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Holly Sullivan estava ofegante quando parou de correr. Ela costumava fazer isso todas as manhãs com sua melhor amiga de infância. Mas naquele dia sua melhor amiga Katie não poderá estar ali com ela, pois nos últimos dias ela estava mais é preocupada organizando o seu casamento do que estar com ela – o que estava sendo uma tortura para ela ter que ajudar em tudo, afinal era a madrinha de casamento dela. Era difícil lidar com tudo, depois de perceber que ela nunca chegaria aos pés de sua amiga.
Katie Holmes não era como ela exibida, que ficava sempre arrumando várias desculpas para tudo e que só vivia em encrencas. Sua amiga era talentosa, sempre podia contar com ela quando precisava, só que agora ela quase nem lembrava que ela existia. Faltava uma semana para o abençoado casamento acontecer e estava uma loucura total.
Ela havia ajudado em quase tudo, na escolha dos convites, das flores, nos arranjos dos enfeites, no bolo e até nos vestidos das damas de honra - o que para ela foi a melhor coisa – já que ela adorava usar vestidos, só que não. É isso mesmo, ela odiava ter que usar vestido, mas só fazia isso por que o casamento era algo marcante para a sua amiga e não decepcionaria sua amiga mesmo que quisesse. Mas não faria isso com Katie, ela era como uma irmã para ela.
Olhou para o nada, costumava olhar sempre para os lados quando terminava de correr, o que era triste para ela já que sempre terminava de correr, ela e Katie costumavam em ir tomar o café juntas depois, mas naquele dia teria que fazer tudo sozinha.
Ela adorava aquele parque, era uma área verde é o que não falta em Seattle, mas o Green Lake Park é especial. Ele é um dos “queridinhos” da cidade, e eu acho o mais lindo de todos!
“Um pedacinho do paraíso em plena Seattle!”
E não é só no verão que ele agrada não. Até porque, dias de calorão como esse, só durante 1 ou 2 meses no ano! E olhe lá… Por isso mesmo quando o sol sai, a galera sai de casa também!
Para mim, o Green Lake Park é legal em qualquer época do ano. Tudo bem, no inverno o frio maltrata (ainda mais na beira do lago), mas o visual compensa qualquer desconforto! Gosto tanto, acho tão lindo, que nem ligo para o ventinho frio no rosto.
O Green Lake Park é lindo e agradável, repleto de belas paisagens, e não são só seus gramados verdinhos e o colorido das árvores que dão o tom por aqui não. Ele tem uma “estrela” maior…
O parque é enorme, fica no centro de um bairro urbano bem denso e sua extensão de água e espaço verde recebe milhares de pessoas diariamente.
Era muito agradável, e mesmo quando não estava correndo, ela ficava ali num banquinho só para pensar. Mas naquele dia não estava muito afim de ficar ali, então tratou de ir embora, já havia corrido o suficiente.
Ela era magra, mas que adorava manter a forma e sempre que podia vinha correr ou fazer alongamento – menos nos dias frios, pois não dava para encarar aquele ar frio de Seattle – mesmo gostando do frio.
Morava no bairro Ballard, que começou como uma comunidade marítima difícil de scrabble. Atraiu muitos imigrantes escandinavos. O bairro se orgulha de sua herança de colarinho azul. Duas atrações que ressaltam essa herança são o Museu Nórdico e o Ballard Locks.
Ballard é um bairro muito vibrante, com muitos restaurantes e clubes e fica ocupado até tarde da noite. Gostava de morar ali, era agradável e ficava perto da casa dos pais de Katie, o que para ela ótimo, já que Katie dividia o apartamento com ela a muito tempo. Pena que Katie iria se mudar depois do casamento. Katie iria morar no apartamento de Alex até comprarem uma casa para construírem uma família – o que era bom ele pensar assim – mas ainda ficava na dúvida se era isso mesmo que Katie queria para sua vida. Viver ao lado de uma pessoa por anos, logo ela que gostava de sair e se divertir à noite. Apesar que depois que conhecerá o Alex há seis meses atrás ela mudará bastante.
