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Cinderela Dos Dias Atuais

Capítulo 1 - Conto de fadas e tudo mais

Agora, estou sentada com minha melhor amiga, Luana, discutindo um tema que, para mim, ainda faz sentido, mesmo que ela não compartilhe da mesma opinião. O tema? Príncipes encantados.

– Anna, isso não existe. Se existissem príncipes, eles nunca estariam neste lugar – rebate Luana, claramente impaciente.

Eu sei que ela é pragmática, sempre com os pés no chão, mas, mesmo assim, não consigo deixar de sonhar. Para ela, essas coisas de contos de fadas são apenas uma fuga da realidade, uma bobagem de meninas que não sabem o que querem. Mas, para mim, a ideia de um príncipe encantado é como uma chama que nunca apaga, algo que me dá esperança, um toque de magia no cotidiano sem graça da vida real.

– Tá bom, Luana, nesse ponto você tem razão. Aqui, nunca vamos encontrar nossos príncipes – digo, deixando meu tom sonhador escapar sem perceber.

– Terra chamando Anna! Acorda, amiga – ela responde, passando a mão na frente do meu rosto, como se me trouxesse de volta ao mundo real.

Sinto o toque dela, mas o pensamento da princesa e do príncipe ainda ressoam em mim. Às vezes, é difícil não deixar esses devaneios tomarem conta dos meus dias. Afinal, quem não gostaria de viver um conto de fadas, onde tudo é perfeito e o amor é a resposta para todas as perguntas? Mas, em um suspiro, volto à realidade.

– Foi mal, distraí – murmuro, tentando não começar outra discussão.

Luana revira os olhos, mas seu sorriso me tranquiliza. Eu sei que ela me conhece bem e, mesmo não compartilhando do meu romantismo, ela entende o que quero dizer.

– Vamos entrar, está esfriando – sugiro, já sentindo a temperatura cair. O vento frio da noite está começando a incomodar.

– Melhor mesmo – concorda ela, se levantando da cadeira e seguindo para o apartamento que dividimos.

Apesar de ser pequeno, o apartamento tem tudo o que precisamos para nos sentir em casa. O cheiro de café e o som da televisão ligada são os detalhes que tornam nossa rotina acolhedora. Depois de um banho rápido, vesti meu pijama da Cinderela – sim, você leu certo, o pijama da Cinderela. Tenho esse costume desde a infância e, por algum motivo, ainda acho que ele me conecta com uma parte de mim mesma que ainda acredita nos contos de fadas. Luana sempre brinca comigo por causa disso, mas não ligo. Acredito que todo mundo precisa de um pouco de magia na vida, não importa em que forma ela se apresente.

Quando chego na cozinha, Luana está sentada à mesa com uma xícara de café. Ela me olha, um sorriso travesso no rosto, e solta:

– Tá chique nesse pijama, hein.

– Tá com inveja? – brinco, dando uma voltinha como se estivesse desfilando.

– Claro que estou! Nunca tive um pijama desse – ela responde, fingindo tristeza.

Nos divertimos com isso. Nossas risadas são a trilha sonora das nossas noites em casa. Entre piadas e pequenas provocações, o tempo passa rápido. Nos conhecemos tão bem que parece que não precisamos de muitas palavras para nos entender. A amizade entre nós é a base que sustenta tudo. Somos diferentes, mas é essa diferença que nos torna tão próximas. A leveza de nossa relação é uma das coisas que mais prezo, pois sei que, independentemente de tudo, posso contar com Luana para tudo.

Capítulo 2 - Conhecendo o prínci.. Ogro.

A manhã estava agitada. Saí de casa correndo, atrasada para o trabalho, tentando não perder o ritmo. Atravessando a rua apressada, não percebi o carro vindo em minha direção até ouvir a buzina forte. Num movimento rápido, dei um passo para o lado, desviando por pouco. O carro parou bruscamente, e o motorista desceu com uma expressão séria e claramente irritada. Ele me encarou com raiva, como se eu fosse a culpada, e talvez eu fosse.

– Cuidado, você quase me mata, menina! – ele gritou, seu tom agressivo fazendo meu coração disparar.

