...Capítulo 1 🗼...
Era o dia mais chato do ano e Joane Carter detestou saber que teria que abrir mão do seu dia de folga do trabalho por causa de uma festa que sua amiga de infância e de apartamento queria que ela fosse de todo jeito ajuda lá com os preparativos. Não era muito fã de festas e muito menos dos amigos dela que eram chatos e babacas - menos a sua amiga Belatriz é claro - mas não fez nenhum esforço para contradizê-la e aceitará e pronto.
Podia ouvi-la do outro lado da porta de seu quarto que Belatriz estava fazendo uma faxina no apartamento e estava começando a se irritar já que estava tão cansada de trabalhar no dia anterior naquela droga de escritório para adiantar todo o seu serviço para um feriado do dia dos namorados.
Não tinha ideia de que aquilo era tão importante para sua amiga, era mais fácil ela sair com o namorado festejar do que ficar ali tentando anima-la para não ter que ficar sozinha. Belatriz era a sua melhor amiga e desde que seus pais faleceram há cinco anos num acidente, ela veio tentando ser a irmã que nunca tivera e adorava a sua companhia mesmo que fosse as mais loucas ideias que ela tirava pra me distrair, até seu namorado Jack ajudava. Mas nada a faria ficar melhor, sua vida já fora cheia de alegria e de coisas emocionantes, agora ela só tinha um vazio dentro dela que não fazia sentindo ficar ali se alegrando e vivendo intensamente.
Ela arfou e tampou os ouvidos com o travesseiro para abafar o barulho do outro lado da porta. Porque Belatriz tinha que ser tão chata àquela hora da manhã, não eram nem oito horas da manhã.
- Mas que merda!
Joane olhou para a porta quando ouviu o barulho da maçaneta girar e sua amiga entrar no quarto com um sorriso enorme no rosto.
Beatriz era linda e estava radiante aquela manhã com seu pijama de short e blusinha, cabelos loiros lisinhos até os ombros, diferente dos dela que eram castanhos ondulados e cheios de frizz.
-Bom dia, minha amiga linda. Já fiz o nosso café da manhã. - ela contou animada e pulando em cima de sua cama. - Vamos, Joe. Está na hora de você levantar dessa cama.
Joane tirou o travesseiro dos ouvidos e olhou para Belatriz.
- Porque você tem que estragar os meus sonhos, Bia?
Bia sorriu.
- Desde quando você tem sonhos?
- Sempre tive. É você que não sabe a existência deles.
Bia fez careta e só então percebeu que ela estava fazendo careta pelo que dissera e sim olhava para o seu cabelo que agora estava bem armado. Odiava quando ela olhava para o seu cabelo, era como se ela estivesse pensando no que fazer pra ele ficar bonito.
- Preciso arrumar seu cabelo, Joe. - ela falou enquanto tentava pegar nas madeixas.
- Por favor, Bia. Não quero fazer nada no cabelo hoje.
- Mas ele tá meio...
- Ele sempre está feio.
Bia riu.
- Não. Seu cabelo não é feio, só precisa saber arruma-lo.
Joane bufou e sentou na cama. Ela não era tão bonita quanto Bia era, mas também não era de se jogar fora. Ambas tinham a mesma altura 1,68, o mesmo peso, a única diferença entre elas era que Bia era loira com seu tamanho 42 e ela morena e com seus seios tamanho 44, o que não era grande coisa, já que Bia sempre estava na sua frente em tudo.
- Será que posso pelo menos escovar os dentes?
- Mas é claro. Eu e o Jack estaremos na cozinha lhe esperando, ok.
Joane assentiu e levantou da cama assim que Bia saiu. Foi ao banheiro no final do corredor e escovou os dentes, olhou para o espelho e realmente teve que concorda com Bia, seu cabelo estava horrível. Sem muito tempo a perder deu uma ajeitada nele prendendo com um elástico fazendo um rabo de cavalo.
- Bom dia!
Ela saudou Jack quando entrou na cozinha pequena que era composta por um armário embutido, um fogão, uma geladeira e a mesa que era nosso balcão.
