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Fico Grávido do Pai do Meu Ex-namorado

Capítulo 1

𝐸𝑚𝑖𝑙

Quando criança, pensava que Deus tinha

preferidos. E agora tenho mais certeza do que nunca de que tem. Não bastou que minha mãe fosse viciada em drogas e morresse por overdose. Não bastou que, desde que meu pai morreu, ele me culpasse por sua morte. Não bastou que meu pai se casasse com uma mulher que me despreza da cabeça aos pés e que tivesse uma filha que parece que foi clonada. É como um ogro e seu pequeno ogro em evolução.

Não bastou que por anos eu sofresse abuso verbal do meu pai e que agora ele se arrependa, pensando que com um maldito perdão apagaria todo o dano psicológico e inseguranças que causou em mim.

Não bastou em absoluto. E agora descubro que o malparido do meu namorado está me traindo com uma vadia que vai de cama em cama. E isso não é o pior, o pior é que a beijou na frente de todos os estudantes da universidade. Ficando ridículo e o mais corno de toda a escola. O que mais tenho que sofrer? Será que matei alguém em minha vida anterior?

--- Maldito estúpido! Será que ele pensa que, por ser alfa, pode ficar com quem quiser e brincar com seus sentimentos? --- Estou totalmente bêbado. Mas me sinto seguro para beber porque meu grande amigo Paul está aqui.

--- Calma, calma. Tranquilo, Emil. Esse idiota não vai mais aparecer e sei que terá seu maldito merecido. --- Paul tentou me consolar, mas não bastou. Eu o desprezo com toda a minha alma, desprezo esse estúpido alfa. Dói. Dói de verdade quando a pessoa a quem você entrega seu coração e sua confiança joga tudo no lixo.

--- Agora, com certeza, já estão divulgando o que aconteceu! Como ele se atreveu a beijá-la? --- Nossa escola tem uma página onde são divulgadas as fofocas mais fortes e escandalosas do ano.

E como não estaria lá o beijo que o amaldiçoado do meu ex deu? Ele comeu a garota aos beijos sem ter compaixão dos meus sentimentos. Agora sei que só fui um jogo para esse idiota. Por que diabos entreguei meu coração a esse imbecil? Ele só me entregou em pedaços e sem reparação, eu deveria ter prestado atenção aos alertas da minha cabeça. Por que alguém como eu estaria com alguém como ele?

Falo de Carl Arlon Kölher. Filho do homem que reina na Alemanha e move os pauzinhos sem esforço. Só com uma palavra ele pode arruinar sua vida. Como não pude ver isso? Estava tão cego por ele? Foi porque nunca recebi o calor do amor e ele foi o primeiro a me mostrar isso?

--- Que ele se pudra no inferno, que os cachorros o comam, que o joguem em um precipício! --- Minha voz estava cheia de ressentimento e dor. Peguei uma garrafa de champanhe e comecei a tomá-la em grandes goles. Beber para esquecer.

--- Emil, para! Você já está bêbado o suficiente, não quero que faça uma loucura. --- Ele falou com preocupação em sua voz. Ele sempre sendo meu anjo da guarda, sinto que é a única coisa boa que Deus me ofereceu.

--- Só por hoje... Só por hoje, me deixe beber, quero tirar esse imbecil da minha mente. --- Levei novamente a garrafa à minha boca para beber, mas Paul me agarrou pelo braço e me impediu.

--- Da última vez, você mordeu o braço de um desconhecido pensando que era carne. E se você beber, só vai esquecer por hoje. --- Ele arrancou a garrafa de champanhe de mim e eu fiz um beicinho inflando minhas bochechas.

--- Então, beberei até morrer. --- Respondi e tentei alcançar a garrafa. Mas meus membros não tinham força por causa do álcool e Paul me deteve colocando sua mão em minha testa.

--- Não, Emil. Não vou deixar você morrer ainda, você me deve mais de 10 notas de mil. --- Já estava achando estranha a amabilidade dele. Soltei um suspiro longo.

--- Tsk!. Tudo bem. --- Falei com irritação.

--- Certo. Vou ao banheiro e, pelo amor de Deus, não pense em sair daqui. --- Apenas balancei a cabeça e Paul se foi.

𝑃𝑎𝑢𝑙

Um minuto, apenas um maldito minuto

demorei no banheiro e acho que foi menos de um minuto. Volto e ele não está aqui, se foi. Eu disse claramente para ele não se mexer, mas o dom da bebedeira se foi sem mais nem menos e sabe Deus onde ele se meteu.

