Milão-Itália

Na mansão dos Fontanas...

Alónzo

— Filho você vai comigo no evento beneficente que vai ter está noite?

— Vou sim pai, amanhã cedo terei que voltar para Nova York — fala Tomás

— Algum problema com Construtora?

— Não pai, tenho uma reunião com os sócios amanhã na parte da tarde.

— Filho sei que não gosta de falar sobre isso, mas precisa pensar em casar, ter sua família, meus netos.

— Pai eu ainda não encontrei ninguém que eu realmente tenha me interessado para casar, a única que eu realmente amei foi embora com outro sem nem olhar para trás.

— Eu entendo meu filho, mas não cometa o mesmo erro que eu, se permita amar novamente.

— Vou tentar pai, vou descansar um pouco agora.

— Ok meu filho.

Ele sai e vai para o quarto dele, pego uma bebida e me sento novamente, Tomás é o fruto do meu grande amor com Helena, como sinto sua falta querida, depois que ela se foi, tudo se tornou escuro e frio, a vida para mim acabou quando recebi aquela ligação do hospital avisando que minha doce Helena tinha sofrido um acidente grave e estava muito mal, deixei tudo na Construtora e saí desesperado para o hospital, mas antes de eu chegar ela já tinha partido, não deu tempo de eu dizer pela última vez o quanto eu amava, nosso amor durou 5 anos, Tomás tinha 2 anos quando ela se foi, nunca mais consegui amar ninguém.

Depois de 5 anos cometi um grande erro, me casei por contrato com Stella Rossi, o pai dela era um grande amigo meu e estava passando por um momento muito difícil financeiramente, eu já conhecia ela e me pareceu uma boa mulher, além de ser muito bonita, ela tinha 24 anos e eu 29 anos, como eu sempre tenho que participar de grandes eventos, festas achei que ter uma esposa por contrato seria uma boa ideia, nunca gostei de ter que pagar acompanhante para levar nesses eventos e ainda tinha Tomás que sentia muita falta de uma mãe, então propus um acordo de casamento de dois anos com a filha dele, os dois aceitaram e tudo parecia perfeito, ela sempre me acompanhava em todos os eventos, era uma mulher gentil e doce, tratava Tomás como um filho, até que um dia após eu beber um pouco a mais, acabamos passando a noite juntos, eu fiquei transtornado quando acordei, coloquei a culpa nela, fui grosso e ignorante, pois eu não desejava mais estar com mulher nenhuma que não fosse minha Helena, depois daquele dia eu passei a ignorar ela, mantinha o máximo de distância, é eu fui muito injusto com ela, no final ela não aguentou e fugiu, até hoje não sei como e nem com quem, mas com certeza foi com alguém que tinha muito dinheiro, pois os rastro dela foram apagados, já tem quase 19 anos que ela fugiu, nunca mais soube nada dela, no começo ainda coloquei alguém para ir atrás dela, mas depois deixei para lá, hoje me arrependo de não ter tentado ser feliz com ela, a culpa do que aconteceu foi minha, por isso deixei ela seguir o caminho dela e ser feliz. Termino minha bebida, vou descansar um pouco também.

( fotos tirada da Internet)

Alónzo Fontana — 49 anos

Tomás

Acordo vou direto tomar banho, me arrumo e desço, papai já está me esperando na sala.

— Vamos pai?

Ele confirma com a cabeça e saímos, entramos no carro e o motorista vai dirigindo, logo chegamos no local do evento Beneficente e já está lotado.

A nossa família é muito conhecida aqui na Itália, pois além de termos uma Construtora renomada, somos sócios de várias cafeteiras, restaurantes e até rede de supermercados, agora estamos abrindo uma filial em Nova York, mas temos uma também na Flórida, meu pai tem duas formaturas é engenheiro e arquiteto, eu sou apenas engenheiro.

Assim que chegamos somos atingindo por vários flash, todos querem tirar fotos, entramos e somos recebidos por vários bajuladores, mas já estamos acostumado, sentamos em uma mesa mais reservada e logo vejo alguns amigos.

— Pai vou ali falar com um amigo e já volto.

— Pensei que era pelo menos com uma amiga, já estava ficando feliz.

— Kkkk aí pai o senhor não desiste hein, já volto.

