Era um final de tarde ensolarado, com o céu tingido de laranja e rosa. Nathan, um jovem de seus 27 anos usava um terno bem ajustado ao seu corpo atlético, com uma expressão confiante, saía da entrada principal de sua empresa. Ele carregava uma maleta elegante e sorria para alguns funcionários que estão saindo ao mesmo tempo que ele. O ambiente é movimentado, mas seus segurança estão atentos.
De repente, a atmosfera muda.
Carros em alta velocidade surgem, um grupo de homens encapuzados aparecem, saindo dos veículos escuros estacionado estrategicamente na frente do rapaz. Seus olhares são frios e determinados. Antes que o CEO perceba o que está acontecendo, eles avançam em sua direção.
Os seguranças da empresa reagem imediatamente, posicionando-se entre o CEO e os homens. O líder dos meliantes, saca uma arma e grita ordens para que todos fiquem parados. Mas Nathan, não é um homem que se deixa intimidar facilmente. Ele já teve treinamento de tiro e luta, sabe que a situação pode se tornar perigosa rapidamente.
Com um movimento ágil, ele empurra um dos seguranças para o lado e avança contra o primeiro sequestrador, desferindo um soco rápido no rosto do agressor. O golpe pega o homem de surpresa, fazendo-o cambalear para trás. Aproveita a oportunidade e chuta a perna do sequestrador, derrubando-o no chão.
O segundo sequestrador tenta atacar por trás, mas Nathan se vira rapidamente e desvia do golpe. Com um giro habilidoso, ele conecta um soco no estômago do agressor, fazendo-o se curvar de dor. Nesse momento, os seguranças tentam neutralizar outro sequestrador que está tentando contornar a situação.
A luta se intensifica, o rapaz utiliza combinações de socos e chutes com precisão. Ele dá um direto no nariz de um terceiro sequestrador, fazendo sangue espirrar enquanto o homem cai com força no chão. Nathan se concentra em manter os sequestradores à distância enquanto os seguranças lidam com os outros atacantes. No entanto, a adrenalina e a tensão da luta começam a pesar sobre ele. Em meio ao caos, não percebe que outro meliante se aproxima por trás. Com um movimento rápido e traiçoeiro, este atacante desferiu um golpe certeiro na nuca do CEO.
O impacto é brutal, ele sente uma onda de dor intensa antes de tudo ficar escuro. Seu corpo desaba lentamente ao chão, enquanto a luta continua ao seu redor. Os seguranças tentam reagir, mas o cenário está confuso e caótico.
Os sequestradores aproveitam-se do momento em que o rapaz está inconsciente para arrastá-lo até o carro preto que os espera na calçada. As portas se fecham rapidamente atrás deles, enquanto os seguranças lutam para recuperar o controle da situação, mas é tarde demais, Nathan foi levado.
O ambiente segue com gritos ao fundo e sirenes se aproximando à medida que as pessoas na rua começam a perceber a gravidade da situação. A luta continua entre os seguranças e os sequestradores restantes, mas a preocupação pelo destino do jovem paira no ar como uma sombra ameaçadora.
Infelizmente a maioria de seus seguranças, foram mortos, outros gravemente feridos e outros apenas com arranhões.
Nathan é levado para um prédio, um ambiente escuro e sombrio. Ele é trancado num quarto escuro, onde a única luz que ilumina o espaço é a lâmpada do abajur, lançando sombras ameaçadoras ao redor. Ele é colocado sentado em uma cadeira, com um saco preto amarrado firmemente sobre sua cabeça. Suas mãos e pés estão amarrados com cordas grossas, restringindo seus movimentos.
Ao acordar tenta se acalmar, respirando fundo enquanto sua mente trabalha rapidamente para encontrar uma maneira de escapar. A adrenalina ainda corre em suas veias, mas a realidade da situação começa a se instalar. O silêncio é interrompido por vozes baixas que discutem em um canto escuro do cômodo.
De repente, um dos sequestradores se aproxima e retira o saco da cabeça do CEO. Ele pisca contra a luz intensa, tentando se ajustar à nova visão. O sequestrador aponta uma câmera para ele e diz:
— Vamos enviar uma mensagem para sua família! — ordena com um tom de voz irônico.
— Por que? O que querem? Eu tenho dinheiro... posso... — dizia, mas é interrompido com um soco no rosto.
— CALA BOCA! Você invadiu nosso sistema e queremos o que é nosso! — diz entre os dentes, segurando os cabelos do rapaz.
— Não sei do que estão falando! Me solta...
O homem desferiu outro murro em seu rosto, o deixando zonzo.
— Sem agressões! — diz um deles.
O homem balança a cabeça em positivo e volta a atenção para Nathan.
