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Segunda Chance

Apresentação....

Segunda Chance..

Priscila Leone

Me chamo Priscila Leone, tenho 22 anos e moro em um bairro simples com a minha mãe do coração, Lívia Leone. Ela me encontrou perdida em um beco de um bairro vizinho, ferida e assustada. Não pensou duas vezes: me levou para casa, cuidou de mim com todo amor e, pouco depois, lutou para me adotar legalmente. Nunca descansou até me chamar oficialmente de filha.

Ela me criou com muito carinho, fez o impossível para me dar uma vida digna. Por um tempo, tentei encontrar minha família biológica… mas cada tentativa frustrada só machucava mais a mim e a ela. Desisti, ao perceber que isso só trazia tristeza ao coração daquela mulher incrível que me deu tudo. Hoje sou grata, infinitamente, por tê-la em minha vida.

Concluí minha graduação em Administração e agora estou iniciando o curso de Economia. Mesmo assim, o passado ainda me atormenta. Tenho poucas lembranças… flashes. Um garoto que sempre estava comigo na escola… e minha mãe brincando comigo em um quarto cheio de luz e bonecas. Será que um dia vou descobrir a verdade? Quem eu realmente sou? Sempre quis conhecer a minha verdadeira família, meus pais biológicos, quando isso irá acontecer?

Lorenzo Ferrari

Sou Lorenzo Ferrari, tenho 26 anos. Assumi o império da minha família após a morte repentina do meu pai. Desde então, minha avó insiste para que eu me case e dê continuidade ao nosso legado, gerando um herdeiro e mantendo o sobrenome Ferrari no topo.

Mas meu coração sempre pertenceu a uma única garota aquela garotinha da infância que desapareceu da minha vida de forma cruel. Nunca consegui esquecê-la. Carrego a lembrança dela comigo até hoje… e, no fundo, ainda espero reencontrá-la.

Enzo Rossi

Sou Enzo Rossi, 30 anos. O primogênito da família mais poderosa do país. Quando criança, estava no parque com minha irmã mais nova… mas me distraí com uma briga entre o Theo e o Lorenzo. Foi nesse instante que a perdi. Ela foi sequestrada diante dos meus olhos. Desde então, vivo com a culpa e a dor de não ter conseguido protegê-la.

A minha mãe não suportou a dor e faleceu anos depois. Há quatro anos, o nosso pai também nos deixou, e o seu último pedido foi claro: “Encontre a sua irmã, Lara Rossi.” Agora, junto com Theo, comando os negócios da família — e também a busca por ela, que ainda continua.

Theo Rossi

Sou Theo, 26 anos. Auxilio meu irmão Enzo nos negócios da família. Somos poderosos, temidos… mas também marcados por perdas. A maior delas foi a nossa irmãzinha, Lara. A culpa por tê-la perdido naquele dia ainda me queima por dentro.

Odeio o Lorenzo com todas as minhas forças. Se não fosse por ele, aquela briga não teria acontecido e a minha irmã não teria desaparecido. Vivo a minha vida de forma intensa e inconsequente… mas quando se trata da minha família, viro um verdadeiro demônio.

Gilda Ferrari

Me chamo Gilda Ferrari. Sou a matriarca da família Ferrari e construtora de um império. Após perder meu filho, meu neto Lorenzo precisou assumir tudo. Ele quase se casou com uma garota mimada, mas graças a Deus o destino agiu e impediu essa tragédia.

Infelizmente, estou doente… e sei que não me resta muito tempo. Antes de partir, meu maior desejo é ver meu neto casado com uma mulher digna, e que ele traga ao mundo um herdeiro para manter vivo o nome da nossa família.

Helena Ferrari

Sou Helena, mãe de Lorenzo. Após a morte do meu marido, nosso mundo desabou. Para piorar, a mulher que Lorenzo amava o abandonou dias antes de seu pedido de casamento. Ela era uma garota rica, mimada pelos irmãos, infantil e imatura.

Fiquei até aliviada com sua partida. Meu filho merece muito mais. Alguém forte, sincera, que saiba amar e esteja pronta para caminhar ao lado dele — nos dias bons… e, principalmente, nos ruins.