(Foto tirada da Internet)

Tomás Fontana — 27 anos

Alónzo

Estou aqui bebendo um Martini depois de cumprimentar vários bajuladores e alguns amigos, então vejo Mauro Caruso se aproximar e sentar em minha mesa sem pedir permissão, faz muitos anos que não o vejo, antes de eu namorar Helena, ela foi namorada dele por um curto período de tempo, ele foi um idiota com ela, a traiu e ela descobriu, depois de um longo tempo começamos a namorar, ele não era meu melhor amigo, mas fazia parte da roda de amigos que eu tinha, mas depois que eu e Helena assumimos o namoro ele nunca mais falou comigo.

— Olá meu amigo, como está?— Mauro pergunta em tom de deboche.

— Estou ótimo Mauro e você?

— Estou muito bem e vou ficar melhor agora, sabe alguns anos atrás soube que você havia casado novamente, onde está sua esposa?

— Não tenho esposa.

— Kkkk Claro que não, pois ela não aguentou esse teu mau humor e suas ignorâncias e fugiu.

— Como você sabe disso? Aaah agora estou entendendo tudo, ela fugiu com você não foi, seu filho da mãe...

Já me levanto pronto para partir a cara desse infeliz, mas infelizmente Tomás chega.

— O que está acontecendo aqui pai?

— Nada filho, apenas acabei de descobri que Stella fugiu com esse infeliz, fez tudo isso por vingança não foi seu cretino, deve ter enchido a cabeça dela com mentiras.

— Não Alónzo o único culpado por ela ter fugido comigo foi você, anos atrás eu também fui um idiota em ter feito aquilo com Helena e você foi um idiota com Stella em despreza- lá, e eu só fui o bom amigo para ela no momento que ela mais precisou.

— Amigo Kkkk você pensa que sou algum otário por acaso, acha mesmo que vou acreditar que nesses anos todos vocês são só amigos.

— Eu não me importo se você acredita ou não Alónzo, eu gostaria muito que ela tivesse me aceitado como algo a mais, mas infelizmente não e agora não importa mais, assim como Helena ela se foi também.

— O que!? ela..ela morreu? mais como, quando foi isso?

Nesse momento eu fiquei em choque eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo.

— A muitos anos atrás, amanhã fará 18 anos.

— Meu Deus, mas como?

Passo as mãos nos cabelos e no rosto, isso não pode ser verdade.

— Ela morreu no parto depois que teve a sua filha.

Nesse momento tudo parou, eu não conseguia ouvir mais nada ao meu redor, olhei para ele com espanto e falei.

— Fi...filha!? minha filha?

— Sim, ela teve uma gravidez de risco e no parto teve complicações e acabou vindo a óbito.

— Eu nem sabia que ela estava grávida quando ela fugiu, meu Deus onde ela está, a minha filha?

Ele se levanta da mesa e fala.

— Eu não sei Alónzo, eu só sei que ela teve que ficar na UTI, nem sei se ela resistiu, eu cuidei de todo funeral da Stella e depois tive que viajar a negócios, quando eu voltei ela já tinha sido entregue para adoção, então segui a minha vida.

— Seu desgraçado porque você não me falou antes, seu eu soubesse que ela estava grávida a teria procurado até no inferno, como deixou um bebê ser entregue para adoção se você sabia onde me encontrar, que espécie de ser humano é você?

Falo tudo isso segurando ele pelo colarinho, estou numa mesa mais afastada, mas sei que já estamos chamando a atenção.

— O mesmo que você, sabe quantas vezes eu chorei por não ter mais minha Helena, você me tirou ela, a pessoa que eu mais amei na minha vida, nada mais justo do que você também perder alguém por minhas mãos, adeus Alónzo.

Ele sai e fico sem chão, de repente tudo virou de cabeça para baixo, eu não posso acreditar que ele teve coragem de deixar uma criança inocente sozinha por causa de uma vingança.

— Pai, o senhor está bem?

— Eu...eu preciso ir para casa filho.

— Certo, vem vamos.

(fotos tirada da Internet)

Mauro Caruso 50 anos.

(...)

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Nota da autora

Sei que pode está estranho esse começo, mas logo vocês entenderão quem são esses personagens.

Curtam,

Comentem e

avalie a obra.

obrigado.

🥰😘

Nota da Autora

Oi minha gente querida...

Voltei Rsrsrs....

Espero que todos vocês estejam bem.

