Capítulo 01

* Sobre Emma*

Emma é uma jovem de 25 anos, formada em Tecnologia da Informação tem um bom emprego na empresa do tio Anthony Darvis ela trabalha diretamente com seu pai Elijah.

Emma por vezes tentou sair da empresa trabalhar com literatura sua outra paixão, mas não conseguiu, ela sempre cede ao chamado de seu pai.

A última semana foi corrida para Emma que está fazendo o trabalho de seu pai na empresa, porque ele viajou ao Brasil com Anthony, pois Tom seu primo sofreu um atentado, Zoe sua amiga e praticamente prima, pois cresceram juntas está insistindo para que ela vá com eles para fazenda.

– Emma vamos comigo, não me deixe de vela por favor.

Mais uma das mensagens chegava no celular de Emma.

Emma não queria ir, pois já viu Mike de longe a semana toda e ela sabia que com certeza ele vai estar na fazenda fazendo a segurança de Tônia, mas ela não conseguiu escapar.

– Obrigada, combinado amanhã cedinho passamos na sua casa.

– Combinado Zoe.

Emma toma um banho, se alimenta e dorme cedo seus últimos pensamentos são em como esquecer alguém que não a nota, não a vê.

Todos percebem, mas Mike não.

*** Emma estava caminhando em uma estrada de terra, nos pastos não tinham cerca e ela via gados ao longe e começou a temer e então a andar mais rápido.

Ela não entendia bem como foi parar ali, mas sabia que se continuasse andando chegaria a uma casa, que parecia ser a de sua avó materna.

– Emma. – ela escuta Mike gritar o seu nome mais de uma vez.

'Mike não está aqui, ele não sabe onde estou'. Então Emma começa a correr. Ela perde a corrida e sente Mike a segurar pelo braço.

– Não fuja, espera?

Ela acorda ofegante, todo medo que ela sentia no sonho ela ainda sente.

–Imagina que eu vou correr de Mike, nunca. – ela diz para si mesma. Merda por que eu acordei?

Emma se levanta e vai se arrumar já é de manhã e ela precisa preparar uma mala com duas trocas de roupas para o fim de semana.

Enquanto aguarda Zoe, Emma lê, conversa com seus amigos, ela não é uma mulher triste, apenas se apaixonou pelo cara errado.

*Sobre Mike.*

Mike é viúvo jurou a si mesmo nunca mais amar ninguém, pois todos sem exceção todas as pessoas que ele amou partiram, o deixando de coração partido, ele ainda era apenas um menino de 14 anos quando seus pais faleceram em um acidente de trânsito, havia pouco tempo sua avó materna estava morando com eles, pois já não estava bem de saúde, seus pais voltavam do hospital tinham ido visitar a avó de Mike que estava muito mal no hospital que era em uma cidade próxima a que moravam.

Um caminhoneiro dormiu na direção ou se distraiu com alguma coisa e o veículo partiu para cima do carro dos pais de Mike, eles faleceram na hora.

Mike acordou com o telefone que não parava de tocar, um vizinho que soube do acidente ligou para ele e contou tudo, o levou ao hospital e o ajudou a cuidar do funeral.

Mike continuou em sua casa sozinho, um amigo ou amiga da escola ia até ele para dar apoio.

Dias depois a avó de Mike também faleceu e nem soube do acidente, mais uma vez o vizinho ajudou, a esposa desse vizinho lavava as roupas de Mike, até que ele aprendesse, pois ela ensinou.

Quando Mike precisava de um adulto para assinar algo ou fazer a matrícula da escola George ou Ordália o ajudavam, sempre colocando medo nele que se ele aprontasse eles o denunciaria para as autoridades, pois ele era um garoto que morava sozinho.

Seus pais tinham duas casas de aluguel e Mike continuou recebendo os aluguéis quando precisava George o ajudava a resolver qualquer problema, de longe os vizinhos cuidavam do menino.

Muito tempo depois, Mike se casou e perdeu a esposa grávida do primeiro filho do casal em um acidente.

Então ele tem medo de amar.

Meu amor mata. Ele diz a si mesmo tentando se convencer de que é melhor ficar longe de Emma.

Mike

Emma é a sobrinha do meu chefe, ela é linda parece fugir de mim, mas a vejo me olhando de longe sempre que estamos perto.

Ela não é meu tipo de mulher ou não era.

Mas sempre a observei ela me atrai, e tenho pensado muito nela, nem sempre ela está na empresa e hoje frequenta menos a casa onde trabalho como guarda-costas, mas seu perfume delicado e refrescante não sai das minhas narinas, merda.

