(Antes de começarmos uma nova jornada…)

Olá, minhas leitoras queridas.

Antes de mergulharmos na história de Leonardo e Isabela, eu preciso te dar alguns avisos importantes.

Este não é apenas mais um romance. É um mergulho profundo nos limites da dor, da desconfiança, do arrependimento e — acima de tudo — da redenção.

Aqui, o amor não chega fácil. Ele é arrancado das sombras, construído com cicatrizes e sustentado por escolhas difíceis.

Gatilhos emocionais que você poderá encontrar nesta história:

— Abandono emocional

— Violência verbal e psicológica

— Perda familiar

— Desigualdade de poder entre os protagonistas

— Traições do passado

— Paternidade inesperada

— Perigo físico em situações de estresse

Se você estiver em um momento sensível, leia com cautela.

Mas se decidir ficar… prometo que será intensa. Dolorosa. Mas recompensadora.

Leonardo é um homem frio, prático e autoritário. Carrega nas costas a responsabilidade de uma família despedaçada e um passado manchado de tragédias. Ele aprendeu que amar é perigoso. Que confiar é abrir uma brecha para a destruição.

Isabela, por outro lado, é luz ferida. Uma mulher forte, que renasce de um relacionamento abusivo e de perdas irreparáveis. Ela não aceita metades. E quando Leonardo tenta dominá-la com o mesmo gelo que usou a vida inteira, ela revida — com alma, coragem e amor.

Durante a história, você vai odiá-lo. Depois, vai entender.

Você vai chorar por ela. E depois se inspirar.

Você vai torcer, gritar, talvez até querer largar o livro…

Mas se seguir até o fim, verá o que acontece quando dois mundos em ruínas decidem se reconstruir juntos.

Sim, há redenção.

E quando ela chegar, vai doer bonito.

Sejam bem-vindas ao livro de Leonardo e Isabela.

Preparem o coração.

E como sempre… me encontrem nos comentários.

Avisos importante da autora ..

— Não reviso os capítulos antes de postar!

Pode conter erros de digitação, ortografia ou concordância. Então tenham paciência e foquem na emoção da história, combinado?

— Fiquem à vontade para xingar os personagens, mas não a autora!

Sou humana como vocês. Coloco meu coração em cada linha e aceito críticas construtivas, mas respeito sempre será prioridade aqui.

— Postarei o livro completo, sem pausas longas.

Então preparem-se para maratonar e viver cada emoção com intensidade.

— Me sigam no Instagram: @autora_sueferrasso

Lá compartilho novidades, trechos exclusivos e bastidores da escrita. Vocês vão amar!

— Participem do grupo de WhatsApp exclusivo!

Lá temos spoilers, brincadeiras, votação de capas, momentos de desabafo e muita interação entre autora e leitoras. É nosso cantinho de conexão real!

Nos vemos nas próximas páginas…

Agradecimentos da autora

Agradecimento da Autora

Se você chegou até aqui, meu coração te abraça com força.

Obrigada por me permitir entrar na sua vida, mesmo que por algumas páginas.

Escrever essa história foi um processo intenso. Teve dor, teve dúvida, teve noites em claro — mas também teve amor. Muito amor.

Por cada personagem. Por cada diálogo. Por cada cena que tocou vocês de alguma forma.

A sua leitura, o seu comentário, o seu voto… tudo isso faz com que eu continue.

Não é sobre números, é sobre conexão. Sobre saber que, em algum lugar, alguém sorriu, chorou ou se arrepiou junto comigo.

Obrigada por confiar na minha escrita.

Por não desistir nas partes difíceis.

Por torcer, por sentir, por se entregar.

Esse livro é nosso.

E você… é parte dele.

Com todo carinho,

Sue Ferrasso

Isabela sempre teve tudo que o dinheiro podia comprar.

Filha única de uma das famílias mais ricas do país, sua vida era feita de luxos, viagens e sonhos planejados.

Mas, no seu íntimo, ela queria apenas algo simples: ser amada de verdade.

Foi por isso que, quando seus pais lhe apresentaram Leonardo Vasconcellos, ela acreditou que talvez, enfim, o destino estivesse sendo generoso.

