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Na Rede do Policial

Capítulo 1: Catrina

...Antes de iniciar uma estória cheia de reviravoltas, surpresas e o mais importante, o amor, quero dizer a cada um de vocês que sejam muito bem-vindos a mais um livro da minha autoria. Não deixem de comentar, curtir e seguir o livro, pois, amo ler cada comentário de vocês e responder cada um deles. ...

...Quem leu APOSTA OU CONSEQUÊNCIA, sabe que o casal principal do novo livro faz parte da estória anterior e caso não tenha lido, sugiro que leia, mas que nada interfere nessa nova estória que se inicia. ...

...O livro será publicado os seus capítulos SEG., QUA., SEX. e DOM., dessa vez não postarei diariamente por motivos que os últimos capítulos do último livro lançado, tenha tido problemas com a plataforma. ...

...No mais, vamos a mais um novo livro que se inicia e me sigam no meu IG literário @abruxaestasolta....

...~~...

Seis anos e meio antes...

- Vamos Cat, quero que você venha ao meu casamento e para isso, quero minha prima para minha despedida de solteira! – A voz animada da minha prima ressoa do outro lado da linha enquanto nos falamos ao telefone.

Fazia um bom tempo que não retornava para aquela cidade e estava muito bem assim. Desde quando tudo aconteceu e minha mãe, que mesmo doente, acreditou em mim e fomos embora para Paris, quando recebi uma grande proposta da empresa em que trabalhava e desde então, não o vejo mais.

Ninguém sabe além da minha prima Diana e da minha mãe o que me aconteceu quando tinha apenas 18 anos. Havia acabado de fazer aniversário quando tudo o que mais temia aconteceu.

Claro que hoje eu sei que não tive culpa de nada, mas a verdade é que na época, me senti suja, senti que meu corpo havia sido violado de várias formas, mas com muito acompanhamento médico e psicológico, descobri que não houve a penetração, mas o trauma estava ali e mal conseguia ter um namorado e nem mesmo proximidade com outros homens, eu não tinha.

Só que agora, era hora de virar a página e seguir em frente. Minha terapeuta me incentivou a dar mais esse passo e para isso, precisava retornar a raíz do problema e porque não no casamento da minha prima?

De tão animada que fiquei, ao jogar minhas pernas para fora da cama após nos despedimos prometendo pensar, corri ao quarto da minha mãe e acredito que ela assim como eu, precisa dessa chacoalhada na nossa vida.

- Mamãe! – Adentro em seu quarto animada e a mesma está do mesmo jeito.

Desde que saímos da nossa cidade, minha mãe nunca mais foi a mesma. Sempre se sentiu culpada pelo que quase me aconteceu e não ter percebido antes, e agora fica ali frente a grande janela sentada em uma poltrona olhando para não sei onde.

Seus olhos vagos me encaram e então desvia-os para o mesmo lugar que estava encarando. Suspiro frustrada e triste.

Vejo que será difícil para ela, mas precisamos nos libertar. Cautelosamente, caminho na sua direção me agachando ao seu lado e passando a mão por seus cabelos crespos que pelo Black, parece uma coroa de tão linda que minha rainha é.

- Mãe, precisamos conversar. Nem sei como começar, mas a verdade é que precisamos reagir e para isso... – Mordi meu lábio tentando conter a ansiedade e ponderar as palavras para que ela não retroceda.

E uma grata surpresa surgiu diante de tanto tempo que estamos morando em outro país longe daquilo tudo que quase nos tragou para a escuridão. Senti um calor em minhas mãos apoiadas no braço da poltrona e ao olhar para aquele calor sentido, senti os olhos arderem pelas lágrimas que se formaram e sorri.

Ao erguer meus olhos, lá estava ela me olhando com aquela mesma ternura que pensei se perder com o tempo. Jamais culparia minha mãe pelo que aquele monstro tentou fazer, mas infelizmente ela se sente assim.

A mão que não tocava as minhas foi de encontro ao meu rosto e ao sentir aquele carinho, deitei minha cabeça sobre aquela maciez fechando meus olhos.

- Eu sei o que você quer me falar minha menina. E acredito que chegou a hora de voltarmos pelo menos para o casamento de Diana, já que sempre foram tão amigas e mesmo sendo primas e estando longe, não perderam essa amizade e cumplicidade.

Sorrio com o que minha mãe diz e ao abrir meus olhos e fita-la, assinto.

- Concordo mamãe. Não se preocupe que não há nada por lá que nos faça temer. Desde o que aconteceu, nunca mais souberam nada daquele infeliz. – Minha mãe balança a cabeça com um sorriso tenro consentindo.

