NovelToon NovelToon

Salvatore, O Pai Do Meu Namorado

Capítulo 1

𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐠𝐞𝐧**s **𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐢𝐬:

𝐀𝐥𝐞𝐬𝐬𝐢𝐚 ( 𝐏𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚)

𝐀𝐩𝐨𝐥𝐨( 𝐍𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐞𝐬𝐬𝐢𝐚)

𝐒𝐚𝐥𝐯𝐚𝐭𝐨𝐫𝐞( 𝐏𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐀𝐩𝐨𝐥𝐨)

𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐧𝐚 ( 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐞𝐬𝐬𝐢𝐚)

Era fim de semana e Alessia acabara de chegar em casa, exausta após um dia puxado. Tomou um banho demorado, vestiu um roupão felpudo e desceu para a sala. Ainda de cabelos úmidos, se jogou no sofá enorme e aconchegante. Com o controle remoto em uma mão e o celular na outra, escolheu um filme qualquer e pediu comida por delivery. Cozinhar, hoje, estava fora de cogitação. A cozinheira de sempre, Lúcia, não pudera ir, e Alessia não tinha energia nem para esquentar água.

Pegou uma taça de vinho e bebeu devagar, tentando relaxar. Estava começando a entrar no clima quando a campainha tocou.

Ela se levantou, achando que era o entregador, e foi até a porta.

— Chegueii! — disse uma voz conhecida, antes mesmo que Alessia pudesse perguntar quem era.

Era Martina, sua melhor amiga, sorridente como sempre.

— Ai, achei que era minha comida!

— Nossa, eu também tava com saudades, viu!

— Desculpa, amiga… também tava com saudade, mas tô um caco. Fome e cansaço estão me dominando!

— Cadê a Lúcia?

— Hoje não pôde vir, e eu definitivamente não tô com cabeça pra panela.

— Eu ia te chamar pra sair, mas já vi que não vai rolar, né?

— Nem em sonho, Martina. Hoje meu rolê é sofá e pijama.

— E o Apolo? Vai vir?

— Acho que não… quase não falei com ele hoje, então duvido.

Martina riu.

— Tá, mas você pediu comida pra duas pessoas, né? Porque eu ainda não jantei!

— Problema seu! Ninguém mandou aparecer aqui sem avisar.

— Aff! Chata.

Pouco tempo depois, a comida chegou.

— Hmm… que cheiro maravilhoso — disse Alessia, pegando as sacolas.

— Nossa, amiga, veio muita coisa. Tem pra nós duas, né?

— Você deu sorte. Não dou conta de comer tudo isso sozinha. Vem, vamos pra cozinha.

As duas foram para a cozinha e começaram a montar os pratos.

— Posso dormir aqui hoje?

— Claro que pode, sua insuportável.

— Você ama quando eu apareço de surpresa.

— Confesso que sua companhia não é das piores…

— Palhaça!

O celular de Alessia vibrou. Ela olhou a tela.

— É o Apolo. Um minuto.

Ela atendeu a ligação.

📞

— Oi, amor.

— Oi, linda. Desculpa não ter ligado antes, o dia foi uma correria.

— Relaxa… o meu também foi uma loucura. Se tivesse me ligado antes, acho que nem conseguiria atender.

— Você tá em casa agora?

— Sim, cheguei há pouco. Tô com a Martina.

— Ah, entendi. Confesso que tava com vontade de te ver hoje. Tô com saudade daquele seu jeitinho... Mas amanhã a gente se vê, né?

— Se você quiser…

— Claro que quero! Amanhã é só você e eu. Dorme bem, tá?

— Boa noite, amor.

— Boa noite. Sonha comigo.

Ela desligou, sorrindo sozinha.

— Ele vai vir?

— Só amanhã!

— Ufa, ainda bem! Se ele aparecesse hoje, eu ia embora na hora. Não sou obrigada a ficar aqui ouvindo seus momentos íntimos!

— Ai, Martina! Para de falar besteira — disse Alessia, rindo. — Vamos comer logo. Tô faminta e sem paciência pra tua palhaçada!

As duas foram para a cozinha e jantaram juntas, entre risadas e conversas sobre tudo e nada. Depois, voltaram pra sala, colocaram um filme qualquer e se enroscaram no sofá. Em pouco tempo, o sono venceu e as duas foram dormir.

Capítulo 2

Na manhã seguinte, Alessia e Martina acordaram com o som insistente da campainha.

— Alessia!! Pelo amor de Deus, levanta e faz esse barulho parar! — resmungou Martina, com a cabeça afundada no travesseiro.

— Quem é que aparece a essa hora?

— Amiga… acho que não é tão cedo assim.

Alessia tateou a mesinha ao lado da cama até achar o celular. Olhou a tela com os olhos semicerrados.

— Nossa… são quase meio-dia!

— Pois é! Agora vai lá abrir essa porta antes que eu tenha um colapso.

 Alessia se levantou, ainda de camisola, e desceu lentamente até a porta da frente. Assim que abriu, deu de cara com um sorriso conhecido.

