^^^"A ambição é a única coisa que te leva ao topo..."^^^
...PERSONAGENS PRINCIPAIS;...
Camilla Machado; 20 anos
Ambiciosa, fria e sedutora. É a protagonista-vilã que fará de tudo para sair da pobreza e conquistar o que deseja, mesmo que isso custe amizades e corações.
Daniel Soares; 25 anos
Rico, bonito e educado, é o namorado de Fernanda e alvo dos planos de Camilla, que vê nele a chance de se ascender socialmente.
Rafael Silva; 24 anos
Simples, honesto e apaixonado por Camilla sendo seu namorado atual, mas corre o risco de ser descartado pelo luxo.
Fernanda Moraes; 21 anos
Doce e rica, é a melhor amiga de Camilla desde o fundamental, mas sua vida perfeita despertam a inveja da amiga.
Otávio Moraes; 42 anos
Otávio é um homem rico e influente, dono de uma das maiores empresas de tecnologia do país. Discreto, observador e carrega um charme maduro natural.
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Esses são os personagens principais da história, ao decorrer dela vai aparecer outros e se quiserem até mostro como eles são.
Sinopse:
Camilla nunca quis uma vida simples. Ambiciosa, sedutora e implacável, ela traça um plano para conquistar tudo o que deseja, começando pelo namorado da melhor amiga. Quando coloca os olhos em Daniel, um garoto rico e influente, Camilla enxerga nele a chance perfeita de subir na vida. Mas o que começa como um jogo de manipulação, rapidamente se transforma em um romance tóxico e perigoso, onde amor, obsessão e poder se confundem.
Peço por favor, não venham com críticas. Se não gostarem, é só parar de ler. Cada leitor aqui é livre, mas respeito é essencial.
É minha primeira fic postada, então dêem uma força aí pro autor de vocês kkkk.
Eu escrevi com carinho, mas também com sangue nos olhos porque essa história tem de tudo: falsidade, traição, planos maquiavélicos e o que a maioria ama: Romance quente.
Perdoem-me caso apareça algum erro ortográfico ou de digitação. Estou revisando aos poucos, mas prometo que a emoção vai compensar qualquer detalhe.
Informo que essa fanfic contém:
• Palavras de baixo escalão
• Cenas explícitas (BDSM, desejos, tensões)
• Personagens intensos
• Situações de conflito, manipulação e vingança
• Narrativa cheia de reviravoltas
Se você gosta de vilãs que não têm medo de sujar as mãos... Se curte um romance que flerta com o caos...
Então “Camilla” foi feita pra você.
A mocinha? Bom... ela pode ser a pior de todas.
Ah, e antes que eu esqueça: essa história não é baseada em ninguém real, mas vai que você conhece uma Camilla por aí… cuidado, ela pode estar sorrindo agora mesmo.
Se chegou até aqui, muito obrigado por dar uma chance pra essa novela cheia de reviravoltas.
Espero de coração que goste, comente, compartilhe e acompanhe cada episódio.
A jornada está só começando. E uma coisa eu te garanto: Camilla vai te surpreender.
Agora sim, boa leitura!
Nos encontramos no primeiro capítulo e fiquem com Deus. Curtam muito e já deixem nos comentários o que acharem dessa história.
Nos vemos no primeiro capítulo!
😘
...Narrador...
Num mundo onde beleza é mais importante que o dinheiro, nesse caso então Camilla, nunca precisou de fortuna. Porque o que a vida negou em riquezas, ela compensou com um rosto que hipnotiza e uma presença que ninguém ousa ignorar. Mas por trás do sorriso encantador e do olhar hipnotizante, existe uma mente fria, estratégica, calculista...
Ela não apenas entra em um lugar aleatório, ela domina ele. Onde Camilla passa, ou a ama... ou a teme. Ela sabe o que quer e sabe ainda mais o que fazer para conseguir.
Homens, são apenas peças. Mulheres, obstáculos. A única coisa que ela realmente ama é o dinheiro.
Preparam-se, pois esta não é uma história sobre redenção e nem sobre amor verdadeiro, talvez até seja mais não agora. Aqui, a verdade é distorcida, a lealdade é frágil, e o bem...
Bom, o bem nem sempre vence.
Prontos para mergulhar nessa história movida por ambição e sedução? Pois ela começa agora...
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...Camilla...
Sabe aquela sensação de entrar em um lugar e todos pararem o que estão fazendo só pra te ver passar?
Pois é, bem-vindo à minha rotina.
