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Hunter X Demon

Novo Normal

[07:00 AM]
TRIIIIIM! TRIIIIIM!
O despertador tocou, espalhando seu som irritante pelo quarto bagunçado. Um braço surgiu debaixo das cobertas, tateando até encontrar o botão de soneca.
Mark
Mark
Mais cinco minutos...
Mark resmungou, afundando o rosto no travesseiro.
Cinco minutos viraram dez. Dez viraram quinze. Quando abriu os olhos…
Mark
Mark
MERDA, TÔ ATRASADO!
Vestiu-se às pressas, pegando um moletom verde e um jeans qualquer.
Cabelo? Um caos. Sem tempo pra isso.
Pegou a mochila, desceu as escadas, pulando os últimos degraus.
Mark
Mark
Vejo vocês mais tarde!
Seus pais responderam algo. Ele já estava fora de casa.
[Na escola]
Os corredores estavam lotados. Mark caminhava tranquilamente, desviando dos alunos apressados.
Até que...
Um arrepio.
Ele virou a cabeça.
No fim do corredor... uma sala escura.
Algo estava lá.
Ele forçou a vista, tentando enxergar melhor.
E então—
UM MONSTRO APARECEU DO NADA!
Tinha quase dois metros e meio de altura, cabelos longos que caíam até os pés e pele acinzentada, quase sem cor. Não vestia nada, mas também não parecia ter um corpo humano propriamente dito. Era como uma sombra que decidiu ganhar forma.
O silêncio durou três segundos.
Então ele soltou uma risada nervosa.
Mark
Mark
Haha… Beleza, Barry. Dessa vez você me pegou.
Ele olhou para os lados. Como sempre, ninguém mais parecia notar aquele gigante bizarro no meio do corredor.
Ele suspirou.
Mark
Mark
Mais um dia normal.
Mark passou a manhã "estudando" — ou fingindo que estudava, o que, para ele, era praticamente a mesma coisa. No intervalo, como sempre, foi para a quadra jogar vôlei com os amigos.
[Na quadra, intervalo]
Mark
Mark
Aqui!
A bola veio num arco perfeito. Ele saltou.
Mas então— Ele viu.
Atrás do jogador adversário… Uma criatura enorme imitava seus movimentos.
Mark
Mark
QUE MERDA?!
O choque fez ele travar no ar. E cair. De cara no chão. Os amigos racharam de rir.
Nathan
Nathan
Que foi isso, Mark?! Foi pra isso que eu te fiz o passe?
Mark
Mark
Cala a boca! Eu só… pulei errado.
Ainda sentado, olhou de novo. O monstro continuava lá, copiando exatamente os movimentos do garoto em pé na sua frente.
Mark suspirou.
Mark
Mark
Só mais um dia normal…
[Corredor da escola]
Mark sentiu um toque no ombro.
José
José
Mano, preciso de ajuda com a prova de amanhã.
Mark
Mark
Minha estratégia é simples.
José
José
Manda.
Mark
Mark
Reze pra passar no chute.
José
José
Isso não ajuda!
Mark
Mark
Ajuda sim. Você já tentou de verdade? Com fé mesmo?
O colega suspirou e foi embora.
Mark riu sozinho.
Virou-se para entrar na sala— BUM! Trombou com alguém.
Mark
Mark
Ei!
Era uma garota. Ela parecia nervosa.
Ayla
Ayla
D-Desculpa!
Ela tinha um olhar assustado e parecia nervosa.
Mark franziu a testa e olhou na direção em que ela estava olhando.
Foi então que viu.
Uma cobra gigante rastejava silenciosamente pelo chão, seguindo a garota.
Mark
Mark
(Ela... será que ela pode ver?)
A ideia parecia absurda. Desde que se lembrava, ele era o único que via essas coisas. Mas algo no olhar assustado da garota dizia que talvez... só talvez... isso estivesse prestes a mudar.
[Mais tarde, voltando pra casa]
O bairro era calmo.
Mark caminhava, pensamentos aleatórios na cabeça.
Mark
Mark
(Como arranjar um emprego se sou preguiçoso e quero dinheiro fácil?)