Fiquei atônita por um segundo, recuperando o fôlego após o susto. A sensação de quase acidente ainda me deixava tensa.

– Você é quem deveria estar mais atento! Não é assim que se dirige! – rebati, sentindo a adrenalina subir. Não era o tipo de pessoa que ficava calada diante de grosserias, eu poderia estar errada, mas vamos lá não é assim que trata uma pessoa que quase morre!

Ele me olhou por mais alguns segundos, claramente surpreso pela minha resposta. Mas ao invés de pedir desculpas, ele apenas revirou os olhos e soltou um suspiro de desgosto.

– É só você olhar para os lados, não custa nada – disse ele, como se estivesse me dando uma lição de moral. Seu tom de desprezo era quase palpável.

– Ficar gritando não vai resolver nada – retruquei, já sem paciência. Não era minha culpa ele estar tão estressado.

Ele me olhou por mais um instante, claramente frustrado. Parecia que ele estava prestes a falar algo, mas, ao invés disso, entrou de volta no carro, ainda me lançando um olhar de raiva. Eu, por outro lado, respirei fundo e dei o melhor dos sorrisos sarcásticos.

– É isso aí, vai embora, "prínci.. Ogro". – murmurei para mim mesma enquanto me afastava. O que mais eu poderia fazer?

Continuei meu caminho, ainda tentando recuperar o ritmo. Não era todo dia que quase morria atropelada por um motorista tão mal educado. Agora, só queria chegar ao jornal e deixar aquele mal momento para trás.

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Depois de mais ou menos uns 20 minutos, cheguei ao jornal. Entrei no prédio, esperava que a porta do elevador se abrisse logo, e entrei rapidamente. Apertei o número do meu andar e, em pouco tempo, já estava no meu destino. Entrei no escritório e fui direto ao que precisava: resolver a papelada sobre a manchete.

Estava tão concentrada no trabalho que nem percebi a hora passar. Quando dei conta, já era hora do almoço. Levantei, me despedi dos colegas e entrei no elevador novamente. Apertei o térreo, e assim que o elevador parou e as portas abriram, saí direto em direção ao restaurante próximo.

Entrei no restaurante e fui levada até uma mesa no canto, que eu tanto gostava. Depois de alguns minutos, o garçom se aproximou e perguntou o que eu queria pedir. Eu estava com fome e escolhi algo simples, mas delicioso: Lasagna. Uma das massas mais apreciadas da Itália, e para sobremesa, o clássico Tiramisù.

Enquanto aguardava minha refeição, observei as pessoas ao meu redor. Elas pareciam ter tudo resolvido, vivendo vidas perfeitas. Foi então que me senti observada, uma sensação desconfortável. Olhei de um lado para o outro, mas não vi ninguém me encarando. Até que, ao olhar para frente, meu coração parou por um segundo. O idiota que quase me atropelou estava sentado à mesa da frente, me observando.

Olhei fixamente para ele, estreitando os olhos. Ele se levantou e, antes que eu pudesse protestar, se sentou à minha frente.

– Ah não, agora não, pelo amor de Deus! – pensei comigo mesma.

– Olá – disse ele, sorrindo de canto.

– Olá, seu ogro. Acho que veio no lugar errado, a Fiona não está aqui – rebati, sorrindo sarcasticamente.

Ele soltou uma risada baixa. Mais que risada gostosa, pensei, incomodada. Anna, para de se distrair!

– Acho que acabei de encontrá-la. Está bem na minha frente – ele respondeu, sorrindo ainda mais.

Bufei, já perdendo a paciência.

– Ok, o que quer comigo, veio me pedir desculpas? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

– Claro que não, a única errada aqui é você. Atravessa a rua sem olhar para os lados – ele retrucou.

– Nossa, sua mãe nunca lhe deu educação? Está precisando de uma aula de boas maneiras. Ou melhor, está necessitando aprender a agir como um príncipe – respondi, desdenhando.

– Você só pode ter saído de um conto de fadas. Hoje em dia, não existe isso de príncipe, não, "Cinderela" – debochou ele.

– Tudo bem, vamos fazer um acordo. Eu te ensino a ter bons modos, como um príncipe – disse, com um sorriso travesso.