Som de saltos no corredor. Olhares curiosos. Alguns sorrisos, outras caras amarradas, tem de tudo kkkkk. Eu não preciso fazer esforço. Nem mesmo sorrir, basta aparecer.
As meninas me encaram como se eu fosse um espelho e o reflexo lembrasse a elas tudo o que elas não são. Enquanto os garotos? Bom, eles me olham como se eu fosse um prêmio de uma competição que eles nunca vão ganhar.
Eu chego em meu armário, abrindo ele com calma, pega os livros como se fosse um Fecho a porta do meu armário e ao me virar.
- Oi, Cami!
Eu levo uma mão ao peito, faço um leve drama.
- Aí, Fer... que susto! Quer me matar do coração? - Digo respirando fundo enquanto ela da uma risadinha.
Fernanda Moraes... Minha melhor amiga desde o fundamental. Doce, rica, e burra o suficiente pra confiar em mim com os olhos fechados. Ela é filha de um magnata, um grande empresário na nossa cidade, Otávio Moraes. Criada em berço de ouro, dona de um sorriso que parece de comercial de pasta de dente.
Todo mundo ama a Fernanda. Os professores, os colegas, até os porteiros, mas sabe o que ela tem de mais marcante? Ingenuidade. Ela tem tudo o que eu sempre quis: dinheiro, conforto, status... E ainda por cima, o namorado perfeito.
Fernanda: Foi mal, amiga, mais é que eu tô tão feliz que hoje eu dei um susto até no motorista.
Camilla: Misericórdia, mais o que foi que você tá tão feliz assim? - Digo confusa.
Fernanda: O Daniel tá voltando amanhã de viagem! - Diz ela me abraçando e pulando com felicidade.
Camilla: Fer, pelo amor de Deus! - Digo rindo. - Chega, calma! - Então ela se afasta, ainda muito feliz.
Fernanda: Aí, amiga, depois de tanto tempo, o Daniel finalmente vai voltar depois de 1 ano no México.
Camilla: Parabéns, amiga, tô muito feliz por você, sério! - Digo com um sorriso mais falso que uma nota de 3 reais.
Fernanda: Valeu, amiga. Mais enfim, eu quero buscar ele no aeroporto. Quero ser a primeira a dar um abraço e um enorme beijo nele, porém não quero ir sozinha. Quer ir comigo? - Ela pega em minhas mãos.
Camilla: Claro, porque não. - Dou um sorrisinho.
Fernanda: Valeu, você é a melhor! - Ela me abraça e eu a abraço de volta.
Bom, finalmente irei conhecer o famoso "Daniel" do qual ela tanto fala.
Mais tarde, nesse mesmo dia, estávamos no refeitório almoçando, quer dizer, pra manter esse meu corpinho só estava tomando um suco de uva.
Fernanda: Aí, amiga. Eu tô tão feliz que finalmente o Daniel vai voltar. - Diz ela segurando uma das minhas mãos.
Camilla: Eu não entendo, amiga. Você só ficou meses de beijinhos e abraços com ele antes dele viajar pro México. Mais ele só te pediu em namoro depois que viajou, como assim? - Digo dando um gole no suco.
Fernanda: É porque ele estava confuso, amiga. Foi tão repentino. Ele simplesmente foi selecionado pelo pai dele pra comandar um projeto entre jovens da nossa classe social, reunindo todos os filhos de homens importantes de grandes empresas nesse mundo. Foi por isso que não deu nem tempo dele me pedir enquanto estava aqui no Brasil.
Camilla: Que coisa incrível, né? Ele já é um homem feito eu diria.
Fernanda: Pois é. Ele é um homem de ouro. E eu amo ele.
Esse papo de "Ah, mais eu amo ele" sempre rola. No final é uma grande decepção... Com um ricaço desse, ela sinceramente está de sacanagem comigo.
O sinal acaba tocando e voltamos pra sala, eu me sento na primeira cadeira e os garotos atrás sempre assobiando ou até mesmo cochichando. Até que infelizmente... Ela chega... Minha inimiga número 1.
Bianca: Ow! - Diz ela exclamando com nojo.
- Sinceramente essa sala foi bem mais frequentada. Até a ralé agora está no meio de gente refinada como nós? E pra quem não sabe de quem eu estou falando, estou falando dessa aqui, ó - Ela aponta pra mim com a cara mais ridícula do mundo. - Essa é a Camilla, que apesar de ser assim bonitinha, adivinhem? É uma morta de fome.