Ficará chateada no começo por ter sido deixada de escanteio, mas logo se acostumou com o romance dos dois e claro que Alex era um cara bacana e sabia fazer a sua melhor amiga feliz.
Assim que chegou no apartamento por volta das oito, foi direto tomar banho e quando terminou de arrumar para o trabalho comeu alguma coisa antes de sair. Estava atrasada e não costumava se atrasar para o trabalho. Seu trabalho era um saco, era vendedora de uma loja de roupas e não gostava muito de passar o seu dia lá, mas infelizmente tinha que trabalhar e não podia se queixar, pois tinha contas para pagar ainda mais agora que teria que começar do zero tudo de novo, arrumar um apartamento menor e com preço mais em conta.
Era apenas quinta-feira e já se sentia cansada. Até a hora do almoço a loja estava tranquila. Na hora do seu almoço ela decidiu que era hora de se encontrar com Katie que mandou mensagem para as duas se encontrarem ali perto mesmo.
Sentou num banquinho, enquanto sua amiga não chegava ficou mexendo no seu celular. Estava procurando apartamentos e ao mesmo tempo estava pensando o que seria dela depois que sua amiga casasse.
Avistou sua amiga de longe. Katie e toda sua elegância de andar, e claro suas roupas também, afinal ela tinha um corpo de dar inveja, magra, alta e com seus cabelos loiros até a metade das costas. Ela só achou o vestido meio cafona. Katie adorava vestidos florais e curtos, mas sabia que sua amiga ficava linda de vestido, ao contrário dela que além de não se sentir bem, parecia que estava nua, apesar de ela gostar de ficar nua.
- Oi.
- Oi. Com está? – Ela perguntou a amiga quando se aproximou.
- Estou bem. E você?
- Bem também. Conseguiu arrumar um vestido para mim usar amanhã?
- Claro. Se acha que eu iria deixar você ir ao jantar na casa dos meus pais com você usando jeans e camiseta. – Katie horrorizou, entregando lhe uma sacola. – Tem três vestidos aí. E só escolher.
Holly forçou um sorriso, mas nem olhou para dentro da sacola.
- Obrigada.
- Estou tão ansiosa para semana que vem. – Katie falou toda contente e ao mesmo tempo nervosa. – Já estou suando antes e não consigo dormir...
- Mas você tem o Alex.
- É, eu sei. Mas se sabe que vou sentir sua falta todas as noites.
Ela e Katie tinham costumes meio besta de ficarem assistindo filmes e séries toda noite. Ela também sentiria falta da companhia da amiga.
- Eu vou sentir falta. Podemos arrumar um dia da semana para fazer isso... – Ela deu ideia, mas viu que Katie não fez questão de concorda. – Isso se o Alex não achar ruim, é claro.
- Não vou deixar você de lado. E a propósito eu e Alex decidimos que as damas de honra entre em pares. – Katie revirou os olhos. – Coisa da família dele, sabe.
Holly fez careta, indignada.
- Como assim? Eu não tenho par e você sabe disso.
- Sim, eu sei. Foi o que eu e o Alex pensamos. Mas nem por isso vamos deixar você fora disso. – Katie falou. – Ei, você ainda está saindo com aquele idiota?
Holly revirou os olhos ao ouvir sua amiga falar do cara que ela costuma dar uns pega de vez em quando. Sabia que David não era lá aquelas coisas, mas ele era um cara cheio da grana e quando ele tinha vontade de fazer sexo sempre chamava ela e como não era boba nem nada ia atrás dele como se fosse a coisa mais natural do mundo. Às vezes ela se comportava como uma vadia mesmo, e já estava na hora de parar com aquilo como Katie dizia sempre.
- É... só às vezes. – Ela gaguejou envergonhada.
- Holly... já disse para parar com isso. O cara é um idiota, ele só está lhe usando.
- Bem, estamos kits... eu também uso ele. – ela tentou brincar, mas Katie fez cara feia. – Eu vou parar, prometo que vou parar... mas é que ele é tão...lindo e tem dinheiro.
- Grande coisa. Ele sai com os outras mulheres quando não te quer.