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Laura Mancini

Oi! Sou Laura Mancini, tenho 24 anos. Vivo com meus irmãos e juntos comandamos uma empresa bilionária. Somos uma das famílias mais ricas do país, ficamos atrás apenas dos Rossi e dos Ferrari.

Lorenzo? Gato demais. Mas… não estou pronta para me casar com ele agora. Preciso de tempo, quero curtir mais a vida antes de assumir essa responsabilidade. Então resolvi dar um tempo, viajar… e depois, quem sabe, eu volto para resolver tudo isso.

Lívia Leone

Sou Lívia Leone, e posso dizer que o maior presente que a vida me deu foi a Priscila. Encontrei aquela menina desacordada, machucada e sozinha. Quando seus olhos se abriram e ela segurou minha mão… meu coração soube que ela era minha filha.

Fiz todo o processo de adoção com amor e paciência. Cuidei de cada ferida da pele e da alma. Ela cresceu linda, forte e cheia de luz. Priscila é a razão da minha vida… e mesmo que o mundo tente dizer que ela não é “minha de sangue”, eu digo com orgulho: ela é minha filha sim. De alma, coração e escolha.

Passado

No passado...

Lara — hoje conhecida como Priscila — estudava na mesma escola que Lorenzo. Eram inseparáveis. Amigos de todas as horas, daqueles que o tempo não apaga. Lorenzo, ainda tão jovem, já sentia no peito um amor puro e verdadeiro pela doce menina de olhos brilhantes e sorriso encantador. Sabia que eram novos demais para qualquer promessa, mas isso não o impediu de presenteá-la com um colar. Um colar especial, dividido que completava o outro com as iniciais: L & L. Um pedaço com ele, o outro com ela. Uma promessa silenciosa de que, no futuro, estariam juntos. Casados. Felizes.

Mas o destino, cruel como sempre, não queria facilitar esse reencontro.

Na manhã seguinte, Lara foi sequestrada. Lorenzo ficou devastado. Sua família ajudou nas buscas, mas os anos passaram sem respostas... e a dor só aumentava. Presumiram que Lara estava morta. Ele nunca aceitou essa possibilidade. Guardou o colar como sua última conexão com o passado e com o amor que nunca morreu

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Priscila

Quando Lívia me encontrou, eu estava ferida, debilitada. Fugi de um cativeiro sozinha, guiada pelo instinto. Ela me acolheu, tratou meus ferimentos e lutou por mim como ninguém jamais fez. Desde então, me tornei sua filha do coração.

Ainda tenho vislumbres do passado: minha mãe biológica, loira e doce; um garoto da escola que não saía do meu lado... e o colar. Esse colar me persegue em sonhos, lembranças e medos. Às vezes acordo no meio da noite com o som de gritos, passos, correntes. Não entendo o significado exato, mas algo me diz que esse colar guarda mais do que memórias: ele guarda uma verdade enterrada.

Hoje tenho 22 anos, sou formada em Administração e estudo Economia. Trabalho duro para manter a casa e cuidar de Lívia, que infelizmente está doente. Seus remédios são caros e ela já não pode trabalhar. Faço o possível com o pouco que ganho em uma empresa pequena.

Minha sorte foi o Ethan. Um colega de trabalho que aos poucos se aproximou, ajudou, como pode e me conquistou. A pouco mais de 1 ano começamos a sair.

Ethan

Tenho 27 anos e venho de uma família rica, mas preferi crescer por conta própria. Depois de ser traído pela minha ex, decidi recomeçar longe de tudo. Quando conheci Priscila, me apaixonei perdidamente. Ela era diferente. Doce, batalhadora, cheia de segredos nos olhos.

Mas havia algo que me incomodava: aquele maldito colar. Um símbolo de outro homem. Pedi a ela que o tirasse, ela disse que foi um amigo do seu passado que a deu. Não sei muito sobre o passado dela, ela não gosta de falar mas não poderia permitir o colar com a letra de outro homem.

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Lorenzo

A Laura foi embora me deixando no momento mais difícil da minha vida, achei por um tempo que ela fosse a Lara ou queria realmente me enganar substituindo ela. Vi que me enganei mas estava me apaixonando por ela foi a única até agora que consegui me fazer esquecer dela.

