NovelToon NovelToon

Sombras Eternas

Capítulo 1: Sob a Luz da Lua

Personagens Principais:

Clarice Novaes, nasceu em uma pequena vila nos arredores de uma floresta densa e muito misteriosa, onde contam as histórias que, nesta floresta vivem criaturas noturnas e assim muitas lendas antigas eram passadas de geração em geração. Desde sua infância, ela adorava explorar os arredores da floresta e gostava de ouvir as histórias que os mais velhos da vila contavam sobre o mundo que existia além daquela pequena vila. Sendo filha única de um casal de agricultores, Clarice cresceu em meio à simplicidade da vida, aprendeu a seu forte, sempre foi independente e sua curiosidade era insaciável.

Sua mãe, Helena, era muito simples, mas era uma mulher muito bondosa que ensinou à  sua filha o valor da empatia para com o próximo e da coragem. Já seu pai, André, era um homem muito prático e extremamente trabalhador.  Aos 18 anos, Clarice teve um namorico bem rápido com um jovem ferreiro chamado Hugo. Ele era muito gentil, mas seu amor por Clarice o tornava bem possessivo, o que a fez Clarice terminar, pois ela sabia que se fosse continuar, de possesivo se tornaria abusivo.

Clarice agora com 23 anos, quer viver além daquela pequena vila, ela quer explorar o que tinha de tão misterioso na floresta. Pois era um lugar que ela conhecia bem, mas também tinha muito medo ir lá. Mas histórias sobre criaturas sombrias que habitavam lá há intrigavam, mas ela nunca acreditou de verdade nelas.

Adrian Beaufort nasceu há muitos séculos atrás, durante a Idade Média, em uma nobre família do interior da região que hoje é conhecida como a Europa Oriental. Seu pai, o lorde Viktor Beaufort, era um homem extremamente ambicioso e muito severo, ele via no Adrian o herdeiro perfeito para expandir seu grande império de muitas maldades e poder absoluto. Sua mãe, a senhora Eleonora, era o oposto do marido: uma mulher muito carinhosa e intelectual, que transmitiu ao filho o seu gosto pela música, pela literatura e empatia pelo próximo.

Adrian era muito oprimido pelas expectativas do pai, que sempre que podia o forçava a aprender as táticas de guerra e política. Quando Adrian alcançou seus 16 anos, sua mãe teve uma morte muito misteriosa e repentina.

Quando completou 23 anos, Adrian estava bem no auge de sua juventude e carisma. Durante um baile realizado em sua propriedade, ele conheceu uma mulher chamada Selene, cuja beleza era hipnotizante.  Adrian era muito ingênuo e foi atraído pela aura misteriosa de Selene, acabou caindo em sua armadilha.

 recém - transformado, Adrian foi levado à Irmandade Sombria, onde começou seu treinamento intenso. Ele aprendeu a lutar, a manipular e explorar seus novos dons sobrenaturais. Depois de muitas décadas servindo à Irmandade, Adrian rompeu com eles quando ele testemunhar uma atrocidade cometida contra uma vila inteira.

A batalha entre pai e filho foi muito feroz, mas Adrian conseguiu escapar, jurando nunca mais se envolver com as ambições sombrias da Irmandade. Ele passou séculos vagando pelo mundo, tentando redimir sua culpa, ajudando todos aqueles que precisavam, mas sempre mantendo sua verdadeira natureza em segredo.

Em uma noite fria que transparecia o fim de outono, por entre as árvores de uma imensa floresta onde só que se ouvia era o sussurrar do vento por entre as folhas, Clarice caminhava por uma trilha repleta de flores, ela estava perdida em seus pensamentos.

A noite era sua ponte para fugir de tudo, era seu refúgio, pois ela tinha lua cheia que estava muito linda no céu e que iluminava seu caminho, mas as vezes a floresta ficava muito silenciosa ao seu redor, ela sentia que tinha algo assustador, um ar de mistério tomava conta da imensa floresta.

De repente Clarice sentiu um arrepio subir pela espinha, ela parou e tentou escutar alguma coisa, ela ficou imóvel, era como se algo ou alguém estivesse esperando por ela ou a observa-la. Mais ela não se importou e voltou a caminhar, de repente ouviu um som suave, como um movimento por entre as árvores.