- Mas ele acaba voltando para mim depois.
- Só por sexo. É apenas isso que ele quer de você e quando quer ainda.
Holly deu de ombros.
- Eu sei... mas eu prometo que não vou mais... sair com ele. – ela contou sem graça. – mas vou sentir falta... do sexo.
Katie bufou.
- Tem outros caras bons por aí, sabia.
- Eu sei.
- Então põe essa cabeça no lugar. E antes que eu vá, quero que você vá amanhã comigo no aeroporto.
- Fazer o que num aeroporto? Planejou uma viagem e não estou sabendo. – Ela indagou, confusa.
Katie deu de ombros e sorriu.
- Na verdade, o primo de Alex vai vir para cá uma semana antes do casamento. – Ela sorriu.
- E o quê tem isso?
- Ele vai ser seu par no casamento.
- Sério? Vocês já escolheram o meu par nisso. – ironizou. – Muito obrigada pela parte de vocês.
- Não fique brava. É que a família do Alex quer que as damas de honra entrem acompanhadas ao invés de sozinhas. – contou, e acrescentou. – E olha que você tem sorte, o primo do Alex é bonito.
Holly bufou.
- Ah é. Pensei que você teria dito agora pouco para eu parar de agir como uma vadia.
- Eu disse para você parar de sair com aquele escroto.
- Muito obrigada pela sua sinceridade.
- Por isso que seus relacionamentos não dão certo. Você pega qualquer babaca.
Holly levantou num pulo, indignada com sua amiga. Agora ela estava agindo como uma verdadeira amiga, sendo sincera antes do casamento. Então em toda a sua vida Katie preferiu ficar calada vendo a cometer erros um atrás do outro e só agora decidiu colocar pra fora.
- Eu...
- Não fique chateada. É que não suporto ver você saindo com aquele cara. – Katie fez careta. – Quero que você encontre alguém pra compartilhar a sua vida.
- E quem disse que quero compartilhar minha vida com alguém. – disse sarcástica. – Sou muito melhor sozinha.
- Ok. Então já vou indo. – Katie levantou e acrescentou. – Não esqueci, amanhã o jantar.
Ela assentiu e agradeceu a amiga mais uma vez, antes de Katie se virar e ir embora. Observou sua melhor amiga ir embora, para só então dar uma olhada dentro da sacola e ficou aliviada por ver que não tinha nada de flores.
Deixando aquela conversa besta de sua amiga de lado e foi para a loja, precisava trabalhar e focar naquilo.
Quando foi mais tarde saindo da loja, Holly sorriu ao ver David esperando. Aí ele era mesmo bonito, loiro, alto, olhos verdes e incrivelmente sexy, não tinha como não resistir a um homem daquele. Era como se estivesse com o capitão América.
Holly fez cara de deboche ao pensar em David como Chris Evans, o que não era verdade. Aquele ali era um porre de homem que sabia muito bem agradar uma mulher.
- Oi.
Ele sorriu com seu jeito encantador.
- Oi, gata.
- O que faz aqui?
Ele somente deu uma piscada há ela e já sabia o que ele queria. Katie tinha razão, ele só queria uma coisa dela e nada mais. Ela tinha que parar com aquilo, estava parecendo uma prostituta.
Sem pensar duas vezes, decidiu que precisava mesmo de uma noite para relaxar, estava tensa por causa do casamento.
Sorriu para ele e aceitou o convite. Tinha que viver cada dia de uma vez.
Mark Schneider olhou para o relógio de pulso e realmente estava atrasado para uma visita. Precisava estar lá em dez minutos, mas seria impossível já que estava preso num engarrafamento naquela manhã de sexta-feira. Ainda bem que o tempo ali em Seattle estava uma maravilha, e ele já deveria estar acostumado com aquela correria toda da cidade.
Faz apenas dois meses que se mudara para aquela cidade por causa do trabalho. Seu primo o convidará para o casamento dele alguns meses atrás e literalmente falando não estava afim de ir, mas só resolveu ir porque ele iria ser o fotógrafo da cerimônia na semana que vem e estava ansioso para começar o trabalho. Havia montado um estúdio no centro da cidade e ficou feliz em ver que tudo estava indo do jeito que ele gostaria que fosse.