Todos começam a rir da minha cara, cochichando numa altura que eu conseguia escutar perfeitamente.
Ah, Bianca. Só de dizer o nome já me dá uma vontade de revirar os olhos. Ela desde o fundamental que vive tentando competir comigo, mas o problema é que pra competir, minha querida, tem que estar no mesmo nível... E Bianca? Bianca nunca estará no mesmo nível que eu.
Ela me odeia e com razão. Sabe que nunca vai ser o centro das atenções enquanto eu estiver por perto. E isso deve doer mais do que um salto quebrado no meio da festa. Mas deixa ela tentar... Quanto mais ela luta contra mim, mais ela me fortalece.
Todos continuam na mesma gargalhada, olho todos a minha volta revoltada e volto a olhar pra Bianca.
- Você sinceramente não tem nada pra fazer não, sua mimadinha ridícula!
Bianca: Pelo menos eu posso ser mimada porque eu tenho tudo o que você tem, mais nunca vai ter! - Ela e todos da turma começa a rir de mim novamente.
Ela simplesmente tá me humilhando na frente de todos, mais isso não vão ficar assim...
- Awnn... Tá dizendo isso porque eu não preciso ser como você? Que precisa usar dinheiro pra preencher o vazio que tem na vida. Que fofinha... Acho que você ainda não superou que quando estávamos no ensino fundamental, todos os garotos que você gostava na verdade gostavam era de mim, né? Você pode ter todo o dinheiro do mundo. - Digo me aproximando dela e paro em sua frente. - Mais nunca vai ter o que eu tenho, que é beleza e acima de tudo, senso.
Todos uivam quando eu acabo de dizer, Bianca cruza os braços e se irrita.
- Você se acha, né, sua nojenta! - Diz ela com o tom nas alturas, se pudesse me avançava naquele momento.
Camilla: Awn, eu não me acho. Eu sou. - Dou um sorrisinho debochado.
O professor chega bem na hora.
- Olha só, em seus lugares, agora!
Eu e Bianca nos sentamos em nossos lugares e olho pra Fernanda, que está dizendo pra eu me acalmar e eu respiro fundo e olho pra Bianca, que está olhando cheia de ódio pra mim. Eu simplesmente dou um sorrisinho cínico e volto prestar atenção no professor, que está começando a explicar a aula.
Depois de algumas horas, finalmente saímos da sala e estava na hora da saída. Estávamos na porta da faculdade, eu e Fernanda.
Fernanda: Bom, vamos fazer uma noite das garotas na minha casa, quer?
Camilla: Mais é claro. - Até que vejo, um garoto vindo de moto, mais não era qualquer um garoto. Era o meu malandrinho, um gato. Meu namorado, Rafael.
Nos conhecemos desde pequenos, porém sempre fomos crushs um do outro. Com isso, se declaramos um pro outro e somos namorados já faz 1 ano. Ele ao contrário de mim, pensa muito devagar, não vê o futuro como eu vejo. Ele acha que tudo é no seu devido tempo, já eu acho que pra se conquistar algo, tem que fazer por si mesmo, sem o tempo definir a hora ou o momento.
Fernanda: Olha quem tá ali na frente. - Diz ela sorrindo pra mim e eu vejo ele, tirando o capacete e sorrindo pra mim, acenando, fazendo eu acenar de volta.
Camilla: O que ele está fazendo aqui? Pra mim ele estava trabalhando no novo emprego dele de mototáxi.
Fernanda: Então aproveita o seu bofe, amiga. Talvez ele vá te levar pra almoçar, sei lá. Depois ele te leva lá pra minha casa, não tem problema.
Camilla: Mais-
Fernanda: Mais nada, mulher. Vai logo! Te vejo mais tarde, tchau! - Diz ela se afastando e entrando naquele jeep prata, indo embora dali.
Maldita hora que o Rafael foi aparecer.
Bem, suspiro e vou andando até ele. Paro em frente a ele.
- Não era pra você tá trabalhando? O que você fazendo aqui? - Digo com um tonzinho de arrogância.
Rafael: Eu vim te ver, gatinha. Mais qual foi? Tá bolada? Que tom de voz é esse?
- Diz ele cruzando os braços, olhando sério pra mim.
Ele percebeu então infelizmente, tive que dar uma segurada na minha revolta e vou utilizar uma voz mais serena.
- Nenhum, amor. Estou de boa. - Digo botando os braços em volta do pescoço dele.
Rafael: Foi mal se atrapalhei algo, vida. - Diz ele botando as duas mãos na minha cintura.