– E por que eu aceitaria isso, se nem seu nome sei? – ele perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– Ah, se esse é o problema, me chamo Anna, Anna Becker – respondi, com um tom brincalhão.

O garçom chegou com minha Lasagna e colocou na mesa. Ele se afastou e eu continuei minha conversa com o estranho.

– Anna – ele disse, testando meu nome.

– E o seu? – perguntei, enquanto colocava um pedaço de Lasagna na boca e mastigava lentamente.

– Miguel – ele respondeu.

– Então, Miguel, aceita? – perguntei, já sentindo uma estranha curiosidade.

– Vou pensar no seu caso – respondeu ele, com uma expressão séria, como se fosse um advogado analisando uma situação.

De repente, percebi que ele realmente era bonito. Maxilar quadrado, pele branca, olhos verdes. O cabelo preto, liso e bagunçado. E o corpo… Bem, Deus do céu! Ele devia ter uns 1,82m de altura, e eu sempre gostei dos altos. Mas o que estou pensando? Não estou dizendo que vou gostar dele, nem que vamos ser inimigos, mas talvez possamos tentar ser amigos… Ou não. Já estava me complicando, como sempre.

– Então, como vou saber onde você está, caso aceite o meu "acordo"? – perguntei, ainda meio desconcertada com os meus próprios pensamentos.

– A gente se encontra por aí – disse ele, se levantando.

– "A gente se encontra por aí"? Que frase mais cafona – resmunguei para mim mesma.

– Você falou alguma coisa? – ele perguntou, com um sorriso de canto.

– Sim, por que não senta aqui e pede seu almoço? – menti, tentando parecer casual.

– É muita gentileza, mas já almocei. Deixa para outra vez – ele disse, piscando para mim antes de se dirigir para a porta.

Terminei de comer minha Lasagna e, logo em seguida, o garçom trouxe meu Tiramisù. Sabia que deveria apressar para não ultrapassar o tempo de almoço, mas estava tão boa que, quando dei conta, já havia passado mais de 30 minutos. Chamei o garçom, paguei a conta e saí do restaurante. Rumei para o jornal, sabendo que o tempo estava contra mim.

Entrei no prédio e fui direto para o elevador. Apertei o número do meu andar e, em breve, as portas se abriram. Senti a pressão do tempo aumentando. Fui até a sala de reuniões e, ao entrar, todos os olhares se voltaram para mim. Pedi desculpas pela demora e me sentei ao lado de minha colega.

– Estão falando sobre o quê? – sussurrei para ela.

– Sobre a família real. Eles tiveram que fugir dos assassinos que entraram no castelo para matá-los. Eles não sabem onde está o príncipe, e quem descobrir vai ser promovido – ela sussurrou de volta.

– E a segurança dele? Se revelarem onde ele está, os assassinos vão atrás – murmurei, preocupada.

– Aqui, eles não ligam para a segurança de ninguém. O que importa é o dinheiro – ela respondeu com desdém.

Fiquei quieta, pensando na crueldade das pessoas. Como podem ser tão egoístas? Depois de uma longa discussão sobre o paradeiro do príncipe, a reunião foi encerrada.

Peguei algumas papeladas e fui ao elevador. No térreo, dei tchau aos colegas, e já estava bastante tarde. Corri para o ponto de ônibus, mas, claro, o ônibus já tinha saído. Gritei, corri atrás, mas não pararam.

"Maravilha, o universo está contra mim", pensei. Agora, teria que andar até o apartamento. Quando cheguei perto do ponto, olhei para meu celular. Estava descarregado. "Que ótimo, Luana vai me matar", resmunguei.

De repente, um carro preto buzinou e parou ao meu lado. O vidro desceu, e meu coração acelerou. Não, não pode ser… O idiota do Miguel estava ali, mais uma vez.

– Olha se não é a Cinderela. Cadê sua carruagem? – ele debochou, sorrindo.

"Obrigada, universo. Muito obrigada. Da próxima vez, manda um príncipe na carruagem", pensei, enquanto ele sorria para mim.