Há anos que ele vinha planejando montar um estúdio e agora estava feliz por finalmente conseguir o que tanto almeja. Não que ele não gostasse de trabalhar em outros estúdios, mas agora era o seu próprio estúdio e pelo jeito estava indo tão bem, afinal já tinha conseguido vários contratos para fotografar casamento e aniversários.
Nunca imaginaria seu primo Alex se casando, já que era o cara mais chato e sem graça para ter conseguido conquistar uma mulher. Havia conhecido a noiva do seu primo há algumas semanas atrás, até que ela era bonita e parecia ser uma boa pessoa, e ficava feliz por saber que Alex estava realmente feliz. Eles dois nunca foram muito chegados, só na infância quando os dois estudavam na mesma escola, mas a diferença de idade era mínima. Ele era dois anos mais velho que Alex e perceber que não estava ficando para trás já era um bom começo. Não que ele não estivesse interessado em arrumar alguém, e que ele tinha pouco tempo livre e quase não saia para ir atrás de mulheres. Afinal, ainda não estava muito afim de arrumar ninguém por enquanto, fazia cinco meses que estava novamente solteiro, sair de um relacionamento de cinco anos não era fácil ter que voltar a rotina tudo de novo.
Em seus trinta e dois anos, nunca imaginara que ficaria naquela situação. Sua ex havia acabado com seus negócios e estava muito decepcionada com as atitudes dela.
No começo ele tinha ficado meio inconformado com o fim do relacionamento, mas agora ele percebeu que foi a melhor coisa que havia feito desde então.
E agora, era livre para fazer o que bem entendesse, principalmente mudar de cidade, o que para ele estava muito bom.
Finalmente os carros começaram a andar, devagar mas pelo menos estava indo. Tinha marcado para se encontrar com Alex e Katie para combinar aonde eles queriam tirar fotos antes do casamento, se queriam tirar em estúdio ou ar livre. Não conhecia muito a cidade, então não poderia opinar muito.
Chegou no estúdio muito atrasado, se encontrou com os dois em frente ao prédio. Vinte minutos esperando ele ali do lado de fora não era nada legal.
- Bom dia.
- Bom dia. – os dois saudaram ele.
- Desculpa o atraso. Peguei um trânsito vindo para cá. – ele forçou um sorriso, enquanto abria a porta. – Só não liga para a bagunça, porque ainda não tive tempo de pôr tudo em ordem.
- Tudo bem. A gente entende, a vida é tão corrida. – Katie disse olhando em volta.
- É sim. Então, já decidiram como vão querer as fotos?
Alex olhou para a noiva, só então ambos sorriam um para o outro.
- Sim. Queremos tirar algumas fotos ao ar livre se não se importa.
- Pra mim, tudo bem. Só não conheço muito aqui para sugerir algum lugar.
Mark sorriu.
- É uma pena que você não possa ser uns dos padrinhos. – Alex disse.
- Mas pensa por outro lado, serei o cara que vai fotografar o casamento todo. Vocês vão poder rever várias vezes o momento de vocês.
Katie sorriu.
- Sim. Será que você pode ir ao jantar hoje a noite lá na casa dos meus pais? – Katie convidou-o.
Mark hesitou, só então viu seu primo fazer uma cara estranha e por fim disse.
- Claro.
- Não é nada muito chique, é só um jantar entre os padrinhos e os pais dos noivos.
- Tá bom.
Katie sorria como uma noiva ansiosa e boba. Ela era uma boa pessoa, e seu primo era sortudo por encontrar alguém perfeito para ele.
- Então, quando encontrarem um...
Foi interrompido com o toque do celular de Katie, que ficou sem graça. E deixando a conversa no ar, ela atendeu.