Camilla: Que nada, você nunca me atrapalha. - Dou um beijo na bochecha dele e ele sorri.
Rafael: Bom saber. - Ele sobe uma mão da minha cintura pra minha nuca, me puxando pra um beijo.
Apesar de sempre está vestido assim igual um marginalzinho é um gostoso. E beija super bem...
A gente se afasta do beijo e damos um sorriso um pro outro.
Camilla: Você consegue me deixar balanceada, sabia? - Mordo o lábio inferior e ele dá um sorrisinho.
Rafael: É o meu dom, mais quero te mandar a real. Vim te buscar pra gente almoçar num lugar maneiro? Quer ir?
Camilla: Mentira! Vai me dizer que você vai me levar na Parmê, aquele restaurante chique? - Digo com um sorriso entusiasmada.
Rafael: Bom, não é, mais é um lugar bem melhor! Partiu? - Diz ele dando um capacete pra mim e eu não consigo evitar, estou curiosa demais.
Camilla: Partiu! - Boto o capacete e me coloco atrás dele na moto enquanto ele se ajeita. Eu boto os braços em volta da cintura dele, segurando firme enquanto ele liga a moto.
Rafael: Pronta, gatinha? - Diz ele olhando pelo retrovisor da moto e eu dou um sorriso.
Camilla: Mete marcha, vai! - Digo dando uma risadinha baixa e ele finalmente arranca com a moto.
Estou curiosa pra saber onde é. Mais antes fosse eu estar curiosa pra saber pra aonde eu estava sendo levada por ele...
...Camilla...
Eu sinceramente não consigo acreditar que é nesse restaurante que o Rafael fez questão de me trazer. Eu instantaneamente fiquei com cara de cu no exato momento.
Esse restaurante não tem nada de chique, pelo ao contrário, é de gentalha, gente sem educação, pobre. Eu pensando que ele ia me levar num restaurante chique, ele me leva num restaurante que ainda por cima entrega quentinha!! É muita zoação com a minha cara mesmo.
Nos sentamos numa mesa em frente a vitrine do restaurante. Se aquele ali era o espaço vip, eu não tava nem um pouco afim de saber como era o resto, tanto que não moverei nem um músculo pra levantar dessa mesa.
Continuo com a minha cara de cu, enquanto ele vê o cardápio.
Rafael: Aí, morena! Vai querer o que? - Diz ele sorrindo pra mim mostrando o cardápio.
Camilla: Não sei. Tem a opção aí "Ir embora desse lugar"? - Digo revirando os olhos e olhando pra fora do restaurante, vendo a rua movimentada.
Rafael: Ah qual foi, morena? Quer ir embora porque? - Diz ele colocando uma mão sobre a minha.
Camilla: É sério que você pergunta isso? Olha só o habitat em que você me leva. - Digo com um tom arrogante. - Digo olhando em volta. - Sério, isso não é pra mim, Rafael.
Rafael: Mais, meu amor. Desde pequeno que a gente vem aqui com os nossos pais e você nunca fez essas graças. Porque tá assim agora?
Camilla: Eu não sou obrigada a ficar num lugar como esse! Um bando de gente sem educação comendo feito umas draga! - Digo olhando em volta com a expressão enojada.
Rafael: Camilla, o que tá acontecendo com você? Você mudou muito desde que foi pra essa faculdade de gente riquinha metida a besta. - Diz ele tirando a mão de cima da minha e largando o cardápio, se escorando na cadeira cruzando os braços olhando sério pra mim.
Camilla: Não tem nada a ver com a minha faculdade, Rafael! Eu só simplesmente não sou obrigada a ficar num lugar como esse? Eu sou muito mais do que isso! Uma garota bonita, educada e inteligente como eu, não merece tá num lugar desse e o pior, perto de gente como essa! - Digo com um tom mais elevado e com um olhar irritado.
Rafael: Sem querer te acordar do seu incrível mundo cor de rosa mais você também faz parte desse mundo, Camilla! Deixa de sonhar vai! - Diz ele também com um tom revoltado.
Camilla: Deixa disso você! - Me levanto da cadeira e levanto o tom de voz.
- Eu não sou obrigada a fazer e agir como você quer! Eu vou continuar pensando assim! Não sou obrigada a ficar perto de um bando de gente mal educada! Já não basta ser pobre, ainda tem má educação? Se você gosta de ser pobre e gosta de ficar no meio de gentinha pobre como você o problema é seu, Rafael! Eu não fico aqui nessa espelunca nem mais um segundo!