Preciso mudar o foco, amanhã sairemos cedo para a fazenda e eu ainda não dormi.

***********

Capítulo 02

** Tudo me leva ao seu olhar.**

Mike

Tônia que é na verdade Maria Antônia filha do meu chefe Anthony Darvis, é teimosa como uma mula, todos dessa família são.

Então não me quis no carro com ela e quem dirige é seu namorado, estou indo em outro carro com mais seguranças, Tom que é irmão mais velho de Tônia foi baleado em São Paulo no Brasil, e por isso estamos com a segurança redobrada, pois tudo se dá por causa da profissão de Ben que também é irmão de Tônia e eles estão escondidos na fazenda e nesse momento de preocupação os irmãos querem estar reunidos.

Ao chegarmos na fazenda eu a vi de longe, com a prima dela, elas estavam com uma vasilha na mão e devem ter ido buscar frutinhas para alguma receita.

Ao chegarmos na fazenda dei algumas instruções para o grupo de irmãos e primos, o momento não é para vacilos, proibi de andarem sozinhos até porque mandei soltar os cachorros e para as mulheres disse sobre o agravante de termos seguranças novos na equipe, Téo que é dono da empresa de segurança para qual trabalho me apoiou, Téo é noivo de Clara irmã de Tônia.

– A gente contrata a pessoa é bem recomendada, mas é melhor tomar cuidado. Mike tem razão. – ele disse.

Sei que Ben deve está andando armado.

As mulheres nos olhavam com os olhos arregalados. Emma parecia estar se questionando se deveria mesmo ter ido à fazenda.

Eles entraram e eu fiquei pela fazenda, fui ao quarto que sempre estava disponível para mim, eu quase não vou ao meu apartamento, me mudei a pouco tempo, antes ainda morava na casa que divide com a minha falecida esposa.

Algum tempo depois, eu estava sentado no palanque de cerca quando Tônia me chamou exigindo que eu fosse almoçar com eles, pois estavam ficando noivos.

Eu sabia que isso só poderia ser brincadeira já que os pais deles não estavam ali.

Mas Tônia nunca desiste de mim, de me manter por perto de ser a família que eu não tenho, ela só me chamou e tem mais seguranças.

Mesmo fazendo careta primeiro eu aceitei em seguida e a moça que está ficando noiva me agarrou pela mão e andou saltitante me arrastando e me apresentou como um troféu.

– Eu consegui, ele veio.

Me deixando envergonhado, Ben notou e logo me mandou sentar me arrumaram um lugar perto de Emma, seria armação deles? Não sei.

Ao meu lado Emma estava calada e parecia estar passando mal.

Por um tempo agi normalmente, mas durante o brinde ela me prendeu em seu olhar e seu sorriso tímido que iluminava tudo ao redor.

Mike, Mike pare com isso.

Percebi que realmente Emma passava mal e ofereci a ela água, disse para ela respirar.

Após o almoço fui descansar um pouco.

Durante a tarde olhei nas câmeras e Emma passou em direção ao pomar e não voltou, a encontrei em uma árvore sem conseguir descer.

Seus pés macios pisaram em minhas mãos para que ela conseguisse descer, senti o cheiro de seus cabelos quando a ajudei descer até o chão, eu podia sentir o cheiro do seu corpo.

Mas é proibida para mim, a deixei ir, como uma pequena briga de gato e rato prende e solta.

Capítulo 03

*** O beijo foi inevitável ***

Durante o almoço eles combinaram de ir ao penhasco assistir o pôr do sol.

— Vamos galera, depois que o sol se pôr não adianta mais. – Zoe chata como só ela é diz apressando todo mundo.

— Calma Zoe, o penhasco não vai fugir.

— Téo, eu vou indo vocês fiquem aí.

— Ela não sabe ir sozinha.

— Não sabe Mike?

— Eu vou de moto, acompanho vocês, mas sei. — Mike explica.

Ben e Ana resolveram ir e levar os bebês, já que não precisam descê-los da caminhonete.

Emma se viu fora do carro e não cabia em nenhum.

— Claro que me cabe aí Ben abre a porta.

— Vá de moto com Mike. — ele diz arrancando com o carro e Téo faz o mesmo.

Mike sabe o que fizeram, mas Emma realmente não percebe nada.

— Emma quer que eu busque outro carro?

— Não vai dar tempo, deixa outro dia eu vejo o penhasco e a tal luz.

— Tem medo de andar de moto?

— Não, é que não quero te incomodar.

— Sobe. — ele diz e ela sobe.