- Oi, amiga. O que aconteceu? – Ela perguntou, e pelo jeito não era nada bom, havia colocado a mão na cintura nervosa. – Eu não acredito que você não gostou dos vestidos. Eles são maravilhosos... não quero saber, vai escolher um deles. Não quero ver você hoje a noite de calça jeans e camiseta... – Katie bufou. – nem se atreva a aparecer pelada também, se não eu mato você. – suspirou. – Acho bom resolver isso logo. Eu tô indo buscar o seu par daqui a pouco, você vai com a gente? Não! Por que? – fez careta. – Tá ok. Mas lembre-se, e pra ir de vestido. Até mais tarde...beijos.
Katie deu um suspiro assim que desligou o celular e olhou para o noivo indignada.
- Ela está se recusando de novo em usar o vestido? – Alex indagou.
- Sim. É inacreditável isso.
- Não sei como você aguenta tanto ela, amor.
- Eu amo a Holly. Ela é a minha única amiga, só ela me entendi quando estou chateada ou ansiosa. – Katie olhou para ele confuso. – Desculpa, a minha madrinha de casamento é incrível.
Ele apenas assentiu, sem saber o que dizer.
- Bem, a gente vai indo. Temos que buscar o Fernando no aeroporto.
- Ah claro. Ele aceitou ser um dos padrinhos?
- Oferecemos a Holly como acompanhante dele. – Alex deu uma risadinha. – Ele aceitou na hora.
- Fala sério!
Sabia que seu primo era idiota de primeiro, só aceitava as coisas quando tinha mulher no meio. E o mais incrível era a mulher que caísse nas asas dele, pois além de escroto, era um galanteador de mão cheia.
- Então, quando vocês acharem um lugar bacana, levo meu equipamento e tiro algumas fotos para o álbum.
- Ótimo.
- Passarei o orçamento para você por e-mail, Alex.
- Beleza.
- Bem, já vamos. Até mais tarde, Mark.
- Até mais.
Depois que os dois foram embora, resolveram ajeitar tudo por ali. Teria que contratar mais alguém para ajudar ele ali, uma atendente que soubesse mexer com alguma coisa em montagens, apesar dele fazer esse trabalho todo. A única pessoa que ele tinha era um cara que havia contratado para filmagens e só. Havia colocado avisos de precisa de atendente há uma semana e até agora nada.
Mas que droga! – Holly esbravejou para si mesma ao vê-la novamente pela milésima vez ou sabe lá quantas vezes ela olhará para si mesma no espelho ao por o vestido.
Já tinha colocado os três e nenhum que ficasse bom nela. Era magra, mas tinha um corpo bonito, nada que ela não gostasse. Ela só não tinha cabelo comprido, pois não estava afim de ficar gastando muito com cabelo, então o último corte que fizera era um Channel e seu cabelo castanho liso ficava mais do que perfeito, mas naquela noite resolverá dar uma enrolada nele. Agora aquele vestido é que estava lhe dando nos nervos.
Holly olhou para a sacola em cima da cama e depois olhou para o espelho e decidiu que os vestidos de sua amiga não daria certo. Correu para pegar o que tinha pegado lá da loja e vestiu. Não gostava de vestidos, mas sabia que não iria ficar bem usando os de sua amiga, então resolveu que era melhor pegar o da loja onde trabalhava.
Seu celular tocou assim que colocou o vestido. Era Katie querendo saber onde que ela estava. Teve que dizer que já estava a caminho e logo chegaria. Assim que desligou o telefone, nem se olhou no espelho direito e pegando sua mini bolsa saiu dali, precisava sair e correr o mais rápido possível. Sabia que os pais de Katie moravam em Queen Anne, aonde os seus pais também moravam, e ficava triste por ter que ir por lá e não poder ver seus pais.
Dirigiu o mais rápido que pode e conseguiu chegar a tempo, não estava tão atrasada assim e que Katie era meio paranóica quando começava ver que ninguém chegava e ficou contente por conseguir um lugar para estacionar, porque o lugarzinho ruim para estacionar.
Estava descendo do carro e viu que tinha gente chegando também, o que já era bom, sinal de que não estava atrasada assim. Sem querer olhou para si e viu que o vestido não estava bem no lugar – Não era a toa que estava sentindo que estava com o corpo meio que revirado. Ajeitou o vestido ali mesmo olhando em frente ao vidro da porta.
