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Acordei Em Outra Vida...

Capítulo 1

"A vida é uma só, então termine o que você começa, pois quando se der conta, já será tarde demais"....

Essa era a frase que sempre ouvia meu pai dizer, quem apesar de sua idade, sempre me dizia o que estava bem ou mal...."Talvez"...agora por isso sinto falta dele....

ANO 1695, Santo Agostinho....

Nesse tempo, Estados Unidos ainda não tinha esse nome, pelo que estava registrado como as 13 colônias, meu pai era um Duque endinheirado, em nossa pequena família, só éramos ele e eu, ainda que pareça triste, isso não parecia, pois meu pai sempre dava um jeito de me fazer feliz, até conseguir que eu pudesse participar na guerra, na qual estive dois anos, onde ao cabo de dois anos voltei, mas já não estava sozinha, voltei com um bom homem, bom, se pode considerar bom, eu o conheci, durante uma emboscada, eu nesse tempo era a melhor em combate corpo a corpo, sem dizer do manejo de armas, o que me fez destacar mais que qualquer homem, o general Stephe Marlon, sempre me mantinha perto dele, porque meu pai, amigo de seu pai, havia pedido, mas eu era muito teimosa, pelo que escapava pelas noites aos arredores e foi aí onde conheci James, quem pouco a pouco começou a me ganhar, até que decidimos estar juntos, tudo era maravilhoso ao seu lado, até o ponto de que deixei tudo de lado, o que me causou problemas com meu general e amigo.

-Pensa bem o que fará Audry...- replica meu general - Não ...quero saber que esse filho da puta te fez dano, quando eu voltar...

Escutei dizer em um tom irritado, ao que só sorri, pois faz tempo que havia me acostumado a essa forma de falar sua, me aproximei dele, para me despedir, peguei minhas coisas para sussurrar-lhe.

-Verás que quando voltares...já terei um filho....

Riu agitando a mão, sem observar o rosto deste, que aos gritos pedia que ficasse, nesse então, não sabia o porquê de suas palavras?...sem saber que me custaria caro, dar-me conta muito tarde, pois depois de voltar da guerra, me comprometi com o que pensei, que seria o homem de minha vida, a quem amaria para toda a vida, mas não foi assim este filho da puta, uma semana antes de nos casarmos, me convenceu para destapar uma garrafa de vinho, para assim poder brindar por nosso amor, pelo que, o fizemos, mas ao terminar minha taça, observei entrar uma mulher quem se via mais refinada que eu, apesar de que eu tinha dinheiro, nunca gostei de me vestir como as senhoritas de sociedade, estes me olharam, para rir na minha cara, ao que eu tentei gritar-lhes, mas minha vista começou a ficar turva...nesse instante senti tanto medo e comecei a caminhar para a entrada da mansão onde até agora caio que não havia nenhum servente, minha respiração se entrecortava, até o grau em que não podia respirar, me segurei da parede, sentindo como caía sentada, é que não era possível que me passasse isso a mim....minha cabeça estava repleta de pensamentos, sobre, o que passará com meu pai, quem está doente....ficará só...podia sentir como de meus olhos, caíam lágrimas de impotência, tristeza....até que uma voz conhecida me falou...

-Audry....Audry...o que diabos te aconteceu?...-Dizia Stephe, quem havia chegado de surpresa -Resista te tirarei daqui...

Meneei com a cabeça, pois já não sentia a metade de meu corpo, meus olhos estavam turvos.

-Vá embora....eles ainda estão aqui....advirta meu pai....- digo em um fio de voz apenas audível

-Não te deixarei....- responde irritado - Audry...diga-me que não foi esse estúpido?...

Questiona, para observar que ficava calada, ao que o toma como minha resposta.

-Sabes...a vez que te disse que não fosses embora...não foi porque fosses uma de minhas melhores soldados....- acaricia meu rosto - Foi porque estava apaixonado por ti....e me doía que o escolhesse a ele...por isso me apressei a vir porque queria impedir teu casamento...mas agora me arrependo de não chegar antes...

-Não é tua culpa....aqui a única culpada sou eu...por não ver, o que tinha em frente...- giro minha cabeça ao escutar pisadas, ao que sinto como Stephe de segunda sua arma.

-Vejam só....não pensei vê-lo general...vejo que está junto a essa machorra...- ri James

-"Machorra"... isso é ela para ti..agora - diz levantando-se...- deixe-me dizer algo soldado..na guerra também aprendes a distinguir entre uma dama - aponta a Audry - a uma mulherzuela - assinala a mulher ao lado de James - preferiste perder o melhor diamante que pôde encontrar, para ficar com uma bugiganga

James apertou seus punhos, para lançar-se contra o general, quem rapidamente sacou sua arma e disparou, observando como este dava um passo para trás junto à mulher.