-Bom dia, Joane.
Joane sentou-se num banquinho e reparou que Bia havia exagerado no café da manhã. Havia panquecas, pão, ovos com bacon, suco de laranja e café.
-Vamos ter visitas para o café da manhã?
Bia e Jack encararam-na, mas foi Bia quem falou.
- Não. Por quê?
- Há muita coisa pra comer só pra nós três, vocês não acham?
Jack riu.
- Só queremos agradar você. - Bia falou. Joane arqueou as sobrancelhas confusas. O que será que aqueles dois estavam planejando?
- Tem alguma coisa acontecendo aqui, que não estou sabendo? - ela perguntou, enquanto passava manteiga no pão.
Se havia alguma coisa entre os dois que precisava saber, iria até por fim para que ambos falassem logo de uma vez por todas.
- É... Joane, precisamos lhe contar uma coisa. - Jack falou primeiro. - Eu e a... Quero dizer nós não vamos mais fazer nada aqui.
Joane piscou várias vezes para ter certeza de que não estava ouvindo bem. Será que era mesmo isso? Que ambos não iriam fazer absolutamente nada naquele apartamento. Mas que...
- Isso é... Maravilhoso! - ela exclamou antes de tomar um gole do seu suco.
- Eu disse para você, amor. - Bia se dirigiu a Jack.
Ela olhou para um e para o outro.
- O que foi?
- Eu disse a Jack que você não iria se importar com isso.
- E o que isso quer dizer?
- Nada, que eu conheço você muito bem. - Bia sorriu. - E queremos que você vá com a gente, não queremos você aqui sozinha.
- Mas quem disse que irei ficar sozinha?
Bia bufou daquele jeito que ela odiava quando sua amiga sabia que ela estava mentindo.
- Deixa de ser boba, você só tem a mim como amiga... E além do mais você conhece onde iremos.
- Para onde?
- Meus pais nós convidou para ir jantar na casa deles. E em troca nós deram um presente...
Os pais de Bia eram bem de vida e eles adoravam quando a filha passava os feriados em casa, mas sempre viam com alguns brindes que eu achava um pouco meio absurdo. Ela não era filha única, tinha um irmão que não lembrava muito bem, já que só o vira umas duas vezes quando eram crianças.
Para falar a verdade lembrava apenas que ele tinha olhos verdes que seria impossível esquecer já que pareciam duas esmeraldas, não lembrava quando o vira pela última vez, mas já ouvira Bia conversar com ele pelo telefone e que ele havia ido para a Inglaterra fazer não sei o que por lá.
Bem, quem se importa com isso? Agora estava interessada em que tipo de presente os pais de Bia iam dar a filha em troca de um jantar em família.
- O que seus pais vão dar de presente? - ela tentou saber sem estar empolgada, para não dar muito na cara.
Bia sorriu de orelha a orelha.
- Uma viagem... Isso não é ótimo, amiga.
Joane abriu a boca, confusa. Era a primeira vez que os pais dela dava passagem para uma viagem. Deve ser muito importante para eles passarem o dia dos namorados juntos.
- Uma... V-viagem? - perguntou gaguejando. - Para onde?
- Adivinha?
Joane ficou pensando, mas nada surgiu nada em sua cabeça, já que estava mais interessada planejando o que faria enquanto sua amiga viaja com seu namorado.
- Não tenho a mínima ideia.
- Para Paris... Nosso sonho vai se realizar amiga.
Bia já estava começando a assustá-la com aquela empolgação toda. Ainda mais quando ela começou a se referir que todos ali iriam com ela. Ela sabia muito bem que eu não poderia ir para Paris, pois ganhava muito pouco no escritório.
- Fico feliz por vocês dois... É um bom lugar para um casal. - Ela falou e deu uma mordida em seu pão.
- Joane! Você não entendeu.
- O quê?
- Meus pais deram passagem para nós duas. Nós duas. Você e eu. Eu e você. Entendeu?