Eu pego minha bolsa e saio daquele restaurante. Tá repreendido ficar num lugar como aquele por mais um segundo.
Com isso, pego um motouber no caminho e vou pra minha casa. Só de olhar pra essa vila me dá ânsia, juro.
Digo vila, porque morar em morro já é uma decadência, falar é pior ainda. Vila é menos clichê e menos pobre.
Evito a passar cumprimentando todos, por isso me acham nojenta, não que eu não seja, só que eu não gosto de dar ibope da minha vida pra outro pobre, de desgraça já basta a vida da pessoa que tenha a mesma situação que a minha.
Chego em minha casa e vejo minha mãe na cozinha.
- Oi, mamãe. Cheguei. - Fecho a porta e chego por trás dela, dando um beijo em sua testa.
Maria: Oi, meu amor. - Diz ela sorrindo pra mim.
Minha mãe se chama Maria Aparecida Machado. Nome de uma mulher batalhadora, dessas que o mundo esmaga e ela ainda assim continua em pé. Criou eu e meu irmão mais velho, Caio, sozinha, lavando roupa, cozinhando pra fora, limpando a casa dos outros enquanto esquecia de cuidar dos próprios sonhos.
Ela é o retrato do sacrifício. O tipo de mulher que se contenta com pouco, que acha bonito ser humilde. Mas eu? Eu nasci pra mais.
Ela me ensinou valores, tentou me mostrar o caminho certo... mas eu decidi trilhar o meu. Porque, ao contrário dela, eu não vou morrer invisível. Com todo respeito, mãe... eu não nasci pra ser Maria, eu nasci pra ser Camilla.
Maria: Como foi o primeiro dia na faculdade? - Diz ela sorrindo enquanto lava a louça e eu me sento na mesa, botando a bolsa encima da mesa.
Camilla: Ah, foi bom... - Digo revirando os olhos enquanto bebo um copo de suco de laranja.
Maria: E aí? A Fernanda caiu na sua sala? Pelo o que eu saiba ela também ia cursar na mesma faculdade que a sua. - Diz ela desligando a bica e secando as mãos no pano de prato antes de se sentar ao meu lado.
Camilla: Sim, ela caiu. Pelo menos eu tenho ela de amiga.
Maria: Ah e eu queria falar sobre algo antes que seu irmão chegue.
Eu estou aceno com a cabeça e ela pega em minhas mãos. Sinceramente eu tenho até medo dessa cara de mongol que a minha mãe faz antes de contar as coisas.
Maria: Bom, o seu irmão tá tendo que fazer plantão duplo pra continuar ganhando o salário que ele ganhava, o suficiente pra pagar a sua mensalidade na faculdade. Mais infelizmente não tá recebendo o suficiente por conta do aumento de funcionários aonde ele trabalha, com isso não tem dinheiro o bastante pra pagar sua faculdade.
Camilla: Como é que é, mãe? - Me levanto da cadeira e me afasto da mesa. - Não... Isso não pode ser verdade! Eu já tô devendo o mês de outubro e novembro, como é que eu vou fazer?
Maria: Sinto muito, meu amor, mais você vai ter que aumentar esse prazo do pagamento.
Camilla: Mais a questão é que eu não sei se consigo pedir mais um prazo pro diretor! Já é o segundo e tenho certeza que ele não vai aceitar! Ele vai pensar que estou abusando da bondade dele! - Digo com a mão na cabeça, totalmente frustrada.
Maria: Calma, minha filha. Tudo tem um jeito. - Ela diz se aproximando de mim tentando me tocar.
Camilla: Não, não tem um jeito, mãe! - Digo tirando a mão da cabeça e com o tom de voz alterado, fazendo minha mãe se afastar de medo. - É sempre assim, o Caio vai arrumar um jeito de fazer que tranquem minha matrícula e eu não vou pode me formar! Já está na merda da reta final e porque isso tem acontecer logo com a gente?! Isso tudo é culpa da desgraça da pobreza!! - Digo gritando e minha mãe se assusta ainda mais.
Maria: Minha filha, não adianta colocar a culpa na pobreza agora, pelo amor de deus, se acalma! - Diz ela num tom manso, me fazendo ficar mais irritada ainda.
Camilla: É sim, é tudo culpa da pobreza!! - Digo me aproximando dela, ainda com o tom de voz elevado. - Porque eu não posso ter uma vida luxuosa, porque todos podem ter tudo e eu não?! Eu tenho uma mísera bolsa na faculdade e ainda sim devo 2 meses de mensalidade por causa do trabalho inútil do Caio!!