Até que…
GRITO!
Ele parou e virou-se.
A alguns metros dali… A mesma garota corria desesperada.
Cabelos desgrenhados. Expressão de puro pavor.
Mark
Mark
Não… só pode ser brincadeira.
Mark
Mark
Por favor, que ela esteja correndo de... sei lá, um cachorro com raiva, um serial killer... Qualquer coisa, menos de um demônio!
Mas o destino não colaborou.
Seus olhos se moveram… E lá estava ela.
A cobra gigante.
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Escamas reluzindo sob a luz fraca dos postes. Deslizava como uma sombra viva.
Derrubando lixeiras. Avançando rápido.
Mark começou a correr atrás da garota.
Ayla
Ayla
AAAAAAAH! SOCORRO!
Ela tropeçou em uma lixeira, derrubando-a no chão. Ao perceber que a cobra estava cada vez mais perto, soltou outro grito:
Ayla
Ayla
EU NÃO QUERO MORRER HOJE!
Mark corria atrás, tentando acompanhar o ritmo.
Mark
Mark
Ei! Para de correr em círculos!
Ayla
Ayla
NÃO VAI AJUDAR VOCÊ ME DIZENDO O QUE FAZER!
A cobra, por sua vez, parecia brincar com ela. O movimento fluido de seu corpo a permitia se aproximar e recuar, como se quisesse saborear o medo da garota.
Mark virou uma esquina e quase colidiu com Ayla, que havia parado no meio da rua por um segundo.
Mark
Mark
O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO PARADA?!
Ayla
Ayla
EU TÔ PENSANDO!
Mark
Mark
PENSANDO NO QUÊ?!
Ayla
Ayla
SE GRITAR VAI FAZER ESSA COISA PARAR!
Mark rolou os olhos.
Mark
Mark
Ah, claro. Pede pra ela por favor. Talvez funcione!
Nesse momento, a cobra ergueu sua cabeça imensa e atacou, o movimento rápido como um chicote. Ayla deu um grito tão alto que o som ecoou pelo bairro.
Ela se jogou no chão, rolando para o lado.
Ayla
Ayla
AAAAAAAAH!
A cobra passou por cima dela, atingindo um poste e arrancando a luz com o impacto. Mark aproveitou a confusão para se aproximar.
Mark
Mark
Ei! Corre pra cá!
Ayla levantou, tremendo, e começou a correr novamente.
Ayla
Ayla
SOCORRO, SOCORRO, SOCORRO!
Eles entraram em um beco estreito, as paredes cobertas de grafites e o chão molhado de alguma substância suspeita. Mark percebeu tarde demais o que estava acontecendo.
Mark
Mark
NÃO! NÃO VIRA AQUI!
Ayla bateu contra o muro no final do beco e caiu de costas no chão. Ela olhou ao redor, ofegante, percebendo que não havia saída.
Ayla
Ayla
Eu vou morrer...
Murmurou, puxando os joelhos para o peito.
Ayla
Ayla
EU VOU MORREEEER!
Mark chegou atrás dela, as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego.
Mark
Mark
Não... não vai... morrer... ainda.
A cobra deslizou lentamente para dentro do beco, bloqueando a saída. Ela se ergueu, revelando sua altura monstruosa, a mandíbula se abrindo para revelar presas que pareciam feitas para triturar ossos. Mark deu um passo à frente, engolindo seco.
Mark
Mark
Ei... calma aí...
Ayla olhou para ele, incrédula.
Ayla
Ayla
VOCÊ TÁ FALANDO COM ELA?!
Mark
Mark
O que mais eu posso fazer?!
A cobra atacou.
Mark, no reflexo, colocou o braço à frente e fechou os olhos.
Mark
Mark
PARA!
O beco ficou em silêncio.
Ayla espiou por entre os dedos e viu a cobra parada a poucos centímetros de Mark, o focinho quase tocando sua mão.
Mark abriu os olhos lentamente, confuso.
Mark
Mark
Olha... Funcionou.
Mas sua vitória foi curta.
A cobra desviou dele como se ele fosse uma pedra no caminho e voltou a focar na garota.