Joane largou seu pão e ficou ali parada sem saber o que dizer. Os pais de Belatriz havia comprado passagem para ela ir junto com a filha. Isso é tão esplêndido... Maravilhoso.
Paris, a cidade iluminada, cidade dos apaixonados e lá estava ela e sua melhor amiga realizando o sonho que tanto esperava. Não estava acreditando que realmente os pais de sua amiga estivessem falando sério com o tal presente, ainda mais passagens para Paris.
- Se está de brincadeira, Bia?
- Porque eu brincaria com uma coisa dessas hein. Nosso sonho sempre foi ir a Paris.
Ela olhou para Jack.
- Ela está falando sério, Jack?
Jack apenas assentiu.
- Não sei por que duvida disso. Sou sua melhor amiga desde quando tínhamos onze anos. Meus pais te adoram como se fosse da família, o que para mim já é. - Bia se irritou um pouco. - Você vai comigo, nê?
- Mas é o Jack?
- Eu vou também não se preocupe Joane. - Ele respondeu primeiro e sorriu.
- Não quero segurar vela.
Ambos riram dela.
- Mas você não vai segurar vela... Só tem um probleminha que não contei ainda.
Joane ficou ali olhando para a amiga, totalmente confusa. Qual será o probleminha que ela não contará?
- Desembucha logo, Bia.
- Bem... Minha mãe disse que só poderei ir se... - ela olhou de relance para o namorado que fez cara de "conta logo". - Bem, meu irmão vai ter que ir junto.
Joane ficou ali somente encarando os dois, pareceu uma eternidade - mas foi apenas cinco minutos - não conhecia o irmão de Bia, mas também não precisava ele ir junto. E porque afinal ele precisava ir junto, só pra estragar o passeio delas. Conhecia a fama dele de galanteador e chavequeiro de mão cheia. Podia jurar que já escutava a voz dele no seu ouvido enchendo o seu saco quando ela atendia ao telefone. A voz era incrivelmente sexy, só não lembrava muito bem a aparência dele, somente os olhos verdes e nada mais.
Lembrou-se do dia em que tinha doze anos, ela e Bia passavam a maior parte do dia juntas, iam e voltavam da escola juntas e ainda passava o resto da tarde trancadas no quarto brincando e fazendo fofocas sobre garotos. O irmão dela quase não passava o tempo em casa, vivia na rua desfilando com seu carro que naquela época era ser o maioral ter um carro só para conseguir garotas e se lembrava bem, ele já era bem mais que um adolescente sem escrúpulos naquela época.
Todas as duas vezes em que o vira ele parecia adorar em irritá-la, pois naquela época ela usava óculos e usava aparelho nos dentes - o que era um horror - ele havia colocado um apelido horrível nela "Jojoane a Feia", da personagem da novela "Beth a Feia". Odiava só de pensar que chorou várias vezes ao lembrar-se do apelido idiota que aquele imbecil a chamava.
Mas como Deus é bom, agora graças à tecnologia ela não usava mais aqueles óculos e nem o aparelho, só tinha o problema do cabelo que era difícil domar os enrolados e os frizz.
- E aí?
Joane voltou para o mundo real e piscou.
- Eu sei que você não gosta dele e coisa e tal, mas só podemos ir se ele for junto. - comentou Bia, já fazendo bico decepcionada.
- Tem razão, eu não gosto dele...
- Por favor, não diga não. É a única oportunidade que teremos de visitar a cidade da luz. E que estamos loucas para conhecer, você sabe que é nosso sonho desde criança.
Não gostava nem um pouco quando Bia ficou nervosa, ela começou a tagarelar.
- Bia, você sabe que não seria nada legal. Seu irmão me atormenta pelo telefone quando eu atendo. - Ainda bem que era só por telefone. - Não quero ver aquele idiota.
- Mas você vai vê-lo hoje à noite. Faz tempo que você não o vê.
Ela fez careta para em seguida dar uma bela mordida em seu pão.
- Isso, come desse jeito na frente dele que ele arruma logo outro apelido em você.
- Não sou mais criança, posso arrumar um apelido para ele também, se ele vier fazer graça.
