capítulo 4. exploração de corpos

Realmente, a cauda dele era muito macia ao toque. Mesmo do ângulo em que eu estava, pude notar o pescoço dele ficando vermelho, e ele soltava pequenos gemidos sempre que eu acariciava a calda.

— Você está excitado?

perguntei, já tirando as mãos da cauda dele, um pouco surpresa com a reação.

— Um ponto fraco dos homens-lobo são as caudas e as orelhas

respondeu ele, olhando para mim com uma pitada de desejo nos olhos, um brilho intenso que me deixou sem reação.

— Bem, você já marcou o meu corpo com sua presença, agora eu posso fazer o mesmo com o seu

disse, com um sorriso confiante.Eu recuei um passo, mas nossos olhares continuavam presos, como se uma troca silenciosa tivesse acontecido entre nós.

— Tudo bem

murmurei, sentindo o coração acelerar.Esperei pelo contato dele, que não demorou. As mãos dele subiram para os meus ombros, depois para os meus seios, e imediatamente minha pele esquentou. Fiquei vermelha e mordi os lábios para não deixar escapar nenhum gemido quando suas mãos foram mais para baixo. Agora, elas estavam entre as minhas pernas, enquanto seus olhos azuis permaneciam fixos em mim, intensos e profundos.

— Interessante...

ele disse baixinho, como se descobrisse algo novo.

Num movimento rápido, ele abriu minha calça e passou as mãos delicadamente na minha parte íntima. Eu não esperava que meu corpo fosse se entregar totalmente àquele momento, ao desejo que ele despertava em mim. De repente, a porta se abriu, e ele se afastou como se nada tivesse acontecido.Demorei alguns minutos para me recompor, mas ele parecia completamente tranquilo, como se nada tivesse acontecido me afetei. Será que só eu tinha sido impactada por aquele pequeno momento?

— O que vocês estavam fazendo, Félix?

ouvi a voz de um homem entrando.

— Apenas matando minha curiosidade sobre o corpo humano, com a ajuda da nossa humana aqui

respondeu ele.

— Fernanda eu disse, interrompendo. Me chamo Fernanda.

— Está bem então, Fernanda

ele disse, aceitando meu nome.Ficamos assim: eu, sentada na sala de um estranho, um homem-lobo, cercada por dois outros, um de cada lado. O silêncio era pesado, ninguém dizia nada.

— Vocês vão me deixar ir embora ou vou virar prisioneira de vocês?

— perguntei, tentando manter a voz firme.

— Quem deve decidir é o Luke

respondeu um deles.

— Todos nessa vila são como vocês? quis saber.

— Você quer dizer meio humano e meio lobo? perguntaram.

— Sim...Foi então que percebi que o homem-lobo chamado Juca tinha uma cicatriz marcante em um dos olhos. Antes que eu pudesse fazer perguntas, Luke entrou na casa.

— Vamos planejar um jeito de tirar você daqui sem que ninguém perceba

disse ele, com firmeza.

— Chefe, tem uma passagem um pouco longe daqui, fica a uns dois dias de caminhada informou Juca.

— É seguro? perguntei, preocupada.

— O Juca vai na frente para verificar se o caminho é seguro, e depois nós seguimos explicou Luke.

— Mas por enquanto, vamos descansar. Você, humana, venha comigo. Vou levá-la a um dos quartos, e vocês dois vão descansar em casa.Fiquei observando enquanto eles saíam. Félix me deu um beijo na bochecha, o que me fez corar instantaneamente.

— Eu gostei da nossa descoberta hoje, Fernanda

ele disse, sorrindo.Sem me dar tempo para responder, ele saiu da sala.

— Podemos ir agora? perguntei.

— Sim... Desculpe por tudo isso

respondeu ele, parecendo contrito.

— Por que está pedindo desculpas, Luke? indaguei.

— Foi nosso povo quem derrubou o helicóptero em que você estava

revelou ele com tristeza.

— Sim, isso é verdade, mas o Ryan sabia que estava sobrevoando território dos lobos comentei, tentando justificar.

— Mas para onde você estava indo?

Luke perguntou.Ele me salvou, e eu sou muito grata por isso, mas não posso negar que não confio totalmente neles ainda. Desculpe, mas não posso responder.

— Tudo bem

disse ele, compreensivo.Notei uma tristeza profunda nos olhos dele por eu não confiar, mas a culpa do meu amigo Ryan estar morto era de seu povo, e talvez eu nunca mas consiga voltar para casa.

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