Estou cuidando dos negócios da família, a vida está completamente um caos e preciso organizar tudo. Pedi a secretária alguns documentos para contratar novas pessoas para empresa. Ela trouxe alguns, então selecionei uns para entrevista.

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Priscilla

Após um dia cansativo, sair com amigos para comemorar em uma boate próxima, após um dia cansativo, me pareceu uma ótima ideia. Eu estava com o Ethan. Saímos de lá e fomos para a casa dele. Era a minha primeira vez. Entre carícias e desejos, nossos beijos eram quentes e nossos corpos estavam em chamas, mas não fomos muito longe. Doeu, e o membro dele era enorme. Assim que ele começou a penetrar, senti dor e pedi para parar. Ele foi carinhoso e gentil comigo. Continuamos nos beijando e tentando. Logo depois, quando ele estava no banheiro, o celular tocou. Era uma mulher.

  Enquanto ele estava no banho, seu celular tocou. Atendi.

📱 "Ethan! Quando vai criar juízo?! Seu pai está à beira da morte, você é o único herdeiro! Volte para casa agora!"

📱 "O Ethan não está disponível no momento."

A mulher desligou na minha cara. Quando ele saiu do banho, o confrontei. A verdade veio à tona: ele tinha uma família rica. Mentiu o tempo todo.

Minha maior ferida é o abandono. Perder uma família e confiar em quem me engana? Não mais. Peguei minhas coisas e fui embora. Terminei tudo com ele naquele momento. Famílias, para mim, são sagradas. E ele brincou com isso.

Já no táxi, com lágrimas nos olhos e a dor de mais uma decepção, meu celular tocou:

📱 "Sra. Priscila Leone?"

📱 "Sim, sou eu. Quem gostaria?"

📱 "Estamos entrando em contato para informá-la de que foi selecionada para uma entrevista na Empresa Ferrari. Compareça às 10h da manhã."

📱 "Claro... estarei lá. Muito obrigada!"

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O destino está zombando de mim. Entreguei aquele currículo há quase um ano, em um momento de desespero, quando minha mãe adoeceu. E agora... justo agora... eles me ligam?

Será que é apenas uma entrevista?

 Espero que consiga essa vaga de emprego, ficar longe do Ethan é o que mais quero nesse momento.

......................

Proposta.

Na manhã seguinte, acordei com o coração acelerado. Fiz minha higiene pessoal e me arrumei com cuidado — hoje era o dia da entrevista. Tomei o café da manhã às pressas, dei um beijo em minha mãe e saí de casa, torcendo para que tudo corresse bem.

O trânsito estava caótico. Um mar de buzinas, carros parados, meu nervosismo aumentando a cada minuto. Quando cheguei, estava dois minutos atrasada. Dois malditos minutos.

A entrevista seria com o próprio dono da empresa — Lorenzo Ferrari. Famoso por seu rigor e por contratar pessoalmente seus funcionários. Respirei fundo e entrei na sala.

Priscila: — Bom dia! Prazer, me chamo Priscila.

Lorenzo: — Se realmente quer trabalhar aqui, deveria ser mais pontual, não acha?

— Dois minutos de atraso podem custar uma grande oportunidade.

Priscila: — Mil desculpas, senhor. O trânsito estava um caos hoje.

Apesar do clima tenso, consegui manter a calma. Ao longo da entrevista, senti uma estranha sensação de familiaridade com ele... mas não consegui identificar de onde.

Ao sair, a secretária informou que os três candidatos aprovados receberiam uma ligação ainda hoje. Suspirei e deixei a empresa com o coração dividido entre a esperança e a culpa pelo atraso.

Atravessei a rua e vi uma senhora saindo de uma cafeteria. De repente, ela cambaleou, quase sendo atropelada. Sem pensar, corri para ajudá-la. Consegui segurá-la a tempo, mas acabei sendo atingida na perna por um carro que não conseguiu frear a tempo.

Foi só um corte, mas doeu. Alguns seguranças vieram correndo e ela, preocupada, pediu que avisassem seu neto. Mal sabia eu que aquele momento mudaria minha vida.