Leonardo era tudo o que qualquer mulher poderia querer: alto, lindo, de fala firme e sorriso irresistível.

Dono de impérios nos ramos de tecnologia, hotéis, vinícolas… ele parecia inalcançável, poderoso, perfeito.

O que Isabela não sabia era que, por trás da fachada impecável, Leonardo escondia uma crise financeira devastadora.

Endividado até o pescoço, ele via na fortuna dos Costa e Silva sua última chance de salvação.

E, pior ainda: no fundo do coração, Leonardo sempre amara outra mulher — Valentina, sua paixão dos tempos de colégio, que jamais lhe dera bola até ele ficar rico.

O casamento foi celebrado em meio a flashes, promessas vazias e contratos assinados com sangue invisível.

Isabela, com os olhos brilhando de amor, jurou a ele fidelidade e entrega.

Leonardo, com o coração fechado e rancoroso, apenas sorriu para as câmeras.

Logo na primeira noite, a máscara caiu.

Leonardo foi frio, distante.

Ele a tocou como se estivesse cumprindo um dever, e não um desejo.

E, no dia seguinte, já a humilhava.

Leonardo - Não pense que um anel no dedo te faz dona de mim, Isabela— ele disse, sem nenhuma piedade.

Leonardo - Você é só mais um investimento.

Cada palavra cortava sua alma como uma lâmina.

Isabela tentou resistir.

Tentou mostrar carinho, compreensão, tentar conquistar aquele homem que ela agora amava sem saber explicar por quê.

Ela suportava o desprezo, as ausências, as mentiras.

Suportava as humilhações, as festas onde Leonardo dançava com Valentina na frente de todos, como se Isabela nem existisse.

E, mesmo assim, mesmo despedaçada, quando Leonardo a procurava nas madrugadas frias, faminto e cruel, ela se entregava.

De corpo e alma.

Porque o amor, às vezes, é um veneno doce que nos mata devagar.

Até que uma noite, depois de uma das piores brigas, Isabela descobriu: estava grávida.

Uma nova vida crescia dentro dela.

Uma esperança.

Um motivo para lutar.

Mas ela sabia que não podia contar.

Leonardo não queria laços.

Não queria amor.

E, se soubesse, poderia odiá-la ainda mais.

Ela decidiu guardar o segredo.

Proteger seu bebê.

Sozinha.

Mal sabia ela que Valentina já tramava nas sombras, envenenando Leonardo com mentiras, até que ele, cego de ódio, cometesse o pior dos erros:

Expulsar Isabela de sua vida da forma mais cruel possível.

Humilhando-a diante do mundo inteiro.

Destruindo tudo que ela ainda acreditava ser possível.

Mas o destino ainda tinha suas próprias cartas para jogar.

E a vida… a vida sempre dá voltas.

Dolorosas.

E surpreendentes.

A mansão estava cheia.

Pessoas elegantes, jornalistas, câmeras — todos reunidos para mais uma festa de negócios que Leonardo fazia questão de exibir.

Eu estava lá, com um vestido longo azul, escolhendo cada sorriso, cada passo, tentando parecer perfeita para ele.

Tentando, mais uma vez, ser digna do seu amor.

Mas algo estava errado desde o começo da noite.

Leonardo mal me olhou.

Bebia muito.

Ria alto demais com Valentina ao seu lado, como se eu fosse invisível.

Senti meu coração apertar quando ele atravessou o salão e parou diante de mim, olhos frios, sorriso cruel.

Leonardo -Quer mesmo bancar a esposa perfeita, Isabela?” ele perguntou em voz alta, atraindo os olhares de todos.

Meu rosto ardeu.

Isabela - Leo… por favor…” tentei sussurrar, sentindo meu peito se fechar.

Mas ele não parou.

Deu um passo adiante, o olhar queimando de raiva.

Leonardo - Você acha que pode comprar amor? Que um nome bonito e uma conta bancária gorda fazem de você uma mulher desejável?”

Um burburinho se espalhou.

Senti as pernas fraquejarem.