Ayla
Ayla
É CLARO QUE NÃO FUNCIONOU!
De repente, algo dentro dela mudou. Sua respiração desacelerou, e seus olhos começaram a brilhar com uma intensidade que fez a cobra hesitar.
Ayla levantou as mãos instintivamente, e um clarão surgiu em suas palmas.
Mark se jogou para o lado, protegendo os olhos da luz ofuscante.
Mark
Mark
O que tá acontecendo agora?!
A cobra rugiu, um som gutural e ensurdecedor, enquanto a luz crescia. A criatura começou a se desintegrar, pedaço por pedaço, evaporando no ar como poeira ao vento.
Quando tudo acabou, o beco voltou a ficar em silêncio.
Mark levantou a cabeça, ainda piscando para ajustar os olhos.
Ayla estava de pé, os braços caídos ao lado do corpo, a respiração pesada.
Mark
Mark
Você... você acabou de explodir uma cobra gigante... com luz.
Ela olhou para ele, ainda trêmula.
Ayla
Ayla
Eu... eu fiz isso?
Mark ficou quieto por um momento, olhando para o local onde a cobra havia desaparecido.
Mark
Mark
Bom... pelo menos agora você sabe o que acontece quando grita o suficiente.

Capítulo 2

[Casa Do Mark]
Ayla estava sentada no sofá da casa de Mark, abraçando os próprios joelhos. Ainda estava meio em choque, tentando processar tudo o que aconteceu. Mark, por outro lado, estava ajoelhado no chão, procurando um Band-Aid na caixinha de primeiros socorros.
Mark
Mark
Resumindo... Você dormiu, acordou, e agora consegue ver essas criaturas bizarras. E, como se não bastasse, essa cobra demoníaca decidiu te perseguir.
Disse ele casualmente, como se estivesse explicando a previsão do tempo.
Mark
Mark
Mas deixa isso pra lá... O mais impressionante é que você simplesmente levantou a mão e PUF! Matou aquele bicho gigantesco!
Ayla, ainda tremendo, mordeu o lábio e abaixou a cabeça, tentando processar tudo. Seu coração ainda martelava no peito.
Ayla
Ayla
C-Como você consegue ficar tão calmo depois disso tudo...?
Ela ergueu os olhos e viu Mark agachado à sua frente, com um Band-Aid em mãos. Sem hesitar, ele começou a colá-lo cuidadosamente sobre o machucado em seu joelho.
Mark
Mark
Digamos que... já me acostumei com isso. Não com as criaturas me atacando, mas com elas sempre andando por aí.
Ele terminou de colocar o curativo e ergueu o olhar, encarando-a diretamente. Ayla, pega de surpresa, desviou o rosto, envergonhada.
Mark deu um pequeno sorriso antes de perguntar:
Mark
Mark
Bem-vinda ao clube... Eh... Qual o seu nome mesmo?
Ayla
Ayla
A-Ayla...
Mark
Mark
Bem-vinda ao clube, Ayla. Eu sou Mark.
Ayla assentiu, mas seu olhar vacilou para ele por um instante.
Ayla
Ayla
Eu sei.
Mark piscou algumas vezes.
Mark
Mark
Sabe?
Ayla
Ayla
Uhum.
Houve um silêncio breve, até que um sorriso convencido se formou nos lábios dele.
Mark
Mark
Ahhh, entendi.
Ayla
Ayla
Entendeu o quê?
Mark
Mark
Você já me conhecia antes.
Ayla
Ayla
Bom, você tá sempre com um monte de gente. Além disso, faz parte do time de vôlei. É difícil não te notar.
Mark inclinou-se um pouco para trás, cruzando os braços e assentindo como se tivesse acabado de resolver um grande mistério.
Mark
Mark
Então você me nota bastante, hein?
Ayla
Ayla
Não desse jeito!
Mark
Mark
Claro, claro.
Ele fez um gesto displicente com a mão.
Mark
Mark
É normal tentar disfarçar.
Ayla
Ayla
Meu Deus…
Mark
Mark
Mas, sinceramente, não te culpo. Ser carismático desse jeito é um fardo, sabe? As pessoas simplesmente não conseguem me ignorar.