- Eu sei filha, Diana também me enviou mensagem avisando, mas... – De repente seu semblante se fecha e então aquele suspiro profundo, minha mãe solta. – Se eu tivesse percebido...

- Shiii... não diga nada disso mãe. A senhora não tem culpa do que aconteceu. – A interrompo. – O importante é que estou feliz por vê-la depois de tanto tempo longe de Toronto, a senhora agora me dá essa força em irmos juntas ao casamento da Diana.

Minha mãe sorri dando leves tapinhas nas minhas mãos e se levanta.

- Por mais que você diga isso minha filha, eu sei o quanto para mim foi difícil saber que se eu visse antes, nada daquilo aconteceria.

Suspiro tristemente. O nó se forma na minha garganta e é complicado tudo isso, dando um leve tapa sobre minhas coxas, me ponho de pé e dando um sorriso, resolvo mudar de assunto.

- Estou indo comprar as passagens e avisar aquele carrasco da empresa que estamos indo para Toronto. – Minha mãe se vira com os olhos marejados e sorri assentindo.

- Com certeza minha querida. Faça isso.

Sorrio e me aproximo da minha mãe dando um beijo na sua bochecha.

- Vou lá tá! – Minha mãe sorri e balança a cabeça concordando.

Batendo meus pés, saio do quarto da minha mãe encontrando com a cuidadora e Jenifer sorri e eu retribuo.

- Jenifer, precisarei que em breve você precisará fazer uma viagem conosco para Toronto.

- Ai que maravilha Catrina! Será muito bom para vocês e principalmente para a minha amiga sair finalmente daquele casulo que ela criou. – Apoiando minhas mãos sobre seus ombros, assinto.

- Com certeza querida! Agora preciso ir para meu trabalho avisar aquele homem que irei viajar. – Suspiro cansada.

- Vai dar tudo certo menina. Vou falar com minha amiga e não deixar que ela retroceda até o dia da viagem.

Beijo a sua bochecha rindo.

- Com certeza Jenifer, com certeza!

Desço as escadas e pegando minha bolsa confiro tudo e caminho até a porta, saindo mais leve por finalmente perceber que minha mãe está reagindo a tudo àquilo.

Uma semana depois...

Por mais que aquele asqueroso do meu chefe implique comigo e tente algo que jamais conseguirá, consegui falar com meu superior que também é o dele, o senhor Robert Flin e tive sua permissão para viajar.

Ele, assim como sua esposa Esmeralda Fênix são pessoas maravilhosas e me acolheram no momento em que mais precisei. E sabem toda a minha história. Eles quem me ajudaram com o tratamento da minha mãe e ficaram muito felizes por saber que ela está se recuperando.

Agora estamos aqui, eu, minha mãe e Jenifer no voo para Toronto e conhecermos finalmente o noivo da minha prima a quem fez se aquietar, chamado David Bronks.

- Filha, será que o noivo da Diana estará com ela no aeroporto?

- Acredito que sim mamãe. – Suspiro dando de ombros.

Virei-me para a janela e fechei meus olhos. Essas turbulências e viagens de avião sempre me deixam nervosas.

Um tempo depois...

^^^Continua...^^^

...Olá amores! Mais uma vez nos vemos aqui de novo! Sejam muito bem-vindas (os) a essa estória que promete deixar vocês de perna bamba e como sempre, com reviravoltas e mistérios a serem desvendados....

...

Capítulo 2: Catrina

Por mais turbulenta que fosse a viagem, não era tanto como meu coração que pulsava freneticamente com a sensação de que retornaria para um lugar que me trouxe tanta dor.

Eu sabia que não estava pronta como minha terapeuta incitou numa das seções e a prova disso, era que mal consegui dormir durante o voo e tinha a sensação de que algo aconteceria dessa viagem, só não sabia o quê e isso é o que me apavora.

Temo sim pelo desconhecido e agora chego a me arrepender por não ter dito não a minha prima. Sei que é o momento mais feliz da sua vida, mas tenho a certeza que não estava preparada.

Algum tempo se passa e pelos vários cochilos que dei durante a viagem, sinto meu corpo exausto. A sensação de que algo pudesse acontecer me assola e me deixa em pânico. Vontade de voltar no primeiro avião assim que pousarmos em Toronto é tanta, que se minha prima não estiver por lá, acredito que assim o farei.

Sou tirada da minha luta interna por minha mãe ao tocar em meu rosto. Virando-me para ela, forço um sorriso e seu olhar tenro me fita.

- Pode falar mãe.

- Querida, percebi que você estava acordada, mas longe... quer conversar?

