Me chamo Lorena e essa é minha história...
Tenho 23 anos e vivo uma vida dupla, não por opção mais por segurança.
Depois que os meus pais ficaram falidos por confiarem em esquemas elaborados por meu tio Roberto e quase morrer num sequestro relâmpago tive que me virar assim.
Uma delas é era de empregada doméstica na mansão de uma das famílias mais ricas da cidade, eu sei o que você deve estar pensando.
" Mas eles não te reconhecem ? "
Não, apesar da minha família um dia ter sido rica, eu não frequentava o mesmo mundo social que eles, ao invés disso passava a minha vida estudando.
Estava limpando o piso da sala como de rotina quando George Harrison o patriarca da família sai do seu escritório nada feliz com a sua esposa logo atrais.
— Limpe bem esse piso!(disse ele elevando a voz)
— Sim, senhor.(repondo sem levantar a cabeça e limpando mais rápido para sair logo dali)
— Querido deixa a Lúcia trabalhar em paz!(disse a esposa)
" Lúcia " é o nome que uso, afinal não posso me dar o luxo de ser descobertar por meus pais.
Thaís Harrison, uma mulher gentil com todos a sua volta, não se importa com classe social, diferente de seu marido que só pensava em aumentar a fortuna.
— Licença.(digo levando os produtos de limpeza para o depósito que ficava na cozinha)
Na sala os padrões falavam sobre o seu filho "Leandro Harrison" o único herdeiro, eu sei que não deveria me importar...mas tenho medo que ele volte e me veja aqui.
— Querido o nosso filho e a namorada vão vir passar o final de semana conosco!(disse Thaís animada, pois fazia 3 anos que não via o filho)
— Eu peço para ele aumentar a fortuna e ele...uma namorada!(grita com raiva quase socando a parede da sala)
— Calma querido!(tentando acalmar ele, mas sem sucesso)
Nessas horas não é bom falar com ele, guardo os produtos de limpeza no depósito e saio da casa sem ser vista.
Vou para o meu segundo trabalho, sou escritora da empresa GETTY, escrevo de tudo e mais um pouco, mais claro ninguém sabia o meu verdadeiro nome, aqui sou conhecida como Fernanda.
— Falta muito para terminar Fernanda?(perguntou Sónia minha chefe)
Acho que eu não a chamaria de chefe afinal temos a mesma idade, então prefiro chama-la Conselheira, apesar de nunca ter namorado ninguém, ela sempre vinha com assuntos relacionados ao amor, então acredito que esse título cai bem sobre ela.
— Não conselheira!(disse elevando um pouco a voz)
— Tem até semana que vem para entregar o final.(disse ela colocando um chocolate na minha mesa sem que ninguém veja)
Era maravilho trabalhar naquele lugar mesmo que sempre às 10h da noite eu tenha que voltar para a mansão dos Harrisons, pois os portões seriam trancados e por nada eram apertos a não ser se fosse autorizado pelo próprio George Harrison.
Entrava sempre pela porta dos fundos, afinal ninguém nunca havia me pega no flagra, pena que hoje não foi meu dia de sorte.
A luz foi acessa e lá estava Rosário a governanta da mansão, o seu olhar sério e as mãos na cintura demonstrava que ela não estava contente.
— Onde você estava para chegar só agora?(apesar das suas feições sérias a sua voz era gentil)
— Eu estava observando as estrelas.(sorrio)
Para minha surpresa Rosário apenas suspira e diz;
— Eu já fui jovem antes… entendo que queira se divertir um pouco, mais se puder me avise antes.(ela passa por mim sem disser mais nada)
Não sabia como reagir ou o que dizer apenas acenei com a cabeça e a segui pelo corredor, pegamos caminhos diferentes, pois o meu dormitório ficava um pouco mais afastado.
Um cômodo simples mais acolhedor, estava me preparando para dormir quando recebo uma ligação, o número era desconhecido, pensei duas vezes antes de atender.