- Acho que agora está...no lugar. – Ela resmungou com as mãos nos seios ajeitando eles no lugar, afinal o vestido era tomara que caia.
- Oi. Está tudo bem aí... moça?
Holly fez careta ao ver que tinha sido pega ajeitando o vestido e isso não era nada legal. Se virou devagar quando finalmente olhou para o sujeito. Ele era o homem mais bonito que já vira na vida, alto com um metro e oitenta pouco, moreno talvez, afinal seu cabelo estava num corte igual o do ator Jensen Ackles, e uma barba dando ao charme com as sobrancelhas da cor do cabelo e a boca pra lá de sexy que podia enlouquecer qualquer mulher.
Ficou ali extasiada e perplexa ao ver que finalmente ela desencantaria daquele idiota do David. As roupas do sujeito é que a deixava meio que desvantagem, estava simples como qualquer um, calça jeans e camisa azul com as mangas arregaçadas até o cotovelos.
- Eu... eu tô bem. – Ela tentou pronunciar, enquanto se recuperava do choque. Fez postura de mulher determinada, empinou a bunda, estufou os peitos e acrescentou. – Eu estou muito bem.
Holly sem dar muita atenção há ele, caminhou o mais rápido possível, ainda bem que ela sabia usar salto alto e mesmo com o coração acelerado, conseguiu chegar até a frente da casa. Bateu na porta e foi recebida por um grande abraço da Sra. Holmes e depois do Sr. Holmes e claro pela sua melhor amiga que fixou o olhar para o vestido dela.
- Aonde arrumou esse vestido?
- Peguei emprestado.
- Não gostou dos meus?
- Acredite, eles são lindos... mas em você.
Katie sorriu.
- O importante é que você está aqui.
Holly fez cara de deboche e ficou feliz por estar ali, ainda mais porque sempre fora bem vinda por todos os Holmes. Cumprimentou todos e finalmente conheceu o seu par no casamento e ele não era como Katie havia dito há ela. Bonito sim, mas não fazia o seu tipo.
Estava pegando uma bebida quando viu o cara lá de fora novamente. O que ele fazia ali, afinal? Será que era da família do Alex?
Sem querer seus olhares se encontraram e sentiu seu corpo estremecer. Ele tinha olhos enigmáticos e nunca em sua vida havia sentido aquilo antes.
Desviou o olhar para o seu copo e se afastou indo para a sala onde conversou e riu com a família de Katie, conhecia todos e ficou encantada em conhecer a família de Alex.
- Então, aonde você arrumou o vestido?
- Peguei emprestado.
- De quem? Você não tem amigas além de mim.
Holly fez cara de tanto faz.
- E minhas colegas do trabalho não conta não?
- Mas elas não gostam de você. – Katie insistiu.
- Isso não importa. Estou aqui não estou? E do jeito que você queria... de vestido.
- Sim.
- Ei... quem é aquele? – Ela perguntou, mudando de assunto e deu uma apontada rápida para o bonitão.
- Ah, ele é o nosso fotógrafo. Quero dizer, ele é primo do Alex por parte de pai.
- Vocês foram ver fotógrafo sem mim. Muito legal da sua parte.
- Não fica chateada. Na verdade foi ideia do Alex, ele era para ser o seu par no casamento, mas como ele vai ser o fotógrafo tivemos que arrumar outro para você.
Holly emburrou, bebendo sua bebida sem vontade.
- Sério?
- Sim. Não gostou do Fernando?
- É, ele é bonito. Mas aquele foi o que mais me encantou.
Katie riu.
- Ele não tem nada ver com você.
- Por isso mesmo. – Ela sorriu. – caras que não fazem o meu tipo e os que me chamam atenção.
Katie franziu o cenho, confusa.
- Se eu não te conhecesse diria que estou louca. Mas vejo que está doida para dar uns amasso nele.
- Eu!!! Imagina, não quero dar uns amasso nele, só se ele quiser é claro.