"Eu não sou vida louca nem aqui nem na China", pensei, revirando os olhos.

Capítulo 3 - Provocações e um acordo

— Olha só se não é o ogro.

A provocação escapou sem pensar, mas, no fundo, a palavra soou mais leve do que imaginava.

— Entra aí, te levo até em casa.

A oferta foi direta, quase sem rodeios, mas havia algo na sua voz que me fez hesitar.

— Não precisa, estou até gostando de ir andando.

Era mentira, claro. Os pés doíam com o salto, mas queria manter a pose de difícil, como quem recusa tudo sem realmente querer.

O olhar dele dizia que não acreditava muito no que eu dizia, mas não insistiu. Apenas respondeu:

— Ok então.

E se afastou, deixando-me ali, com uma mistura de sentimentos desconcertantes.

Não pude deixar de sentir que havia perdido algo ali, e o arrependimento surgiu em uma pequena onda. Não acreditava que ele não tivesse insistido. Em todos os filmes, ele voltaria para me convencer, mas não dessa vez. Não no mundo real.

— Não acredito! Ele não insistiu. Agora vou ter que andar, com os pés doendo, e ainda está tão frio. O que foi que eu fiz? Isso é o que dá tentar viver como num filme. Mas... não custa tentar, né?

O vento cortante fazia tudo parecer mais real, e cada passo se tornava um desafio. A mente vagava, mas logo um som atrás de mim interrompeu o fluxo de pensamentos. Acelerei o passo, os pés pesados e o medo crescendo a cada segundo.

De repente, uma mão agarrou meu braço, puxando-me para dentro de um carro. Fui imobilizada antes de perceber o que estava acontecendo. Quando tentei gritar, uma mão foi colocada sobre minha boca, abafando qualquer som.

— Dá pra colaborar? Estou tentando te ajudar!

A voz dele, tensa, mas carregada de urgência, me fez sentir ainda mais confusa.

O pânico que sentia foi substituído por uma estranha calma, enquanto tentava processar o que acontecia. A mão dele, que antes me silenciava, agora me deixava com a sensação de que eu precisava entender o que se passava.

— Você quase me matou de susto! Por que fez isso?

A raiva e o susto se misturaram, mas ele apenas respondeu com uma dureza que não pude ignorar:

— Porque você não quis entrar no maldito carro. Uma hora dessas, andando sozinha pela rua... não tem medo de morrer não?

A preocupação estava lá, mas a forma como disse aquilo, com tamanha frustração, me fez questionar tudo o que estava acontecendo.

— Não era mais fácil me convencer a entrar?

A resposta não tardou, direta e sem espaço para negociação.

— Não vou ficar tentando convencer ninguém. Se não quer entrar, problema seu. Eu faço do meu jeito.

A atitude dele era desafiadora, mas algo nela me fez sentir ainda mais nervosa.

O carro se moveu, e eu continuei olhando pela janela, tentando me distrair. O silêncio entre nós era denso, e então a pergunta dele veio como uma quebra no clima:

— Onde fica sua casa?

A mudança de assunto foi abrupta, mas a tensão ainda pairava no ar.

Dei as direções sem muita convicção, mas a mente estava em outro lugar. O que estava acontecendo? O que ele queria de mim?

— Quantos anos você tem?

A curiosidade saiu sem pensar, algo que sempre me acompanha. Idades, nomes, detalhes sobre as pessoas... não sei explicar, mas sempre quis saber.

— Tenho 29 anos. E você?

Ele desviou o olhar da estrada por um instante, o suficiente para perceber algo mais, mas logo voltou ao foco.

— 25.

A resposta saiu mais tranquila do que imaginava. O silêncio se seguiu, confortável, mas também carregado.

— Nova.

O comentário dele parecia quase um desafio, mas eu só ergui uma sobrancelha, desconfiada.

— Oh, desculpe, senhor idoso.

Provocação pura, mas parecia certo naquele momento.

Ele riu, e a sensação foi estranha, quase como se a risada tivesse o poder de suavizar tudo ao redor. Aquelas pequenas trocas entre nós... algo estava se formando. Algo perigoso, mas impossível de ignorar.

— Sua família mora aqui?

