Era uma sexta-feira à noite e Eloá uma mulher de olhos cor âmbar e cabelos longos castanho estava mais uma vez pronta para se envolver em mais uma farra com suas amigas Helena e Clara. As três amigas sempre se reuniam para fumar drogas, beber e se divertir sem limites.
Helena uma mulher de cabelos longos e cacheados, a mais impulsiva do trio, era sempre a que incentivava Eloá a cair na farra. — Vamos lá, Eloá, você é invencível! A vida é curta demais para se preocupar com consequências, dizia ela enquanto acendia mais um baseado.
E assim, a noite começava com as três amigas se preparando para mais uma aventura regada a álcool e drogas. Eloá, que já estava acostumada a dirigir bêbada, não pensava duas vezes antes de pegar as chaves do carro e sair acelerando pelas ruas da cidade.
No meio da festa, depois de várias doses de tequila e algumas carreiras de cocaína, Eloá já estava totalmente drogada e sem condições de dirigir. Mas Clara Uma mulher de franja e cabelos pretos longos, a mais responsável do grupo, não se importava com isso — Bebe mais, Eloá, você consegue!, incentivava ela, enquanto enchia mais um copo de vodka para a amiga.
No final da noite, já altas horas da madrugada, as três amigas entraram no carro de Eloá e saíram em alta velocidade pelas ruas desertas da cidade. A visão embaçada e os reflexos lentos fizeram com que Eloá perdesse o controle do volante e acabass— atropelando alguém que atravessava a rua.
- Um grito estridente de dor ecoou pela noite e Clara, que estava no banco de trás, foi a primeira a reagir - A culpa é sua, Eloá! Eu vou chamar a polícia para você, disse ela, em pânico.
Eloá, tomada pelo medo e pela culpa, não pensou duas vezes. Ela parou o carro bruscamente, saiu correndo porta afora e se embrenhou na escuridão da floresta que margeava a estrada.
Enquanto Helena tentava acalmar Clara e persuadi-la a não chamar a polícia, Eloá corria desesperada, sem rumo, sem destino. O coração batendo descompassado, o suor escorrendo pelo rosto, ela mal conseguia respirar.
A floresta era densa e escura, as árvores se fechavam sobre ela como se quisessem impedi-la de escapar. Galhos se quebravam sob seus pés, folhas secas estalavam ao serem pisadas, o silêncio era ensurdecedor.
Eloá se escondeu atrás de uma árvore grande, tentando recuperar o fôlego e acalmar os pensamentos confusos que invadiam sua mente. O que ela tinha feito? Como poderia ter sido tão inconsequente?
Enquanto isso, Clara, cada vez mais angustiada, decidiu que não podia mais suportar aquela situação. Ela pegou o celular e ligou para a polícia, sem hesitar.
O som de sirenes ao longe fez com que Eloá entrasse em pânico. Ela sabia que não podia ser pega, que sua vida estaria arruinada para sempre se fosse presa por dirigir bêbada e causar um acidente grave.
Com o coração na boca, os olhos arregalados de horror, Eloá fechou os olhos e fez uma oração silenciosamente por uma saída milagrosa daquela situação.
E foi assim que, naquela noite fatídica, Eloá se viu encurralada pela sua própria irresponsabilidade e teve que enfrentar as consequências das suas escolhas. Sozinha na escuridão da floresta, ela sabia que não poderia fugir para sempre do que havia feito. O que seria dela agora, só o destino poderia dizer.
Eloa estava escondida na densa floresta, com suas mãos trêmulas agarradas a um galho fino de árvore. Seu coração batia descompassado, enquanto as lágrimas ameaçavam rolar por seu rosto. Ela sabia que suas amigas Clara e Helena haviam ligado para a polícia naquela noite, traíndo sua confiança de uma maneira tão vil que doía em sua alma.
O céu estava escuro e nublado, as estrelas mal podiam ser vistas entre as densas copas das árvores. O silêncio da floresta era perturbador, apenas quebrado pelo som distante de animais noturnos. Eloa sentia-se perdida, traída e sozinha naquela noite sombria.