Clarice — Quem está aí? Perguntou, com a voz firme, sem demonstrar que estava carregada de incerteza e medo.

Foi nesse momento que do meio das sombras, uma figura surgiu.

Ela avistou um homem com aproximadamente 30 anos de idade e uma aparência incrivelmente linda, mas também muito misteriosa. Ele estava de pé sob a luz da lua, a luz exaltando mais ainda sua beleza, era alto e imponente,  seus olhos que pareciam refletir as estrelas. Seu rosto era de uma beleza quase etérea (beleza pura, beleza celestial), mas havia algo nele que fazia o coração de Clarice acelerar, pela primeira vez ela que seu destino estava ligado a algo maior.

Adrian Beaufort era um vampiro, solitário por sua própria escolha, claro, ele preferiu ficar só e isolado do que ver as pessoas morrerem ao seu lado, assombrado por um passado cheio de escolhas muito difíceis de se fazer.

Quando seus olhares se cruzaram, Adrian sentiu algo mudar dentro dele. Ele sentiu como se algo muito estranho tomasse conte de seu corpo, uma conexão que não fazia sentido algum para ele.

Já para Clarice, seu coração não parava de bater, parecia que ia sair pela boca, ela sabia que ele era muito diferente, ele passava uma sensação de medo, mais quando ela olhava para aqueles olhos não eram tão assustadores, eram um pouco tristes, Clarice sentia como se eles já se conhecessem a muito tempo.

De repente ele olhou diretamente em seus olhos.

Adrian — Você deveria tomar cuidado ao vagar sozinha pela floresta, principalmente durante à noite.

Disse ele, com sua voz baixa e bem aveludada.

Como que instantaneamente, Clarice deu um passo para trás, mas tentando manter a compostura.

Clarice — Eu... eu não sabia que havia mais alguém nesta floresta. Quem é você?

O homem inclinou levemente a cabeça, como se a estudasse.

Adrian — Meu nome é Beaufort, Adrian Beaufort. E você é...?

Clarice — meu nome é Clarice Novaes. — Sua voz soou mais baixa do que gostaria,

mais ela continua — O que você está fazendo aqui?

Adrian não respondeu imediatamente. Ele parecia hesitar, como se considerasse quanto deveria revelar. Mas finalmente, ele deu um passo à frente, mas manteve uma distância respeitosa.

Adrian —  Estou aqui para observar, tem muitas coisas na floresta que nem todo mundo deveriam ver ou saber.

Clarice franziu a testa, intrigada com o que ele falou, seu instinto de curiosa  aguçou, mais ela tentou esquecer.

As noites seguintes foram sempre marcadas por encontros bem calorosos na floresta, onde eles conversavam sobre absolutamente tudo e ao mesmo tempo sobre nada. Adrian percebeu que a fragilidade humana de Clarice era sua maior força. Mas também percebeu que o tempo era muito traiçoeiro e infelizmente era implacável.

A natureza vampírica de Adrian ameaçava o frágil equilíbrio que ambos construíam entre eles.

Em uma noite muito calma e tranquila eles estavam conversando, quando de repente ouviram um som, era um som muito perturbador que ecoou pela imensa floresta, como um rugido muito distante. Clarice se virou rapidamente, com o coração batendo muito forte em seu peito.

Clarice — O que foi isso? Perguntou ela muito assustada.

Adrian permaneceu imóvel, mas sua expressão endureceu.

Adrian — Algo que não pertence a esta floresta.

Clarice sentiu um pânico que começou a crescer dentro dela.

Adrian — Devemos sair daqui. — Ele estendeu a mão, como se quisesse acalmá-la. — Eu cuidarei disso. Mas você precisara confiar em mim.

Clarice hesitou, havia algo nele que ao mesmo tempo  que era reconfortante era aterrorizante. Mas antes que ela pudesse decidir, um rugido se aproximou, seguido por passos muito pesados.

