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Amor Proibido

Capítulo 01- Apresentação dos Personagens

Apresentação dos Personagens

Laura Smith — 20 anos

Jovem doce, sonhadora e intensa. Está em um relacionamento há dois anos com Pietro, mas nunca se sentiu verdadeiramente priorizada. Filha única, sempre valorizou a lealdade e o amor verdadeiro.

Enzo Bianchi — 42 anos

Empresário bem-sucedido e viúvo há quatro anos. O casamento que teve foi apenas um acordo de negócios, sem amor verdadeiro. Sempre foi reservado e sério, mas ao conhecer melhor Laura, descobre sentimentos que nunca experimentou. Um homem protetor, carinhoso e intensamente apaixonado.

Pietro Bianchi — 22 anos

Filho de Enzo. Jovem, imaturo, irresponsável em sentimentos. Namora Laura, mas a trai com Camila, sem pensar nas consequências. Quando perde Laura, se torna rancoroso e tenta separá-la do seu pai.

Camila Vasques — 20 anos

Amiga de infância de Laura, mas carrega uma inveja silenciosa. Sempre quis tudo que Laura conquistava: atenção, beleza, e agora, o namorado dela. É dissimulada e manipuladora.

Capítulo 1 – Primeiros Olhares

O sol da tarde atravessava as grandes janelas de vidro da casa de enzo, iluminando o elegante salão com um brilho dourado. Laura ajeitava o vestido leve que usava, sentindo-se desconfortável. A reunião de família parecia mais fria do que de costume. Pietro, seu namorado há dois anos, mal havia olhado em sua direção desde que ela chegara.

Do outro lado da sala, o olhar de Enzo Bianchi repousava sobre ela. O homem, com seus cabelos negros levemente grisalhos nas têmporas, vestia uma camisa social branca dobrada nos antebraços, revelando pulsos fortes e um relógio de pulso elegante. Seu porte imponente e os olhos castanhos, profundos e atentos, pareciam observar Laura com mais interesse do que deveriam.

— Quer beber alguma coisa, Laura? — ele perguntou, com uma voz grave que provocou arrepios em sua pele.

Ela sorriu, tímida, aceitando o copo d'água que ele lhe ofereceu. Seus dedos roçaram sem querer, e Laura sentiu uma estranha onda de calor subir pelas suas costas. Tentou ignorar, atribuindo à tensão de estar na casa de Pietro.

Camila, sua melhor amiga — ou assim pensava — se aproximou e puxou Laura pelo braço.

— Vamos ali fora conversar! — disse, com um sorriso forçado.

Laura assentiu, notando que Pietro nem se preocupava em olhar para ela. Estava entretido no celular, rindo de algo que parecia extremamente mais interessante que a presença dela.

No jardim, Camila acendeu um cigarro e soltou uma risada amarga.

— Você se esforça demais com o Pietro. Homens odeiam isso. — disse, encarando Laura com um olhar cheio de algo que ela não conseguiu identificar na hora: inveja.

Laura apenas suspirou. Não queria discutir. Sabia que algo estava mudando em seu relacionamento, mas não conseguia entender o quê. E isso a corroía por dentro.

Quando voltaram para a sala, Enzo ainda estava lá, agora sozinho, observando calmamente o movimento. Seus olhos se encontraram novamente, e Laura sentiu uma estranha segurança naquele olhar firme. Era diferente de tudo que Pietro fazia ela sentir. Não era dúvida, não era carência — era proteção.

Ela desviou rapidamente o olhar, corando.

"Você está ficando louca", pensou.

Mas Enzo, com um meio sorriso discreto nos lábios, não desviou o olhar.

 

Mais tarde, quando todos se reuniram para jantar, Laura se sentou ao lado de Pietro, que permaneceu frio e distante. Camila, por outro lado, sentou-se do outro lado de Pietro, rindo alto de qualquer bobagem que ele dizia.

Laura abaixou os olhos para o prato, sentindo o estômago embrulhar. Aquela cena parecia errada. Ela se sentia uma intrusa no próprio relacionamento.

Enzo notou.

Durante o jantar, ele buscou formas discretas de confortá-la: perguntando sua opinião, incluindo-a na conversa, elogiando discretamente seu vestido. Pequenos gestos que foram lentamente aquecendo o coração machucado de Laura.

No fim da noite, ao se despedir, Laura foi a última a sair da casa. Pietro já estava no carro, esperando impaciente.

Enzo se aproximou dela no corredor, onde estavam sozinhos por um momento.

— Laura... — ele disse, com a voz baixa e intensa. — Você merece mais do que isso.

Ela piscou, surpresa, o coração disparando.

— O quê? — murmurou, sem entender completamente.

Enzo apenas sorriu de forma triste, passando a mão nos cabelos com um gesto de frustração contida.