Nego dando um sorriso e pegando sua mão dando um beijo em sua palma.

- Não mamãe. Só estava pensando na Diana e como será o famoso noivo que a tirou daquela vida louca que ela levava. – Desconverso e por mais que minha mãe me olhe com o cenho franzido por estar desconfiada, acredito que a convenci, já que o vinco formado em sua testa se suaviza e a mesma sorri.

- Com certeza deve ser o grande amor da vida dela! Do jeito que Diana era terrível... – Seu sorriso se torna um riso baixo e o olhar melancólico lhe demonstra a saudade de um tempo que se passou.

Um tempo do qual também sinto falta quando tudo era menos complicado. Suspiro saudosa, pois, aquela conversa me fez lembrar do quanto minha prima aprontava e eu tentava ajuda-la a não se meter em confusão.

“Atenção senhores passageiros, acomodem-se em suas poltronas, apertem os cintos que iremos pousar no Aeroporto Internacional de Toronto, a Companhia de aviação Trans Paris, agradece a todos por nos escolher e Boa estadia e viagem!”

O som e a voz suave da aeromoça ressoa pelos alto-falantes da aeronave e ao escutar que já estávamos para pousar, meu coração disparou e o corpo gelou. Enfim, era chegado a hora.

De lado, dei uma olhada rápida para minha mãe que furtivamente me olhou do mesmo jeito. Sorrimos nervosamente e demos as mãos após fazer o que a aeromoça pediu.

Soltei o ar que nem percebi estar preso e logo aquele frio na barriga pelo impacto das rodas da aeronave se chocando sobre a pista de pouso, deu a certeza de que era tudo ou nada.

Enfim, o avião pousou e agora, os passageiros estavam soltando seus cintos e se preparando para saírem. Eu e minhas queridas meninas, fizemos o mesmo. Percebi minha mãe ficar um pouco nervosa. Ela estava com suas mãos entrelaçadas frente ao corpo e apertavam-se entre si. Coloquei minha mão por cima dando um leve aperto.

Quando seus olhos encontraram-se com os meus a fitei com ternura.

- Vamos mãe. Chegou a hora de seguirmos em frente.

Ao dar um longo suspiro, minha mãe assentiu e com Jenifer nos olhando apreensiva, parecia respirar aliviada quando viu minha mãe concordar e seus ombros relaxarem.

- Vamos filha.

Descemos a escada com a certeza de que nada seria como antes e que toda a dor que nos foi causada, agora seria extirpada.

Caminhamos em passos firmes e ao cruzarmos o portão de desembarque, ela gritou.

- Catrina! Tia!

Ao viramos eu o vi pela primeira vez. Um homem lindo, loiro, corpo escultural e alto. Seus cabelos em um gel e um sorriso lindo.

Diana parecia uma criança. Acenava e pulava numa animação que me emocionou. Mas porque meus olhos não saíam daquele homem? Será que ele era o noivo da minha prima?

Respirando profundamente, seguimos em direção à eles e não conseguia desviar o olhar daquele homem que me fitava com tanta intensidade que sentia o coração pulsar freneticamente. Era como se nos conhecêssemos de outra vida.

Até mesmo o que eu sentia quando estava perto de outro homem ou sentir o seu toque, me causava repulsa. Agora com ele, somente naquele olhar sinto meu coração tamborilar por uma emoção jamais sentida antes.

- Que bom que vieram! Quantas saudades estava de vocês. – Disse Diana se jogando em meus braços me abraçando e puxando minha mãe para fazer o mesmo.

- Também estávamos com saudades minha querida. – Disse minha mãe.

Um pigarrear nos faz desfazer do abraço e ali, eu soube que realmente quem era aquele homem lindo que me encarava com seu sorriso em dentes perfeitos e alinhados era o noivo.

- Bem, esse é o David meu noivo. Amor, essas são minha tia e prima Catrina, aquela que eu tanto te falei antes.

Educadamente, o belo homem se aproximou cumprimentando minha mãe com um abraço e ao virar-se para mim, estendi a mão com um certo receio e medo de ter uma crise, supreendentemente, David arqueou a sobrancelha, mas respeitou meu espaço e segurou minha mão dando um beijo em seu dorso.

- Muito prazer Catrina!

Como muitos falam, aquele choque que parece uma descarga elétrica que te envolve eu senti. A surpresa maior, foi ao sentir a ansiedade, deu-se o lugar para um sentimento estranho e minha intimidade pulsou.

Me repreendi, porque não era o correto. Não era certo estar sentindo isso pelo noivo da minha prima, mas porque estava sentindo isso justamente por ele?