Ambas riram, até que Katie teve uma ideia em apresenta-la há ele. Ficou sem graça quando Katie pegou em seu pulso e a puxou a força, só não tropeçou por que sabia usar muito bem o salto.
Quando se aproximaram, seus olhares se encontraram de novo. E novamente aquela força enigmática os puxou como um imã.
- Oi.
- Oi.
- Quero apresentar a minha melhor amiga e minha madrinha... Holly Sullivan. – Katie disse. – E Holly, este é o primo de Alex, Mark Schne...
- Schneider... – Ele pronunciou sorrindo e estendeu a mão há ela que acabou aceitando o aperto, só esperava que ele não tenha notado que sua mãos estava suada. – prazer em conhecê-la, Holly.
Holly sorriu sem graça.
- O prazer é todo meu.
- Mark vai ser o fotógrafo... então vamos ver ele direto por aqui. – Katie contou. – Não vejo a hora de começar, a ansiedade está me matando.
- Se sabe que detesto essa eufória sua ok. Se não o... – Ela engasgou com as palavras. – ele aqui vai acabar registrando suas caras e boca pra lá de feia do seu casamento.
- Holly...
Mark sorriu achando graça, mas concordou com ela.
- Ela tem toda razão.
- Está bem, vou tentar me acalmar. – Katie colocou a mão no coração, por fim Alex a chamou. – Bem, meu amor me chama. Já volto.
- Vai lá, amiga. – Holly tentou brincar, só então se deu conta que o cara a encarava. – Sobre aquele episódio lá fora...
- Tudo bem... Sem problema.
- Eu estava me arrumando... quando Katie me ligou e tive que... – Ela tentou explicar o ocorrido pelo vestido estar daquele jeito. – Sabe como é né...
- Não precisa se explicar.
- Se eu pudesse, arrancaria esse vestido agora. – Ela bebeu um gole da bebida. – Não sou fã de vestidos.
- Entendo.
Holly mordeu os lábios, sem saber o que falar para aquele cara. Ele podia ser o cara mais bonito da festa, mas era um completo idiota, nem se quer estava tentando flertar com ela, o que sempre acontecia quando ela topava com um cara.
- Bem, já vou indo. A gente se vê por aí. – Ela disse toda sem graça e se afastou o mais rápido possível.
Não imaginava que seria tão constrangedor ter que falar com ele. Achou que seria uma isca fácil de pegar, mas já viu que não era. Aposto que era aquele tipo de cara que se magoava fácil por mulheres.
Ele sorriu ao ver aquela mulher se afastar, ela era mesmo uma graça. Parecia ser bem espontânea e pra lá de sexy usando aquele vestido rosa que provavelmente ela adoraria tirar o mais rápido possível. Era a primeira vez que via uma mulher dizer que não gostava de vestido, mas gosto é gosto.
Mas ela era tão bonita, morena, um corpo bonito, cabelo curto, tinha algumas tatuagens nos braços e tinha uma risada engraçada que qualquer um podia ouvi lá. Nunca na sua vida tinha encontrado uma mulher como aquela, e isso o atraiu, afinal já fazia tempo que não se envolvia com uma mulher. Entretanto, não podia ficar saindo por aí é pegar qualquer mulher para satisfazer seus desejos sexuais e realmente era difícil ter que achar outra que gostasse do seu trabalho ou dele mesmo. Jennifer foi a única mulher que soube aguentá-lo e só Deus sabe como.
Passou a maior parte da noite observando ela como se a única mulher naquele lugar existisse e pelo jeito ele também chamou a atenção dela, pois por acaso pegava ela olhando para ele, só esperava que não acabasse envolvendo com ela.
Holly não tinha nada haver com as mulheres que costumava se envolver e provavelmente ela era daquelas que ficava com caras por dinheiro e aquilo para ele cheirava encrenca.
O jantar foi servido, e ficou perplexo quando a noiva resolveu falar alguma coisa.
