Valentina Zepawa
Me dirigia a caminho da escola Houston, onde dava aulas aos alunos do oitavo ano, a manhã era fria,eu perdia-me em meus pensamentos no ônibus. Tudo fica lindo na grande Paris. Moro com o meu pai, Andrés Zepawa,em uma casa grande com muitos empregados.Meu pai era dono de empresas. Nao imaginava o segredo que ele me escondia, de outra atividade dele. Cheguei na escola e ainda pensava no meu pai, o que será que ele me escondia?
Entrei na sala e cumprimentei os alunos,eles me cumprimentaram de volta, todos os dias tínhamos esse costume. A escola Houston era grande, particular e com muitos alunos de várias idades e muitos professores. A diretora, Sra.Smith, é rígida com os alunos, exigia disciplina e organização. Ela é viúva e não tem filhos, mora perto da escola. No intervalo, nos reunimos na sala dos professores, gostava de conversar com Larissa Rogers, professora do sexto ano.
"Que dia difícil!"... Larissa, largando uma pasta pesada na mesa.
"Porquê?"… eu pegando um café.
"Parece que tudo está contra mim."... Larissa com as duas mãos na cabeça.
Ofereci um café a ela, rindo muito do seu jeito.
Na volta do intervalo, falei muitas coisas aos alunos, o sinal tocou e acabou a aula. A tarde dava aula para outra turma. Depois pego o ônibus de volta para casa, não vira o meu pai, ele é sempre muito ocupado. Quando está em casa, fica trancado no escritório, de frente para o computador ou no celular e não gosta de ser incomodado. Anos atrás não desconfiava dele, mas de uns meses para cá, comecei a ficar curiosa para saber o que ele tanto fazia no escritório.O meu pai teria muitos inimigos e um deles contratou Apolo Zamudio, um homem alto, moreno,para me matar, Apolo é um matador de aluguel. Ele treinava há três meses,era contratado para matar pessoas. Apolo é de outra cidade longe de Paris. Mora em um apartamento sozinho, é separado do primeiro casamento há 4 anos e não se relacionaria com ninguém, trabalhava de matador de aluguel há 5 anos, foi preso algumas vezes.
Apolo Zamudio
Apolo não me conhecia, não me viu antes pessoalmente. Ele é herdeiro de uma fortuna deixada por seu pai. Somente viu-me em uma foto que conseguiram e deram-lhe para ele saber em quem atirar, seria em uma festa na minha casa. Apolo pega o seu carro para Paris, com uma mochila cheia de armas e balas, e mais outras coisas. Chegou em Paris e hospedou-se em um hotel.
Se preparava para fazer o serviço sujo.Apolo arrumou a arma posicionada na janela do quarto do hotel,onde teria a mira na minha cabeça.Muitas pessoas compareceram a festa.Eu fiz um penteado muito bonito no cabelo,vestia um vestido azul claro com alças,uma sandália prata com pedras,e passava uma maquiagem no meu rosto,de frente para o espelho no meu quarto.Nao gostava dessas festas que meu pai mandava os empregados organizar na nossa casa,para muitas pessoas das empresas.Eu teria que sorrir e cumprimentar pessoas que mal conhecia e que somente falavam de negócios.Meu pai sempre me exibia como se eu fosse seu troféu.Sai para fora do meu quarto,me olhei no espelho que ficara no corredor de frente para a porta.Sentia vontade de vomitar de ter que descer e ficar na festa.Desci as escadas,muitos me olhavam e os homens me cobiçam com os olhos.Me olharam dos pés a cabeça.As mulheres com desdém,invejando por eu ser a filha de um grande empresário.Vou caminhando e tropeço,abaixo a cabeça que sai da mira da arma de Apolo,que falava ao telefone com quem o contratou,ele avisou a Apolo que eu entrei no salão da festa.Apolo desliga o celular e olha a festa por um binóculo,observa muitos convidados,passa os olhos pelo meu pai,para em mim...o tempo para para ele naquele instante.As mãos dele suaram,ele não soube explicar para si mesmo a sensação.Decidiu se infiltrar na festa,eu pego uma taça de champanhe e fico bebendo sentada em uma cadeira perto de umas mesinhas.Vinha alguns homens de vez em quando conversar comigo,as mesmas conversas chatas.Eu dispensava-os.Fui ao banheiro,olhei no espelho e respirei fundo.Apolo pegou uma pistola,escondeu discretamente na roupa.Chegou no portão e inventou o nome de uma pessoa que ele sabia que não viria a festa,e que era convidado, entrou.Conversou com alguns convidados e com o meu pai.Eu saio do banheiro e vou em direção ao salão,devagar.Apolo me olha dos pés a cabeça,eu olhava para os lados, não percebi o olhar dele.Pego outro champanhe e percebo o olhar dele bem na minha frente.Ele se aproxima de mim.