Perguntei, sem saber o quanto estava invadindo um terreno delicado.

Ele se enrijeceu, e a resposta foi curta:

— Não.

— Entendi, assunto proibido.

A tentativa de corrigir o erro foi automática. Eu sabia que tinha ultrapassado algum limite, mas o que mais poderia fazer?

— Exatamente, menina esperta.

Ele sorriu de canto, e isso fez meu coração acelerar. O jogo de palavras tinha algo de atraente, e era impossível não se deixar envolver.

— Não sou uma menina.

Dizia isso enquanto dava um leve murro no ombro dele, só para brincar, mas sua reação me pegou de surpresa.

— Ai!

Ele fingiu dor, e não pude deixar de rir. Sabia que meu golpe não machucava nem uma mosca.

— Nossa, nem doeu.

A risada saiu fácil, sem esconder a diversão.

— Como você sabe? Não foi você que sentiu.

A resposta veio rápida, com aquele sorriso travesso que parecia me desafiar de todas as formas.

— Hahaha, fracote.

Eu não resisti, e a provocação saiu naturalmente. Mas algo nele estava mudando. O jeito como me olhou, algo mais intenso no olhar.

— Quem é fraco?

A voz dele ficou mais séria, o tom quase ameaçador, e algo me fez hesitar.

— Você...

A palavra saiu suave, sem coragem para dizer o que realmente queria.

E então, como se fosse uma resposta direta ao que eu sentia, sua mão apertou minha coxa, e eu soltei um gemido sem querer. O medo misturado com algo que eu não queria admitir.

— Agora quem é o fracote?

A pergunta, acompanhada de um sorriso satisfeito, fez o sangue ferver.

Eu fiquei em silêncio, sem saber o que dizer, sem saber o que sentir. Ele finalmente soltou minha coxa e voltou a focar na estrada.

— Idiota.

Resmunguei, tentando disfarçar o que estava acontecendo dentro de mim.

— Falou algo?

Ele parecia genuinamente curioso.

— Nada, só pensando alto.

Menti, o que parecia ser a única saída.

— Chegamos, "Cinderela."

A brincadeira no final da frase não fez minha mente relaxar. O que aconteceu naquela noite não seria fácil de esquecer.

— Obrigada, ogro. Para um ogro, você está bem gentil.

Minha resposta saiu sem pensar. Algo tinha mudado, mas eu não sabia ainda o que era.

— Vamos, rápido. Tenho que voltar para casa e dormir.

Ele parecia impaciente, mas eu já estava cansada o suficiente para apenas seguir.

— Não posso nem te elogiar que já voltou a ser o ogro de sempre?

Sorri, sentindo uma leve diversão. Como ele conseguia me provocar assim?

— Boa noite.

A voz dele estava mais suave.

— Boa noite. Sonhe comigo.

Ele falou com um tom provocador, mas algo na maneira como disse isso me deixou sem palavras.

— Só se for pesadelo, porque sonho é difícil de alcançar.

Brinquei, sentindo o peso da noite.

— Ah, quase me esquecendo. Vai aceitar meu acordo?

— Pensei bem e resolvi te dar uma chance.

Respondeu, com um sorriso de canto.

— Hahaha, idiota. Então, que dia começamos?

— Tem algo para fazer sábado?

— Não.

— Então, sábado.

— Onde vamos nos encontrar?

— Eu venho te buscar. Não posso arriscar colocar uma princesa da Disney em perigo novamente.

Ele disse, com aquele sorriso travesso de sempre.

Ri de novo, sem saber o que sentir sobre ele. Ele tinha esse poder de me deixar confusa, mas ao mesmo tempo, algo me dizia que tudo isso estava longe de acabar.

Quando saí do carro e me dirigi para o elevador, a cabeça estava a mil. O cansaço tomou conta de mim, mas os pensamentos ainda estavam lá, rondando, esperando para me pegar.

Subi para o meu quarto, me preparei para dormir, mas enquanto me jogava na cama, o rosto dele, com aquele sorriso, não saía da minha mente.

E antes que eu pudesse pensar mais sobre isso, o sono me levou, sem piedade.

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