Ela lembrava-se claramente da conversa que haviam tido mais cedo, Clara e Helena haviam prometido que estariam ao seu lado, que seriam amigas leais e verdadeiras. Mas tudo isso não passava de uma farsa, uma ilusão cruel que agora a sufocava.
Eloá soluçava baixinho, tentando controlar o choro que ameaçava consumi-la. Ela não conseguia entender por que suas amigas haviam feito aquilo, por que haviam decidido trair sua confiança de maneira tão desprezível. A dor em seu peito era insuportável, parecia que seu coração havia sido partido em mil pedaços.
Enquanto se escondia na escuridão da floresta, Eloa pensava no que havia feito para merecer aquela traição. Ela tentava lembrar-se de algum sinal de que Clara e Helena não eram verdadeiras, mas nada vinha à sua mente. Elas haviam sido tão boas atrizes, tão convincentes em sua falsidade, que Eloa sentia-se uma tola por ter confiado nelas.
O medo começou a se instalar em seu peito, a incerteza do que aconteceria agora que a polícia estava à sua procura. Eloa sabia que não poderia mais confiar em ninguém, que estava completamente sozinha naquela escuridão sufocante.
Mas, apesar de todo o sofrimento e da traição que havia enfrentado, Eloa sabia que precisava encontrar uma maneira de sobreviver. Ela não podia deixar que o desespero a consumisse, que a dor a derrubasse. Ela precisava ser forte, corajosa e encontrar uma saída daquela situação desesperadora.
Com determinação e coragem, Eloa começou a traçar um plano em sua mente. Ela sabia que precisava sair da floresta, encontrar um lugar seguro onde pudesse se esconder. Ela não podia mais confiar em Clara e Helena, mas podia confiar em si mesma e em sua capacidade de superar qualquer obstáculo.
Eloá - Mãe, por favor, eu preciso da sua ajuda!
Amanda - Eloá, o que foi? Por que está chorando?
Eloá - Mãe, eu... Eu atropelei alguém. Estava dirigindo bêbada com minhas amigas e...
Amanda - O quê? Meu Deus, Eloá! Como assim você estava dirigindo bêbada? Onde você está agora?
Eloá - Estou escondida em uma floresta. Clara e Helena chamaram a polícia para mim, mas eu não sei o que fazer. Por favor, me ajuda!
Amanda - Você está louca, Eloá! Como pode fazer uma coisa dessas? Eu não vou ajudar uma drogada sem futuro como você. Se depender de mim, você vai acabar na prisão ou vagando pelas ruas. Eu não quero te ver nunca mais.
Eloá - Mãe, por favor, eu sei que errei. Mas eu estou com medo. Eu não sei o que fazer.
Amanda - Você devia ter pensado nisso antes de sair por aí se drogando e fazendo coisas irresponsáveis. Eu estou cansada de sempre ter que lidar com as suas besteiras. Você precisa aprender a arcar com as consequências dos seus atos.
Eloá - Eu sei, mãe. Eu sei que fui estúpida e egoísta. Mas eu não sabia o que estava fazendo. Por favor, me perdoa.
Amanda - Não é só uma questão de te perdoar, Eloá. Você precisa enfrentar as consequências do que fez. E se isso significa pagar por seus erros na prisão, então que seja. Eu não posso ficar passando a mão na sua cabeça toda vez que você apronta.
Eloá - Mas mãe, eu não sei se consigo aguentar ficar na prisão. Eu estou com medo. Por favor, me ajuda!
Amanda - Você devia ter pensado nisso antes de dirigir bêbada, Eloá. Eu não posso simplesmente resolver todos os seus problemas para você. Você precisa aprender a se virar sozinha.
Eloá - Eu sei, mãe. Eu sei que fui burra. Mas eu não posso fazer isso sozinha. Por favor, me ajuda. Eu prometo que vou mudar, que vou me tornar uma pessoa melhor.
Amanda - Eu já ouvi esse discurso várias vezes, Eloá. E toda vez você acaba cometendo os mesmos erros. Eu estou cansada de sempre ter que estar lidando com as suas confusões. Talvez seja melhor que você fique na prisão por um tempo. Quem sabe assim você aprende de uma vez por todas.
Eloá - Por favor, mãe. Eu não aguento mais. Eu estou com medo. Por favor, me ajuda!
