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A Filha do Jardineiro e o CEO

o início

O Despertar

O despertador toca às seis da manhã. Levanto-me e vou fazer minha higiene. Nenhum “bom dia” da minha mãe.

Minha mãe, Jeanne Lins González, uma mulher amorosa, está internada há dois meses, lutando contra um câncer. Desde então, estou sozinha; meu pai não sai do lado dela.

Vou para a escola, afinal, só tenho doze anos. A aula passa normalmente. Na saída, encontro minha única e melhor amiga, Rebecca.

— Luh, como sua mãe está?

— Ah, Beca… continua na mesma, internada.

— Não fica triste, amiga, ela vai ficar boa.

— Eu peço a Deus todos os dias…

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A Notícia

Chego em casa e encontro tudo aberto. Estranho. Entro, subo as escadas e, ao passar pelo quarto dos meus pais, vejo meu pai sentado no chão, chorando. Minhas pernas ficam bambas.

— Pai, o que foi? Como está a mamãe?

— Filha… su… su… (ele chora sem parar)

— Fala, pai, pelo amor de Deus!

— Sua mãe se foi, minha filha… (choro)

— Não… não… NÃO! Não pode ser!

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Quatro Anos Depois

Acordo com um barulho. Levanto-me já imaginando o que seja. Desço as escadas e vejo meu pai caído.

— Ah, não… de novo, não.

— Pai, bêbado outra vez? Meu Deus, até quando?

— Me… me… desc…

— Nem consegue falar de tão bêbado, né, pai? Vem, vou te levar para a cama.

Desde o dia em que minha mãe partiu, meu pai se entregou à escuridão. Bebe todos os dias, não trabalha mais. Aos quatorze anos, precisei começar a trabalhar para pagar as contas e comprar comida.

Agora, com dezesseis, trabalho numa cafeteria à tarde, depois das aulas. Minha vida não é como a das outras adolescentes. Além de trabalhar, preciso buscar meu pai nos bares constantemente.

Um dia, estou atendendo quando entra um senhor alto, de cabelos brancos e olhos claros. Ele se senta e eu me aproximo.

— Bom dia! O que vai querer, senhor?

— Bom dia, Luíza!

Olho para ele sem entender. O rosto me parece familiar, mas não sei de onde.

— Desculpe… o senhor me conhece?

Ele sorri largo.

— Sim. Você é Luíza Lins González, filha de Sebastián González e Jeanne Lins González.

— De onde o senhor nos conhece?

— Seu pai foi meu jardineiro e meu amigo. Trabalhou em minha casa por dezoito anos. Vim aqui para te ajudar. Sei que deveria ter aparecido antes, mas estive viajando por conta das minhas empresas. Agora que meu filho assumiu o meu lugar, voltei.

Ele se ajeita na cadeira e diz:

— Desculpe, esqueci de me apresentar. Sou John Matarazzo Alencar.

— Muito prazer, senhor John.

— Sei que você tem passado por muitas dificuldades desde a partida da sua mãe. A partir de agora, vou te ajudar. Seu pai, meu amigo, está precisando muito de mim.

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Um Mês Depois

Agora estou morando e trabalhando na casa do senhor John. Sou uma espécie de secretária dele e de sua esposa, dona Adélia. Ela é uma mulher muito gentil e me trata como se fosse sua neta. Meu pai está internado numa clínica de reabilitação.

Estou na cozinha, distraída, preparando alguns biscoitos que aprendi com minha mãe, quando ouço uma voz grave… Uma voz que me arrepia dos pés à cabeça.

personagens

Personagens Centrais

Luíza Lins González

16 anos,

Richard Matarazzo Alencar

20 anos (quando conheceu Luíza), cabelos. Neto mais velho de John.

John Matarazzo Alencar

65 anos ,(avô de Richard)

Adélia Alencar

60 anos, (avó de Richard)

Sebastián González

44 anos,( Pai de Luíza)

Continuação…

com Luiza...

Viro-me rapidamente com a mão no peito.

— Ai, que susto!

— Desculpe, gatinha, não quis te assustar.

— Quem é você?

— Perdão, onde está minha educação. Meu nome é Richard. (ele estende a mão)

— Muito prazer, sou Luíza, secretária da Sra. Adélia.

— Você é muito bonita, Luíza.

Fiquei corada de vergonha.

— Obrigada… com licença, preciso ajudar a Sra. Adélia. (saí apressadamente)

💭 Além de linda, é tímida… 💭

Mais tarde, já em meu quarto, estava de pijama curtinho deitada na cama, lendo um livro, quando ouvi duas batidas na porta.

— Toc, toc.

— Pode entrar.

Richard surgiu à porta.

— Oi, Luíza. Minha vó pediu para você descer para jantar.

💭 Meu Deus, que corpo é esse? 💭

— Já jantei com a Maria, a cozinheira.

— O que você está lendo?

— Um livro de química. Tenho prova amanhã.

— Ah, você ainda está no ensino médio?

— Sim.

— Quantos anos você tem?

— Dezesseis.

💭 Ela é muito novinha… foco, Richard, para de pensar bobagens. 💭

— Não vou mais te atrapalhar, tchau.

💭 Que estranho… parece que ele está fugindo. 💭

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Quatro Meses Depois

Richard e eu ficamos cada vez mais próximos. Todos os dias, após as aulas na faculdade, ele passava na casa dos avós e conversávamos por horas.

Um dia, enquanto conversávamos na cozinha, levantei-me e acabei escorregando. Richard me segurou e, de repente, estávamos muito próximos. Nossos olhos se encontraram e acabamos nos beijando. Foi um beijo avassalador, o coração de ambos disparado.

