão rejeitada… como se eu fosse um fardo.

Por que ela sempre me tratou assim?

Não lembro do último abraço. Do último elogio. Do último "eu te amo".

Pouco depois, meu pai entrou. Silencioso. Sentou ao meu lado na cama e me puxou pra um abraço.

Fiquei ali, encolhida nos braços dele como uma criança ferida.

— "Desculpa, filha… pela nossa ausência. A gente só queria te dar o melhor."

— "Não, pai. Eu não quero o melhor. Eu queria vocês. Queria amor. Queria a mãe que nunca tive. É tão difícil assim?"

Ele me apertou mais forte. A voz dele embargou.

— "Não… não é difícil. Me perdoa. Perdoa a sua mãe. Ela… ela tá sobrecarregada. Cheia de casos, prazos, pressão..."

— "Isso não justifica o jeito dela comigo. Nunca justificou." — funguei, olhando pra ele. — "Por que ela nunca me amou, pai? Por quê?"

Ele suspirou fundo. O olhar cansado, quebrado.

— "Ela ama sim, filha. Só… não sabe demonstrar. É o jeito dela. Ela é dura com todo mundo, até comigo. Mas… lá no fundo, ela te ama. Acredite."

— "Eu não consigo acreditar. Porque eu nunca senti."

Ele não respondeu.

Só me abraçou mais forte. Ficamos assim até eu adormecer, com o coração partido e os olhos ainda molhados, desejando ser vista. Desejando ser amada, de verdade.

capítulo 3

JONATHA

Depois que o BR saiu da minha sala, fiquei com aquela fala dele martelando na cabeça:

“Vai acabar se apaixonando.”

Paixão?

Isso não existe no meu dicionário. Mulher, pra mim, é só prazer descartável. Uma noite, uma trepada boa, talvez um boquete no carro e pronto. Acabou. No dia seguinte, mando ralar. Nada de sentimento. Nada de vínculo.

A última vez que vi amor… foi na cara do meu pai, segundos antes de ele estourar os miolos.

Ele não sobreviveu à morte da minha mãe. Preferiu colocar uma arma na cabeça a continuar respirando sem ela. E o pior: fez isso na minha frente. Não pensou em mim. Não pensou no moleque de 15 anos que ficou ali, sujo de sangue e abandono.

Por isso não me apego. Nunca mais.

Saí da boca e fui direto pra casa. Ainda bem que a empregada não estava na cozinha como de costume. Desde que eu transei com ela numa madrugada qualquer, ela passou a andar por aqui como se fosse a dona. Essas minas confundem prazer com promessa. Me dão uma foda e querem aliança. Tão emocionadas.

Entrei no meu quarto, joguei a camisa no chão, fui pro banho. A água quente escorria pelas costas, mas não lavava a merda que mora na minha mente.

FLASHBACK — 15 ANOS ATRÁS

Meu pai trancado no quarto.

Eu, do lado de fora, escutando a voz dele tremendo, gravando um áudio no celular:

— “Filho… me perdoa pelo que eu vou fazer. Mas eu não aguento mais ficar sem a sua mãe. Ela era minha vida. Minha fortaleza. Sei que você é forte… Vai aguentar. Me perdoa, Jonatha.”

PAH!

O som seco do tiro.

A porta trancada.

Eu arrombei.

E vi.

Meu pai no chão, a cabeça aberta, sangue se espalhando, olhos fixos no teto.

Gritei. Gritei até rasgar a garganta.

— “Papai, NÃO! Você não podia fazer isso comigo! Não me deixa! Papaiii!”

Fui ao chão, me agarrando nele. O sangue manchou minha roupa, minha alma.

Os vapores chegaram depois. Mas já era tarde.

Meu pai morreu na minha frente.

Me largou sozinho.

Com 15 anos, me tornei chefe do morro.

FIM DO FLASHBACK

Voltei pra cama. Com as lembranças me sufocando, acabei adormecendo.

[MANHÃ]

O celular começou a vibrar no criado-mudo. Peguei, sem olhar o visor.

Ligação ON

— “Tá de folga hoje, chefinho? Bora, patrão! Hoje é dia de baile.”

— “Porra, BR… tu me acordou pra isso? Vai tomar no cu, viado.”

Ligação OFF

Esses caras só podem estar de sacanagem.