Emil sempre foi problemático, nem consigo contar as vezes que o levaram para a diretoria. Ressalto que o levaram porque ele é pior que mula, é a teimosia em pessoa. Sempre teve uma aura dominante e até brigava com alfas, tive dúvidas sobre seu gênero, mas ele é realmente um ômega. Sou amigo dele desde o ensino fundamental e nunca o vi chorar por um alfa, e odeio o idiota do Carl por machucá-lo, ele não merecia isso. Não merecia; no entanto, Carl é um jogador de primeira e conseguiu conquistar seu duro coração.

Mas agora mesmo estou mais concentrado em encontrar sua bunda flácida antes que ele morda ou, pior, esfaqueie alguém. Esse ômega é travesso quando está bêbado e pior quando está com o coração ferido por um alfa idiota.

Vamos ver. Pensemos, com certeza foi por bebida, mas não acho que ele tenha caminhado tanto por álcool, tem bebida em todo lugar que você olha. E se quisesse morder alguém já teriam chamado a ambulância. Então, descartemos isso também. Onde diabos você se meteu, Emil?

𝐸𝑚𝑖𝑙

--- Um~ --- Por que estou em uma cama? Por que diabos estão beijando meu pescoço? E com quem diabos estou? E o mais importante, como isso aconteceu?

--- Por que você é tão provocador? --- Uma voz gutural soou contra meu pescoço. Sua voz era baixa e grossa e, sem dúvida, ele tinha um bom corpo. E como assim eu o provoquei?

Ah... Já me lembrei...

𝙁𝙡𝙖𝙨𝙗𝙖𝙘𝙠

𝐸𝑚𝑖𝑙

Paul me disse: "Vá e caminhe até eu voltar do banheiro" E então eu apenas obedeci. Caminhei pelo clube e onde quer que eu fosse havia mulheres e homens dançando sem controle. Bebidas, cigarros, hormonais se beijando até a alma e tudo o que poderia haver em um clube.

De repente, um aroma delicioso e cativante chegou às minhas narinas invadindo todo o meu corpo. Posso estar mais bêbado do que um bêbado que bebe todos os dias, mas sei que esse cheiro nada mais é do que um macho alfa no cio. Sei que não deveria ir, sou um ômega e é muito arriscado estar perto de um alfa que está no cio. Mas de alguma forma me atraía como uma mariposa para a chama.

Por que me atraía tanto? Por quê? Não entendia e talvez seja porque estou bêbado, mas quero descobrir por mim mesmo. E, sem dúvida, o farei.

Entrei em um banheiro para alfas machos, sim, os banheiros eram separados por gênero para evitar gravidezes e abusos de alguns alfas que perdem o controle pelo cio ou qualquer outra coisa. Ao dar um passo para dentro, todo o cheiro de feromônios encheu meu corpo e minhas pernas enfraqueceram. Senti minha visão ficar turva aos poucos, mas consegui ver um homem alto, digamos que 1,89m. Seu rosto estava turvo, ele tinha a respiração ofegante e antes que eu conseguisse cair no chão ele me segurou rapidamente.

𝙁𝙞𝙢 𝙙𝙤 𝙁𝙡𝙖𝙨𝙗𝙖𝙘𝙠

𝐸𝑚𝑖𝑙

Vamos ver, eu não o provoquei. Só segui seu maldito cheiro, a vítima aqui sou eu. Além disso, quem está sendo tocado e beijado sou eu. Ele é o cachorro quente no cio.

--- Não... --- Minha voz era fraca, seus feromônios enchiam o quarto e induziam a que eu também soltasse meu aroma. Me sentia tonto, o cheiro já estava gravado em meu cérebro, era como uma droga e eu o consumidor viciado nela.

--- Não?, mas você já está molhado. --- Ele sorriu arrogantemente e sua mão começou a me massagear, a bunda pervertidamente. Queria dizer a ele que ele estava mentindo, mas estaria me enganando.

Os alfas têm um bom olfato, e nós, os ômegas, temos um lubrificante natural que nos ajuda a estar mais preparados para receber o alfa, e isso tem um aroma doce para os estúpidos alfas.

--- Não... Para... --- Tentei com todas as minhas forças afastá-lo de mim e sair correndo. Agora sei, foi um erro, um maldito erro.

