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Entre Flores e Borda Recheada

O Primeiro Olhar

ANA JÚLIA

Ana Júlia é uma mulher de essência forte, coração doce e espírito incansável. Desde cedo, aprendeu que a vida é feita de escolhas — e que coragem, para ela, nunca foi ausência de medo, mas sim a insistência em sonhar mesmo quando o caminho era desafiador.

Determinada e apaixonada pelo que faz, Ana Júlia é uma advogada brilhante. Tem uma inteligência estratégica afiada, mas nunca perdeu sua sensibilidade. No escritório, é admirada por sua firmeza ética e clareza de raciocínio. Na vida pessoal, é lembrada pela gentileza, pela escuta atenta e pela forma como cuida das pessoas com afeto genuíno.

Ela é equilibrada, mas não fria. Doce, mas não frágil. Um equilíbrio raro de razão e emoção, sempre disposta a lutar pelo que acredita, sem jamais passar por cima dos sentimentos dos outros.

Ana tem uma fé imensa no amor, nas conexões humanas e no poder da família. Acredita em plantar o bem, em inspirar pelo exemplo e em transformar o mundo ao seu redor com pequenos atos de presença, empatia e justiça.

Ana Júlia-

Lorenzo

Lorenzo é aquele tipo raro de homem que une força com doçura, carisma com humildade, e firmeza com leveza. Dono de um sorriso sincero e de um olhar que transmite paz, ele é o tipo de pessoa que acalma qualquer ambiente apenas com a presença.

É generoso por natureza, alguém que gosta de fazer o bem sem esperar nada em troca. Observador, sensível às necessidades de quem ama, Lorenzo sempre sabe o momento certo de ouvir, abraçar ou falar. Tem um senso de humor sutil, uma risada tranquila e uma enorme capacidade de amar.

Não é do tipo que precisa chamar atenção — ele conquista pela maneira como trata os outros: com respeito, empatia e uma gentileza que parece de outra época.

Empreendedor nato, Lorenzo construiu sozinho sua primeira pizzaria aos 19 anos. Com dedicação e visão, expandiu o negócio, tornando-se dono de uma rede de pizzarias que atravessa países, sempre mantendo o calor humano como ingrediente principal.

CAPÍTULO 1- O PRIMEIRO ENCONTRO

Era uma manhã de quarta-feira quando Ana Júlia entrou apressada no elevador espelhado do edifício empresarial. Com apenas 23 anos, e recém-formada, estava iniciando sua carreira na área de Direito Empresarial. O sonho era claro: ter seu próprio escritório. E o foco? Imbatível.

Enquanto organizava seus papéis, alguém segurou a porta do elevador antes que ela fechasse.

— Espera aí, por favor! — disse uma voz masculina, firme e gentil.

Ana Júlia levantou os olhos e viu um homem entrando apressado. Alto, cabelos castanhos escuros perfeitamente desalinhados, barba por fazer e um sorriso que poderia parar o tempo.

— Obrigado — disse ele, um pouco ofegante. — O dia já começou corrido... Mas ficou melhor agora.

Ana sorriu de lado, surpresa com a ousadia sutil.

— Ah, é mesmo? E por quê?

— Porque encontrei alguém tão interessante antes mesmo das oito da manhã.

Ela riu.

— Prazer Ana Júlia. Advogada. E você?

— Lorenzo. Empresário. Dono de algumas pizzarias por aí... — ele estendeu a mão. — Mas eu sou sonhador em tempo integral.

Os dois riram. O elevador parou no andar dela, mas antes que ela saísse, Bruno disse:

— Se algum dia precisar de pizza para comemorar um contrato fechado, me liga, tá?.

Ele entregou um cartão com a logo de uma pizzaria bem charmosa.

Ana olhou para o cartão e depois para ele.

— Só se tiver uma borda recheada. Eu sou bem exigente viu.

— Entãooo eu acho que a gente vai se dar muito bem -

Os dois riram.

Amigas, Vocês Não Vão Acreditar

Capítulo – “Amigas, Vocês Não Vão Acreditar”

Ana Júlia mal saiu do prédio. Estava com o coração disparado, a bolsa quase caindo do ombro e um sorrisinho bobo no rosto. Parou no meio da calçada, respirou fundo, pegou o celular e fez o que qualquer mulher sensata faria naquele momento:

Ligou para o grupo.

Letícia

Mariana

Thaís

Ela apertou o nome “As Três Mosqueteiras” e colocou no viva-voz.

— Aloooou?! — gritou Mariana do outro lado. — Gente, tô em reunião! Isso é vida ou morte?

— Isso é mais do que vida ou morte, Mariana. É homem interessante. - Ana falou.

Silêncio por meio segundo.

— TÔ SAINDO DA REUNIÃO. — Mariana disse, desligando um ruído ao fundo.

— O que aconteceu? — perguntou Letícia. — Ana Júlia, você tá ofegante. Você correu de alguém ou atrás de alguém?

— Amiga, eu entrei no elevador… e aí o universo disse: “Você não está preparada, mas vai conhecer o seu crush de novela agora”.