— Nossa, que visão maravilhosa! Bom dia, gatinha — disse Apólo, de braços cruzados e olhar provocador.

— Oi, amor. Desculpa… a gente acabou dormindo demais.

— Relaxa. Na verdade, eu tava torcendo pra te pegar assim mesmo… e essa camisola? Quer me matar de vez?

— Para, bobo…

— Posso te levar de volta pra cama?

— Nem sonha. A Martina tá aqui. Agora entra logo!

Apólo entrou, rindo, e seguiu Alessia até a cozinha. Ela pegou um copo d’água e bebeu devagar, enquanto ele a observava em silêncio, com um meio sorriso no rosto.

— Você pode parar de me encarar desse jeito?

— Desculpa… é que você fica ainda mais linda assim. Essa camisola devia ser proibida.

Alessia balançou a cabeça, tentando disfarçar o sorriso.

— Você não tem jeito mesmo.

— E se fosse outra pessoa na porta? Você iria atender assim, desse jeito?

— Ué, acho que sim.

— Ah é?! Então é assim que você costuma receber visitas? De camisola?

— Deixa de ser bobo.

— É sério, não vou conseguir ficar só te olhando desse jeito…

Num impulso, Apólo a pegou no colo e a sentou delicadamente sobre a bancada da cozinha.

— Apólo!

— O que foi? Vamos só dar uns beijinhos…

— Você tá maluco? A Martina tá aqui!

— Ela deve estar dormindo. Vem cá…

Ele se aproximou e a beijou com intensidade. Alessia, por um instante, se entregou ao momento, segurando o rosto dele com as mãos. O beijo era quente, cheio de saudade.

As mãos de Apólo subiram pelas coxas dela, acariciando-a com carinho. Alessia soltou um leve suspiro, fechando os olhos.

— A gente devia parar… — murmurou, entre o beijo.

— Devia — respondeu ele, sem a menor intenção de fazer isso.

O momento foi interrompido por um grito vindo da porta da cozinha.

— Ai, seus tarados! — gritou Martina, tapando os olhos com as mãos.

Alessia rapidamente ajeitou a camisola e desceu da bancada, sem saber se ria ou se se escondia. Apólo deu um passo pra trás, contendo o riso.

— Já pode tirar as mãos dos olhos, amiga. — disse Alessia, envergonhada e rindo.

— Ninguém mandou descer agora — disse Apólo, divertido.

— Ah, claro! E eu ia adivinhar que vocês estavam “se agarrando” na cozinha?

— Pior que foi só um beijo, viu? Se você demorasse mais um pouquinho…

— Apólo!

— Tá, tá… desculpa, Martina. Já tô indo. Só passei pra ver minha gata.  Mais tarde eu volto, gatinha. — disse ele, piscando para Alessia. — Mas dessa vez espero que sua amiga já tenha ido embora.

Ele deu um beijo rápido nela, lançou um último olhar provocador e foi embora rindo.

— Sua safada! — disse Martina, assim que Apólo saiu.

— Desculpa, amiga. Mas você sabe como o Apólo é…

— Uhum... eu sei.

— Vamos tomar café, vai… tô com fome.

Capítulo 3

Enquanto tomavam café da manhã juntas, Martina olhou para Alessia com um sorriso travesso.

— E aí, o que vamos fazer hoje?

— Eu? Nada. Pretendo ficar em casa descansando, só isso.

— Ah, de jeito nenhum! No fim de semana passado você já fez isso. Hoje a gente vai sair, se distrair um pouco. E nem adianta reclamar!

— Ah não, Martina… lá vem você! E o que exatamente a senhorita pretende fazer hoje?

— Hmm… deixa eu pensar…

— Tá vendo? Nem sabe! Melhor ficar em casa mesmo, de pijama e série.

— Nada disso, Alessia! Vamos dar uma volta pela cidade, comer algo gostoso, fazer umas comprinhas…

— Pra você encher meu carro com sacolas de marca, né?

— Exatamente! Você me conhece tão bem.

— Tá bom, vai… pode ser.

— Isso! Eu sabia que ia conseguir.

— Boba…

Mais tarde…

Alessia e Martina caminham pela cidade, entram em algumas lojas e, como previsto, Martina não resiste a uma boa vitrine.

— Olha esse vestido, Alessia. Vou levar com certeza!

— Mais um?! Martina, já deu, né?

— Me diz se esse modelo ainda tá na moda, vai…

— Esse preto aqui já tá quase saindo… mas esse outro, sim, tá super em alta.

— Ai, como é bom ter uma amiga que entende de moda! Então é esse que eu vou levar.

— Tá, mas agora chega, hein?

— Você não vai levar nada?

— Ah, hoje não.

— Tá bom… então vamos pra casa. Mais tarde a gente sai de novo.

— Quem disse?

— Eu. Não adianta fugir, Alessia!

— Mais tarde eu vou ficar com o Apólo.

— Ah, é! E eu vou ficar sozinha… sentindo falta do meu gatão.

— Quando ele volta de viagem mesmo?

— Amanhã cedo.

