...H E I T O R...
Fiquei um tempo dentro do carro depois que ela entrou em casa. Não sei por quê. Talvez estivesse tentando controlar o que já era incontrolável. Talvez tentando convencer a mim mesmo de que ainda tenho o mínimo de controle sobre essa situação. Mas a verdade é que não tenho. Não quando se trata dela.
Quando finalmente desci, subi direto pro meu quarto. Tirei a camiseta com raiva, jogando sobre a poltrona, e fui pro chuveiro. A água caiu morna no meu corpo, mas não conseguiu apagar o fogo que ela acende em mim toda vez que sorri daquele jeito, toda vez que me desafia, toda vez que aparece usando roupa de academia colada naquele corpo que parece ter sido esculpido pra me torturar.
Me enxuguei, vesti um shorts e deitei. Era cedo, mas o dia tinha me sugado. Só que o sono não veio. Peguei o celular e, sem querer, acabei abrindo o histórico antigo de mensagens. As mensagens dela ainda estavam guardadas em meu celular. Arquivadas, para ser preciso.
Algumas eram inocentes. Outras, nem tanto. Mas todas tinham aquele jeito dela, provocante, direta, doce e maliciosa ao mesmo tempo. Eu revivi cada palavra, cada frase, cada vez que ela dizia que me queria.
“Heitor, eu sonhei com você essa noite.” “Você não faz ideia do que eu penso quando te vejo sem camisa.” “Por que você tem tanto medo de admitir que sente o mesmo?”
Bloqueei a tela do celular, virei de lado e fechei os olhos, tentando expulsar aquelas memórias.
E foi quando o sono me venceu que tudo piorou.
Sonhei com ela.
No sonho, ela estava no meu quarto. Usava uma das minhas camisetas. A luz estava baixa. Ela se aproximava com passos lentos, olhava pra mim com aqueles olhos de promessa e desejo. Me sentou na cama, subiu em cima de mim e dizia baixinho no meu ouvido: "Faz comigo tudo o que você sempre quis."
Eu acordei suado. Duro. Como pedra.
Soltei um palavrão baixo e me sentei na cama, esfregando o rosto com as mãos. Levantei de uma vez, fui pro banheiro e liguei o chuveiro no frio. Deixei a água gelada cair sobre meu corpo, tentando esfriar meu cérebro, meu sangue, meu paü.
Depois de um tempo ali, vesti outra bermuda e desci. Queria apenas beber água e respirar um pouco. Mas no caminho, ao passar pelo quarto dela, parei.
Ouvi um som.
Gemidos. Baixos, contidos... mas reais.
Minha mão travou na parede. Me aproximei devagar, sem querer, sem poder evitar. E então eu ouvi. Claro, nítido, como uma facada no meu autocontrole:
— Heitor...
Ela gemeu meu nome.
Meus olhos fecharam por reflexo, meu maxilar travou e uma raiva quente me subiu. Não dela. De mim mesmo. Da situação. Do quanto eu a queria. E então fiz a coisa mais escrota e mesquinha do mundo: bati na porta.
Com força.
— Alice?
O som parou.
— T-tô bem! — ela respondeu, com a voz embargada, nervosa.
— Abre a porta.
— Agora?
— Sim. Agora.
Alguns segundos depois, a porta se abriu com cuidado. E lá estava ela. O cabelo bagunçado, o rosto corado, os lábios entreabertos. Usava uma camisa folgada, claramente sem nada por baixo. Minhas pupilas desceram sozinhas, mapeando o corpo que eu conhecia tão bem, mas tentava esquecer todos os dias.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela me puxou pela gola da camiseta. Meus pés foram para frente com o corpo em atraso. E quando percebi, a boca dela estava na minha.
O beijo veio urgente. Fome, desejo, raiva, saudade, tudo junto. Minha mão foi parar na cintura dela, puxando com força. Eu me odeio por não ter conseguido resistir. Mas no momento em que os lábios dela se encaixaram nos meus, tudo dentro de mim cedeu.
Ela se afastou por um segundo, ofegante.
— Heitor eu quero você, caramba. Já não aguento mais.
Meu olhar encontrou o dela. E naquele instante, tive certeza de que já era tarde demais pra fugir de qualquer coisa, e decidi repetir a porra do erro e deixar para me arrepender no dia seguinte.