Jack ficou só na escuta, apenas sorria quando viu que o assunto era divertido.
- Dominic colocou um apelido em você, Joane?
Então esse era o nome dele, não se lembrava do nome do idiota.
- Sim, quando era criança eu usava óculos e aparelho. - Ela contou emburrada. - E até hoje ele me chama pelo apelido por telefone.
Jack riu.
- Como era mesmo que ele lhe chamava? - Bia perguntou.
Joane não queria divulgar esse fato justamente para Jack, mas também não tinha nem como esconder, já que logo ele ia descobrir.
- Jojoane a feia.
Jack e Bia riram. Enquanto ela ficou ali emburrada, então levantou-se pronta para se retirar da cozinha, quando Bia falou.
- Não fica assim, você já deveria ter superado isso, Joe.
- Se ele não me lembrasse, eu já teria superado. - Ela disse. - Mas creio que não vou superar tão cedo, já que vou vê-lo por dias.
Bia saltou para cima dela e a abraçou tão forte que pensou que não sobreviveria mais.
- Aí amiga, eu te amo. Você sabe que te amo, mas agora eu te amo muito mais.
- Está ok. Eu também te amo. Mas eu amo mais Paris do que você.
Joane desgrudou da amiga e saiu andando até o seu quarto e pôde ouvir Jack perguntar "Será que essa viagem vai prestar?".
Não. Com certeza não iria, mas faria o possível para aproveitar Paris o máximo que pudesse, mesmo com uma mala sem alça junto.
Joane aproveitou a manhã para dar uma arrumada em seu quarto e claro no guarda-roupa para ver se achava alguma coisa decente. Não queria impressionar ninguém, mas pelo menos mostraria para aquele idiota que não era mais a Jojoane a feia.
Ela passou a parte da tarde dentro do quarto, enquanto sua amiga ficava no outro quarto com Jack. Tentou manter sua mente longe dos barulhos. Odiava o dia dos namorados, na verdade não odiava e que ela não tinha com quem compartilhar esse dia. Não era do tipo de mulher que gostava de sexo casual, era do tipo que gostava de curtir várias noites de companhia para depois quem sabe rolar alguma coisa para não ficar sempre enferrujada - como se ela já não estivesse enferrujada - ela riu dela mesma ao pensar em como fazia tempo que não sabia o que era sexo. Não que não quisesse alguém, é que a maioria dos homens hoje em dia não queria nada sério.
Afastou esses pensamentos e decidiu pensar em Paris, ela havia juntado uma grana para quando fosse a Paris, desde que começara a trabalhar na revista "For Girls" , quando conseguirá entrar lá acho que conseguiria um cargo bom, mas para sua tristeza conseguira o cargo de recepcionista, o que era chato pra caramba, o salário era uma merda e ainda tinha que aguentar os telefonemas, agendas e manter a boca fechada para cada fofoca que acontecia ali, até mesmo do seu chefe idiota que não parava de perturbá-la chamando a para sair. Não que ele não fosse bonito, mas era muito safado e já havia saído com a maioria das garotas da revista.
Quando foi às quatro horas, correu para o banheiro e tratou de se arrumar antes que Bia entrasse e não saísse mais do banheiro. Ao voltar para o quarto vestiu seu vestido preto de renda sem manga e rodado abaixo da cintura, era um ótimo vestido - já que era o único que ela tinha - calçou sua sandália de salto Melissa com asas desenhadas na parte de trás.
Ela foi até o espelho e ficou surpresa em ver que não estava mal, seu cabelo ficou perfeito, deixou ele solto e passará fixador nele para não armar os enrolados nas pontas.
Uma batida na porta a fez voltar a realidade, sem muito tempo pediu que Bia entrasse.
- Uau Joane, você está linda! - Bia aproximou.
- Estou?
- Sim. Mas está faltando uma coisa... A maquiagem.
Nossa, como pude esquecer-me da maquiagem, sabia que estava faltando alguma coisa. Mas foi bom Bia lembrar ela, sentou em sua penteadeira e começou a se maquiar.