Ayla o encarou por um momento, incrédula.
Ayla
Ayla
Você realmente acredita nisso, né?
Mark
Mark
Ué, você mesma disse!
Ayla
Ayla
Não foi isso que eu quis dizer!
Mark riu, claramente se divertindo com a situação.
Mark
Mark
Relaxa, Ayla, não precisa ficar tão nervosa por admitir que já me admirava de longe.
Ayla pegou um travesseiro do sofá e jogou nele sem hesitar.
Ayla
Ayla
Cala a boca!
Ele desviou por pouco, ainda rindo.
Mark
Mark
Ei, isso foi rude!
Ayla
Ayla
E você é insuportável!
Mark sorriu, satisfeito.
Mark
Mark
Heh. Acho que vamos nos dar bem.
Ayla suspirou, exausta.
Um silêncio meio estranho se instalou entre eles. Ayla olhou ao redor, reparando melhor na casa. Era simples, mas aconchegante. Ela franziu a testa e olhou para ele.
Ayla
Ayla
Seus pais não estão aqui...?
Mark
Mark
Nah, saíram pra trabalhar e ainda não voltaram. Provavelmente vão chegar tarde.
Mark jogou a caixa de primeiros socorros no armário e se espreguiçou.
Mark
Mark
Então, por enquanto, pode ficar tranquila.
Ayla
Ayla
Eu não sei nem como ficar tranquila depois do que aconteceu...
Mark sentou-se ao lado dela no sofá e cruzou os braços.
Mark
Mark
Bom, agora que você pode ver essas coisas, é bem provável que elas continuem aparecendo pra você. Ou seja, tem duas opções:
Ele levantou um dedo.
Mark
Mark
Primeira: finge que nada aconteceu, torce pra nunca mais ver um monstro na vida e segue sua rotina.
Depois, levantou um segundo dedo.
Mark
Mark
Segunda: aceita que sua vida nunca mais vai ser normal e aprende a lidar com isso.
Ayla arregalou os olhos.
Ayla
Ayla
Isso era pra ser uma opção de verdade?!
Mark
Mark
Tecnicamente sim... Mas não muito.
Ayla
Ayla
Isso quer dizer que eu vou ter que lutar contra esses monstros de novo?!
Mark
Mark
Provavelmente.
Ayla
Ayla
O QUÊ?!
Mark
Mark
Relaxa! Você tem a mim. E Barry.
Ayla
Ayla
Quem é Barry?
Mark
Mark
Ah, ele tá bem ali.
Ayla seguiu o olhar de Mark e viu uma criatura com quase dois metros e meio de altura, pele acinzentada e cabelos longos que arrastavam no chão, parada na porta da cozinha.
Ayla
Ayla
AHHHHHHH!
Mark tapou os ouvidos com um suspiro.
Mark
Mark
Ah, droga... Lá vamos nós de novo...

Capítulo 3

Mark se abaixou um pouco para ficar no nível dos olhos de Ayla, tentando fazer com que ela respirasse fundo.
Mark
Mark
Hey! Hey! Essa criatura não vai fazer nada com você, fica tranquila, respira... e bola pra frente.
Ayla piscava freneticamente, o olhar alternando entre Mark e a criatura monstruosa parada na porta da cozinha. Seus olhos estavam arregalados, a boca tremendo.
Ayla
Ayla
C-como você está tão tranquilo com aquilo bem ali?!
Mark virou-se para Barry, como se estivesse apenas conferindo se a geladeira estava aberta. O monstro de quase dois metros e meio ficou imóvel, observando-os com seus olhos vazios e postura relaxada.
Mark
Mark
Ayla, você tem que entender um negócio...
Mark apontou com o polegar para Barry.
Mark
Mark
Essas criaturas aparentemente seguem seus "donos". Esse aqui está me seguindo desde que me lembro.
Ayla engoliu em seco, sem conseguir tirar os olhos de Barry.
Ayla
Ayla
Então... então ele é o seu demônio...?
Mark ergueu uma sobrancelha.