De repente, uma criatura emergiu da escuridão, sua aparência grotesca iluminada pela luz prateada da lua. Era uma mistura de animal e pesadelo, com olhos brilhantes e presas muito afiadas. Clarice nem pensou e começou a gritar, mas antes que a criatura pudesse se lançar sobre ela, Adrian se moveu com muita rapidez, que foi até impossível vê-lo naquele instante .

Adrian ficou entre Clarice e o monstro, sua postura agora era completamente diferente. Seus olhos brilhavam em um tom avermelhado, e suas presas reluziam sob a luz da lua.

Adrian — Não olhe para isso — disse ele, mas Clarice já estava paralisada, incapaz de desviar o olhar daquela criatura horrenda a sua frente.

Adrian sem pensar, rapidamente atacou a criatura com uma força sobre-humana, seus movimentos era muito precisos e bastante letais, Clarice ficou muito chocada com o que estava vendo, ela não conseguia acreditar.

Em questão de segundos, o monstro caiu por terra, transformando-se em pó diante dos olhos dela.

Quando o silêncio voltou a reinar na floresta, Adrian se virou para Clarice. Seu olhar não era mais tão ameaçador, mas sim de preocupação.

Adrian — Agora você sabe por que eu estava aqui.

Clarice mal conseguia respirar.

Clarice — O que... o que você é?

Adrian hesitou muito antes de responder, sua voz estava carregada de uma melancolia muito profunda.

Mas ele ergueu a cabeça firmemente e olhou para ela.

Adrian — Eu sou o que essa noite precisa e exige que eu seja, o protetor das sombras, mas também faço parte delas.

Clarice não sabia o que falar ou fazer, ela só sabia que estava sentindo uma mistura de fascínio e ao mesmo tempo de medo, mas, acima de tudo, ela sabia que sua vida nunca mais seria a mesma.

Capítulo 2: Revelações Sob a Lua

A caminhada de volta através daquela imensa floresta foi feita em um silêncio que chegava a ser gritante.

Clarice acompanhava Adrian pelo caminho, seu coração ainda estava muito acelerado por conta  do susto, de ter visto  aquela criatura monstruosa que ela acreditava não existir, apesar das inúmeras histórias ouvidas, ela ainda não conseguia acreditar que Adrian avia derrotado o monstro com tanta facilidade.

A mente dela estava muito agitada por tantas coisas vista e ouvidas, são tantas perguntas que ela queria fazer, mas de certa forma a presença de Adrian, há deixava calma e também bastante nervosa, fazendo-a conter as palavras até que chegassem a uma clareira bem iluminada pela luz da lua.

De repente Adrian parou no centro da clareira e virou-se para ela, seus olhos agora estavam com um brilho bem intenso e muito misterioso, bem fixados nela. Ele parecia estar bem hesitante como se já soubesse que, a cada palavra que ele dissesse iria mudar tudo de maneira irreversível.

Adrian — Você deveria ter ido embora quando ouviu o primeiro som Clarice — começou ele, com sua voz suave, mas com um tom de reprimenda. —  Essa floresta não é segura durante e principalmente à noite, você não pode ficar andando por ai sozinha.

Clarice olhando com uma expressão séria cruzou os braços, tentando com todas as forças esconder o seu nervosismo e mostrar que ela é muito corajosa.

Clarice — Eu não sou do tipo que foge ao primeiro sinal de perigo. — Ela hesitou muito antes de continuar. — Mas aquilo... Aquilo que acabamos de ver... O que era?

Adrian deu um grande suspiro e em seguida deu um passo em direção a uma árvore que estava próxima a ele, começou a passar a mão pelo tronco da grande árvore como se estivesse buscando forças para conseguir responde-la.

Adrian — Aquilo era uma criatura corrompida, algo que não deveria existir sobre a terra, ela foi criada pela Irmandade Sombria dos vampiros, uma seita que eu... conheço infelizmente bem até demais.

Clarice de repente sentiu um grande arrepio ao ouvir o tom grave das palavras de Adrian.

Clarice — Você lutou como... como se fosse... — Ela hesitou, mas finalmente perguntou o que realmente ela queria saber. — O que você realmente é, Adrian?

Ele virou-se para encará-la novamente, seus olhos estavam revelando um conflito interno. Finalmente, como se decidisse se ela merecia realmente saber a verdade, ele respondeu:

Adrian — Eu sou um vampiro.

