oiii minhas queridas e meus queridos leitores, cá estou eu cheia de criatividades e de novidades para vocês, sei que ainda não terminei dois de meus livros
Mas ainda esse mês finalizo os dois trazendo esse novo romance fresquinho e sem atrasos dessa vez, obrigada a todas as mensagens que me mandaram, o luto foi difícil ainda dói, mas a vida contínua é sei que de onde o meu pai estiver estará muito orgulhoso pós-ele sempre me apoiou na escrita, enfim espero que gostem e vamos às descrições
Marina (protagonista, mãe de Sophia)
- Idade: 35 anos
- Aparência: cabelos curtos castanhos, olhos verdes, pele morena clara
— Personalidade: Marina é uma pessoa carinhosa, dedicada e forte. Ela é uma mãe amorosa e protetora, sempre pronta a fazer o que for necessário para proteger a sua filha.
- História: Marina perdeu sua melhor amiga, Patrícia, e assumiu a responsabilidade de cuidar da filha de Patrícia, Sophia quando ela tinha 12 anos.
*Sophia* (filha de Marina, adolescente)
- Idade: 14 anos
- Aparência: cabelos loiros, olhos azuis, pele clara
— Personalidade: Sofia é uma adolescente curiosa, inteligente e determinada. Ela é uma jovem que busca descobrir a sua própria identidade e propósito.
- História: Sophia é a filha de Patrícia, a melhor amiga de Marina. Depois da morte de Patrícia, Sophia foi criada por Marina e a trata como mãe
*Aurora* (namorada da infância de Marina)
- Idade: 35 anos
- Aparência: cabelos ruivos, olhos verdes, pele clara
— Personalidade: Aurora é uma pessoa criativa, sensível e apaixonada. Ela é uma mulher que segue o seu coração, mas que tem medo de expressar os seus sentimentos.
- História: Aurora foi a namorada da infância de Marina, mas elas foram separadas quando Aurora foi enviada para um internato pelo seu pai homofóbico que ao descobrir o envolvimento dela com Marina as proibiu de se falar.
*Patrícia* (melhor amiga de Marina, mãe de Sophia)
- Idade: faleceu aos 30 anos
- Aparência: cabelos loiros, olhos marrons, pele morena clara
— Personalidade: Patrícia era uma pessoa carinhosa, leal e forte. Ela era uma mãe dedicada e uma amiga verdadeira.
- História: Patrícia foi a melhor amiga de Marina e mãe de Sophia. Ela faleceu em um acidente de carro junto ao seu marido
" Beatriz ou melhor "Bia" melhor amiga de Sophia
- Idade: 14 anos
- Aparência: cabelos pretos, olhos castanhos, pele morena escura
— Personalidade: Bia é uma pessoa divertida, leal e curiosa. Ela é uma jovem que adora descobrir novas coisas e explorar o mundo ao seu redor
Adriana mãe de bia
*Descrição:*
— Idade: 40 anos
- Aparência: cabelos castanhos, olhos marrons, pele morena clara
- Personalidade: Adriana é uma pessoa carinhosa, sábia e forte. Ela é uma mãe dedicada e uma amiga leal, sempre pronta a oferecer conselhos e apoio as pessoas que ama.
- Adriana é uma grande amiga de Marina e Aurora desde a época em que elas eram adolescentes.
- Ela é uma pessoa que sempre esteve lá para apoiar e ajudar Marina e Aurora em momentos difíceis.
- Adriana é uma pessoa que sempre mantém os segredos e confidências de Marina e Aurora, e é uma pessoa em quem elas confiam plenamente.
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Capítulo 1
Raízes e promessas
O cheiro de café fresco preenchia a cozinha da pequena casa no bairro tranquilo de Santa Clara. A luz da manhã entrava em feixes dourados pela janela, dançando sobre a mesa posta com duas xícaras e um prato de pão recém-torrado. Marina, de cabelos curtos e expressão serena, mexia o açúcar na caneca com movimentos lentos, quase meditativos. Seus olhos verdes estavam distantes, como se buscassem respostas em um ponto invisível da parede.
— Mãe? — a voz de Sophia soou suave, quase sonolenta.
Marina se virou com um sorriso pronto, aquele sorriso que ela aprendeu a construir mesmo nos dias em que tudo dentro dela doía.
— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?
Sophia arrastou os pés até a mesa, sentando-se de frente para a mulher que, aos seus olhos, sempre fora sua mãe — mesmo sem carregar seu sangue. Seus cabelos loiros estavam um pouco bagunçados, e os olhos azuis ainda carregavam os vestígios de sonhos.
— Tive aquele sonho de novo — disse, pegando um pedaço de pão.
Marina ficou em silêncio por um instante. Ela sabia exatamente do que a filha falava. O sonho recorrente em que Patrícia aparecia, sorrindo, chamando Sophia para um lugar que ela nunca conseguia alcançar.
— Ela sente sua falta tanto quanto você sente a dela, sabia? — Marina disse, com voz suave. — Mas ela confiou em mim. E eu prometi que cuidaria de você com tudo o que sou.
Sophia assentiu, engolindo em seco. Não chorava. Já não chorava há algum tempo. Mas havia dias em que tudo parecia pesado demais para seus quatorze anos.
Foi quando o celular de Marina vibrou sobre a bancada.
Uma mensagem. Um nome esquecido. Ou melhor, enterrado.