Valentina, parada atrás dele, riu debochadamente, sem nem tentar disfarçar.

Valentina- Você é patética, Isabela,” ele continuou, impiedoso.

Leonardo - Uma boneca de porcelana quebrada… Nem pra cama você serve direito!”

As palavras foram um golpe no peito.

As pessoas cochichavam, olhavam com pena — ou com diversão.

Eu queria desaparecer.

Valentina - Olha só,— Valentina disse, dando um passo à frente, sorrindo como uma cobra.

Valentina - Ela tá quase chorando… Que cena patética.”

Leonardo soltou uma risada amarga.

Leonardo- Vai embora, Isabela. Some da minha frente. Você me enoja.”

As lágrimas queimaram minha visão.

Por um segundo, pensei em implorar, em explicar, em contar sobre a vida que crescia dentro de mim.

Mas não.

Eu precisava ir.

Pelo meu bebê.

Pela dignidade que ainda restava.

Segurando a barriga sem que ninguém percebesse, virei as costas e caminhei pelo salão, enquanto as risadas e os cochichos me perseguiam como fantasmas.

Sozinha...Arrasada…Destruída… Mas viva.

E, pela primeira vez, com uma decisão clara no coração:

Nunca mais.

Fui embora naquela noite sem olhar para trás.

A vergonha, a dor, o desprezo… tudo pesava sobre meus ombros como toneladas.

Eu me escondi em um pequeno hotel barato na periferia da cidade, levando apenas a roupa do corpo, o celular que logo seria cortado e o meu maior tesouro: o bebê que crescia dentro de mim.

Achei que, pelo menos, teria meus cartões, minhas contas.Que conseguiria recomeçar.

Mas o golpe final ainda estava por vir.

Na manhã seguinte, quando tentei sacar algum dinheiro, a tela fria do caixa eletrônico piscou:

“Conta bloqueada.”

Confusa, liguei para meu gerente.

Esperei horas sem resposta.

Até que, no final do dia, bateram na porta do quarto de hotel era ela

Valentina.

Vestida de forma impecável, com aquele sorriso venenoso que eu aprendi a temer.

Valentina - Que surpresa, Isabela — ela disse, entrando no quarto sem ser convidada.

Valentina - Não é tão divertido ver a princesinha caída, não é?

Eu me levantei, o corpo trêmulo.

Isabela - O que você quer?— perguntei, tentando manter a firmeza na voz.

Ela riu.

Valentina - Só vim dar uma notícia… de mulher pra mulher.”

Aproximou-se, quase tocando meu rosto.

Valentina - Você está falida, querida. Tudo que era seu… não é mais.”

Meu coração parou.

Isabela - C-como assim?” gaguejei.

Valentina inclinou a cabeça, se divertindo com meu desespero.

Valentina- Você confiava demais nas pessoas erradas, Isabela. Enquanto você assinava papeladas que nem lia, seus próprios advogados que, por acaso, também eram meus transferiam todos os seus bens. Suas contas, suas ações, seus imóveis… Tudo agora tem novo dono.”

Ela piscou, cínica.

Valentina - E adivinha quem é?”

Meus joelhos fraquejaram. Segurei na parede para não cair.

Isabela- Você…” sussurrei, sentindo o gosto amargo da traição na boca.

Valentina - Bingo!” ela disse, dando uma risadinha sarcástica.

Valentina - Você está oficialmente na miséria. Sem casa. Sem dinheiro. Sem nome.”

Valentina se inclinou mais perto, o perfume forte me sufocando.

Valentina- Agora, você é exatamente o que sempre foi: nada.”

Ela foi embora rindo, deixando um rastro de perfume caro e veneno no ar.

Eu me joguei na cama, abraçando a barriga protetivamente, as lágrimas escorrendo silenciosas.

Eu tinha perdido tudo.

Tudo, menos meu filho.

E era por ele que eu iria me reerguer.

Mesmo que tivesse que começar do zero.

Mesmo que o mundo inteiro quisesse me ver caída.. Eu morreria e renasceria, se fosse preciso.

Porque agora, mais do que nunca, eu tinha um motivo para lutar.