Ao soltar minha mão e dar um sorriso tímido em retribuição, fomos tirados de uma bolha que parecia nos envolver com minha prima segurando em meu braço e me puxando para longe.

- Vamos Cat, temos muito o que conversar!

Sorri consentindo dando algumas olhadas para trás.

^^^Continua...^^^

...Agora sim, vamos saber como tudo aconteceu entre David e Catrina......

Capítulo 3: David

Quando eu conheci a Diana, estava em uma investigação policial e estava disfarçado. O que minha noiva não sabe, é que nessa investigação, eu fazia para descobrir a quadrilha que tem atormentado várias famílias que seus filhos na idade jovem acima dos 18, acabam sendo traficados para se tornarem garotos de programa ou sendo mulas (pessoas que levam drogas em saquinhos dentro do estômago ou intestino).

Claro que ela sabia que era um policial, isso eu nunca escondi, pois, sempre tive muito orgulho da profissão que exerço apesar de perigosa. Mas, ela pensa que somente sou como um patrulheiro.

Sempre tivemos uma boa sintonia e fiquei muito surpreso em ver que Diana é uma fera na cama. Quem vê aquele rosto angelical e com jeitinho de santa, mal imaginam o que aquela mulher é capaz de fazer e acho que foi por isso, que levei nossa relação ao tempo que estamos e mesmo não a amando, gosto do jeito doido dela, da companhia, do sexo e para mim é mais que suficiente para pedi-la em casamento. E foi o que fiz, já que minha anja não sei onde está.

Diana sempre falou muito da sua prima que estava em outro país, mas não entrou em detalhes do que aconteceu para que ela e sua mãe fossem embora e parecessem ter aversão a retornar para o país.

Por causa do meu trabalho, de algumas vezes desde que começamos nossa relação, Diana viajou para Paris visita-las, e infelizmente não consegui ir e pela alegria da minha noiva, sua prima virá com sua tia para o nosso casamento.

Diana estava animada e isso me deixava feliz. Desde que as duas saíram daqui, ela ficou sozinha, já que o seu pai precisou se ausentar da cidade e nem sabe aonde ele se encontra atualmente.

Acho estranho, mas não opino em nada quanto a isso, mas meu faro investigativo me diz que algo está relacionado as duas que estão chegando de viagem.

Caso eu perceba algo estranho nessa história, no caso a prima de Diana de nome Catrina, irei investigar por baixo dos panos como meu irmão Josh diz. E esse nome parece me perseguir, já que é o mesmo da minha anja de anos atrás.

Os dias foram passando e com isso, comecei a ter umas sensações estranhas. Não sei se era pelo aproximar do casamento, ou seria pela investigação que estou a fundo e quase pegando a quadrilha que tem feito mulheres e agora crianças reféns do tráfico humano.

“Trim, trim, trim”

Olhando o visor enquanto estava entretido no meu computador fazendo umas anotações de uma prisão de dois capangas de um traficante que ainda não conseguimos o pegar, mas que me trouxeram uma pista para chegar a quadrilha, vejo ser minha noiva o que me faz sorrir e recostar em minha cadeira jogando minhas botas sobre a mesa.

- Minha linda, que surpresa me ligar a essa hora. Está tudo bem?

- Sim meu amor. Estou te ligando para lembrar o que você esqueceu. – Diz com sua voz manhosa mas sinto uma ponta de raiva na voz.

Franzo o cenho, pois, não me recordo de nada até que um estalo se faz na minha mente e me lembro dando um pulo da cadeira quase caindo. Tinha que ir com minha noiva buscar sua prima e tia no aeroporto.

Sem graça e um pouco esbaforido, pegando a chave da minha Ranger e carteira, já me desculpando.

- Desculpa amor, eu já estou a caminho. – Escuto um bufar.

- Sabia que havia esquecido, mas tudo bem. Peguei um taxi e estou a caminho o aeroporto. Você pode me encontrar lá? – Sua voz parece mais suave.

- Claro Di, já estou à caminho.

Encerramos a ligação e assim que abro a porta da minha sala, em passos apressados, passo pelos olhares atentos dos meus colegas e a secretária do batalhão, Larissa. Uma mulher geniosa, mas de bom coração. A mesma que me disse para abrir o olho com a minha noiva, pois, sentiu que ela não valia nada, o que acredito ser implicância.

- Larissa, se caso alguém perguntar por mim, diga que estou numa diligência, mas volto logo.

- Sim Bronks. Eu falo.

Ao sair do batalhão cruzo com nada menos que Taylor, um dos policiais que não me desce e acredito que a reciproca é a mesma. Ao me ver, sorri ironicamente.