— Apenas lembre-se disso.

Sem esperar resposta, ele se afastou, deixando Laura parada no corredor, sentindo seu coração martelar no peito e uma confusão estranha tomar conta da sua mente.

Naquela noite, deitada em sua cama, o rosto que invadiu seus sonhos não foi o de Pietro.

Foi o de Enzo.

Capítulo 2 – Primeiras Fissuras

Os dias seguintes passaram em um misto de ansiedade e desconforto para Laura. Pietro continuava cada vez mais ausente, sempre cheio de desculpas: reuniões, trabalhos, cansaço. As mensagens que antes eram constantes agora eram respostas secas e espaçadas.

O que Laura não sabia era que enquanto ela esperava notícias, ele se divertia com Camila.

Naquela sexta-feira, Enzo ligou, convidando Laura para jantar com a família. Pietro estaria ausente — segundo ele, viajando a trabalho.

— Você será muito bem-vinda, Laura. — a voz de Enzo soava acolhedora do outro lado da linha. — Será bom para todos nós.

Ela hesitou por alguns segundos, mas acabou aceitando.

À noite, Laura chegou à casa dos Bianchi usando um vestido azul claro que realçava seus olhos. Seu coração acelerou ao ver Enzo abrir a porta para ela, sorrindo daquele jeito firme e caloroso.

— Você está deslumbrante. — ele disse, e o modo como seus olhos desceram lentamente por seu corpo não passou despercebido.

Laura sorriu tímida, corando intensamente.

— Obrigada, Enzo.

Durante o jantar, a conversa fluía fácil entre eles. Enzo fazia questão de perguntar sobre seus estudos, seus sonhos, seus hobbies. Cada palavra trocada entre eles parecia criar um fio invisível, ligando-os de forma perigosa.

Quando o jantar acabou, Enzo sugeriu que fossem para a varanda tomar vinho.

A noite estava fresca, o céu estrelado. A luz baixa da varanda criava um clima íntimo, quase cúmplice.

— Laura... — ele disse, segurando sua taça, seus olhos fixos nela. — Você é uma jovem extraordinária. Inteligente, doce... rara.

Laura sentiu a garganta secar.

— Eu... obrigada, Enzo. Você sempre foi muito gentil comigo.

Ele riu de leve, mas havia uma sombra de algo mais sério em seu olhar.

— Não é questão de gentileza. É... reconhecimento. — sua voz soava mais rouca agora, como se tivesse dificuldade em conter o que sentia.

Laura baixou os olhos, o coração disparado. Sabia que havia algo errado naquela aproximação. Mas, ao mesmo tempo, não queria fugir. Não queria perder a sensação de ser vista, admirada, protegida.

Quando seus olhares se encontraram novamente, a tensão ficou quase palpável no ar.

Por um instante, o mundo ao redor pareceu desaparecer.

Enzo se inclinou levemente para frente, como se fosse tocá-la, mas parou, respirando fundo.

Respeitando aquele limite tênue que, por mais que ambos desejassem cruzar, ainda os mantinha afastados.

— Laura... — ele murmurou, com um olhar cheio de desejo e carinho. — Quando você precisar... de qualquer coisa... saiba que pode contar comigo.

Ela assentiu, sem conseguir falar nada. Seu peito arfava suavemente, traindo a onda de emoções que a dominava.

Pouco depois, Enzo a levou até o carro. Sua mão roçou nas costas dela de forma protetora, enviando calafrios pela sua pele.

Dentro do carro, enquanto dirigia de volta para casa, Laura mordeu o lábio, tentando controlar o turbilhão dentro dela.

"Eu estou ficando louca...", pensava, com o coração acelerado.

Mas, no fundo, ela sabia que era só o começo.

O começo de algo que não poderia mais ser controlado.

até o próximo capítulo

até o próximo capítulo

Capítulo 3 – Sinais Irrefutáveis

Laura acordou naquela manhã com um nó na garganta. Já fazia três dias que Pietro mal respondia suas mensagens. As desculpas se tornavam cada vez mais esfarrapadas e a frieza dele começava a feri-la de um jeito irreversível.

Enquanto tomava o café sozinha em seu apartamento, ela tentava afastar os pensamentos ruins. Talvez Pietro estivesse apenas sobrecarregado. Talvez...

O celular vibrou em cima da mesa. Era Camila.

Camila: "Amiga, vamos sair hoje? Uma baladinha pra animar você!"

Laura franziu a testa. Era estranho Camila sugerir isso justo agora, sabendo o quanto ela estava sensível. Mas, no fundo, Laura sabia que precisava espairecer. Respondeu que pensaria no assunto.

Horas depois, enquanto terminava de arrumar o cabelo, recebeu uma nova mensagem — dessa vez de Enzo.