--- Por que você resiste? Todos são iguais, todos os ômegas. --- Soltou um grunhido e começou a me despir. Estava literalmente drogado por seu aroma, minha cabeça não estava em seu lugar. Sério que essa ia ser minha primeira vez? Assim perderei minha preciosa virgindade?

Minha cabeça dava voltas, cada investida, cada beijo, fazia com que meu corpo reagisse e soltasse gemidos desesperados. Talvez pareça um ômega que desejava este momento, mas não. Não assim, eu via isso especial e romântico, com meu parceiro, não com este homem no cio. A última coisa que me lembro foi como ele gozou dentro de mim pela quinta vez.

Depois desmaiei, não aguentava mais, sentia meu corpo dolorido e acabado. Já não havia lágrima para derramar. Acho que isso é a última coisa que tolerarei. Se a vida decidiu me pisotear, não vou deixá-la. A partir de agora, eu tomarei o controle da minha vida.

Continua...

Capítulo 2

EMIL

Raios de sol entraram pela janela, batendo no meu rosto. Abri os olhos lentamente e ao despertar senti uma dor insuportável. Recordava tudo. Absolutamente, tudo, mas a única coisa que não recordo é o rosto desse alfa de merda.

Um grande rancor despertou em mim, haviam roubado minha virgindade e pureza. Toda minha vida era uma maldita merda, todas as coisas ruins me passavam. A vida definitivamente me odiava.

Paul seguramente está muito preocupado, meu pai... Não, acho que nem sequer se perguntou onde estava, minha madrasta e irmã postiça desejariam que eu estivesse morto e assim ficassem com toda a herança. Sujas víboras.

De repente senti como algo saía de meu interior, levantei os lençóis e dei uma olhada.

--- Alfa de merda... Gozou em meu interior --- Tinha que tirar isto rapidamente de dentro, caminhei até o banheiro, mas cada passo era uma dor terrível, caminhei a passo de tartaruga até entrar no chuveiro. Água começou a cair sobre meu corpo, deslizei minha mão para trás, comecei a tirar tudo de dentro de mim, era demais. Quantas vezes havia gozado dentro de mim?

Ao terminar coloquei o roupão e saí do banheiro. A dor havia baixado consideravelmente, revisei meu telefone e abri os olhos ao ver a hora. Faltava minutos para chegar a tempo, me troquei e coloquei a mesma roupa de ontem, uma manga longa de gola alta para ocultar os chupões e uma calça jeans. Paul terá que me emprestar livros.

Saí desse quarto que de fato tinha uma muito boa comodidade, peguei um táxi e fui rapidamente à minha universidade, não quero ter outra F em assistência. Além disso, tenho que me preparar mentalmente para as perguntas que Paul me fará.

Caminhei pelos corredores da Universidade, podia sentir vários olhos em mim. Só queria ter um dia tranquilo, e óbvio que ia ser impossível, escutava murmúrios às minhas costas, uns falavam na minha frente sem vergonha. Que mais tinha que me acontecer?

--- Veja, veja. Quem ia imaginar que se dignaria a vir? --- Uma voz irritante falou ao meu lado enquanto abria meu armário para tirar algumas coisas de lá.

--- Que queres Layla? --- Fechei com força a porta do meu armário e me virei para olhar a vadia que tinha na frente.

--- Só queria ver seu rosto, te vejo acabado Emil. Tanto afetou que seu ex me prefere a mim? --- Seu tom era zombeteiro, claro que desfrutava disto.

--- Só vinhas dizer isso? Não tenho tempo para falar com lixo. --- Olhei com desdém essa ômega. Pessoas ao redor observavam e escutavam nossa conversa.

Layla apertou os punhos e me olhou com raiva. --- Seu maldito. Se nota que estás orgulhoso de levar chifres na cabeça --- Cruzou os braços. --- Tanto te doeu que recorreste a se deitar com um alfa? Apestas ao seu cheiro --- Enrugou o nariz com nojo.

Eu a olhei confuso. De que cheiro falava?, havia me banhado e sem dúvida havia tirado seu cheiro. --- Não sei de que merdas falas --- Respondi com raiva. Mas chegou um cheiro conhecido às minhas fossas nasais. Era ele... Meu ex.

--- Querido! --- Gritou Layla emocionada e se lançou a abraçá-lo. Toda uma cadela, eu passei ao seu lado, não suportava estar ali. Pode ser que o odeie e despreze com todo meu ser, mas em algum momento o amei com fervor. E ainda doía, doía sua traição.