* Ligação *
— Alô?(vensida pela curiosidade atende)
— Filha?(era a voz de minha mãe)
— Ah!..oi mãe.(responde)
— Quando deixará de ser teimosa e voltará para casa?!(fala meu pai, sua voz estava tão alta que deu para ouvi atraveis da ligação)
— Nunca.(desligo)
Meu pai acreditava que para voltar a vida de sempre eu teria que me casar com um homem rico, de preferência um que ele escolhesse, mais não irei me casar com um estranho.
Me deito na cama e olho pro teto até pegar no sono, esperando amanhecer para começar a trabalhar de novo.
(Leandro)
Sou Leandro Harrison, tenho 25 anos e trabalho em um dos maiores hospitais da cidade, a minha vida é bastante corrida, não tenho tempo para diversão, a minha alegria só vem quando um paciente está melhor.
Todo o mês meu pai George Harrison me manda dinheiro, mais não gasto um só centavo, o dinheiro é entregue para as instituições carentes, para pessoas que realmente precisam.
Então... basicamente vivo nesse hospital.
— Doutor Leandro, o diretor do hospital e o presidente das áreas humanas querem falar com você.(diz a recepcionista pelo aparelho que fica no meu jaleco)
— Obrigado, irei agora mesmo.(digo apertando o botão que envia a mensagem)
Andando pelos corredores vejo Sabrina, minha namorada, ainda não sei como entrei num relacionamento com ela, mas penso que é melhor assim, com esse relacionamento a minha mãe para com tantos encontros para me conseguir uma namorada.
— Oi amor.(sorri e o abraça)
— Oi, sua noite não foi corrida?(me referindo ao trabalho dela)
Sabrina tem 24 anos e é enfermeira do hospital, acredito que é por isso que sinto uma ligação por ela, mais nada sentimental, não direi a ela, afinal posso conseguir sentir algo com o tempo.
— Não, meus pacientes são tranquilos. Veio para falar com o chefe?(ela me encara com um olhar curioso)
Apenas sorrio e coloco o seu cabelo que se soltou atrais da orelha, um gesto simples que a fez ficar vermelha.
— Eu...(interrupção)
— Enfermeira Sabrina o paciente do quarto 36 terá uma cirurgia esteja preparada, será na sala 8.(disse o aparelho da roupa dela)
— Melhor você ir.(beijando a bochecha dela que ainda estava vermelha)
— Te vejo depois!(sai correndo na direção da sala 8)
Observo ela se afastar antes de bater na porta e entrar, na sala estavam Rogério o chefe do hospital e Heitor presidente das áreas humanas.
— Doutor Leandro, o seu trabalho vem sendo de muita ajuda no hospital.(disse Rogério com um sorriso simpático)
— Obrigado.(sorri agradecido pelo elogio)
— Sim, mas teremos que dispensa-lo por dias... ou meses...(disse Heitor entregando uma folha para Leandro)
— Mas...(pegando a folha sem saber o que dizer)
— Não se preocupe não está sendo demitido.(disse Heitor notando a cara de surpresa de Leandro)
— Então...(ainda confuso)
— São apenas férias.(disse ambos em simultâneo)
— Ah… por isso.(finalmente entendendo)
— Sim, desde o dia em que veio fazer estágio não tirou férias e olha agora para você já é um médico, um dos melhores por sinal.(fala Rogério com orgulho)
O alívio passou na minha cabeça, por um minuto pensei que seria demitido, mais só querem me dar férias, com a mente a mil por essa notícia saio da sala.
* Ligação *
— Oi mãe.(respondo com um sorriso no rosto)
— Oi bebê.(animada)
— Mãe, já sou um adulto.(falei, mesmo sabendo que ela nunca pararia de me chamar assim)
— Bebê liguei para saber se estará livre esse fim de semana.(a sua voz continha um pouco esperança)
Pensei em dizer que não, mais com férias que foram me dadas resolvi dizer que sim, o que gerou gritos agudos.