Enzo: "Boa noite, Laura. Se precisar de algo, estou aqui."

O calor subiu para o rosto dela. Ele parecia sempre saber quando ela mais precisava de apoio.

Sem pensar muito, respondeu:

Laura: "Obrigada, Enzo. É bom saber que posso contar com você."

Antes que pudesse se arrepender, Enzo respondeu:

Enzo: "Sempre."

O coração de Laura acelerou. Havia algo naquele “sempre” que fazia seu corpo inteiro vibrar.

Mais tarde naquela noite, Laura decidiu dar uma chance a si mesma e aceitou o convite de Camila. Precisava distrair a mente. Vestiu uma saia preta, uma blusa vermelha justa que realçava suas curvas e deixou os cabelos soltos.

Quando chegou à boate, encontrou Camila já rindo com um grupo de pessoas. Mas o que fez Laura congelar foi a imagem de Pietro — seu Pietro — encostado no balcão... com Camila praticamente no colo dele.

Ela piscou várias vezes, como se pudesse apagar aquela cena. Mas não era ilusão. Pietro estava lá, sorrindo daquele jeito que antes era só dela, agora compartilhado com a "amiga" que dizia se importar.

Laura sentiu as lágrimas arderem nos olhos. Sem pensar, girou nos calcanhares e saiu da boate, o coração despedaçado.

**

Dirigiu sem rumo por alguns minutos, até se ver parada em frente à casa dos Bianchi.

Sem saber o que fazia ali, desceu do carro, as pernas trêmulas.

Bateu na porta e, para sua surpresa, Enzo a atendeu rapidamente, vestindo apenas uma calça de moletom e uma camiseta branca justa, que marcava seu tórax definido.

Seus olhos castanhos se estreitaram ao ver o estado dela.

— Laura... — sua voz saiu carregada de preocupação. — O que aconteceu?

Sem conseguir conter as lágrimas, ela apenas balançou a cabeça, mordendo o lábio para não desabar.

Sem hesitar, Enzo a puxou para dentro e fechou a porta atrás dela. Seus braços fortes a envolveram num abraço quente, protetor, que Laura não sabia que precisava tanto.

Ela chorou baixinho contra o peito dele, enquanto Enzo acariciava seus cabelos com infinita paciência.

— Está tudo bem agora, princesa... — ele murmurou, usando aquele apelido que fez o coração dela doer e se aquecer ao mesmo tempo. — Eu estou aqui.

Sentindo-se segura pela primeira vez em dias, Laura ergueu o rosto para encará-lo. O olhar de Enzo a envolveu como um manto: protetor, quente... perigoso.

— Eu vi... — ela sussurrou, com a voz embargada. — Pietro e Camila... juntos.

Enzo fechou os olhos por um momento, como se lutasse contra a raiva que tomou conta dele. Quando abriu, havia um brilho sombrio em seus olhos.

— Você merece muito mais, Laura. Alguém que saiba o tesouro que é ter você ao lado.

As palavras dele tocaram uma parte tão ferida dentro dela que Laura sentiu as lágrimas voltarem. Mas dessa vez, não de tristeza — e sim de alívio.

Enzo passou a mão suavemente pela lateral do rosto dela, o polegar acariciando sua pele macia.

— Você é linda... forte... doce... — murmurou, com a voz grave e cheia de emoção.

Laura fechou os olhos ao sentir o toque dele, um arrepio percorrendo sua espinha. Quando abriu os olhos, encontrou o rosto de Enzo tão próximo que podia sentir a respiração dele contra sua boca.

O momento era carregado de tensão, de desejo contido.

Por um instante, ela pensou que ele fosse beijá-la. Seu corpo inteiro implorava por isso.

Mas Enzo se controlou. Apertou os olhos, respirou fundo e se afastou levemente.

— Não agora — murmurou, como se estivesse falando mais para si mesmo do que para ela.

Laura ficou ali, com o coração disparado, os lábios entreabertos de tanta vontade.

Enzo pegou sua mão com gentileza, entrelaçando seus dedos nos dela.

— Venha... — disse. — Você precisa descansar.

Ele a guiou até o sofá da sala, sentou-se ao lado dela e puxou-a para encostar a cabeça em seu ombro.

Ficaram assim, em silêncio, por um longo tempo.

E pela primeira vez em semanas, Laura dormiu tranquila.

Adormecida nos braços daquele que, em breve, mudaria sua vida para sempre.

**

Enquanto acariciava suavemente os cabelos dela, Enzo fechou os olhos, lutando contra o desejo feroz que queimava dentro dele.

Ele sabia que Laura merecia ser amada de verdade.

E jurou, naquele momento silencioso, que faria tudo para conquistá-la.

Nem que para isso tivesse que enfrentar o próprio filho.

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