- Ei vocês duas, já estão prontas? - Jack chamou-as da porta.
- Sim. Espera só um minuto que já vamos.
A noite demorou aparecer, estavam na metade do caminho para casa dos pais de Belatriz e ainda havia um pouco do pôr do sol. Os pais de Bia moravam um pouco distante da cidade e levava meia hora para chegar lá, ainda bem que Jack tinha um carro para levá-la junto, já que sua motocicleta estava dando problema na partida - e também não ficaria bem indo de moto de vestido - não que já não estivesse acostumada a andar de saia na sua moto. Mas não queria chegar descabelada num jantar na casa dos Hughes, uma família respeitada e generosa que a tratava como filha desde criança.
Quando finalmente chegaram, ela olhou para a CBR 300 vermelha que estava estacionada na frente da casa e ficou toda boba ao olhar a bela moto que estava ali. Desejava muito andar numa moto daquela desde que ela soube da existência.
Desceram do carro e mal ponharam os pés no asfalto a porta da frente da casa abriu e lá viu a Sra. Hughes descer um degrau e vir ao nosso encontro, abraçou a filha e depois o genro e finalmente ela.
- Joane, você está linda. O que você fez no cabelo que está tão bonito hoje?
A resposta era simples: "puro fixador".
- Ah, nada demais, Sra. Hughes.
A Sra. Hughes sorriu. E só então os chamou para ir para dentro, pois já estava começando a anoitecer. Sempre achou a casa encantadora e acolhedora demais para ela, mas nunca deixava de olhar para o teto da sala que havia desenhos gregos desenhados com tanta perfeição. Era a parte da casa que ela mais gostava, além do quarto que ela costumava brincar com Bia quando criança.
O pai de Bia apareceu logo em seguida e fez o mesmo que a Sra. Hughes abraçou os três e sorriu para mim. Desde que meus pais morreram num acidente de carro eles dois vieram tratando-a com muito carinho para que não faltasse amor de pais, que ela sabia que fazia muita falta.
Não podia negar, adorava os mimos que tinha com eles.
- De quem é a moto? - Bia perguntou aos pais.
- É minha. - respondeu um homem loiro que acabava de entrar na sala respondendo a pergunta de Bia.
Ficou surpresa quando Bia levantou tão rápido do sofá e pulou para cima do homem. Ele era bonito, usava calça jeans bem surrada, uma camiseta com a caveira do justiceiro que modelava bem os músculos e calçava um tênis all star, seus cabelos estavam meio bagunçados e usava óculos de armação grossa muito feia e a barba estava bem rala sobre o rosto bonito... Os olhos eram verdes.
O irmão de Bia tinha olhos verdes. Como não notara antes que aquele sujeito era o irmão de Bia.
Meu Deus aquele idiota era Dominic, aquele idiota bonito iria viajar com a gente para Paris.
- Ah Dom, estava com saudades de você. - falou Bia. - Ei, e essa barba?
Ele sorriu.
- Ficou bacana, hein. E você como está?
- Vou muito bem. Lembra-se do Jack? - Ela pegou na mão dele e aproximou do namorado que logo se levantou para cumprimentar o cunhado.
- Sim. E aí, está tratando bem a minha maninha?
- Claro.
- Acho bom. E você é...?
Joane olhou para ele de relance e permaneceu sentada, não iria se levantar para cumprimentá-lo. Mas percebeu que ele a encarava e soube naquele instante algo acendeu sobre seu corpo, algo que nem ela soube o que era.
- Ela é a Joane, lembra?
Dominic ficou ali a observando enquanto ela ficou ali sentada sem olhar para ele.
- Você é a Jojoane a feia, aquela que usava aparelhos e óculos? - ele perguntou descaradamente falando o maldito apelido.
- Estou vendo que não deixou de ser abusado. - Ela simplesmente falou.
Ele deu um sorriso torto.
- Incrível como as pessoas mudam, não é.
Antes que ela abrisse a boca para falar a Sra. Hughes interferiu ao notar que o clima ficaria feio ali naquele ambiente.