"Quer dançar?"...Apolo estendendo a mão para mim.
Dei mais um gole no champanhe.
"Eu não danço com ninguém!"...eu dando outro gole no champanhe e começando a me afastar dele.
Ele me pega pelo braço.
"Mas uma moça sempre dança!"...Apolo, irônico.
Eu olhei para ele e para a sua mão no meu braço,dei outro gole no champanhe e larguei a taça.Comecamos a dançar.
"Você já fez isso?"...eu, séria.
"Dançar com uma moça como eu?"...eu tentando dançar o menos colada nele, possível.
"Eu não vou te morder!"...Apolo percebeu e falou sorrindo.
Fiquei extasiada com seu perfume,mas disfarcei.
"Você é corajoso,convidar uma moça que nem conhece para dançar,no meio do salão."...eu,incomodada.
"Você é sempre assim?"...Apolo,me olhando no olho.
"Você não me conhece!"...eu,o encarando séria.
"Mas podemos nos conhecer, se você deixar."... Apolo, sorrindo.
"Você é atrevido!"… eu empurrando-o para nossos corpos não ficarem colados.
"Não sou, só estou tentando te proteger!"... Apolo, sério.
"É mentira! Para de me encostar em você!"… eu o empurrando novamente.
"Confia em mim."... Apolo sussurrando no meu ouvido.
"Não."… eu me afasto novamente.
Ele volta a sussurrar.
"Querem matar você!"... Apolo, sério der repente.
"Pare com isso! É mentira! Não vou mais dançar com você!"… eu o afasto irritada.
"É verdade! Confia em mim!"... Apolo sussurrando ainda.
"E porque iriam querer me matar?"… eu.
"Tem muita coisa que você não sabe."... Apolo ainda sussurrando e encarando-me.
"Você vai ter que me acompanhar."... Apolo.
"O quê? Está louco?"… eu.
"Você estará segura fora dessa festa."... Apolo, bem sério.
Eu olho para os lados, pensando,por uns minutos. Pego na mão dele forte, rapidamente e discretamente saímos da festa. Entramos em um carro estacionado nos fundos da mansão. Apolo dirigia longe da grande Paris.
"Para onde você está me levando?"...eu, nervosa.
Ele não responde,continua dirigindo em silêncio.
"Você está me sequestrando?"… eu, suando,nervosa.
"Para esse carro!"… eu mais nervosa ainda.
Ele não parou e continuou em silêncio.
"Para esse carro!"… eu gritei e bati as mãos no banco.
Ele freia bruscamente, tira o meu cinto e abre a porta do meu lado.
"Quer sair?Saia! Mas o primeiro assassino que aparecer, não vai hesitar em disparar no meio da sua cabeça."… Apolo, nervoso.
"Porquê?"...eu quase chorando.
"Eu já disse na festa que você está segura comigo."… Apolo,me lembrando.
Não falo nada e não saio do carro. Ele coloca o meu cinto de volta e fecha a porta.Nos andamos por 1 hora de carro. Chegamos em um hotel, Apolo deixa o carro no estacionamento. Subimos para o quarto. Apolo tira o terno e joga na única cama que tem naquele quarto pequeno,mas bonito,com lençóis brancos e cortina lilás,ele vai para a sacada e pensa muito, com a mão na boca. Sento na cama sem entender o silêncio dele e o que realmente estaria acontecendo,a única coisa que consigo falar.
"Eu não tenho roupa para dormir."...eu.
Apolo tira a camisa, exibindo o abdômen definido e me entrega.
"Pode usar isto."… Apolo.
Eu pego e continuo o observando, enquanto ele olha para a rua em silêncio.
"Você não vai me falar nada sobre você?"...eu,curiosa.
Ele permanece como está,o que me causa uma certa agonia.
Vou ao banheiro e troco o vestido pela camisa social que Apolo me dera.Me encarei no espelho.