Pude sentir um olhar enquanto me afastava, era Carl. Apressei meu passo até estar fora de todos os olhares. Soou o sino, suspirei pesadamente. Me tocava química, e não é que a odeie, mas me tocava junto a Carl, e não queria cruzar-me com ele, nem sequer respirar onde ele está.

Entrei na classe e me sentei na última fila. O salão se encheu em poucos minutos, depois de entrar a professora Aurora, Carl entrou minutos depois.

--- Não o deixarei entrar para a próxima classe se chega tarde jovem Carl. --- Falou muito séria a professora Aurora.

--- Entendo --- Respondeu sem importância e se sentou ao lado de seu melhor amigo Jeff. Os dois eram iguais.

A classe transcorreu normal, deu uma longa explicação sobre o tema que tocava, depois pediria a alguém que me passe os apontamentos. Já que não tenho nada onde escrever. Posteriormente a professora nos guiou ao laboratório onde pomos em prática o aprendido e segundo como nos saia o experimento é nossa nota.

Colocamos um jaleco branco, que me ficou grande. Maldita seja minha estatura. A professora Aurora nos agrupou em equipes de 4. Me tocou com uma garota beta, se não recordo mal, se chamava Nara. Com o idiota de Jeff (Melhor amigo de meu ex) e outro garoto ômega que não recordo seu nome.

Com Nara nos entendemos de imediato, mas o idiota de Jeff paquerava com o ômega e sem dúvida se via incômodo.

--- Jeff. Podes deixar de oprimir o garoto? --- Falei com raiva. Sempre buscava qualquer pessoa para se deitar.

--- Bom bom, acaso estás com ciúmes? Se queres te posso dar a atenção que Carl não te pôde dar. --- Riu zombeteiramente.

--- Primeiro beijaria o traseiro de meu avô defunto a estar ao seu lado --- Minha irritação era notável.

O sorriso de Jeff desapareceu. Sem dúvida havia atingido seu orgulho. Enfim pudemos terminar o trabalho em grupo. O sino soou e caminhei até a saída para ir ao campus, ali ninguém ia às terças-feiras exceto Paul, um amigo mais e eu.

Sem fixar-me topei contra umas costas largas, levantei o olhar e sim. Era Carl.

--- Perdão --- Minha voz era firme e sem pensar fui ao campus. Ainda me afetava sua presença.

Ao chegar ao campus alguém se adiantou. E parecia me esperar. Era Paul. Agora o que ia dizer?

Continua…

Capítulo 3

Alguma vez receberam um tapa do seu melhor amigo? Eu sim e não é nada suave. Deixa-me a bochecha doendo o dia todo. Ele não é de raciocinar. Vai direto à ação, sempre foi assim e acho que já é um hábito.

Para contar seus tapas, teria que ter mais de cem mãos. Mas vamos aumentar mais um. Por quê? Bom, vejo um Paul bravo caminhando rapidamente em minha direção. Está soltando fumaça da cabeça. Nem sequer me dá a oportunidade de falar.

Na minha bochecha há uma mão estampada que veio com força.

— Auch! — Lamento, esfregando minha pobre bochecha.

— Agora mesmo me explica por que desapareceste ontem à noite — Ordena bravo. Tinha as sobrancelhas franzidas e com os braços cruzados sobre o peito.

— Eu... — Vamos, cabeça. Funciona só por hoje. — Me perdi — Juro que agora mesmo quero dar um tiro na cabeça. Mas o que me impede é que não tenho pistola ou uma corda para me enforcar na árvore.

— Claro, e minha avó é Mamã Coco — Respondeu sarcasticamente e com um tom bravo.

— Já cospe o caroço, Emil! — Exigiu e se aproximou de mim ameaçador. Claro que não ia acreditar. Nem sequer eu acreditaria sendo idiota.

— Bom... O que aconteceu... — Não sabia como explicar. O que podia dizer? Que um velho me comeu essa noite? Que perdi minha primeira vez e com um violador?

— Não sou paciente, Emil — Apressou-me. E eu estava nervoso. Mas antes que dissesse algo começou a me cheirar. Que diabos se passava?

— Que fazes, Paul? — Perguntei olhando-o.

— Por que cheiras a alfa? — Cheirar a alfa? Bom, ao menos a cadela essa não estava louca. Mas por que cheirava a isso?... Ah, a não ser... — Transaste com um alfa! —

Antes que me desse a bronca da minha vida, fugi correndo. Só há uma razão para que o cheiro não desapareça... Por favor, Deus, diga-me que não é o que penso.