Passou á noite ali quieta somente ouvindo a conversa que estavam entre eles, não fazia parte da família então era melhor manter sua boca fechada, a cada palavra que aquele idiota pronunciava estava lhe dando dor de cabeça. Não via a hora de poder ir para casa descansar e tinha que levantar cedo ainda, pois tinha que trabalhar na manhã seguinte, afinal ainda era quinta-feira.
O jantar foi servido na sala de jantar, que era um aposento muito elegante, ela sentou ao lado da Sra. Huhges em frente à Dominic que não parava de olhar para ela nem um segundo qualquer.
Como ele era realmente abusado. Não mudaria nem um pouco, sua arrogância era a mesma de sempre. Só de pensar em como seria aguenta-lo numa viagem por quatro dias, lhe deu um embrulho no estômago.
- E como vai seu trabalho, Joane? - a Sra. Hughes perguntou, deixando a sem graça.
- Bem. Estou tentando uma vaga para redatora lá na revista.
- Não vejo a hora de poder ler alguma coisa sua naquela revista. - Foi à vez de Bia.
Ela somente deu um pequeno sorriso.
- Não sabia que tinha se formado para isso. - Dominic entrou na conversa.
- Joane é excelente escrevendo.
- Nem tanto, Bia. Mas pretendo ser boa um dia, quero escrever livros futuramente, Sra. Hughes.
- Uma ótima escolha, amo livros. E espero que faça sucesso mais do que eu tive com meus livros.
Ela sabia que podia contar com a mãe de Bia a qualquer momento, pois ela amava livros muito mais do que a Sra. Hughes amava. E já havia lido quase todos os livros que a Sra. Hughes escrevera.
- Imagina. Sou apenas iniciante nesse tipo de coisa.
- Mas vai ficar ótima daqui pra frente, querida. - o Sr. Hughes falou e sorriu. - Ei a Bia lhe contou sobre a viagem?
Joane assentiu.
- Sim. Estou ansiosa para ir, muito obrigada por me incluir na viagem. - Ela agradeceu.
- Que isso, vocês duas merecem. Afinal você é nossa filha agora e sei que Bia não iria viajar sem você do lado.
- Somos inseparáveis. - Bia contou sorrindo e em seguida para ela, que retribuiu. - Apesar de ela amar mais Paris do que a mim, mas tudo bem.
- Bia!
Bia e Jack riram que logo percebeu que todos riam e não pode resistir e riu também. Mas ficou constrangida quando notou que estava sendo observada pelo homem a sua frente.
Dominic se tornara um homem incrivelmente lindo, mas a arrogância dele estava incomodando. E aqueles óculos até agora não entendia o porque. Ele nunca usará óculos e agora estava com um super-ridículo naquele rosto bonito e com uma barba rala.
A conversa se tornou em torno da viagem, ela estava programada para o mês de março, pois em fevereiro em Paris estava no inverno e se fossem agora não iriam aproveitar o que mais havia de bonito naquela cidade maravilhosa. Não faltava muito para março, mas não via a hora de ir mesmo ter que ir com uma mala sem alça.
Soube que Dominic era dono de uma loja de peças para motos. Quem diria que aquele idiota era chefe e dono de uma loja famosa feita especialmente para motos. Por isso tinha aquela moto linda do lado de fora.
Mas não a deixou convencida nem um pouco, ainda era o adolescente idiota sem escrúpulos.
Quando o jantar finalmente acabou, por dentro uma alegria pulou contente por aquele jantar finalmente terminar.
Ela ficou sem graça quando o Sr. Hughes se aproximou dela.
- Não precisa se preocupar com meu filho nessa viagem, Joane.
- Eu não...
- Sei que ele foi mal-educado essa noite, mas Dom não é assim. Eu vou conversar com ele e pedirei para não lhe faltar com respeito pelos quatro dias em Paris.
- Obrigada, senhor. Mas sei que posso cuidar disso sozinha.
Pelo menos achava que sim. Mas sabia que ela era muito boba quando se tratava de homens imaturos e... Lindos.
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