— Ele era bonito? — Thaís entrou na chamada como se tivesse farejado fofoca.

— Bonito? Ele era proibido por lei de ser tão bonito. Camisa social, barba bem feita, cheiro de alguém que toma banho com responsabilidade emocional. E ele sorriu pra mim. Sorriu!

— Jesus amado. Isso foi no seu prédio? — Letícia perguntou, já animada. — Você pegou o andar dele?

— Não, fiquei tão nervosa que saí no andar errado e dei boa tarde pra uma planta artificial.

— Ana! — Mariana gargalhava. — E ele disse alguma coisa?

— Ele perguntou meu nome… e disse “prazer, Lorenzo”. E olhou como se me conhecesse de outro universo, sabe? Eu só não desmaiei porque estava de salto e dignidade não permite.

— Eu tô vendo o casamento. — Thaís declarou. — Tema: elevador. Votos de casamento: “subiremos juntos até o último andar da vida”.

— Meninas, eu tô falando sério! Foi real. Sabe quando parece cena de filme? Eu esbarrei nele e…

— VOCÊS SE ENCOSTARAM?! — as três gritaram ao mesmo tempo.

Ana Júlia teve que parar de andar de tanto rir.

— Encostar é pouco. O celular caiu no chão, ele pegou, nossas mãos se tocaram e... eu ouvi “The One” da Taylor Swift tocando na minha cabeça.

— É ELE. — disse Mariana. — É O HOMEM. Vamos todas marcar na agenda: hoje é o dia do impacto.

— Eu tô tremendo, gente. Isso foi surreal. Se ele me mandar mensagem, eu aviso. Se não mandar… eu me mudo e finjo que nunca aconteceu.

— Se ele não mandar, a gente manda. Hacker tem pra quê? — Letícia brincou.

— Ai, minhas doidas… — Ana Júlia suspirou, olhando o céu. — Tomara que isso vire história.

— Já virou. — disse Thaís. — E você sabe que a gente vai lembrar desse dia quando ele ajoelhar pra te pedir em casamento. Anota aí.

Ana Júlia sorriu.

E naquele instante, ela soube: o amor tinha dado o primeiro sinal. E, claro, suas amigas seriam as narradoras oficiais de cada capítulo.

“ELE MANDOU MENSAGEM!”

Eram 9h da manhã do dia seguinte. Ana Júlia estava tentando focar no computador, mas cada célula do corpo dela estava esperando... algo. A notificação do celular vibrou em cima da mesa e ela, como se estivesse em câmera lenta, virou o aparelho.

Lorenzo: “Bom dia, Ana Júlia. Fiquei com aquele sorriso preso na memória. Aceita um café depois do expediente?”

Ana não gritou. Ela berrou. Deu um pulinho na cadeira, derrubou a caneta, o copo de água e quase clicou sem querer em “Encerrar reunião” no Zoom.

Ela pegou o celular, digitou freneticamente:

Ana Júlia (no grupo “As Três Mosqueteiras”):

MENINAS

É AGORA

É ELE

ELE.

MANDOU.

A.

MENSAGEM.

Cinco segundos depois, Mariana ligou em chamada de vídeo. As outras entraram em seguida.

— EU TÔ GRITANDO NA FIRMA! — disse Mariana, escondida atrás do monitor.

— ELE MANDOU MESMO?! — Letícia apareceu já com uma xícara de café e um pão na mão, claramente interrompendo o café da manhã por uma prioridade maior.

— MOSTRA A MENSAGEM, ANA! — gritou Thaís. — Mostra ou se não eu morro em três, dois…

Ana Júlia virou a câmera e mostrou a notificação na tela. As três gritaram juntas, em sincronia perfeita.

— ISSO AQUI É UM MILAGRE! — disse Mariana. — Ele lembra o nome, lembra o sorriso, e ainda marca café? Ele é uma IA criada pra ser o namorado perfeito?

— Amiga, responde logo! — Letícia falou. — Mas sem parecer muito empolgada. Tem que ter charme. Tem que ter... jogo.

Ana Júlia riu, já nervosa:

— E se eu colocar: “Aceito. Mas só se você prometer não tentar me impressionar com frases de efeito”?

— PERFEITA. — Thaís gritou. — É flerte, é desafio, é elegância com personalidade. Manda. AGORA!

Ela digitou, respirou fundo… e mandou.

Segundos depois, chegou a resposta:

Lorenzo:

“Prometo. Só com sinceridade.”

— EU ME DERRETI. — disse Mariana, dramatizando com um guardanapo como se fosse uma lágrima.

— Tá oficialmente autorizado a casar. — Letícia decretou. — Mas antes, a gente vai escolher esse look do café. Quero cabelo, make, perfume e talvez uma análise de personalidade astrológica.

Ana Júlia colocou a mão no peito, ainda sorrindo:

— Vocês sabem que eu amo vocês, né?

— A gente sabe. Mas hoje, quem você ama mesmo é o Lorenzo. — Thaís riu.