Quero também agradecer a vocês leitoras que sempre estão aqui comigo, obrigado🙏🙏

Essa história agora é do nosso querido Adrian, já contei a história da Ava Miller com o nosso lindo Ruslan Pavlova, como na vida real essa história não é perfeita, mas vou tentar seguir um roteiro bem docinho para vocês, como em todas minhas histórias, vai ter muita histórias entrelaçadas, no começo eles vão ficar um pouco separados, mas será por pouco tempo, pois não gosto de histórias que separam casais, amor só se fortalece com casais juntos, minha opinião.

Lembrando que os meus livros não tem um seguimento erótico, contém alguns hots leves, pois acho importante descrever esses momentos, pois faz parte do amor do casal.

Quem começar a ler o livro em construção, não me responsabilizo pelas crises de ansiedade Kkkk, tentarei publicar pelo menos 1 capítulo por dia, se você for uma pessoa muito ansiosa recomendo deixar o livro ser finalizado ou já ter bastante capítulos escritos.

E não se esqueçam de curti, comentar e avaliar o livro é muito importante para nós autores.

Beijos no ❤️ de vocês.

E vamos lá para mais uma linda história de amor.

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Lia Costa.

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Tomás

Vejo meu pai indo para seu quarto, eu sigo para o escritório, pego uma bebida e fico pensando em tudo que aquele homem falou, eu lembro da Stella, ela era muito carinhosa comigo, me tratava bem, lembro que eu fiquei muito triste quando ela foi embora, eu já considerava ela como uma mãe, sei que meu pai se arrepende muito da forma como a tratava, a perda da minha mãe o deixou frio e amargurado, eu queria muito que o meu pai seguisse em frente, mas ele se fechou totalmente para o amor, aquele homem eu nunca vi, mas parece que meu pai e ele já se conhecem e minha mãe o que tem haver com aquele cara? Será que Stella morreu mesmo e teve uma filha do meu pai? meu Deus será que tenho mesmo uma irmã, será que ela foi adotada? Será que ela é bem tratada? Amanhã vou falar com o papai e vou contratar um detetive, precisamos encontrar minha irmã.

Mauro Caruso

Estou indo para uma boate, aquela conversa com Alónzo me deixou estressado, eu reconheço que fui um insensível em deixar aquela criança ir para um orfanato, já que eu sabia onde estava sua família, mas a sede de vingança falou mais alto, eu não consigo perdoar ele por ter me tirado a Helena, a única mulher que eu amei na vida, eu cometi um erro em trair ela, mas sei que se Alónzo não tivesse entrado na vida dela, ela teria me perdoado e estaríamos juntos até hoje, sei que aquela criança não tem culpa de nada, então para amenizar a dor na minha consciência esses anos todos eu tenho ajudado a filha de Stella no anonimato, meu advogado que resolve tudo para mim, todo material escolar, roupas, calcados, tudo de higiene pessoal, cursos, tudo eu quem pago para ela, amanhã ela vai sair do orfanato, pois vai completar 18 anos, meu advogado me mandou uma foto dela e ela é linda, se parece muito com a Stella, só os cabelos e os olhos que são do pai, sei que Alónzo vai investigar para descobri onde a filha dele estar, não vou atrapalhar, mas não vou ajudar.

Alónzo

Passei a noite acordado não consegui dormi nada, queria que tudo que Mauro falou fosse mentira, mas sei que não é, eu sabia que ele me odiava, mais jamais pensei que ele fosse capaz de algo tão cruel, uma criança inocente meu Deus, tudo por conta de uma vingança, pelo que entendi amanhã é o aniversário da minha filha, vai completar 18 anos e eu não poderei estar com ela, se ela foi entregue para adoção, ela pode ter sido adotada e se não foi terá que sair do orfanato, pois já vai estar na maior idade, meu Deus será que ele tem para onde ir e se não tiver, preciso encontrar ela o mais rápido possível.

Olho no relógio são 6:00 da manhã, tomo um banho me arrumo e desço, a Joana já está preparando o café da manhã, vou para o escritório e logo depois Tomás entra e pelo jeito eu não fui o único a ter uma noite ruim.

— Bom dia pai, como senhor está?

— Estou péssimo meu filho, não consegui dormi nada ontem.

— Pai quem é aquele homem? Será que ele não está mentindo?

— Queria muito que tudo que ele falou fosse mentira, mas sei que não é, o nome dele é Mauro Caruso, ele é dono de uma grande Agência de publicidade, conheço ele a muito tempo, desde a faculdade...

Conto para ele toda a história de Mauro com Helena e o porque ele tem tanto ódio de mim.