-Venha...vamos..ver quem dos dois morre...- grita Stephe

Por um momento deixei de escutar, pois um líquido avermelhado começou a escorrer de meus ouvidos, ao igual que de meus olhos, isso até que se escutaram disparos e o grito dessa mulher quem, dizia que doíam suas pernas, mas se voltou a escutar de novo outro disparo, para ficar em total silêncio, enquanto os olhos de Audry se fechavam devagar.

Capítulo 2

Os olhos de Audry se fecharam lentamente até jamais se abrirem novamente, pois sua vida naquele momento tinha terminado, de uma maneira dolorosa e triste, já que se cegou demais por aquele amor que lhe prometeu mil coisas, até que acabou com ela. A garota, em seu último suspiro, pediu... Não!... implorou... para que a vida ou o destino lhe desse uma chance de ser feliz.

2020, EUA, FILADÉLFIA...

Tudo estava em silêncio, eu não conseguia ouvir nada, até que de repente, ao longe, alguém me chamava, mas era um nome diferente... Quem é essa moça?... disse para mim mesma, até que senti... alguém me tocar bruscamente...

-Aylen... Aylen...

diz uma voz rouca mas bastante atraente, abri meus olhos lentamente, até notar que alguém estava parado ao lado do que parecia ser minha cama, mas ao ver melhor, pude observar que estava em um lugar totalmente estranho, o que me fez pular assustada, fazendo com que o homem de voz bonita me olhasse um pouco confuso.

-Menina... você poderia... se trocar e descer para tomar café... odeio ter que vir te acordar sempre que você fica dormindo...

Ouço ele dizer em um tom irritado, enquanto me dá as costas, caminhando até o que parecia ser uma porta, onde o vejo desaparecer. Assim, levanto da cama até o espelho mais próximo e Wow!... no espelho, eu podia ver uma garota de uns dezessete anos, muito bonita, uns olhos verdes tão lindos e... Espera!... essa garota bonita sou eu... Que diabos aconteceu comigo!... grito, assustada, ao que vejo uma senhora mais velha entrar no quarto, acompanhada de um bebê.

-Você poderia fazer silêncio... Menina... não vê que o mestre está tomando café da manhã e o pequeno mestre está dormindo...

Escuto a anciã dizer, que me olha com um sorriso, aproximando-se.

-Eu... eu... Onde estou?... - digo com minha voz trêmula.

-Você está na casa do seu noivo... O mestre Lin... - ela para ao ouvir a voz daquele homem falando lá de baixo.

-Senhora Susan... O que aconteceu?... - ele grita do primeiro andar.

A senhora me olha um pouco confusa enquanto eu lhe digo.

-Eu... não sei quem sou - sussurro baixinho... não me lembro de nada... - vejo-a nervosa.

Digo para ela me ajudar, pois a verdade é que não sei em que lugar me encontro.

-Não é nada, mestre, em um momento desço com o jovem mestre e a senhora...

Diz ela, colocando o bebê na cama, mas então para, como se lembrasse de algo, então o volta a segurar, ao que eu a interrompo.

-Deixe-o aí... não me incomoda - digo, observando sua expressão de surpresa.

A senhora assente, me leva até uma cadeira onde me sento, e começa a perguntar até onde me lembro, ao que respondo que não me lembro de nada... nem do meu nome, nada... a senhora solta um suspiro, ao que me conta o pouco que sabe sobre mim e como eu supostamente agia, ao ouvi-la, me surpreendo, pois ela disse que eu era uma garota muito desastrada, que sempre causava problemas e que era muito rude com o senhor e, sobretudo, com o bebê, mas que ela própria não sabia muito sobre isso.

-Obrigada, por ser honesta e me dizer verdadeiramente como eu era... - dou-lhe um sorriso de lado enquanto me vejo no espelho.

-Senhora... se você realmente perdeu a memória... seria melhor que... agisse como se isso não tivesse acontecido... e ver quem...