Mike corre fazendo a moça se agarrar nele, ele não nega que gostou da sensação e isso está o deixando louco, desde o ocorrido na árvore ele não para pensar nela.

— Ele diminui a aceleração da moto e diz para Emma.

— Você ainda vai chegar primeiro, quer ver?

Ele acelera.

— Não corre Mike. – ela grita, mas é inútil.

Mike ultrapassa os carros, mas se arrepende ao ouvir as meninas gritando.

— Vai fundo Mike.

Ele torce para que Emma não tenha entendido.

Claro que eles chegam primeiro.

— Nossa não corra tanto.

— Desculpa, sentiu medo?

— As vezes sim, mas as vezes eu gostei. – ela confessou.

— É só não pensar no pior. — ele diz.

— Bom, agora é só esperar o sol passar.

— Sim, vou ficar por aqui. — ele fala se sentando de lado na moto. Parecendo ainda mais charmoso para Emma.

— Eu vou chegar mais perto.

— Tenha cuidado.

Ela se senta em uma das pedras, não demora escuta os carros chegarem, está chateada e não fala com ninguém, começou a entender que fizeram de propósito. Mas Emma só quer que esse dia o fim de semana passe rápido para que ela possa tirar Mike da cabeça.

*

*

Todos já foram embora, o ápice dos desenhos nas pedras já passou, mas Emma fica ali.

Mike nota que Emma não percebeu que todos foram embora, ou não se importou.

Ele a espera calmamente sem pressa.

Emma prestou atenção no penhasco e viu que não se formam desenhos e ponto de luz apenas quando o sol bate de cheio nas pedras, mas durante todo o pôr do sol o penhasco é interessante e até um pássaro que passa faz sombra mudando a paisagem.

Enfim ela se dá conta que está tarde e tudo muito quieto.

Emma se levanta e olha à sua volta, mas não encontra ninguém, ela se acalma ao ver a moto.

— Mike? — ela diz enquanto anda.

Ao passar embaixo da copa de uma árvore. Mike a segura pela mão.

— Ahhh Mike. – ela grita

— Que susto.

— Você está muito assustada.

— Eu não estava te vendo, está escuro aqui.

— Por que demorou?

— Me distraí, estava pensando. – ela diz o encarando.

Mike achou que ela ficou vermelha.

— Em mim?

— Mike. – ela diz o nome dele abaixando o olhar.

Mike então entende que sim, ela estava pensando nele.

Ele se aproxima dela e ergue a cabeça dela de uma forma delicada a levantando pelo queixo e ela o encara sem poder desviar.

O coração de Emma acelera quando vê que está acontecendo e que o olhar de Mike está doce e carinhoso, os lábios finos do homem aumentam de tamanho à medida que se aproxima dos dela.

Ao sentir os lábios de Mike Emma o abraça forte se agarrando a ele, em uma dança do beijo eles se exploram sedentos pelo gosto um do outro, param para respirar e voltam a se beijar sem nada dizer.

A conexão dos dois foi surreal e eles sabem disso.

— O que você quer de mim Emma?

— Quero você. — ela diz, pegando os cabelos do homem.

— Eu não posso dar o que você quer, estou fechado para o amor.

— Calma, vamos devagar, não pense em nada sério, não precisa me amar.

— Você não é moça para isso que está sugerindo.

— E o que eu estou sugerindo? — ela pergunta se libertando de todo o medo que tinha de se abrir para ele, ali naquele ângulo Emma sente que não tem mais nada a perder.

— Sexo casual, apenas ficar sem compromisso.

— É só o que você pode me dar, não é?

— É.

— Tudo bem.

—Vem cá. – ele a chama se sentando de costas para o guidão da moto.

— Senta aqui. – ela olha achando que isso não vai dar certo, mas se senta.

— Você é linda Emma, merece alguém inteiro pra você.

— Xiuu. –ela coloca o dedo na boca de Mike o calando.

— Eu quero você.

— Quantos anos você tem?

— 25 anos.

— Eu tenho.

— 33. – ela diz.

— Como sabe?

— Sei muito sobre você.

Eles passam horas conversando e namorando.

— Você está me deixando louco. – ele diz enquanto Emma desliza as unhas por dentro da camisa dele e deixa beijinhos no pescoço do homem.

— Emma para com isso.

— Por quê?

— Porque eu não sou de ferro.

— Me diz o que quer fazer?

— Prefiro te mostrar.

Ele a beija, mas para em seguida.

— Vamos embora mocinha.

Ao chegarem na sede ele entrega o celular dele para Emma.

— Me da seu numero?

Ela digita.

— Já te mandei oi. — ele fala.

— Vou entrar.

— Tchau moça.

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