— Esse cara é um louco, ele não soube valorizar minha mãe e culpa o senhor.

— Sim, ele não aceitava que eu e sua nos amávamos.

— Pai e sobre a Stella, o que aconteceu para ela ter fugido com aquele homem? Eu lembro que ela era uma mulher doce e carinhosa.

— Sim filho ela era mesmo e se tem uma coisa que me arrependo é de ter trazido ela para minha vida, ela não merecia tudo que a fiz passar, ela era uma pessoa que merecia se muito amada, ela fugiu por minha culpa, como eu me arrependo de tudo que fiz com ela, principalmente depois que passamos a noite juntos, eu a tratei muito mal, agora nem posso mais pedir perdão.

Não consigo me segurar e choro, conto para ele como eu era frio e arrogante com ela e que depois da noite que tivemos, comecei a despreza -lá mais ainda.

— Agora compreendo o porquê ela fugiu, ela não merecia passar pelo que passou, me desculpa Pai, mas o senhor foi cruel.

— Eu sei meu filho, mesmo me sentindo traido, resolvi não ir atrás dela e deixar ela ser feliz com alguém que ela amasse.

— Pai precisamos encontrar minha irmã.

— Sim filho, eu já ia ligar para um amigo meu que é detetive.

Ligo para meu amigo e conto tudo para ele, falo também sobre Mauro que foi ele quem ajudou a Stella a fugir, ele faz algumas perguntas e respondo todas, depois que desliguei chamo Tomás para tomar café da manhã.

— Pai tenho que voltar para Nova York, mas qualquer notícia que tiver da minha irmã me liga tá bom?

— Tá bom, ligo sim meu filho.

Terminamos o café da manhã, ele se despede e vai para Nova York, agora estou eu aqui nessa mansão sozinho, me lembro de quando Stella morava aqui, ela trazia alegria a essa casa, tratava a todos bem, se eu tivesse me esforçado talvez tivesse conseguido amar ela, como me arrependo meu Deus, mas agora é muito tarde.

— Stella eu te prometo que irei encontrar nossa filha e irei cuidar dela, darei todo o amor que não consegui te dar e farei de tudo para que ela seja muito feliz.

(...)

Batavia cidade do interior de Nova York.

Orfanato Esperança...

Rebecca Saton

Hoje estou completando 18 anos e desde meu nascimento eu vivo aqui no orfanato Esperança, minha mãe morreu logo após eu nascer por complicações no parto, do hospital mesmo fui entregue para adoção, pois não encontraram nenhum parente da minha mãe, a única coisa que sei sobre ela é o nome, Mariana Andrade, a vida aqui não é fácil, temos uma rotina bem exigente e organizada com horários para tudo.

A tristeza, a solidão, o abandono, a rejeição são sentimentos comum por aqui, mesmo tendo muitas pessoas cada um vive sua dor, muitos assim como eu vieram para cá ainda recén– nascido, outros foram abandonados já grandes e ainda tem outros que são maltratados pelos próprios pais e acabam vindo para cá também, são inumeras histórias e todas são tristes, carregamos uma culpa de algo que não temos, viemos ao mundo por vários motivos, mas nenhum deles foi porque fomos amadas ou desejadas, corações inocentes destruídos.

Amanhã terei que ir embora, pois já não posso mais ficar aqui, mas graças a Deus tenho para onde ir, vou morar na casa da dona Abigail ela é irmã da Irmã Anastácia, ela trabalha aqui a muitos anos, ela é freira e é como uma mãe para todos nós aqui. Dona Abigail mora na capital de Nova York, ano passado Irmã Anastácia me levou lá para fazer uma prova para ver se eu conseguia uma bolsa integral em uma faculdade particular que é muito frequentada pelos filhinhos de papai, na semana passada saiu o resultado e eu consegui passar com a nota mais alta, ganhei uma bolsa integral no curso de arquitetura.

Como Dona Abigail mora lá e mora sozinha, a irmã Anastácia perguntou a ela se eu poderia morar com ela, até eu conseguir um lugar para morar, ela na hora concordou, fiquei muito feliz e aliviada, pois eu não tinha para onde ir e muitas que saí daqui passa por isso, fora que deve ser difícil arrumar emprego sem experiência nenhuma. Eu terminei o colegial ano passado, fiz também alguns cursos, de informática completo, de línguas estrangeira (espanhol, italiano, francês e árabe) essa última eu fiz para me destacar, afinal de contas não é todo mundo que sabe falar árabe né, fiz também curso de secretariado e um de etiqueta para não passar vergonha depois que sair daqui, tudo isso foi possível por conta de um anjo que apareceu e pagou esses cursos para mim, pagou meu material escolar por todos esses anos, fora que sempre ganho roupas e calçados, a irmã Anastácia me disse que esse Anjo tem me apadrinhado desde quando vim para cá, ninguém sabe quem ele é, mas lhe sou grata de todo coração.