Clarice ficou gelada na mesma hora e deu um passo para trás, com seus olhos arregalados.

Clarice — O que um vampiro? Ela balançou a cabeça instantaneamente, como se estivesse tentando processar a informação — Isso... Isso não pode ser real, você está brincando comigo, não é? você deve achar que eu sou burra, não é verdade?

Adrian deu um meio sorriso, mas não havia nenhuma alegria em seu rosto.

Adrian— Eu gostaria de dizer para você que é só uma brincadeira, mas você viu tudo o que eu sou capaz de fazer, o eu que precisei fazer para acabar com aquele monstro corrompido.

Clarice ficou em silêncio por um longo momento, olhando para ele sem nem se quer desviar o olhar. Ela sabia que havia algo nele que era diferente, era muito estranho, mas também era muito fascinante para ela, estar na presença de um vampiro de verdade. Ele não se parecia nem um pouco com aquela figura monstruosa, com um animal que mata sem piedade que todas as histórias de terror falavam, mas sim um homem muito lindo, marcado por uma melancolia, um arrependimento e algo que parecia pesar muito em sua vida, mas mesmo assim ele era muito lindo.

Clarice — Mas você não tentou me machucar em momento algum. — Disse ela, finalmente soltando as palavras que estavam presas em sua garganta. — Você poderia ter feito isso facilmente,  por que não fez?

Adrian deu de ombros, mas seus olhos não desgrudaram dos dela nem por um segundo.

Adrian — Porque eu não sou igual aqueles monstros, não caço pessoas para me alimentar, já fiz muitas coisas das quais me arrependo muito, mas agora tento me redimir, protegendo aqueles que não podem se defender de monstros como aquele sozinho.

Clarice sentiu um nó se formar em sua garganta com a resposta dele.

Clarice — E essa tal de Irmandade? O que eles querem?

Adrian — Simplesmente poder.

Respondeu Adrian, com sua voz endurecendo.

Adrian — Eles acreditam que ter o domínio total sobre os seres humanos é a solução para conseguir esse poder, eu os abandonei quando percebi o que eles estavam fazendo para conseguir esse poder absoluto.

Ele fez brevemente uma pausa, como se estivesse vendo as memórias passar sobre sua frente naquele mesmo instante.

Adrian — A criatura que você viu, aquilo é apenas o começo de tudo o que eles estão planejando. Eles estão fazendo experimentos, estão criando armas vivas, para que essas criaturas possam espalhar o caos sobre todo o mundo dos humanos.

Clarice sentiu a sensação de medo retornar, em seu coração ela sabia que essa era uma batalha da qual você só tem duas escolha ou luta ou morre, ela sentiu uma raiva crescendo contra aqueles que queriam causar tanto sofrimento para com aqueles que não tem como se defender.

Clarice — E o que nós podemos fazer contra eles?

Adrian levantou levemente uma sobrancelha.

Adrian — Nós? Você não tem juízo? está me dizendo que quer se envolver nesse mundo de monstruosidade?

Ela firmou o seu olhar, apesar da insegurança que ela sentia.

Clarice — Você disse que eles são muito perigosos. Que eles machucam pessoas só para conseguir poder, se eu posso ajudar de alguma forma, eu quero e vou tentar fazer alguma coisa.

Adrian parecia muito surpreso, mas também muito impressionado. Ele deu um leve sorriso de lado mas dessa vez dava pra sentir que era muito sincero.

Adrian — Você é bem corajosa, Clarice. Talvez até um pouco imprudente mas eu admiro muito isso.

Antes que eles pudessem continuar a conversa, um som distante ecoou pela floresta novamente. Adrian se virou rapidamente, seu corpo já estava tenso, pois ele sabia o vinha atrás deles.

Adrian — Eles estão vindo. Precisamos sair daqui, agora Clarice.

Clarice — Quem está vindo, Adrian? Perguntou Clarice, tentando acompanhar toda a sua urgência em sair dali.

Adrian — São os servos da Irmandade.

Respondeu ele, pegando rapidamente a mão de Clarice e começando a correr, o mais rápido que pode.