— Calma mãe, assim fico surdo.(rio brincando com ela)
— Ok...(se acalmando)
- Levarei a minha namorada.(desligo)
Desliguei para não ouvir as mil perguntas que ela faria, com um sorriso entrego meus equipamentos na recepção e vou para o meu apartamento, pela primeira vez ter férias.
(Lorena)
Com o nascer do sol todos os empregados já estavam a trabalhar, como sempre estava limpando as escadas quando Rosário fez um sinal para me juntar a ela.
Com ela tinha uma jovem sorridente, por algum motivo ela me parecia estranha, mais afasto esse pensamento, caminhando até elas.
— Essa é Marine a nova empregada, você será a mentora dela.(disse Rosário apresentando a jovem)
— É um prazer te conhecer!(animada)
Aquela animação estava muito estranha, mas não poderia recusar as ordens de Rosário. Com o passar das horas Marine já sabia o que fazer, aproveitando que ela já sabia, voltei aos meus afazeres.
Assim que terminei te limpar as escadas me diregi ao escritório para limpar as estantes quando o telefone toca.
* Ligação *
— Mansão dos Harrisons, como posso ajudar?(digo atendendo a ligação)
— Olá sou Leandro Harrison poderia autorizar a entrada do meu carro?
Aquela voz me fez paralisar, era ele… o que farei? A voz de Leandro Harrison ainda falava quando sente uma mão puxando o telefone e levando para longe de mim era Marine.
— Sim, senhor.(apertando um botão, sinal para que os seguranças deixassem ele entrar)
Assim que ela desliga entrego o espanador a ela e finjo um mal-estar para que ela não notasse o meu desconforto e saio a procura de Rosário.
Rosário estava na cozinha cantarolando enquanto preparava uma torta de maçã, algo surpreendente, visto que ela disse que não sabia cozinhar.
— Rosário?(chamei o seu nome, o que a fez se assustar)
— Oh! É você, diga o que quer?(apesar do susto e da leve irritação em sua voz, ela sorri)
— Disse para avisar quando eu fosse sair...(meio tímida)
— Oh... sim, mas voltará rápido?(sem tirar os olhos da massa da torta)
— Err...voltarei no mesmo horário que ontem...(de forma tímida, como medo que Rosário negasse a sua saida)
— Ok... com Marine aqui, posso fingir que você ainda estar por aqui.(finalmente olhando para a jovem)
— Obrigada!(fica tão animada que abraçando Rosário antes de ir)
Saio rápido para que ninguém me veja, mais dessa vez é diferente, uma sensação de estar sendo observada me fez temer sair da propriedade, mas sorrio, pois penso que pode ser Rosário.
Estava saindo pela parte onde o carteiro deixava as entregas, afinal ninguém sabia, mais ali ficava uma porta escondida.
Quando sinto uma mão tocar o meu ombro, um arrepiou me invade, mais fico aliviada em ver que era Harry o carteiro que vivia querendo me convidar para sair.
— Oiii Lúcia.(sorri de forma gentil)
— Ah! é você Harry.(sorrio mudado a minha postura)
— Estava esperando alguém?(apertando os olhos e olhando ao redor)
— Não.(sorrio)
— Bom mesmo sabendo da responda eu...(mudando de assunto mais é interrompido)
— Está incomodando os meus funcionários?(uma voz falou)
Aquela voz... me viro só para confirmar era Leandro Harrison, estava bem na minha frente, demorei para processar o motivo dele dizer "funcionários" só então noto que não havia trocado de roupa antes de sair.
Me sinto uma idiota, como poderia fugir desse encontro se ainda estava usando o uniforme de empregada da mansão, mas para minha surpresa ele não me reconheceu.
— Não é o que está pensando...eu só...(Harry tentava se explicar, mais como estava com medo preferiu sair correndo deixando a encomenda no chão)
— Os carteiros daqui são sempre assim?(perguntou Leandro com um sorriso gentil)
Não sabendo se deveria ficar feliz por ele não me reconhecer ou insegura por ele poder lembrar, apenas abaixei a cabeça e peguei a caixa para entrar novamente na mansão.
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