Enquanto ela se sentava em uma das mesas, Lorenzo apareceu.

Lorenzo: — Vó! Está tudo bem? O que aconteceu?

Gilda: — Estou bem, graças a essa jovem maravilhosa. Ela me salvou! Mas acabou se machucando, Lorenzo, ajude-a.

Priscila: — Não foi nada, sério. Só um arranhão. Mas acho melhor levar sua avó ao médico, só por precaução.

Gilda, esperta e teatral, começou a fingir que estava passando mal. Lorenzo, desesperado, decidiu levá-la ao hospital. Quando me despedia, ela insistiu:

Gilda: — Você vai conosco, minha querida. Também precisa ser atendida.

Lorenzo assentiu, e eu não tive escolha. Fui atendida, tomei um remédio e aguardei com ele na sala. Logo o médico voltou.

Médico: — O estado de saúde da sua avó está se agravando rapidamente. Ela precisa de novos exames e observação contínua. Infelizmente, não posso dar muitas esperanças.

O clima ficou pesado. Gilda nos chamou até seu leito, com o semblante cansado.

Gilda: — Lorenzo... meu neto... sei que não tenho muito tempo. Por favor, se case. Eu preciso ver você feliz e com alguém ao seu lado.

Lorenzo: — Já falamos sobre isso, vó. Não encontrei ninguém que realmente me interesse.

Gilda: — Então trate de encontrar.

Ele saiu, irritado. Gilda então se voltou para mim, segurou minha mão com delicadeza e fez um pedido inesperado: que eu me casasse com Lorenzo. Recusei de imediato. Ela insistiu, mas apenas pediu meu contato. Dei, e fui embora.

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Dias depois, Gilda me ligou. Pediu que eu me arrumasse, pois um carro viria me buscar. Alice, minha amiga e enfermeira, ficou com minha mãe.

Ao chegar, fui levada até uma bela mansão. Gilda me esperava. Conversamos por um tempo e, de repente, Lorenzo entrou pela porta.

Lorenzo: — Você queria me ver?

Gilda: — Sim. Encontrei uma noiva para você!

Lorenzo: — Já conversamos sobre isso, vó. Chega dessa ideia maluca.

Gilda: — Quero que você se case com a Priscila ainda essa semana. Ela me salvou e mostrou que é uma boa pessoa. Seria uma esposa maravilhosa.

Lorenzo me olhou com desprezo disfarçado num sorriso irônico.

Lorenzo: — Não vou me casar com ela. Nem a conheço. Pode ser mais uma interesseira.

Priscila: — Já disse que não quero me casar com seu neto! E, pra sua informação, não sou interesseira.

Gilda: — Pesquisei sua vida. Sei que é uma jovem humilde, batalhadora, estudiosa e que trabalha duro para cuidar da mãe doente. Podemos oferecer uma vida estável e os recursos necessários para tratar sua mãe. Mas, para isso, preciso que se case com meu neto… e lhe dê um herdeiro.

Lorenzo: — Isso é um absurdo. Nunca vou aceitar.

Ele saiu furioso. Eu recusei mais uma vez a proposta e fui embora.

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Cheguei em casa e aproveitei meu dia de folga para cuidar de tudo. Estava assistindo a um filme quando ouvi minha mãe me chamar — ou melhor, gritar.

Corri para o quarto. Ela estava pálida… e desmaiou nos meus braços.

Chamei a ambulância e fomos para o hospital. Lá, ela precisou passar por uma cirurgia de emergência. O médico veio até mim com o olhar grave.

Médico: — O estado de saúde da sua mãe é crítico. Ela precisa de um transplante de coração com urgência. Até lá, terá que ficar sob cuidados intensivos. Mas o plano de saúde dela não cobre o procedimento. Será necessário buscar alternativas... e rápido.

Meu mundo desabou.

Corri atrás de tudo. Falei com o plano, pedi uma exceção. Liguei para a empresa, implorei um adiantamento. Consegui parte. Fui ao banco — negado. Eu já tinha um empréstimo ativo.

Minhas forças estavam se esgotando… mas no fundo eu sabia.

Só existia uma única saída. E eu já sabia qual era.

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