— Então vamos mandar um vídeo para a sua família... tenho certeza que eles devem saber!
— Eles não sabem de nada! Por favor...
Ele sente seu coração disparar e sabe que não pode entregar o que os meliantes pedem. Ele tenta manter a calma e a dignidade, mesmo em meio ao desespero. O sequestrador fala diretamente para a câmera:
— Se vocês quiserem vê-lo novamente, preparem-se para pagar o preço!
Enquanto isso, no Canadá, sua família recebe o vídeo enviado por mensagem. A tela do celular brilha com a imagem dele amarrado na cadeira, e o desespero toma conta do ambiente familiar. Sua mãe cobre a boca com as mãos em choque, enquanto as lágrimas escorrem por seu rosto. Sua irmã fica paralisada, os olhos arregalados de medo. Enquanto o pai do rapaz, imediatamente pega o telefone e faz uma ligação.
O vídeo continua com o sequestrador fazendo ameaças adicionais, mas Nathan tenta transmitir força através de seu olhar. Ele sabe que sua família deve estar assustada, mas ele não pode deixar que isso os derrube. Ele tenta fazer um gesto de encorajamento com a cabeça, mesmo amarrado.
A cena é carregada de desespero da família, que contrasta com a determinação dele em não deixar que os homens ganhem poder sobre ele ou sobre aqueles que ama. A câmera se afasta lentamente enquanto o vídeo termina, deixando a família em um estado de pânico e angústia.
Imeditamente Christopher aciona as damas da noite, que são a única saída diante do caos.
Dulce Fontana…
Meu nome é Dulce Fontana, tenho 24 anos, formada em ciências da computação e pós-graduada em lato sensu e stricto sensu. Resido no México, com meus pais e com os pestinhas dos meus irmãos. Eles são tudo que tenho e tudo o que eu mais amo nessa vida. A minha base, o meu alicerce, o meu porto seguro.
Tenho 1,65 de altura, olhos castanhos claros, cabelos longos na altura da cintura ruivos acobreados com uma textura lisa e sedosa, com movimento suave e ondulado. Corpo magro, com curvas acentuadas.
Sou uma mulher forte, determinada, sincera, extrovertida e, ao mesmo tempo, doce, meiga e tenho os meus momentos de sarcasmo. Adoro olhar no espelho e ver a mulher que me tornei, pois não tenho medo de nada e nem de ninguém.
Não faço o estilo de mulher escandalosa e vulgar, prefiro resolver as situações por meio de diálogo, mas quando não tenho outra opção, não me importo em descer do salto e resolver as coisas à minha maneira.
Tenho uma ligação muito forte com a minha família. Depois que Arya se tornou a minha mãe, nossas vidas mudaram drasticamente e a nossa família se tornou unida, a base de tudo para a minha jornada. O sangue da minha mãe, do coração, não corre em minhas veias, mas ela me ensinou a ser uma mulher forte e independente, atrevo-me a me dizer que sou a cópia exata dela. A amo com todo o meu coração e nossa relação vai além de mãe e filha, somos melhores amigas. Converso com ela sobre tudo e essa relação me faz muito bem e me ajudou a ser a mulher que sou hoje.
Possuo um senso de justiça aguçado, estou sempre pronta para defender aqueles que não conseguem se defender, me coloco do lado dos oprimidos e luto contra as injustiças sociais com fervor. A minha sinceridade me leva a ser direta nas conversas, não tenho medo de dizer o que penso, mesmo que isso signifique ser impopular em algumas situações.
Solteira por opção, uma vez ou outra, fico com um, ou outro, mas não passa de beijos. Só me entreguei a um homem nessa vida, eu tinha somente dezessete anos e foi a melhor experiência de toda a minha vida, mas depois disso me fechei para relacionamentos. Quando tudo aconteceu, eu nunca havia me apaixonado por ninguém, comecei a achar que havia algo de errado comigo, até que a noite que tivemos juntos mudou todos os meus pensamentos e coração. Não me entreguei por impulso, foi uma química sobrenatural, algo que não deu para controlar e, como nunca havia sentido nada assim, resolvi deixar as coisas acontecerem. Não me arrependo de nada daquela noite, cada beijo, toque… tudo foi perfeito e guardei em minha mente e coração.
Acreditei que, após aquela noite, eu conseguiria ter relacionamentos normais, porém, nunca mais senti nada parecido. Não sofro por isso, porque minha cabeça está sempre ocupada no trabalho. Ajudo meu pai na empresa, trabalhando como analista de finanças e controles, quando não estou em missões da máfia.
Meu pai nunca quis que eu entrasse para o mundo obscuro da máfia. No entanto, foi nesse mundo que me encontrei como pessoa e como mulher.