E elas seguiram o dia mandando prints, ideias de penteado, palpite de que tipo de café ele tomava, e memes. Porque quando o amor começa… ele vira evento principal no grupo das amigas.

O Café Que Mudou Tudo

Ana Júlia -

Era sexta-feira, fim de tarde. Ana Júlia estava de frente para o espelho, com três looks jogados na cama, o secador ligado de um lado, e o celular preso em um tripé improvisado feito com livros de direito e um porta-lápis. Na tela, suas amigas observavam cada passo com o foco de estilistas preparando uma noiva.

— O macacão preto tá um luxo. Mas e se ele for de camisa social? Vocês vão parecer um casal saído de um comercial de banco! — opinou Letícia.

— Tá perfeita com esse. Se ele não desmaiar quando te ver, eu mesma apareço lá pra perguntar se ele precisa de óculos. — disse Mariana, com sua sinceridade habitual.

— Maquiagem leve, tá? Nada de glitter, você quer parecer encantadora, não uma constelação. — Thaís riu, enquanto tomava um suco calmamente, como se ela não estivesse tão nervosa quanto Ana.

— Eu nem sei por que tô nervosa assim… é só um café — disse Ana Júlia, tentando parecer calma, mas com as mãos suadas e o coração dançando um samba enredo.

— Amiga. É O CAFÉ. — todas disseram juntas.

Finalmente pronta — O macacão preto elegante, um salto alto branco e o cabelo solto com ondas leves, um batom vermelho discreto e perfume favorito —, Ana Júlia pegou a bolsa, olhou o espelho uma última vez e mandou uma selfie pro grupo.

Roupa da Ana Júlia:

Letícia:

não somos mães mas estamos emocionadas

Mariana:

Destrua com charme.

Thaís:

E lembra: nada de deixar a colher de café cair no pires de nervoso. Aconteceu comigo uma vez, nunca superei.

Ana Júlia chegou na cafeteria quinze minutos antes (por precaução e também porque não aguentava mais esperar). O lugar era aconchegante, com mesinhas de madeira e um aroma de café moído na hora que abraçava quem entrava.

Ela escolheu uma mesa perto da janela, tentando parecer casual enquanto checava a respiração a cada cinco segundos.

E então, ele chegou.

Camisa azul clara, mangas dobradas até os cotovelos, sorriso tranquilo e o mesmo olhar do elevador — aquele que parecia enxergar até o pensamento mais escondido.

Roupa do Lorenzo:

— Oi — disse ele, sorrindo.

— Oi — respondeu Ana, sentindo o coração dar um pulo. — Trouxe o sorriso?

— Trouxe. E ainda tô tentando entender como ele ficou preso em mim desde terça.

Ela riu, relaxando aos poucos.

— Eu tô aqui só por causa da sinceridade, lembra?

— E eu tô aqui porque desde o elevador eu soube que queria muito te conhecer melhor.

Sentaram-se. Dois cafés fortes, algumas risadas tímidas e logo estavam conversando como velhos amigos: sobre o trabalho dela, as pizzarias dele, os livros que gostavam, as viagens dos sonhos.

Em determinado momento, ele disse:

— O que você acha de um segundo encontro?

Ela olhou nos olhos dele, sorrindo.

— Eu acho… que nem terminei esse ainda, e já quero repetir.

Ele riu, encantado.

E assim, o que começou com uma troca de olhares e um nome dito no elevador, agora ganhava forma — entre goles de café, palavras sinceras e uma conexão que só crescia.

O tempo voou. Quando Ana Júlia e Lorenzo perceberam, já tinham passado duas horas e meia conversando. Os cafés esfriaram, as xícaras foram substituídas por água com gás, e as risadas foram ficando mais soltas.

— Eu nem vi a hora passar… — disse Ana, surpresa ao olhar o relógio.

— Isso é um bom sinal, né? — Lorenzo respondeu, com aquele sorriso leve. — Quer uma carona até sua casa?

Ela hesitou por um segundo, mas algo no jeito dele passar confiança a fez aceitar.

— Pode ser. Mas só se você prometer não ligar funk alto no carro e dizer que é “só pra quebrar o gelo”.

— Prometo. Vai ser jazz suave. Ou Taylor Swift, se você quiser.

Ela riu. O homem era perigoso — no melhor sentido.

O caminho até o prédio dela foi tranquilo. Eles conversaram mais um pouco, até Lorenzo estacionar e virar para ela com aquele olhar sincero:

— Ana Júlia… foi especial. Você é especial.

Ela sorriu, sentindo um calor bom no peito.

— Obrigada por hoje. Sério. Eu tava precisando lembrar como é leve gostar de alguém no primeiro olhar.

Ele hesitou por um instante e, respeitosamente, perguntou:

— Posso te dar um beijo na bochecha?

Ela assentiu, e ele se aproximou com calma. O beijo foi leve, mas cheio de significado — e o olhar que trocaram depois dizia tudo.

— Boa noite, Ana Júlia.

— Boa noite, Lorenzo.

Ela saiu do carro com o coração disparado e um sorriso bobo impossível de esconder.

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