Cheguei ao banheiro de ômegas masculinos e revisei o pescoço. Senti meu mundo destruir-se pela segunda vez... Esse alfa me havia marcado... E não era temporário. Era permanente, me havia ligado... A ele...

Passei uma mão pelo cabelo e saí do banheiro. Isto deve ser uma má brincadeira. Uma piada sem humor... Alguém diga-me que é um pesadelo. Que ainda sigo dormindo.

Meus olhos se humedeceram e pequenas lágrimas começaram a sair dos meus olhos. Tinha a cabeça abaixada para o chão enquanto caminhava para a saída. Não tinha nenhuma vontade de estar ali.

Não queria que Paul me visse de novo assim. Já sinto que sou um redemoinho de problemas que se enrola nele. Não quero que carregue meus problemas. Estava mergulhado em meus pensamentos que não me dei conta que choquei com alguém. Senti o cheiro familiar. Já sabia quem era e não tinha nem vontade de ver sua cara de imbecil.

Desta vez nem me desculpei pelo acidente e fui-me sem mais. Só queria trancar-me no meu quarto e chorar pelo meu problema que eu mesmo criei. Ao estar fora, peguei um táxi, me cobrava a mais, mas nem vontade de discutir tinha. Aceitei e entrei no carro.

Meu celular vibrou, tirei-o do bolso e liguei. Era uma mensagem de Paul, desliguei meu celular e voltei a guardá-lo. Alguns pensarão que sou dramático. Mas uma marca de união não é algo que se tome levianamente. Não é um jogo. Algumas pessoas se conectam sem saber se é ou não a pessoa indicada.

Pessoas morreram por isto. Quando um alfa marca o ômega por engano, estes ficam ressentidos e se separam. Mas seu corpo não suporta estar longe de seu parceiro e morre de solidão. Nem sequer sei uma merda do alfa que me marcou. Não sei nada, nem seu nome, rosto ou algo.

A vida me odeia, não há dúvida dessa merda. Quer ver-me morto e conseguirá sem dúvida. O táxi parou indicando que cheguei ao meu destino. Desci e paguei o que era. Acho que vir à minha casa para chorar livremente não era boa ideia...

Girei a maçaneta e entrei no meu lar. Bom, acho que nem lar é. É uma cova, uma prisão ou minha própria tumba.

— Onde merda estiveste ontem à noite? — Uma reclamação e uma voz que odeio desde que a ouvi chegou aos meus ouvidos.

Não tinha vontade de nada. Já havia recalcado muito, não? Quis passar de lado, mas recebi um tapa. E não tomei nada bem. Se não me irritava pelos tapas de Paul é porque se preocupava comigo, como ninguém na minha podre vida havia feito.

— Garoto desrespeitoso! — Gritou bravo. Olhei-a com ódio e isso a fez enojar-se mais, tentou esbofetear-me uma vez mais. Mas agarrei seu pulso antes que me golpeasse.

— Não quero que voltes a pôr uma mão em cima de mim — Rosnei ameaçador. Odiava à morte minha madrasta desde que a conheci. Não posso nem vê-la. Nem a ela nem a sua filha.

— Como te atreves — Soltou-se da minha agarra. Estava prestes a soltar-me. Mas notou como meu pai chegava e mudou totalmente seu rosto e atitude.

— Nicol. O que está acontecendo aqui? — Perguntou aproximando-se de nós. Meu dia não podia arruinar-se mais.

— Querido... Perguntei a Emil por que não chegou ontem à noite e ele tomou mal. Faltou-me ao respeito e tentou levantar-me a mão.... Eu só me preocupei... — Maldita raposa, só sai veneno quando fala.

— Emil. Pede perdão já mesmo — Ordenou olhando-me com raiva. Não me surpreende que prefira acreditar na sua palavra que na minha.

— Não vou desculpar-me por algo que não fiz

Pude ver como Nicol me olhava com depreciação total. Claro que me odiava. Se papá chegar a morrer, toda sua fortuna será minha por ser seu legítimo filho.

Não quis discutir mais e subi escadas acima até chegar ao meu quarto e trancar-me ali. Arremessei algumas coisas da raiva que tenho e lágrimas acumuladas saíram disparadas.

Deitei-me na minha cama e encolhi-me em mim mesmo. Lágrimas não paravam de sair enquanto houvessem preferido que me tivessem abortado ou mandado para um orfanato. Minha vida seria muito melhor... Quero morrer. A sério quero fazê-lo...

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