Valentina,o que você está fazendo?
Permaneci por uns minutos,voltei,Apolo sai da sacada.
"Você fica com a cama."...Apolo se arruma no sofá que tem em um canto do quarto.A camisa dele cobriu todo o meu quarto.Nao falei nada,deitei na cama e puxei o lençol,mas não conseguia dormir.Apolo fecha os olhos, porém, nós dois não conseguimos dormir.Em um quarto de hotel,com quem eu mal conhecia e não sabia se ele realmente falava a verdade,e se fosse? Porquê desejavam me matar? Quem? Eu não teria nenhum inimigo.A não ser o meu pai.E eu teria que pagar com a vida?E porque meu pai teria inimigos?Eu rolava de um lado para outro na cama.Demorei a dormir,mas consegui.Apolo não.Ele estava só de calças.Amanheceu e acordei com o Apolo recebendo café do hotel no nosso quarto.
"Quer tomar café?"...Apolo senta na cadeira que tem no outro canto do quarto e coloca a bandeija sobre a mesa.
Assimilava ainda,olhando para ele, assimilava que não estaria na minha casa,no meu quarto,na minha cama e sim em um hotel com um desconhecido.Desejava tomar um banho,mas não teria roupas.Sai de casa e não peguei nada que era meu.Levantei e sentei em outra cadeira.
"Você não vai me dizer o que está acontecendo?"...eu,curioso.
Apolo fecha o rosto cada vez que pergunto isso.
"Porque você não me fala,eu vou entender que fui sequestrada."...eu, séria.
"Eu não posso te responder,somente quero te proteger."...Apolo, sério.
"De quem?"...eu.
"Não me pergunta isso."...Apolo.
"Você nem me disse seu nome,eu não entendo nada,acha que eu não tenho direito de saber."...eu, irritada.
"Tem direito,mas não agora."...Apolo.
"Porque?"...eu.
"Eu não vou poder sair do hotel? Tenho que dar aulas,sou professora."...eu,ainda irritada.
"Não vai poder sair, é perigoso."...Apolo.
"E os meus alunos? O que eu faço com eles?"...eu levanto e vou em direção a porta.
Apolo levanta e fica na minha frente.
"Me deixa sair,eu tenho que ir para a escola."...eu empurrando Apolo com as mãos no peito dele.
"Você não entendeu o que eu disse."...Apolo segurando as minhas mãos.
"Não entendi e não quero entender."...eu me afasto dele.
"Você vai ter que ficar aqui,pelo menos por hoje."...Apolo.
"É mais seguro,confia em mim,eu sei que é difícil,mas confia."...Apolo.
"Volta para a mesa."...Apolo aponta para a mesa.
Eu sento na cadeira devolta.
"Apolo,meu nome é Apolo."...eu,confusa.
"Preciso tomar um banho."...eu.
"Você tem alguém de confiança que possa ir na sua casa pegar umas roupas?"...Apolo.
Nesse momento me lembrei que não falei nada para o meu pai.
"Preciso avisar o meu pai onde estou."...pego o meu celular.
"Não,fale para qualquer pessoa,menos para o seu pai."...Apolo pega o meu celular da minha mão.
"Porquê?"...eu pego da mão dele devolta.
"Acredita em mim,para o seu pai não."...Apolo.
Eu começo a digitar o número da Larissa.
"A Larissa é da minha inteira confiança."...eu,com o telefone no ouvido.
Ela demora a atender.
"Alô?"...Larissa do outro lado.
"Alô,Larissa? Pode fazer um favor para mim?"...eu.
"Valentina?Onde você está? Mandei mensagens,todo mundo está se perguntando."...Larissa,curiosa.
"É uma longa história,faz um favor?"...eu.
"Sim."...Larissa.
"Fala para ela dar uma desculpa, e ir na tua casa para pegar outra coisa no teu quarto."...Apolo sussurra do meu lado.
"Vai até a minha casa e pega umas roupas minhas,leva uma mala,mas não diz isso para a governanta,diz que precisa de uns papéis da escola que estão no meu quarto."...eu.
"Boa!"...Apolo.
"E levo onde?"...Larissa.
"Te passo o endereço."...eu.
"Está bem."...Larissa.
Eu desligo o telefone.
"Confia em mim,fica aqui e eu já volto."...Apolo colocando o terno por cima do peito sem a camisa e saindo,ele tranca a porta.
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