Olhei o relógio: 8h da manhã.

Levantei. Fui pro banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, vesti uma bermuda e desci pra tomar café. E lá estava ela. Clara. A empregada.

Passou a mão no meu pau como se tivesse direito.

Tirei a mão dela na hora.

— “Clara, na moral… o que rolou ontem foi bom. Mas não se ilude. Eu não repito mulher. Tu vai continuar aqui como EMPREGADA. E só isso.”

Ela arregalou os olhos.

— “Mas Jh, eu achei que…”

— “Ontem eu quis. Hoje não quero. E ponto. Para com essa palhaçada de se insinuar. Se continuar, tá na rua.”

Ela baixou a cabeça, sussurrou um pedido de desculpa e sumiu pra cozinha.

Essas minas acham que um gozo significa compromisso.

Terminei meu café e fui pra boca. Quando entrei na minha sala, BR e GT tavam sentados rindo, como se fossem donos do morro.

— “Eu pago vocês pra ficarem aí sentadinhos, porra?”

— “Tô achando que alguém acordou azedo hoje.” — BR debochou.

— “Comeu e não gostou, foi?” — GT completou, rindo.

— “Cês são dois palhaços. Comi a empregada, só isso. Acha que vai virar primeira-dama agora? Tá maluca. Eu não sou homem de repetir mulher, porra.”

— “Ela é gente boa… deve ter achado que você ia assumir.”

— “Assumir? Eu sou traficante, porra, não marido de novela. Eu pego, uso, descarto.”

Respirei fundo.

— “Mudando de assunto… tá tudo certo pro baile hoje à noite?”

— “Tá sim, chefe. Segurança reforçada, vapores posicionados.”

— “Quero tudo sob controle. Ninguém entra armado sem autorização. Entenderam?”

— “Pode deixar.”

Fiz o toque com os dois e subi pra casa. Agora era só esperar a noite chegar.

---

VIVIANE

Depois da conversa com meu pai, apaguei. Dormi como há tempos não dormia. Mas acordei com o peso de tudo nas costas… e uma dor de cabeça infernal.

O celular começou a tocar.

Ligação ON

— “Acorda, amiga! Hoje é o baile! Bora!” — Bárbara, eufórica.

— “Bárbara… não sei se vou mais. Briguei feio com minha mãe ontem. Ela me proibiu de sair. Disse que se eu for, nem volte pra casa.”

— “Se esse for o problema, você mora comigo, Vivi. Eu já tinha te chamado, lembra?”

— “Eu lembro. E te agradeço de coração. Mas eu não tenho emprego ainda… Como vou me sustentar?”

— “Relaxa, você se vira. Só não deixa sua mãe mandar na sua vida.”

— “Vou tentar conversar com ela… Qualquer coisa te ligo. Beijo, amiga.”

Ligação OFF

Levantei. Tomei banho, me vesti. Desci pra sala de jantar.

E, por um milagre, meus pais estavam lá. Juntos. Me esperando.

— “Bom dia, filha. Dormiu bem?” — meu pai.

— “Sim, papai. Bom dia.”

— “Senta aqui, toma café com a gente.”

Fui até minha mãe, tentei beijá-la. Ela levantou sem me olhar, foi pra cozinha em silêncio.

Aquilo doeu mais do que qualquer grito.

— “Filha… deixa ela. Ela tá cheia de problemas no escritório. Eu conversei com ela. Consegui convencer. Você vai sim passar o fim de semana na casa da Bárbara.”

— “Sério, pai? Você fez isso por mim?”

— “Claro, meu amor. Você merece um pouco de liberdade.”

Fui até ele, beijei seu rosto com carinho. Não entendo o que deu nele esses dias, mas tô adorando. Pelo menos um dos dois parece lembrar que eu existo.

Subi correndo, arrumei minhas coisas. Liguei pra Bárbara.

Ligação ON

— “Bárbara, tô indo. Meus pais deixaram. Meu pai vai me levar aí.”

— “Que maravilha, amiga! Tô te esperando.”

Ligação OFF

Fechei a mala, olhei o quarto pela última vez.

E, no fundo, uma dúvida ficou queimando:

Será que eu vou me arrepender de ir nesse baile no morro?

Só o destino sabe.

E ele não costuma avisar.

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