— Sério? Que bom, amiga. Então a partir de amanhã você desaparece da minha vida, né?

— Ah, para! Não é tão fácil se livrar de mim, não!

As duas riram. Depois de comerem algo, saíram da última loja e foram embora. Alessia deixou Martina em casa e seguiu para a sua.

Mais tarde…

Alessia terminou de se arrumar e, como se Apólo tivesse um radar, a buzina do carro soou bem na hora em que ela colocou os brincos.

Ela sorriu sozinha no espelho.

— Pontual como sempre…

Alessia vestia um vestido curto de manga longa, inteiramente cravejado de brilhos minúsculos, como se cada ponto de luz tivesse sido costurado ali à mão sob o tecido escuro. O corte ajustado realçava cada curva do seu corpo, com elegância e ousadia ao mesmo tempo.

Ela pegou a bolsa e saiu de casa. Assim que entrou no carro, Apólo não perdeu tempo.

— Nossa… que isso, hein. Maravilhosa como sempre, né?

— Obrigada, amor. Você também tá um gato.

— Ah, eu sei!

Durante o trajeto até o restaurante, trocaram risadas e comentários sobre o dia. Quando chegaram, Apólo entregou o carro ao manobrista e os dois entraram no restaurante, onde já havia uma mesa reservada para eles.

Sentaram-se de frente um para o outro, e logo os menus foram entregues.

— Depois do jantar, a senhorita vem comigo pra minha casa, viu?

— Ah é? Eu não fui avisada desse “plano”.

— E precisava? — respondeu ele com um sorriso malicioso.

— Seu pai está lá?

— Não. Ele disse que vai demorar a chegar… talvez nem volte hoje.

— Hum… deve passar a noite com alguma mulher.

— Talvez.

— Você não gosta muito quando ele sai, né?

— Nem ligo — disse ele, desviando o olhar.

— Sei…

O jantar seguiu agradável, com conversas sobre tudo, risadas e olhares cúmplices. Ao final, ele segurou sua mão com firmeza.

— Vamos?

— Vamos.

Depois do jantar, Apólo levou Alessia para sua casa. Ao entrarem, deram de cara com Salvatore sentado no sofá, com um copo de uísque na mão.

— Oi, pombinhos! — disse Salvatore, recostado no sofá.

— Boa noite, senhor Salvatore — respondeu Alessia, com um sorriso simpático.

— Você não tinha dito que chegaria tarde? — questionou Apólo, franzindo a testa.

— Disse, mas mudei de planos. Só vou tomar um banho e sair de novo. Não me esperem, volto só amanhã. A casa é de vocês.

— E vai dormir onde?

— Isso não te interessa, Apólo.

— Me interessa sim!

— Apólo, deixa seu pai viver — disse Alessia.

— Escuta a Alessia, Apólo. Me deixa viver. Só vou sair pra relaxar a cabeça. A semana na empresa foi uma loucura.

— Hm… tá bom.

— Fiquem à vontade, Alessia. Aproveitem a noite.

— Obrigada, senhor Salvatore.

Salvatore subiu as escadas com calma, ainda segurando o copo. Assim que ele sumiu do campo de visão, Apólo murmurou:

— Ai, ai… certeza que vai sair com alguém.

— Apólo! Seu pai é solteiro, lembra?

— Tá, tá… vamos subir. Tenho coisas bem melhores pra fazer agora.

— Ah é? Que tipo de coisa?

— Você entendeu muito bem, gatinha.

No quarto, Apólo encostou-se à porta e a observou com um sorriso.

— Agora sim… pode tirar esse pano brilhante que te cobre.

— Pano brilhante? Você sabe quanto custou esse vestido?

— Perdão! A senhorita Alessia, por gentileza, poderia retirar esse maravilhoso e caríssimo vestido do corpo… pra eu poder te agarrar como você merece?

— Você é um palhaço.

Rindo, Alessia tirou o vestido, ficando apenas de calcinha. Apólo a olhou dos pés à cabeça, sem disfarçar o desejo.

— Agora sim…

A noite foi longa, intensa e cheia de carinho.

Na manhã seguinte, ela acordou primeiro. Se virou na cama e viu Apólo dormindo, nu, coberto apenas da cintura para baixo. Com um sorriso travesso, deslizou a mão por debaixo do edredom, o provocando.

— Já acordada e com essa disposição? — murmurou ele, com a voz rouca de sono.

— Uhum…

— Então vem cá… vamos começar o dia da melhor forma.

Eles se entregaram novamente ao momento, entre beijos, provocações e risadas abafadas.

Depois, deitados lado a lado, Alessia riu entre os lençóis.

— Espero que seu pai não tenha voltado e escutado alguma coisa…

— Relaxa, ele deve estar bem longe. E mesmo que esteja em casa, deve estar lá em baixo, e não dá pra ouvir nada de lá. Vem, vamos tomar um banho — disse ele, se levantando da cama. — Quem sabe a gente não termina o que começamos lá?

— Você não cansa nunca?

— Cansar? Essa palavra nem existe no meu dicionário.

— Palhaço!

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!