Maria: Não fala assim do seu irmão, Camilla!! - Diz ela dando um tapa na minha cara.
Eu simplesmente me choco com isso que aconteceu, minha mãe nunca foi de me bater. Eu coloco a mão no rosto e tiro o cabelo da minha cara, olhando pra ela com um olhar de fúria.
Maria: Você dê graças a deus que o seu irmão está trabalhando enquanto eu ainda não arrumei um trabalho fixo de empregada na casa de alguém ainda! - Diz ela com o tom elevado e se aproximando do meu rosto. - E você pode não ter uma vida luxuosa, mais pelo menos você tem o primordial na vida de um ser humano: Saúde e amor!
Camilla: - Dou uma risada debochada. - Obrigado pelo seu discursinho motivacional mais eu nunca vou pensar assim como você! Eu quero o que eu mereço, sou jovem, bonita, não sou obrigada a ficar no meio de pobreza sendo assim e agir como se fosse normal porque não é! - Digo tirando a mão do rosto e olho séria pra ela.
Maria: Você acha mesmo que por ser jovem e bonita merece tudo, não é, Camilla? Mais a vida não é assim. A vida-
Camilla: Ah, me poupe dos seus discursinhos motivacional novamente, mãe! A vida é assim, sim! Só a senhora que age na maior naturalidade e romantiza a vida nessa desgraça de pobreza!! A vida tem muito mais a me oferecer! Saúde, realmente é o primordial. Agora o Amor, mãe? - Digo me aproximando do rosto dela. - Presta bem atenção no que eu vou te dizer. Amor não enche barriga e nem paga a droga dos boletos! - Digo pegando minha bolsa da mesa e entro pra dentro do quarto, fechando a porta com força.
Pego meu celular na bolsa e ligo para Fernanda.
Ligação On🟢
^^^Fernanda: ? - Diz Fernanda no outro lado da linha.^^^
Camilla: Alô, Fer, sou eu, Camilla? Posso ir pra sua casa?
Fernanda: Claro, estou te esperando.
Ligação Off 🔴
Já estava escurecendo, troco de roupa, coloco algo mais confortável, uma blusa branca com a foto da família simpson e um short jeans curto com um chinelo preto da havaianas.
Saio do quarto, pego minha bolsinha preta, coloco o meu celular e gloss dentro, preparada pra sair.
Maria: Pra aonde você vai, Camilla? Não pode sair toda vez que brigamos! - Diz ela cruzando os braços.
Camilla: Não me enche! Estou indo pra Fernanda, tchau! - Abro a porta e saio.
Maria: Camilla, não ouse! - Diz ela chegando perto da porta e eu a fecho, sinceramente, nem me importando mais com o que ela estava falando.
Pego novamente um mototáxi, o mesmo de cedo, pois era amigo de Rafael e digamos que... Eu e o Rafael ainda estamos brigados mesmo.
Ele e a minha mãe são igualzinhos. Só pensam positivo e romantizam essa porcaria de pobreza! Nunca que eu vou ser assim.
Alguns minutos depois, chego na casa da Fernanda.
É linda, não é? E por dentro é ainda melhor. Algum dia, mais cedo ou mais tarde, eu irei conquistar tudo isso e muito mais...
O segurança me deixa entrar, com isso chego na entrada e vejo Fernanda me esperando.
- Oi, Cami! - Diz ela me abraçando e eu a abraço de volta.
Camilla: Oi, Fer, ainda bem que você me deixou vim pra cá. - Digo botando a minha bolsa numa mesinha mais próxima.
Fernanda: Que houve? Brigou com o Rafael ou algo do tipo?
Camilla: Na verdade sim. Com ele e com a minha mãe. - Digo bufando e cruzando os braços.
Fernanda: Meu Deus, Camilla! Duas brigas no mesmo dia com pessoas que você ama? - Diz ela rindo. - Eu não quero ser a próxima, não.
Camilla: Jamais! - A gente ri. - Mais realmente, são brigas demais e eu resolvi vim pra casa da minha melhor amiga, né? Aqui pelo menos eu tenho paz e conforto.
- Digo sorrindo e ela retribui.
Fernanda: Sempre! Vamos entrar!
Ela bota o braço em volta do meu ombro e eu boto um braço em volta da cintura dela, com a cabeça apoiada no ombro dela, andamos pra dentro da casa juntas enquanto rimos com a situação...
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