- Bem, fico feliz que todos estejam aqui nessa noite. – Ela sorriu. – Quero agradecer aos meus pais que deixaram de fazer o jantar aqui, pois sinceramente o meu apartamento é pequeno... E claro que vocês não iriam querer ver minha melhor amiga resmungando e andando seminua pela casa. – todos riram ao olhar para Holly que ficou constrangida. – Desculpa, Holly. Mas então quero agradecer principalmente há ela, que me apoia e está me ajudando tanto para que meu casamento saia do jeito que sempre sonhei... então obrigada há todos.
Mark olhou para Holly que ainda continuava vermelha e parecia incomodada com alguma coisa, não parava de se mexer e bebia que nem uma louca. Até ele mesmo ficaria constrangido se seu melhor amigo falasse para todo mundo do jeito que ele ficava em casa na frente de todo mundo que conhecia.
Quando o jantar terminou, os convidados ficaram conversando na sala e não viram a amiga da noiva por ali, só então foi até o pequeno bar e estava enchendo o seu copo, quando ela apareceu bem atrapalhada.
- Coloca um pouco disso aqui, por favor.
Ele a olhou de relance e viu que parecia desesperada.
- Tem certeza, isso é um uísque.
- Põe logo isso. Quero esquecer aquilo. – Ela gaguejou envergonhada.
Mark mal colocou um pouco da bebida no copo dela, quando ela simplesmente agradeceu e saiu às pressas lá para fora. Sem pensar duas vezes, foi atrás dela e a encontrou encostada no carro resmungando sozinha.
- Tudo bem?
Ela forçou um sorriso, antes de beber um gole da bebida.
- Sim.
Mark balançou a cabeça e ficou ao lado dela e disse.
- Eu teria ficado sem graça também.
- Sobre o quê?
- Sobre o que a Katie disse lá dentro. Não foi legal da parte dela constranger você na frente de todo mundo.
Holly deu de ombros.
- Tudo bem, acho que já fiz pior com ela. – Ela disse. – Quando Alex pediu em casamento eu estava do lado e tipo... gritei dizendo para ela não fazer isso que casamento era coisa de gente brega.
Ele forçou um sorriso.
- É isso que você pensa sobre casamento?
- Não. Sim... quero dizer se sei lá, nunca encontrei alguém que me fizesse mudar... a ponto de me prender.
- Você acha que casamento é prender?
Holly olhou para ele.
- Já foi casado?
- Não.
- Então, não sabe nada sobre casamentos.
- E você sabe?
- Só sei o que vi durante a minha vida toda. Meus pais são divorciados, um casamento que presenciei cheio de mentiras e traição. – Ela contou, bebeu um gole da bebida. – Sabe aquela casa azul ali... meu pai mora ali. E aquela casa amarela é minha mãe que mora ali. E quer saber por que os dois moram um em frente do outro?
Mark franziu as sobrancelhas, e assentiu.
- Por que mesmo separados um não vive sem o outro.
- Então, eles se amam.
- Não. São dois idiotas que vivem brigando quem é o melhor.
- Você vê eles?
- Não.
Mark assentiu e bebeu um gole da bebida. Estava sem jeito com aquele tipo de conversa, ela não poderia saber que ele fora um brega na vida, viverá com uma mulher por cinco anos, então isso o torna espert em casamentos.
Observou a beber toda a bebida e se afastar um pouco do carro, quando reparou em algo saindo do vestido dela e sem querer se aproximou dela que tentou se afastar um pouco.
- Ei...
- É que... tem um... – ele simplesmente sem pensar puxou a etiqueta da roupa dela que gritou do nada.
- Não!! – Ela fez careta e parecia que ia chorar. – Por quê você fez isso?
- Ah, era uma etiqueta... você esqueceu de tirar.
- Não... não esqueci. Eu ia devolvê-lo amanhã para a loja. – Ela ficou desesperada. – Agora, estou ferrada.
Mark ficou perplexo e confuso.
- Você roubou a roupa de uma loja.
- Eu não roubei. Peguei emprestado, foi o único vestido bonito que achei e não podia comprar. – Ela contou. – Eu ia devolver...
- Desculpa.
Ela emburrou a cara e tirou a etiqueta da mão dele. Simplesmente sem dizer nada, se afastou entrando para dentro.
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