De repente, uma voz grossa ecoou atrás de nós:

— O que está acontecendo aqui?

— Vô, é… é…

— Richard, no meu escritório. Agora.

— Sr. John, eu…

— Minha querida, não estou bravo com você. Mas conheço meu neto, e sei que ele não leva ninguém a sério. Não quero que ele parta o seu coração.

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No Escritório

— Richard, o que você pensa que está fazendo com aquela menina?

— Vô, não fiz nada, foi só um beijo.

— Esse é o problema! Você não quer nada sério com ninguém, e Luíza é uma menina boa e inocente. Não pense que eu não percebi seus olhares para ela desde que veio morar aqui. Não vou permitir que brinque com ela. Está proibido de chegar perto dela.

— Mas, eu…

— Mais nada, Richard! Se insistir, mando você para estudar na França. Entendeu?

— Sim… (baixou a cabeça)

💭 É melhor mesmo eu me afastar dela… mas aquele beijo mexeu realmente comigo. 💭

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Seis Meses Depois

Richard cumpriu o que prometeu ao avô. Quase não me via, mas não conseguia parar de pensar em mim. Também não conseguia sair com outras garotas.

Eu, por minha vez, também não deixava de pensar nele.

Um dia, caminhando pelo imenso jardim da mansão, dei de cara com Richard. Ele ficou hipnotizado, e nós dois paralisamos por um instante. Não resistimos e nos entregamos a outro beijo intenso.

— Eu não disse para você ficar longe dela, Richard?!

A voz grave de John ecoou atrás de nós, fazendo-nos pular.

— Vô, eu… eu…

— Sr. John, eu…

— Eu avisei, Richard. Você vai para a França semana que vem.

— Mas, vô…

— Sem mas! Já está decidido.

sofrendo com a distância

Com Richard

Acordei às 6:00 da manhã.

Fiz minha higiene, tomei banho e vesti uma roupa social. Já fazem dois meses que estou morando na França, mais precisamente em Marselha, onde há uma filial da empresa da minha família — a M&A Incorporation. Trabalho na parte da tarde e, pela manhã, frequento a faculdade.

Estou no oitavo período de Engenharia Mecânica. Faltam apenas dois semestres para eu concluir. Consegui entrar em uma universidade daqui no meio do curso, graças ao prestígio e ao dinheiro da minha família.

Mas o motivo de eu estar aqui não é apenas a faculdade: fui obrigado a vir para cá pelo meu avô, John.

O motivo? Eu me apaixonei por Luiza. Ele nunca acreditou que meus sentimentos fossem verdadeiros. Mas o que ele não sabe é que nós começamos um namoro, mesmo à distância.

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Lembranças ON

— Luiza, eu estou apaixonado por você. Nunca senti isso por ninguém.

— Eu não sei exatamente o que sinto, Richard, mas sei que não quero ficar sem você.

— Meu avô nunca vai mudar de ideia. Ele acha que não sou homem pra você.

— Eu vou pra França porque não tenho escolha... mas quero que me prometa que vai me esperar.

— Eu espero o tempo que for preciso.

Nos beijamos. Foi um beijo cheio de amor e promessas.

Lembranças OFF

Falo com Luiza todos os dias. Confesso: é difícil ficar longe. Sei que ela também sofre com a distância, mas nós vamos conseguir.

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Com Luiza

Já fazem seis meses desde que Richard foi embora. No início, conversávamos todos os dias. Depois, as ligações foram diminuindo... até pararem por completo.

Eu não conseguia entender o motivo. Até que, há três semanas, recebi uma foto dele com uma mulher: loira, elegante, corpo escultural. Meu coração se despedaçou.

Naquele instante, tive certeza: ele só estava brincando comigo. Eu, idiota, caí feito boba.

O senhor John tinha razão: Richard não passava de um galanteador.

Ele tem me ligado insistentemente, mas eu não atendo.

Hoje, minha melhor amiga veio me visitar. Desde que me mudei para a casa do Sr. John, só consigo encontrá-la na escola.

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— Luh, por que você não atende o Richard? Ouça o que ele tem pra dizer.

— Não sei... acho que ele só queria brincar comigo. O que ele iria querer comigo se tem uma mulher linda daquelas ao lado dele?

— Você só vai saber se falar com ele.

— Ele está me ligando... o que eu faço?

— Atende!

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Ligação ON

📱 — Alô.

📱 — Oi, Luiza! Até que enfim você me atendeu.

📱 — Fala logo o que você quer.

📱 — Nossa, Luiza... por que está tão fria comigo?

📱 — Será porque você é um mentiroso?

📱 — Do que você está falando?

Enviei a foto.

📱 — Espera... quem te mandou isso? Eu posso explicar! Esse dia foi o encerramento do semestre. Eu tinha bebido um pouco. Essa mulher é a Carla, minha colega de turma. Foi ela quem me agarrou. Depois disso, eu disse que tinha namorada e fui embora.

📱 — E por que ficou um mês sem falar comigo?

📱 — Eu estava em provas, TCC, além de palestras e seminários na empresa. Estava atolado de coisas. Não sei quem te mandou essa foto, mas com certeza queria nos separar.

📱 — Tudo bem, Richard. Vou te dar esse voto de confiança.

📱 — Obrigado, meu amor. Estou morrendo de saudade.

💭 Ele me chamou de amor... 💭

📱 — Eu também estou com saudades.

📱 — Preciso desligar agora, tenho que ir à empresa. Beijos, Luiza.

📱 — Beijos.

Ligação OFF

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Autora falando...

Queridas leitoras, espero que estejam gostando. ❤️

Essa é minha primeira história e estou dando o meu melhor! Aceito todos os tipos de críticas e prometo responder a todas.

Um beijo 😘

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