- Não estou para suas gracinhas agora Taylor. – Aviso entre os dentes.

Erguendo as mãos em rendição, Taylor me encara com aquele sorriso debochado e dispara.

- Calma aí David. Nem falei nada.

- Mas ia, agora saia da minha frente palerma. Estou atrasado.

Aquele sorriso presunçoso na sua cara continuava lá. Cerrei os punhos, porque dessa vez quebraria a cara desse infeliz sem ninguém para impedir. Mas, parece que o diabo tem uma sorte...

Porém, também posso pensar o mesmo de mim. Não quero uma advertência ou afastamento da corporação por causa desse animal.

- Sargentos! – A voz grossa do nosso capitão reverbera atrás de Taylor o que o fez congelar. Seu sorriso logo se desfez e eu quem agora dou um sorriso de lado para o mesmo que me fuzila.

- Capitão! – O cumprimento.

Um suspiro pesado Taylor dá e a contragosto, abre espaço para que eu passe. Mas, sempre ele tem que falar algo. E dessa vez não seria diferente, mas sussurrou.

- Salvo pelo gongo! – O encaro de lado e meu olhar diz “Pode vir que não tenho medo”. E passo por ele.

Taylor vira-se e cumprimenta nosso chefe, mas o capitão apenas balança a cabeça consentindo e me para.

- Vai aonde sargento?

- Preciso resolver um assunto, mas não me demoro. – Ele apenas balança a cabeça, já que sabe bem que precisaria sair hoje com minha noiva, pois, o tinha avisado, mas eu é quem não me lembrava disso.

Com meus óculos escuros no lugar, sigo para meu carro e ao entrar e dar uma olhada em direção a porta, percebo que o capitão está com o ânimo alterado para Taylor e o mesmo de cabeça baixa. Alguma coisa tem ali.

Dou de ombros e sigo para o aeroporto e por sorte, o trânsito de Toronto está calmo o que me facilita chegar mais rápido.

Assim que estaciono numa vaga, corro até o interior do aeroporto passando por algumas pessoas que vem e vão, até encontrar o portão de desembarque e avistar minha noiva intercalando seu olhar para trás e para dentro do portão. Quando Diana me vê, parece se aliviar e então sorri.

- Desculpa minha linda. Eu realmente esqueci, mas o importante que estou aqui. Elas já chegaram? – Pergunto afoito e só aí me dou conta de que não dei nenhum beijo na minha noiva, quando a mesma me dá um selinho rápido e ri.

- Calma amor. Respira que vai ficar tudo bem. O avião parece estar com um pequeno atraso, mas logo estarão aqui. – Sorrio balançado a cabeça consentindo.

E parece que foi só eu chegar, para o alto-falante anunciar que o voo que vinha de Paris acabava de pousar. Diana me olha com seus olhos brilhantes e o sorriso gigante. Sorrio com a sua empolgação.

Minutos se passaram e as pessoas começaram a sair pelo portão de desembarque. Muitas pessoas estavam ali esperando seus entes ou parceiros fazendo uma festa ou saudação silenciosa. Me perdi naquelas imagens na minha frente, quando senti um tapa sobre meu abdômen me atraindo a atenção.

- Elas chegaram!

Diana começou a acenar na direção de onde seus olhos estavam fixos e quando segui-os para o mesmo lugar, meus olhos a viram.

No momento em que eu pus meus olhos sobre ela, eu percebi que estava perdido. Diana é uma mulher linda, mas aquela mulher que caminhava na nossa direção, era um espetáculo. Uma preta linda com aqueles cachos com pontas aloiradas e o sorriso que fez meu coração pulsar mais forte e meu amigo se animar. Mas algo parecia incerto no meu coração, ela parecia com ELA!

Me recriminei na hora por sentir-me excitado e atraído pela prima da minha noiva.

Eu nunca havia me sentido assim antes por mulher nenhuma com exceção da anja, nem mesmo por Diana. O coração estava tão forte batendo no peito que pensei teria um infarto a qualquer momento.

Quando ela se aproximou com a sua mãe, aquele cheiro de morango com baunilha me inebriaram. Engoli em seco e espero mesmo que Diana não perceba que a sua prima me tirou do eixo.

Mas, no momento em que as nossas mãos se tocaram, ali eu tive a certeza do que os meus pais viveram e que eu estava ferrado.

^^^Continua...^^^

...Será que a tal anja que David se refere é a Catrina no passado? Lembrando que ainda eles não tiveram o filho deles e nem a amizade de Chloe e Catrina aconteceu ainda....

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