Mark
Mark
Bom, tecnicamente, sim... Mas ele nunca fez nada comigo, então meio que... sei lá, ficou por aqui.
Ayla ainda estava paralisada.
Ayla
Ayla
M-Mas ele é assustador demais...
Mark deu um tapinha no ombro dela.
Mark
Mark
Ah, com o tempo você se acostuma.
Ayla
Ayla
COM O TEMPO?!
Mark
Mark
Sim! Ele nem faz nada, só fica por aí.
Mark
Mark
Tipo um gato de rua...
Mark
Mark
Mas gigante...
Mark
Mark
E esquisito...
Ayla
Ayla
Isso não me deixa mais tranquila!
Barry inclinou a cabeça levemente, como se estivesse analisando a conversa. Ayla apertou as mãos sobre as pernas, tentando controlar a respiração.
Ayla
Ayla
Ele... Ele fala...?
Mark riu.
Mark
Mark
Não. E, sinceramente, ainda bem. Seria meio estranho acordar de madrugada e ouvir um “bom dia” vindo da cozinha.
Ayla soltou um ruído nervoso, mas, de alguma forma, sentiu que a tensão diminuiu um pouco.
Ayla
Ayla
Tá... Mas por que ele não te atacou até hoje?
Mark
Mark
Ahn... Acho que é porque eu nunca tive medo dele.
Ayla
Ayla
O... O quê?
Mark
Mark
É. Pelo que eu percebi, os demônios se alimentam do medo das pessoas. Mas eu nunca tive medo do Barry. Então ele nunca me atacou.
Ayla queria argumentar, mas nada do que Mark dizia parecia fazer sentido. Ainda assim, quando olhou para Barry de novo, percebeu que, apesar da aparência grotesca, ele não demonstrava nenhuma intenção agressiva. Era como se estivesse apenas... esperando.
Ela engoliu em seco.
Ayla
Ayla
Isso quer dizer que eu também vou ter um... desses?
Mark deu de ombros.
Mark
Mark
Se seguir a lógica, sim.
Ayla sentiu um arrepio subir pela espinha.
Ayla
Ayla
... Eu posso devolver?
Mark riu alto.
Mark
Mark
Não funciona assim, Ayla.
Ela suspirou, enterrando o rosto nas mãos.
Ayla
Ayla
Eu só queria ter um ensino médio normal...
Mark
Mark
E eu só queria ganhar dinheiro fácil sem trabalhar. A vida é cheia de decepções.
Ela olhou para ele, incrédula.
Ayla
Ayla
Como você consegue brincar com isso?!
Mark
Mark
Ah, um dia você também vai aprender!
Ayla resmungou, cruzando os braços. Barry continuava parado na mesma posição, apenas observando a cena.
Ayla
Ayla
Tá, tá... Mas se essa coisa resolver me atacar agora do nada, eu vou gritar até a polícia bater aqui.
Mark sorriu.
Mark
Mark
Ah, não se preocupa. Se Barry fosse fazer algo, já teria feito. Ele parece gostar de você.
Ayla travou.
Ayla
Ayla
O QUÊ?!
Mark
Mark
É, ele tá te olhando diferente. Talvez tenha achado sua luz bonitinha.
Ayla
Ayla
O QUE ISSO QUER DIZER?!
Mark riu ainda mais, enquanto Ayla se afastava alguns centímetros de Barry, visivelmente desconfortável.
Barry, como sempre, apenas observava em silêncio.
Mark
Mark
Bom, agora que já teve seu colapso nervoso... que tal eu te contar tudo o que sei sobre esses bichos?
Ayla respirou fundo.
Ayla
Ayla
Isso vai me deixar mais tranquila...?
Mark pensou por um segundo.
Mark
Mark
Provavelmente não.
Ayla
Ayla
ÓTIMO!
Ayla fechou os olhos por um momento. Quando os abriu de novo, suspirou e balançou a cabeça.
Ayla
Ayla
Tá... Eu tô ouvindo.
Mark
Mark
Ótimo. Então, primeiro de tudo...
E assim, ele começou a explicar.
Barry permaneceu na porta, assistindo em silêncio.

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