Adrian — E se eles nos encontrarem não teremos como escapar.

Clarice segurando a mão de Adrian com toda a sua força, ela sentiu o seu coração disparar novamente, mas dessa vez não era apenas por medo, agora era algo bem mais profundo, algo que ela mal começará a entender, o que era que ela estava sentindo.

Enquanto eles corriam floresta a dentro sob a luz da lua, ela percebeu que sua vida pacata e tranquila havia terminado no momento que ela cruzou o caminho e conheceu o Adrian. Ela sentia que estava envolvida em algo muito maior e mais perigoso, mais extremamente emocionante, do jeito que ela jamais imaginara acontecer em sua vida.

Capítulo 3: Laços na Escuridão

Adrian e Clarice corriam sem parar pela floresta, as sombras das árvores pareciam estar projetando ainda mais as silhuetas assustadoras por causa do claro da lua. O som de passos muito pesados e vozes ásperas que ecoavam por toda parte da imensa floresta faziam tudo ficar ainda mais assustador e parecia que estavam se aproximando a cada momento e numa velocidade tremenda.

Clarice — Eles estão nos alcançando Adrian! —  tomando cuidado para não tropeçar nas raízes que surgiam sobre  seus caminhos, ela gritou muito apavorada. — Adrian...

Adrian olhou para trás, seus olhos brilhando com uma intensidade muito diferente.

Adrian — Clarice não se preocupe, eu não vou deixar que nada aconteça com você, confie em mim nem que seja preciso que eu entregue minha vida para salvar a sua.

De repente eles emergiram sobre outra clareira, onde Adrian parou muito rapidamente, esperando que os inimigos aparecessem, quando Adrian percebeu que eles estavam se aproximando cada vez mais, ele sentiu um cheiro muito familiar, mas ele achava esse já estava morto a muito tempo.

Adrian — Fique aqui atrás de mim, por favor Clarice — ele ordenou, com a voz gentil e ao mesmo tempo com a voz autoritária.

Mas antes que Clarice pudesse perguntar o que estava acontecendo ou quem estava perseguindo eles, mas algumas figuras sombrias e muito sinistras surgiram por detrás das árvores. Eram três vampiros enormes, cada um mais horripilante que o outro, seus olhos brilhavam na escuridão, seus semblantes eram de pura maldade, só de olhar para eles dava medo.

Darius — Hora, hora mais que surpresa boa, ver que você ainda está vivo Adrian Beaufort e pelo que vejo você esta muito bem, não é? — falou o líder, um vampiro muito alto e com várias cicatrizes em seu rosto, com um olhar de dar muito medo.— Nunca pensei que eu teria que caçar você pessoalmente, que honra, muito obrigado por ter esperado por mim. Viktor vai adorar saber disso.

Adrian — Darius seu verme maldito, pensei que você já estivesse morto e os bichos tivessem acabado com seu corpo imundo.— respondeu Adrian, seu tom de voz era muito gélida e áspera. — Ainda servindo à Irmandade como um cachorrinho, pelo que vejo.

Darius deu um sorriso ainda mais cruel que fez Clarice sentir um arrepio subir por todo o corpo.

Darius — Alguém precisa manter a ordem em meio ao caos que ficará nessa terra, e você meu velho amigo, vejo que escolheu o lado errado da batalha novamente, você não aprende mesmo, não é?

Adrian — Eu escolhi ficar ao lado da liberdade e das pessoas de bem — rebateu Adrian rapidamente, muito zangado. —  Eu escolhi fazer o bem a todos, protegendo a humanidade de monstros como vocês, que os abandonaram há muito tempo por causa de um poder que nunca vai pertencer nem a você e muito menos a irmandade.

Darius bufou sentindo ainda mais ódio de Adrian.

Darius — Que palavras bonitas, caro Adrian, mas é uma pena que sejam tão inúteis, você não pode lutar contra toda a irmandade sozinho agora, entregue-me a garota e eu considerarei deixar você vivo, pelos velhos tempos.

Clarice congelou naquele momento mais de repente ela voltou a si e deu um passo à frente, ignorando totalmente o aviso de Adrian para que ela permanecesse atrás dele.