Desde os meus 14 anos, pedi para ir para escolas de treinamento, para aprender a lutar e atirar. Acredito que todas precisamos nos defender, afinal, há muitos homens maldosos que se aproveitam de nossas fragilidades. Passei por uma situação ruim na minha formatura do ensino médio e depois disso, decidi que eu queria que todos esses covardes tivessem o mesmo futuro que preparam para as mulheres que querem se aproveitar.
Como eu disse, nunca dei moral para nenhuma garoto, mesmo muitos deles insistindo. Confesso que dispensei os caras mais gatos do colégio.
A nossa festa de formatura estava animada e todos comiam, bebiam, conversavam e dançavam. Em determinado momento, pedi uma bebida sem álcool e foi quando um dos garotos se aproximou de mim e ficou me cercando, com conversas paralelas. Comecei a sentir a minha cabeça zonza, meu corpo queimava como brasa e eu desejava sentir aquele prazer enlouquecedor que somente um homem foi capaz de me dar.
O rapaz e o garçom me levaram para um quarto e só me recordo da cena deles sendo mortos. Os meus seguranças, que estavam em todo o local, esperaram, eles me levar até o quarto e assim que entraram comigo, foram surpreendidos por eles e mortos brutalmente.
Fui levada para o hospital, não tiveram a chance de encostar um dedo em mim, porém, aquela história me perturbava muito.
Pensava em quantas meninas passaram por situações parecidas e não tiveram a mesma sorte que eu. Quantas mulheres saem para se divertir e acabam sendo drogadas por funcionários de estabelecimentos ou por terceiros e têm a vida destruída por nojentos como estes.
Foi difícil me recuperar do susto e foi quando decidi que queria ajudar mulheres que passam ou passaram por situações assim.
A minha mãe me deu todo o apoio, enquanto meu pai não achava certo eu seguir esse caminho. Ele sempre foi muito preocupado e tem medo de que eu me machuque, mas fui treinada pelas melhores e sei muito bem onde os meus pés pisam.
Minha mãe pediu para eu pensar bem no que queria e quando já não tinha mais o que pensar, fiz o que o meu coração mandava. Durante os treinos, eu me encontrei e cada aprendizado com aquelas mulheres fenomenais me fez amadurecer e admirar, querendo ser como cada uma delas.
Não foi fácil, passei um ano com elas no castelo de Silvana, mas me dediquei ao máximo, aprendendo a ser especialista em lutas, tiro, a lutar com faca e chicotes.
Geralmente, eu não apareço muito nas missões grandes da máfia, trabalho como sniper e como hacker. Isso porque o meu pai surta com a possibilidade de eu estar na linha de frente.
Me especializei em várias áreas de hacker para poder estar sempre um passo à frente dos nossos inimigos. Estudei Ética hacker, teste de penetração (projetam ataques cibernéticos para testar a segurança das redes e sistemas de uma organização), análise forense digital, desenvolvimento de software e pesquisa em segurança.
Dulce...
Acordei bem cedo e fui para a fortaleza, onde treinamos. Todas as manhãs é pra lá que eu vou, quando não estou treinando, estou na academia que tem no galpão.
Passei pela sala de estar, deixei um beijo no alto da cabeça dos meus pais e dos meus irmãos.
Ao chegar na fortaleza, Rebecca se aproxima com um semblante sério, nos cumprimentamos com um beijo no rosto.
Rebecca está passando uma temporada aqui conosco, no México, após resgatar meus primos.
— Aconteceu algo?
— Será que pode dar uma olhada na sala dos monitores?
— Claro!
— Tentaram invadir o sistema da máfia Salvatorre. Será que consegue dar uma olhada daqui?
— Sim, vamos lá!
Rapidamente pegamos o elevador e subimos a sala de monitoramento.
A sala é iluminada pelos monitores que piscam com gráficos e códigos em constante mudança. O ar está carregado de tensão, com o funcionario digitando rapidamente. De repente recebe um alerta em seu sistema: um ataque cibernético em larga escala está direcionado para a infraestrutura da máfia Salvatore e Fontana.
Com um movimento ágil, rapidamente me sentei na cadeira principal, coloquei os fones e me concentrei, na tela a minha frente.
Fixo na tela com determinação, os dados do ataque começam a se desenrolar diante dos meus olhos, mostrando tentativas de invasão e brechas no sistema. Não perco tempo e a minha mente trabalha a mil por hora.
Dou início a uma análise detalhada do tráfego de rede, buscando padrões que possam indicar a origem do ataque. Os gráficos mostram picos de atividade suspeita, e o relógio avança rapidamente. Com um clique rápido, isolo as áreas mais vulneráveis do sistema, criando barreiras para conter o avanço dos hackers.