Amanda - Desculpe, Eloá. Mas eu não posso te ajudar dessa vez. Você precisa enfrentar as consequências do que fez. E se isso significa ficar na prisão, então que seja. Eu não posso ficar sempre consertando os seus erros. Você precisa aprender a se virar sozinha.
Eloá - Então é assim que você vai me abandonar, mãe? Depois de tudo o que já passamos juntas? Você vai me deixar apodrecer na prisão? Eu pensava que você me amava.
Amanda - Eu te amo, Eloá. Mas você precisa aprender a ser responsável pelas suas ações. Eu não posso continuar te protegendo de todos os seus erros. Você precisa crescer e amadurecer. E se isso significa ficar na prisão por um tempo, então que seja.
Eloá - Eu não acredito nisso. Eu não acredito que você está me abandonando. Eu pensava que você estaria ao meu lado em todos os momentos. Eu pensava que você me amava incondicionalmente.
Amanda - Eu te amo, Eloá. Mas isso não significa que eu tenha que concordar com todas as suas escolhas erradas. Você precisa aprender a arcar com as consequências dos seus atos. E se isso significa ficar na prisão, então que assim seja.
Eloá - Eu nunca mais quero te ver, mãe. Nunca mais quero falar com você. Você não é mais minha mãe. Adeus.
Amanda - Eloá, espere! Não faça isso! Eu te amo, minha filha. Eu só estou tentando te ensinar uma lição. Por favor, não me abandone.
Mas era tarde demais. Eloá desligou o telefone e afastou-se, perdida na escuridão da floresta, sem saber o que o futuro reservava para ela. E Amanda ficou ali, com o coração partido, sem saber se fizera a escolha certa. E assim, as duas mulheres afastaram-se, cada uma seguindo o seu caminho, sem saber se um dia voltariam a se encontrar, mas a única certeza que Eloá tinha era de que estava sozinha nesse mundo.
A HISTÓRIA DE ELOÁ: Como ela começou a se envolver com as drogas
Eloá sempre foi uma adolescente introvertida e com um grande peso emocional em seu coração. Desde pequena, ela nunca se sentiu aceita por sua mãe, que a via como uma drogada por conta de sua escolha de se vestir de forma alternativa e por suas preferências musicais mais obscuras. A falta de apoio e compreensão por parte da pessoa que deveria ser seu porto seguro a deixava cada vez mais isolada e desamparada.
A pressão psicológica que Eloá sofria em casa era insuportável. Ela se sentia sufocada e desesperançosa, incapaz de enxergar uma luz no fim do túnel. As constantes brigas com sua mãe a deixavam mentalmente exausta, fazendo com que ela buscasse refúgio no mundo das drogas e da autodestruição.
Em um momento de desespero, Eloá tentou se matar pela primeira vez. Ela estava cansada da dor emocional que a consumia diariamente e acreditava que tirar a própria vida era a única forma de escapar daquela dor insuportável. Por sorte, ela foi encontrada a tempo e levada para um hospital, onde recebeu tratamento psicológico e acompanhamento médico.
Mesmo após essa tentativa de suicídio, as coisas não melhoraram para Eloá em casa. Sua mãe continuava a ignorar suas dores e sua falta de aceitação empurrava a jovem ainda mais para o abismo da autodestruição. As drogas se tornaram seu refúgio, sua única forma de escapar da realidade sombria em que vivia.
As noites de Eloá eram marcadas por festas regadas a álcool e drogas, onde ela buscava desesperadamente por um sentido em meio ao caos de sua vida. Mas a felicidade efêmera desses momentos não era capaz de preencher o vazio em seu peito, o sentimento de rejeição e abandono que a consumia por dentro.
Aos poucos, Eloá foi perdendo o controle sobre sua vida. As drogas se tornaram uma prisão, uma forma de escapar temporariamente de seus problemas, mas que só serviam para aprofundar ainda mais sua dor e sua solidão. Ela sabia que estava em um caminho sem volta, que a autodestruição era seu destino se nada mudasse.
Eloá - Luna, preciso conversar com você.
Luna - Claro, Eloá. O que está acontecendo?