Estou na cozinha ajudando a dona Maria a cozinheira daqui a preparar os lanches dos pequenos, quando Irmã Anastácia e minhas amigas de quarto entram na cozinha com um pequeno bolo cantando os parabéns, fico feliz por ser lembrada, abraço elas e agradeço.

— Muito obrigado.

— Por nada minha querida, Deus abençoe sua nova vida, que seja muito feliz— fala Irmã Anastácia

— Obrigado irmã Anastácia por tudo que tens feito por mim, amo muito a senhora, nunca vou esquecer da senhora.

Falo já chorando e de coração partido, pois ela foi a pessoa que mais me deu amor e atenção aqui, sempre que eu puder virei visita- lá.

— Quero que venha me visitar sempre que puder, prometo que também te visitarei quando puder— pede a Irmã Anastácia

— Com certeza eu vou vim sim.

Abraço minhas amigas também que choram, apesar de tudo, ali sempre foi o meu lar, aquelas pessoas eram a minha família, deixar elas e ir viver o desconhecido é algo muito difícil e complicado, mas eu tenho que ser forte, vou conseguir, Deus vai me ajudar, depois do lanche e de ter lavado roda louça suja, vou para meu quarto, onde divido com mais três garotas, minhas melhores amigas aqui, começo a guardar as minhas coisas em uma mala que a irmã Anastácia me emprestou, graças ao meu padrinho tenho algumas roupas que não me deixarão passar vergonha quando estiver enfrentando o mundo lá fora, algumas dei para as minhas amigas de quarto, pois vou procurar trabalho e logo poderei comprar mais roupas se precisar, dei alguns calçados também, fiquei só com o essencial, depois de toda mala pronta, fui para cozinha novamente, hoje era meu dia de ajudar nas refeições do orfanato para mim não era sacrifício eu amo cozinhar, ajudei a dona Maria no jantar, depois fui tomar um banho, jantamos e voltamos para o nosso quarto, conversei bastante com minhas amigas, choramos, rimos, vou sentir muita falta delas, depois oramos e fomos dormir, iria acordar cedo no outro dia, terei que ir de ônibus para capital, são 8 horas de viagem.

Dia seguinte...

Passei a noite quase toda sem conseguir dormir estava ansiosa e nervosa também, já era quase de manhã quando finalmente fui vencida pelo sono, mas logo irmã Anastácia me acordou, me arrumei, peguei minha mala, logo um taxi chegou para me levar até a rodoviária.

— Vai dar tudo certo minha querida, minha irmã estará te esperando na rodoviária, me mande notícias quando chegar e não se esqueça Deus está sempre cuidando de tudo filha, ele sempre vai está com você.

— Obrigado Irmã Anastácia, sentirei muita sua falta.

— Eu também minha querida, seja feliz, amo você.

— Eu também amo muito a senhora.

Entrei no táxi, agora terei que ser forte, que Deus me ajude, cheguei na rodoviária, paguei o taxi com dinheiro que dona Anastácia tinha me dado, fui até o local onde os ônibus que vai para capital ficam, irmã Anastácia já tinha comprado a minha passagem para 8:00 hs da manhã.

Logo entro no ônibus, chegarei lá umas 17:00 hs da tarde, depois de longas horas finalmente chego, olho para todos os lados até que vejo dona Abigail, eu já tinha visto ela algumas vezes, pois ela sempre ia visitar a irmã Anastácia, ela me vê e diz:

— Seja bem vinda minha querida— Fala dona Abigail.

— Muito obrigado dona Abigail, não sei nem como agradecer a senhora, prometo que será por pouco tempo.

— Não se preocupe com isso minha querida, vamos depois conversamos sobre isso, deve estar cansada da viagem.

Pegamos outro taxi, até que chegamos em uma linda casa, meu novo lar temporário, obrigado Senhor, espero que dona Abigail goste de mim, ela me pareceu uma pessoa amável e tranquila, seja o que Deus quiser.