Clarice — Eu não sou um objeto para ser entregue para você ou qualquer outro, seu monstro. Disse com a raiva queimando seu coração.

Os olhos de Darius brilharam de emoção só de imaginar a diversão que será caçar ela.

Darius — Que adorável, me da mais vontade de te caçar mais ainda, mais não se preocupe, humana insolente, a irmandade tem grandes planos para você. Se não fosse pelo bem de nossos planos eu iria adorar provar do seu sangue.

Antes que ele pudesse continuar, Adrian avançou com tudo em cima dele. Seus movimentos eram tão rápidos que  Clarice nem viu quando ele saiu de perto dela, e em um piscar de olhos ele estava frente a frente com Darius. O som dos metais se chocando ecoou por toda a clareira enquanto os outros dois vampiros avançavam sobre Clarice...

Rapidamente ela vasculhou ao seu redor, procurando algo para se defender e poder ajudar Adrian, foi ai que ela encontrou um galho bem robusto no chão e o segurou firmemente, mesmo sabendo que seria inútil contra vampiros, mais ela estava decidida a luta também.

Um dos inimigos se virou para ela, um sorriso predatório no rosto.

Vlad — Nossa como ela é corajosa, mas é uma pena ser tão frágil, você seria uma vampirinha maravilhosa e eu posso te transformar, você quer?

Clarice — Vai pro inferno seu maldito.

Antes que ele pudesse atacar Clarice, Adrian o interceptou com tudo, derrubando-o no chão com um golpe tão poderoso que o vampiro nem viu o que o atingiu.

Adrian — Eu disse para ficar atrás de mim! — gritou ele, sem tirar os olhos dos oponentes.

Clarice — E eu disse que posso te ajudar! — rebateu ela, frustrada, mas também assustada.

Adrian derrotou o último vampiro com um golpe preciso, enviando-o para o chão. Darius, percebendo que já estava em desvantagem, recuou limpando sangue no canto da boca e ameaçando Adrian.

Darius — Isso não acabou aqui, Adrian. A Irmandade sempre consegui o que quer. e eu vou fazer questão de acabar com você quando chegar esse momento.

Ele desapareceu na escuridão levando com sigo os outros vampiros.

Adrian virou para Clarice, com seus olhos ainda brilhando com muita intensidade e muita adrenalina que ainda estava fervendo em seu corpo.

Adrian — Você é realmente corajosa, mas também muito imprudente. Eles poderiam ter te matado, você tem noção disso?

Clarice — E você? — perguntou ela, com a voz trêmula, mas firme. — Você não poderia ter lidado com tudo sozinho.

Adrian deu um suspiro pesado e, pela primeira vez, um sorriso quase imperceptível cruzou seu lindo rosto.

Adrian — Talvez você tenha razão desculpe, eu só fiquei muito preocupado, você poderia ter sido levada por eles.

Ele se aproximou, colocando a mão sobre o ombro dela.

Adrian — Mas você precisa entender o que está em jogo aqui. A Irmandade não vai desistir de você Clarice,  eles acreditam que você é importante para os planos deles.

Clarice — Por quê? — perguntou Clarice, confusa.

Adrian — Eu ainda não sei ao certo — admitiu ele — Mas você é diferente dos outros humanos Clarice e isso significa que eles não vão desistir tão fácil assim, precisamos encontrar respostas antes que eles te alcancem novamente.

Clarice assentiu, sentindo o peso sobre os ombros.

Clarice — Então, o que fazemos agora? não podemos ficar parados esperando que eles nos achem.

Adrian olhou para o horizonte, onde o céu começava a clarear com os primeiros raios do amanhecer, tentando descobrir o que fazer.

Adrian — Por agora, nós procuraremos aliados e nos preparamos para a grande batalha que está por vir.

Ele gentilmente estendeu a mão para ela, que a pegou sem hesitar. Apesar do medo, ela sabia que não poderia mais voltar atrás, ela não tinha como sair dessa batalha sozinha, afinal era a ela que a irmandade queria.

Desde a morte de seus pais ela se sentia muito só, agora ela não estava mais só e algo dentro dela que ela estava estava exatamente onde deveria estar, mesmo que o caminho à frente fosse envolto em sombras.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!