É interrompida pelo choro do bebê, que ela pega imediatamente. Levanto-me, pois enquanto ela me contava tudo o que sabia sobre mim, me ajudou a escolher uma roupa um pouco decente, pois no armário havia roupas muito estranhas, assim como me auxiliar a pentear. Peguei a bolsa ou o que fosse aquilo pesado para sair do quarto, seguindo a senhora, observando as paredes que tinham decorações estranhas para mim, até chegarmos a uma escadaria, onde tínhamos que descer. Essas não eram tão longas quanto as da mansão do meu pai... fiquei parada no último degrau pensando no meu pai... o que será dele?... sem perceber, fiquei olhando para um ponto no nada, até que alguém me fala, fazendo-me girar a cabeça para ver um homem alto, de corpo bem trabalhado, assim como muito bem vestido. Fiquei olhando para ele, tentando saber quem era, mas não conseguia.

-Aylen... Você quer que eu te leve à escola ou prefere que o motorista te leve?

Pergunta, olhando-me com uma expressão séria.

-Desculpa... - ele ri - sou um idiota... tinha esquecido que você me despreza... e que te enoja ir no mesmo carro que eu...

Ouço ele dizer com um tom de voz dolorido, por isso abro meus olhos bem grandes, para pigarrear um pouco e responder-lhe.

-Senhor, eu ficaria agradecida... Se você me levasse à escola...

Digo, baixando minha cabeça, para olhar de relance os empregados que estavam ali, que me olharam surpresos. Levanto meu rosto, observando-o perplexo, para se recompor e dizer.

-Está bem... tome seu café da manhã... eu te espero...

Vejo-o como se vai para um quarto fora da cozinha, onde se trancou, enquanto a senhora que segurava o bebê se aproximou muito contente.

-Muito bem, senhora... continue assim... - ela me pisca o olho - vem, você tem que tomar café...

Ordena, para eu seguir até a sala de jantar, onde ainda estava servido o café da manhã do que parecia ser aquele jovem ou senhor. Olho por um segundo, mas algo me faz lembrar as palavras do meu pai...

Lembrança...

-Audry... nunca deixe o café da manhã assim... - ouço dizer o senhor que me olha com uma cara séria.

-Não estou com fome, pai... - respondo.

-Mesmo que não tenha fome... coma alguma coisa... pois você nunca deve ficar com o estômago vazio... isso pode te custar caro com o tempo...

Diz ele, com seriedade, então obedeci, e desde esse momento nunca mais deixei meu café da manhã sem comer na mesa...

FIM DA LEMBRANÇA...

Viрo-me para ver a senhora e as criadas que estavam ali.

-Senhora... poderia me esperar aqui?

Digo para caminhar até o quarto, onde bato na porta, esperando alguma resposta, mas não recebo nada, então com perdão aos modos que meu pai me ensinou, entrei sem permissão e observei como ele estava olhando para uma... uma coisa que não sei o que era... mas dava para ver que emitia luz.

-Com licença, Senhor... - falo.

Mas ele não responde, então coloco minhas mãos na cintura, que se sentia desconfortável com aquelas "Calças apertadas" que a senhora do bebê disse que se chamavam, me aproximo com passos decididos, seguro a cadeira onde ele estava sentado, fazendo com que se virasse me olhando nos olhos.

-A que horas você entrou?

Pergunta irritado, ao que respondo.

-Entrei quando, muito delicadamente, bati várias vezes na porta e falei por vários minutos... - o olho seriamente.

-E agora, o que você quer, Aylen...? Já fez algum escândalo...?

-Não... nada disso... O que fez escândalo foi outro, então, meu estimado senhor... seria tão amável em me acompanhar até a sala de jantar... e tomar café devidamente...

Digo irritada, enquanto ele me olha, tão atentamente, sem perceber que estava muito perto do seu rosto.

Capítulo 3

Aylen (Audrey) estava tão perto do rosto do jovem de olhos castanhos que podiam sentir a respiração um do outro, até que a garota se separou, percebendo o que estava fazendo.

- Aylen... Quer tomar café da manhã comigo? - pergunta o jovem se levantando.

- Sim... ou\, caso contrário\, o senhor desta casa pode adoecer... gravemente... - digo olhando para ele.

- Com o que você está brincando?... É fácil ver que você me despreza... por ser pai solteiro... além de que não sou quem você ama...

Escuto-o dizer, e, para dizer a verdade, ele cuspia suas palavras com tristeza, o que me lembrou de Stephe, quando me pediu para não ir embora... Balanço a cabeça para olhá-lo e, com uma voz que só usava quando estava na guerra:

- Senhor\, estou pedindo que tome café da manhã comigo... Não me importa se eu te desprezo ou se odeio meio mundo... mas não deixarei que você adoeça...