(E em algum lugar daquela mesma noite, Leonardo sorria ao lado de Valentina… sem imaginar que havia perdido muito mais do que dinheiro.)

Eu sabia que era loucura.

Mas eu não tinha escolha.

Estava sem dinheiro, sem proteção, sem ninguém.

Precisava sair daquela cidade antes que fosse tarde demais.

E, ironicamente, a única pessoa de quem eu poderia roubar… era justamente quem havia me tirado tudo.

Leonardo.

Esperei o anoitecer.

A mansão dos Vasconcellos era enorme, mas eu conhecia cada canto.

Caminhei pelas sombras como um fantasma.

Meu coração batia tão forte que doía.

Entrei pela porta dos fundos, que alguma empregada distraída deixou mal fechada.

O ar ali dentro era gelado, cortante.

Nada parecia mais meu.

Subi as escadas com passos silenciosos até o quarto que um dia eu chamei de nosso.

O quarto onde tantas lágrimas minhas secaram no travesseiro.Sobre a cômoda, vi a carteira de Leonardo.

Abri, tremendo.

Havia notas de cem reais dobradas, muitas.

Peguei aproximadamente cinco mil — o bastante para fugir, para começar algo novo, longe dali.

Mas algo me impediu de sair imediatamente.

Um movimento, quase instintivo.Olhei para a cama.

Mas então vi algo sobre a cama.

Uma pasta.

Meu peito apertou.

Me aproximei e a abri.

E lá estavam eles: os documentos do divórcio.

Mas…

O papel estava intacto.

Não assinado por ele.

Meu coração parou por um segundo.

Eu folheei as páginas, desesperada, procurando alguma assinatura.

Nada.

Ele não havia assinado.

Ele ainda não havia se libertado de mim.

Peguei uma caneta, com a mão tremendo, e assinei meu nome na parte que me cabia.

Era como rasgar minha própria alma, mas eu precisava daquilo.

Eu precisava ser livre dele.

Quando terminei, senti uma sombra atrás de mim.

O ar ficou pesado.

Me virei devagar.

Leonardo estava parado na porta.

Braços cruzados. Olhar sombrio.

Leonardo-Assinando sozinha, Isabela?” ele perguntou, a voz baixa e cruel. “Que pressa é essa de se livrar de mim?”

Minha garganta fechou.

Segurei o documento contra o peito, como se fosse um escudo.

Isabela - Eu só… estou fazendo o que você sempre quis,” sussurrei, tentando soar firme.

Ele riu.

Um riso amargo, sem alegria.

Leonardo - Você é ainda mais patética do que eu pensava.”

Deu alguns passos até mim.

Cada movimento dele era uma ameaça.

Leonardo - Achou que ia roubar meu dinheiro e sair como a pobre vítima traída?” disse, com desprezo.

Leonardo - Olhe pra você, Isabela… Você não passa de uma aproveitadora desesperada.”

Seus olhos brilharam de ódio.

Leonardo - E acha mesmo que eu vou te libertar assim tão fácil?”

Ele arrancou os papéis das minhas mãos, amassando-os sem olhar.

Meu coração se partiu de novo.Ele nunca quis me libertar .: Ele queria me destruir.

Leonardo - Você ainda é minha esposa,” ele sussurrou com veneno.

Leonardo - Querendo ou não.

Senti as lágrimas ameaçarem cair, mas me recusei a deixá-las vencer.

Isabela - Não por muito tempo,” sussurrei de volta.

Dei um passo para trás, erguendo o queixo com o pouco de orgulho que ainda me restava.

Sem pensar, corri.

Desci as escadas, saí pela porta dos fundos, peguei o dinheiro do chão molhado do jardim.

E fugi… Fugi como quem foge da morte.

Porque era exatamente isso que aquele lugar significava para mim: a morte dos meus sonhos, do meu amor, da minha inocência.

Mas não a do meu filho.

Nunca.

(E lá atrás, no quarto vazio, Leonardo segurava os papéis amassados entre os dedos… o olhar perdido, a respiração pesada, sem entender por que aquela pequena assinatura o havia ferido tão profundamente.)