Enquanto isso, aproveito para implementar senhas complexas para programas críticos, usando uma combinação de letras, números e símbolos que tornam quase impossível para os invasores acessarem os dados. As ideias fluem como um turbilhão, pois sei que preciso ser rápida e eficaz.
Em meio ao caos digital, mantenho a calma, aprendi com minha mãe que a pressa é inimiga da perfeição.
Os meus dedos dançam sobre o teclado executando comandos e configurações com precisão. Ativo protocolos de segurança adicionais e dou inicio a uma verificação completa do sistema em paralelo.
Finalmente, após 30 minutos intensos de luta contra o tempo e os invasores virtuais, consegui estabilizar o sistema. Observo com satisfação os gráficos começando a se normalizar. Os alertas de ataque diminuem até desaparecer completamente.
— Consegui!
Com um sorriso confiante no rosto, finalizei a implementação das novas senhas e medidas de segurança.
— Pronto! Agora, o sistema está protegido contra futuras tentativas de invasão! — digo após respirar aliviada.
Respirei aliviada, enquanto refletia sobre a adrenalina da batalha cibernética que acabei de enfrentar. Sei que essa vitória é apenas mais uma parte do meu trabalho como hacker. Estou sempre pronta para defender nossos aliados contra qualquer ameaça digital.
Recebemos uma chamada de vídeo de Megan 2.0.
— Olá, meninas!
— Olá!
— O que aconteceu? Quem esta se atrevendo a tentar invadir o nosso sistema?
— Veio do Oriente Médio!
— O que esses bastardos, estão querendo?
— Deve ser algum desinformado, porque sabe que conosco não se mexe! — diz Becca.
— Vou rastrear e ver se consigo chegar até o mandante!
— Me mantenha informada!
— Pode deixa!
Para evitar esse tipo de situação novamente, dividimos os sistemas, aqui cuidaremos da máfia Fontana e da Salvatore.
Enquanto Megan cuida da Satheago e Colleman.
Passei horas tentando chegar até o hacker, mas só identifiquei que veio do Oriente Médio. Provavelmente eles destruíram o aparelho utilizado, assim não dá para chegar ao maldito.
Eu e Rebecca, fomos treinar no tatame.
Iniciei o treinamento com um soco direto (jab), estendendo o braço rapidamente em direção ao rosto da adversária. O movimento é ágil e preciso, mostrando a força e a técnica que possuo. Becca responde com um bloqueio alto, levantando o antebraço para desviar do golpe, demonstrando reflexos rápidos.
Executo um chute frontal levantando a perna em um movimento fluido. O chute acerta o ar ao lado dela, que rapidamente faz um desvio lateral, movendo-se para o lado e evitando o impacto.
Em resposta, ela contra-ataca com um chute lateral(yoko geri), girando o quadril e estendendo a perna em direção ao tronco da adversária. O golpe é poderoso, mas consigo me agachar no último momento, escapando do impacto.
Começamos a trabalhar em uma combinação de golpes.Lanço um soco cruzado (cross), mirando na lateral do rosto dela. Becca reage com um gancho (hook), girando o corpo e utilizando a força dos quadris para direcionar o golpe. O som do impacto ecoa no dojo enquanto nos movemos rapidamente.
Aproximamos para uma simulação de luta corpo a corpo. Trocamos empurrões e tentativas de derrubar uma à outra. Tento aplicar uma projeção, segurando o braço dela e girando seu corpo para desequilibrá-la. A mesma responde com uma defesa, colocando seu peso para trás e mantendo os pés firmes no chão. Já estávamos toda suadas, mas mantemos o foco, sem deixar o cansaço nos abater. Eliane nos ensinou a não deixar o cansaço dominar, ela é uma verdadeira mercenária. Quer que sejamos as melhores e pega muito pesado.
Para encerrar a sessão de treinamento, decidimos praticar algumas técnicas avançadas. A luta começa com uma série rápida de ataques: socos diretos seguidos por chutes altos. Tento aplicar um martelo, golpeando com a parte interna da mão ao invés dos dedos, visando desestabiliza-la.
Ela então utiliza uma técnica chamada armbar, tentando imobilizar o meu braço ao cair para trás e puxa o meu braço entre as pernas. Essa manobra exige precisão e tempo, porém, somos lutadoras habilidosas e conseguimos escapar das tentativas uma da outra.
Ao final do treino, estamos ofegantes mas satisfeitas. Nos cumprimentamos reconhecendo o esforço e as habilidades adquiridas durante a sessão.
Conversamos, enquanto nos alongamos para relaxar os músculos cansados.
— Que tal uma boate, hoje a noite? Estou precisando relaxar um pouco!
— Vamos, sim!
Saímos da fortaleza conversando.
Acredito que eu e Becca, podemos ser grandes amigas. Desde que ela chegou no México, não desgrudamos.
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