Observo como ele faz uma cara de surpresa, como se algo o confundisse, pois claro!!... isso é porque eu não sou aquela garota que o odeia, eu sou Audrey... mas não posso dizer, pois me tacharam de louca como me disse a "senhora do bebê", já que não me lembro do nome dela... Vejo-o colocar uma mão na cintura e outra na boca para me ver.

- Está bem...

Diz, para caminhar e abrir a porta, onde me indicou para que passasse e caminhasse atrás de mim até a sala de jantar, onde ambos nos sentamos para começar a tomar café da manhã em total silêncio, até que ele falou.

- Aylen... Em que você gastou 15.000 dólares? - pergunta me olhando fixamente.

Ao que eu o olho, tentando não cuspir meu café da manhã, pois não sabia, e não queria saber pelo rosto que estava fazendo, mas antes que falasse, a babá ou senhora do bebê interrompeu.

- Maestro... perdão por interromper\, mas ontem a senhorita me indicou que seu cartão foi roubado... - diz balançando o bebê.

- Já vejo... então te roubaram... - responde tomando seu café - Aylen... pode ser que uma de suas amigas tenha feito isso...

- Mmm\, acho que sim... - digo\, para tomar meu suco\, pois não sabia o que dizer\, mas algo era certo\, é que não creio que se atreva a investigar essas disque amigas... ou que as mande espiar - Tentarei me afastar delas e\, por favor... ocupe-se de que não roubem mais dinheiro...

Observo que ele me olha, mas como que com certa cautela, para se levantar.

- Bem\, vamos... te deixarei na escola...

Assinto, para me levantar e querer pegar minha mochila, mas ele foi mais rápido em fazê-lo, ao que só fiquei com as mãos vazias, e ir atrás dele, não sem antes ver como se despedia do bebê, para passar por meu lado e sair.

Fora da mansão havia algo estranho com pneus, que abriu, isto tenho que admitir, me assustou, mas tinha que tirar forças e subir onde me indicou, ao momento de subir, me disse que colocasse o cinto.

- Eh?... - digo surpresa.

- Que você aperte o cinto... - indica enquanto acende essa máquina.

- Não sei como...? - respondo envergonhada.

- Ha... se fundiu o pouco cérebro que você tem.

O escuto dizer, desde logo, eu sabia que isso é um insulto, pelo que franzi minhas sobrancelhas.

- Talvez antes não tinha cérebro ou era uma tola... mas agora não sou... e se te digo que não sei ou não me lembro é porque é assim...

Digo muito irritada pelo que peguei o cinto esse, o amarrei à minha cintura, ante o olhar dele, quem só negou com sua cabeça e decidiu conduzir, durante o trajeto escutei soar algo, mas preferi não fazer caso, mas que ao senhor incomodou.

- Poderia pagar isso ou contestar...?

Me aproximei para segurar essa bolsa ou mochila, em onde revisei até encontrar o que fazia o ruído, este era como um pedaço de metal que emitia luzes, Maldição!! Não sei como funciona isto... deslizei meu dedo sobre a luz brilhante, pelo que este se abriu aceitando algo que emitia voz.

- Aylen... - grita uma mulher - Sua maldita... disse que não se aproximaria de Lin... és uma cadela estúpida....

Se escutam os gritos dessa mulher, que quem sabe quem seja, pelo que peguei o pedaço de plástico e o joguei pela janela, ante o olhar dele quem só sorriu um pouco, à vez de que escutava meus murmúrios.

- Quem se crê\, para me chamar assim.... mulher louca...

- Essa mulher\, não é uma de suas amigas... - diz mirando à frente.

Não contestei, o que disse, pois estava molesta por aquelas palavras, só mirei como é que esta máquina de quatro rodas viajava rápido, até estacionar-se.

- Bem\, chegamos...

O escuto dizer enquanto brinca com suas mãos, ao que eu sem entender, o mirava.

- Vai descer... ou não?... - questiona em tom sério.

- Mmm aqui é a escola... -vejo miro para o edifício ou construção muito enorme -... está bem... - digo com nervosismo\, para abrir a porta de onde me encontrava\, saía de imediato fechei a porta - Nos vemos na casa...

Digo para segurar a estúpida mochila que levava, sem notar como este soltou seu celular, pelas palavras que lhe disse, caminhei, por onde observei que todos entravam, ainda que não estivesse familiarizada com este novo entorno, me fazia recordar como a estância no campo militar ao que roguei a meu pai para que me deixasse entrar, isso foi até que uma jovem loura se me aproximou segurando-me dos ombros, como se estivesse histérica.

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