Aurora.
Marina encarou a tela como se ela tivesse acabado de rasgar uma fenda no tempo.
— Tudo bem? — Sophia perguntou, percebendo a mudança sutil no rosto da mãe.
— É só... uma velha amiga.
Mentira. Aurora não era apenas uma velha amiga. Era uma lembrança viva. Um amor silenciado à força. Um pedaço de vida que Marina havia guardado tão fundo que achou que nunca mais fosse tocar. Mas ali estava o nome. E uma única frase: "Estou de volta à cidade. Precisamos conversar."
— É a tia Adriana que vai passar aqui hoje? — perguntou Sophia, distraída, limpando um farelo da mesa.
— Vai sim — respondeu Marina, tentando retomar o controle do coração acelerado. — Ela e a Bia devem chegar depois do almoço.
Adriana era seu porto seguro. Sempre fora. Sabia tudo. Até sobre Aurora. Tinha sido a única a testemunhar a dor muda da separação das duas. E agora... o passado parecia querer reaparecer com força, justo quando ela achava que a vida, apesar dos pesares, estava finalmente entrando nos trilhos.
Sophia se levantou e deu um beijo na testa da mãe.
— Você anda com esse olhar estranho ultimamente.
— Que olhar?
— De quem tá prestes a fazer algo perigoso.
Marina riu baixo.
— Talvez eu esteja mesmo.
E enquanto observava a filha subir as escadas, Marina se permitiu fechar os olhos por um instante. Sentiu o cheiro do passado. O gosto de algo que ainda queimava, mesmo depois de todos esses anos.
Aurora estava de volta. E com ela, todas as perguntas que Marina achava que já havia respondido.
Mas o coração tem uma memória própria. E às vezes, ele decide reabrir feridas só para mostrar que algumas cicatrizes ainda sangram.
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capitulo 2
A estrada era a mesma, mas tudo parecia diferente.
Aurora apertou o volante com força, os nós dos dedos brancos, enquanto seu carro avançava devagar pelas ruas estreitas de Santa Clara. O bairro, com suas árvores antigas e fachadas coloridas, guardava lembranças que insistiam em voltar como fantasmas — doces e dolorosos.
Passou pela antiga praça central, onde costumava andar de bicicleta com Marina e Adriana nas tardes de verão. As árvores pareciam menores agora. Ou talvez ela que tivesse crescido demais por dentro.
Suspirou.
— Não devia ter vindo — murmurou, mas o GPS insistia que o destino estava a poucos quarteirões.
Aurora havia ensaiado esse retorno por anos. Inventava desculpas para si mesma: o trabalho, a distância, o medo. Mas no fundo, sabia que era Marina. Sempre foi ela. O nome que nunca disse em voz alta desde o dia em que foi arrancada de sua vida, levada ao internato como se amar fosse um crime.
O carro parou em frente à casa.
Ainda era amarela. O jardim estava mais florido. Havia risos ao fundo, vozes infantis, e por um instante, Aurora achou que não conseguiria sair do carro. Seu coração parecia uma caixa de vidro prestes a estilhaçar.
Mas saiu.
Cada passo até o portão foi uma luta entre o passado e o presente. Tocou a campainha com a ponta dos dedos, e antes que pudesse pensar, a porta se abriu.
Era Adriana quem vinha descendo a varanda, um avental amarrado na cintura e um sorriso largo se formando no rosto.
— Meu Deus... — Adriana parou, surpresa. — Aurora?
Aurora assentiu, emocionada. E então, como se o tempo não tivesse passado, Adriana a puxou para um abraço apertado.
— Eu sabia que você voltaria um dia. — Adriana sussurrou em seu ouvido. — Mas nunca imaginei que seria hoje.
Aurora fechou os olhos por um momento, sentindo o calor da única pessoa que sempre soube de tudo.
— Ela está aqui? — perguntou, a voz baixa, trêmula.
Adriana não precisou perguntar quem. Apenas sorriu com os olhos.
— Está. Mas... muita coisa mudou, Rô.
— Eu também mudei — respondeu. — Mas tem coisas que a gente nunca esquece.
Adriana segurou sua mão com carinho.
— Entra. Marina vai querer ver você.
Aurora hesitou. Mas antes que pudesse decidir, uma risada soou ao longe. Passos leves. Voz de menina.
E então, uma figura surgiu no corredor. Cabelos loiros, olhos azuis, expressão curiosa.
Sophia.
Aurora a reconheceu no mesmo instante. Era como ver Patrícia outra vez. Mas havia algo de Marina ali também. No jeito de levantar as sobrancelhas, no sorriso cauteloso.
— Quem é você? — perguntou a menina, direta.
Aurora sorriu, engolindo a emoção.
— Uma velha amiga da sua mãe.
Sophia arqueou uma sobrancelha, desconfiada, antes de virar-se e gritar para dentro da casa:
— Mãe! Tem gente aqui querendo te ver!
O som dos passos de Marina foi como um trovão no peito de Aurora. E quando ela surgiu na sala, os olhos verdes se encontraram como se nenhum segundo tivesse passado desde o último beijo escondido atrás da escola.
Silêncio.
A respiração das duas parecia preencher todo o ambiente.
— Aurora... — Marina disse, num sussurro.
Aurora não sabia se sorria, se chorava ou se fugia.
Mas respondeu com a verdade:
— Eu voltei.
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