Segurei o rosto dela com as duas mãos e a beijei de novo, com tudo o que vinha me corroendo por dentro nos últimos dois anos. O beijo era urgente, descontrolado, sem ensaio, como se a gente tivesse esperado tempo demais pra isso. E de fato esperamos.
Minhas mãos deslizaram por suas costas, sentindo a curva perfeita da cintura sob o tecido da camisa. Ela tremia, mas não de medo. Era excitação. Alice se entregava com a mesma fome da primeira vez.
Sem pensar, a levantei pela cintura. Suas pernas se enroscaram em mim como se fosse algo que já fizéssemos há anos. Encostei-a na parede e a beijei até perder o fôlego.
Ela choramingou contra minha boca:
— Eu te quero tanto…
Fechei a porta do quarto com o pé, e em seguida, a deitei na cama. A camisa larga subiu junto com meus movimentos, revelando aos poucos o corpo que me deixava maluco.
Ela estava completamente nua por baixo.
Minhas mãos deslizaram pelas suas coxas, pelas curvas dos quadris, e subiram até os seios firmes, lindos, os mamilos duros esperando por mim. Quando passei a língua por eles, Alice arqueou o corpo, gemendo meu nome com uma urgência que me incendiava por inteiro.
— Heitor... não para...
Meu nome nos lábios dela... nada no mundo era mais provocante.
Desci pela barriga dela, beijando, mordiscando, até chegar em sua büceta molhada, pedindo por mim. Passei a língua devagar entre seus lábios, saboreando cada reação. Ela agarrou os lençóis, rebolou contra minha boca e gemeu alto, sem vergonha alguma.
Lambi, suguei, explorei até sentir suas pernas estremecerem. Quando ela gozou, os olhos se fecharam, a boca entreaberta soltou um grito abafado, e o corpo dela perdeu as forças.
Eu estava duro demais pra continuar fingindo controle. Subi por cima dela, me encaixei entre suas pernas e a encarei.
— Tem certeza?
Ela respondeu passando as unhas pelo meu peito e puxando minha boca para a dela.
Me guiei até a entrada quente e apertada daquela büceta deliciosamente lisa. Quando a penetrei, ela soltou um gemido longo, um misto de prazer e surpresa.
— Porra, Alice...
Ela era apertada, quente, e me acolhia como se tivesse sido feita pra mim.
Comecei com movimentos lentos, sentindo cada segundo. Mas a forma como ela se movia debaixo de mim, como me puxava mais fundo, logo tirou qualquer traço de calma que eu ainda tinha.
Aumentei o ritmo. Meti com força. Ela gemeu alto, segurou em meus ombros, arranhou minhas costas, dizendo que me queria mais, que esperou tempo demais.
Nossos corpos batiam um contra o outro com intensidade. Suor, gemidos, palavras sujas misturadas a sussurros de saudade.
— Você é minha, porra... — murmurei contra seu pescoço. — Você é minha.
— Sempre fui — ela respondeu, ofegante, com as pernas presas na minha cintura.
A virei de costas e puxei sua cintura, fazendo ela se apoiar nos joelhos. Entrei de novo, mais fundo. Ela gritou meu nome com um gemido rasgado.
— Assim... assim mesmo… føde essa bücetinha deliciosa.
Me perdi naquele som. No cheiro dela. No calor.
A cada estocada, ela jogava o corpo para trás, encaixando-se em mim como se soubesse exatamente como me destruir.
Até que ela revirou os olhos, apertou os lençóis com tanta força que os dedos ficaram brancos, e gemeu forte, alto, tremendo sob meu corpo. O segundo orgasmo veio como uma explosão. E eu a acompanhei logo depois, gemendo rouco contra sua nuca, gozei fundo dentro dela, sem pensar em nada além do agora.
Caímos um ao lado do outro. Suados, ofegantes. O peito subindo e descendo como se tivéssemos corrido uma corrida.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Irene Saez Lage
Eita que pegou fogo 🔥🔥🔥🔥 esses dois matou quem tava matando eles o desejo um pelo outro
2025-10-03
9
Celma Rodrigues
Finalmente Ele se entregou e viveram um reencontro perfeito... e com possíveis consequências 🚼
2025-10-26
1
Rosilene Narciso Lourenco Lourenco
eu te falei Heitor que você não ia conseguir fugir da Alice.
2025-10-28
1