Eloá - Eu atropelei alguém enquanto estava dirigindo bêbada.
Luna - O que?! Você está bem?
Eloá - Sim, estou bem. Mas a polícia está atrás de mim. Eu preciso de ajuda.
Luna - Meu Deus, como vamos resolver isso?
Eloá - Eu não sei, Luna. Estou pensando em fugir, ficar vagando sem rumo pelas ruas.
Luna - Não, Eloá. Isso não é uma solução. Você precisa enfrentar as consequências dos seus atos.
Eloá - Eu sei, mas não estou pronta para ir para a prisão.
Luna: E sua mãe? Ela pode te ajudar?
Eloá - Minha mãe me abandonou de vez. Ela nunca mais quer me ver.
Luna - Eloá, você não pode desistir assim. Você precisa se entregar à polícia e assumir a responsabilidade pelo que fez.
Eloá - Não, Luna. Eu não posso fazer isso. Eu não posso ir para a prisão.
Luna - Eloá, eu entendo que você está com medo. Mas fugir não vai resolver nada. Você precisa enfrentar essa situação de cabeça erguida.
Eloá - Você não entende, Luna. Eu não posso ir para a prisão.
Luna - Eloá, eu não posso te ajudar se você não quiser se ajudar. Você precisa tomar uma decisão e assumir as consequências.
Eloá - Eu sei, Luna. Eu sei que estou errada. Mas eu não posso voltar atrás agora.
Luna - Eloá, por favor, pense nas consequências das suas ações. Você pode machucar mais pessoas se continuar fugindo.
Eloá - Eu sei, Luna. Eu sei. Mas eu não posso voltar agora. Eu tenho que ir. Adeus, Luna.
Luna - Eloá, espere! Não faça isso. Por favor, não se entregue a essa vida de fuga e medo.
Eloá sai correndo do albergue, deixando Luna preocupada e sem saber o que fazer. Ela sabia que a amiga estava em perigo, mas não podia obrigá-la a fazer algo que ela não queria.
Enquanto isso, Eloá estava nas ruas, fugindo da polícia e das suas próprias emoções. Ela sabia que estava fazendo a escolha errada, mas estava tão assustada que não conseguia pensar direito.
Eloá caminhava sem rumo, perdida em seus pensamentos. Ela se sentia sozinha e arrependida, mas não sabia como consertar a bagunça que havia feito.
A noite chegou e Eloá se viu em um beco escuro, sem saída. Ela sabia que estava encurralada, mas não podia voltar atrás. Ela tinha medo do que poderia acontecer se a polícia a encontrasse.
Eloá estava completamente exausta depois de uma noite sem dormir, perambulando pelas ruas escuras da cidade. Ela havia perdido tudo o que possuía e agora se via sem teto, sem comida e sem esperança. Com lágrimas nos olhos, ela encontrou um cantinho na calçada e adormeceu.
Ao amanhecer, o sol brilhava forte no céu e Eloá lentamente abriu os olhos. Para sua surpresa, estava deitada em frente a uma empresa renomada, cercada por pessoas bem vestidas e apressadas. Ela se levantou confusa, tentando entender como tinha ido parar ali.
Enquanto isso, um CEO da empresa saiu pela porta principal e avistou Eloá. Seu rosto se contorceu em desgosto ao ver a mendiga em sua propriedade. Ele se aproximou dela com passos firmes e começou a insultá-la de forma cruel.
O que você está fazendo aqui, sua ridícula e patética? Esta é uma empresa de sucesso, não um abrigo para mendigos como você! o CEO gritou, enquanto os funcionários ao redor olhavam com curiosidade.
Eloá se encolheu com as palavras duras do homem, sentindo o peso de sua situação ainda mais pesado. Antes que pudesse dizer alguma coisa, o CEO pegou um balde de água que estava próximo e jogou em cima dela, molhando-a completamente.
Saia daqui imediatamente, você está sujando o lugar com sua presença repugnante! ele ordenou, apontando para a rua com desprezo.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, Eloá se levantou e começou a se afastar, sentindo-se humilhada e desamparada. Ela perambulou pelas ruas, sem rumo, pensando em como a vida havia mudado tão drasticamente.
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